DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

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1 DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL 1. TÍTULO DO PROGRAMA Connie, a vaquinha 2. EPISÓDIO(S) TRABALHADO(S): A pedra da sorte 3. SINOPSE DO(S) EPISÓDIO(S) ESPECÍFICO(S) O episódio A pedra da sorte faz parte da série de animação Connie, a vaquinha, que apresenta as aventuras de uma pequena vaca que descobre o mundo ao seu redor, aprendendo sobre plantas e animais. Neste episódio, a vaquinha Connie ajuda o cão Sargento em uma tarefa: distribuir aos seus amigos os alimentos que ele colheu na floresta. No entanto, Connie não se sente segura para realizar tal tarefa, até que encontra Belinda, a cabrinha, que lhe dá uma pedra da sorte. Quem a usar poderá fazer qualquer coisa que desejar. Assim, Connie aceita a tarefa. Ao voltarem para a fazenda, após a entrega de todos os alimentos, Connie e Mancha, o cão amigo que a acompanha na tarefa, encontram Belinda no caminho. Belinda confessa que a pedra não é mágica e que Connie conseguiu realizar todas as tarefas porque teve confiança em si mesma. 4. PALAVRAS-CHAVE Animação, infantil, confiança, vaquinha, floresta, animais.

2 5. ASPECTOS RELEVANTES DO VÍDEO A linguagem audiovisual utilizada no vídeo explora a imaginação como representação da história contada. O episódio levanta aspectos relacionados à natureza, sobretudo ressalta os sentimentos de autoconfiança, cooperação e solidariedade, fundamentais na vida em sociedade. 6. TÍTULO DO PROJETO/ ATIVIDADE O que já sei fazer, o que vou aprender. 7. EM QUAL FASE OU IDADE SERIA MELHOR APLICAR ESSE TRABALHO? Indicado para a faixa etária dos 3 aos 5 anos. 8. PRINCIPAIS CONCEITOS QUE SERÃO TRABALHADOS - Identidade - Autonomia - Capacidades expressivas e instrumentais do movimento - Linguagem oral, como expressão de opiniões e ideias - Representação gráfica: desenho - Autoconfiança 9. O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER OU DESENVOLVER COM ESTA ATIVIDADE - Desenvolver o conhecimento de si mesmo; - Desenvolver a expressão e intencionalidade dos movimentos nas situações cotidianas e em suas brincadeiras;

3 - Desenvolver os sentimentos de autoconfiança, solidariedade e cooperação; Desenvolver a autonomia; - Desenvolver a linguagem oral; - Desenvolver a representação gráfica por meio do desenho. 10. MATERIAL NECESSÁRIO PARA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE - TV; - Vídeo; - Papel ofício; - Lápis cera; - Canetas hidrocores grossas e finas; - Lápis de cor; - Cordas; - Bolas; - Cestas; - Colchonetes; - Bambolês. 11. DURAÇÃO DA ATIVIDADE Etapa 1: 45 minutos a uma hora Etapa 2: 30 minutos 12. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE Etapa 1: Assistir ao vídeo. Conversar sobre os aspectos que foram mais interessantes para as crianças, estimulando a expressão oral, por meio de suas opiniões e ideias. O professor deve chamar a atenção do grupo de

4 crianças para a cooperação entre os personagens a vaca Connie ajuda Sargento, o cão pastor, a realizar tarefas que não pode realizar naquele momento. Depois disso, o professor pode retornar a algumas cenas do filme: - 01m23s: Sargento pede a Connie que o ajude a entregar os alimentos aos amigos. O professor pode direcionar a conversa para a importância de ajudar os colegas quando estes não conseguem realizar algo ou quando precisam de ajuda. Salientar que existem ações que já aprendemos a fazer, outras que ainda iremos aprender e outras que podemos fazer melhor com a ajuda do outro. O professor deve conversar no sentido de levar o grupo a pensar sobre: o que significa ajudar o colega ou outras pessoas? Como podemos ajudar? Ajudar é fazer algo para alguém, é participar? Estimular para que as crianças falem sobre o assunto, elaborem e exponham suas ideias. Em seguida, o professor propõe às crianças um desafio: em dupla, terão que realizar uma tarefa: levar, em uma cesta, ovos (bolas pequenas confeccionadas com folhas de jornal amassadas envolvidas com fita adesiva). Para isso, o professor organizará espaços desafiadores em que as duplas terão que cumprir algumas tarefas e chegar juntas ao final. O planejamento dessa atividade poderá ser realizado em conjunto com o professor de Educação Física da instituição, se houver. As tarefas são: atravessar uma ponte (uma tábua sobre duas barras de madeira), subir e descer uma escada, rolar de uma colina (rolar sobre colchonetes), atravessar as tocas dos coelhos (bambolês organizados em círculos ou de outra forma), passar sobre a corda ao redor do formigueiro (um montinho de areia do parque). Ao final da travessia, as crianças que formam as duplas devem chegar juntas e aguardar a chegada das outras duplas. Caso o grupo de crianças seja

5 muito grande, evitando a espera prolongada das crianças e propiciando a vivência novamente da atividade, as duplas poderão reiniciar a travessia. É importante o professor apresentar o percurso completo às crianças, mostrando os desafios e as tarefas a serem cumpridas e ressaltar que a dupla deve permanecer junta até o final da atividade. As duplas podem iniciar a atividade uma após a outra, sem empurrar a dupla que estiver na frente. A decisão de qual a dupla inicia o desafio fica por conta do versinho de escolha (ver anexo). Esse tipo de atividade é próprio para lugares amplos, ao ar livre, como pátio ou parque da escola. Etapa 2: Relembrar com as crianças a atividade vivenciada no dia anterior, estimulando para que se expressem oralmente. Após, o professor pode propor ao grupo que registrem, por meio do desenho, o que vivenciaram. 13. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE A avaliação deve considerar a faixa etária das crianças e o desenvolvimento individual de cada uma. É importante que o professor avalie se as estratégias planejadas e os encaminhamentos feitos por ele foram adequados. Por meio dessa atividade, o professor poderá avaliar se a criança apresenta concentração ao assistir o filme; compreende o enredo da história; interage de forma cooperativa na atividade e nas relações com seus colegas; soluciona problemas; compreende a atividade proposta; demonstra autonomia para desenvolver a atividade proposta; representa a experiência por meio do desenho e quais os elementos representados.

6 14. DISCUSSÕES TEÓRICAS Para compreendermos com mais propriedade um dos objetivos a serem desenvolvidos nesta ficha, quais sejam, os sentimentos de solidariedade e cooperação, apresentamos abaixo alguns apontamentos que Martins (2007), Mukhina (2001) e Elkonin (1998) fazem sobre a formação moral e ética da personalidade. Por volta dos cinco anos, segundo Martins (2007), o jogo simbólico mantém-se como atividade principal da criança. Entretanto, ocorre uma aproximação dessa atividade com as atividades de produção (desenho, modelagem, construção de objetos, trabalhos manuais, entre outros), promovendo grande desenvolvimento psíquico. A criança passa a ter maior consciência de si e de seu entorno, alargando as possibilidades de sistematização de conhecimentos pelo professor. Assim, a criança conquista níveis mais avançados de sociabilidade, ampliando as formas e conteúdos das relações sociais estabelecidas. Por meio das relações sociais entre o real e o lúdico, as crianças aprendem a coordenar suas ações com as dos demais e a ajudar-se mutuamente (Mukhina, 2001). Ainda segundo esse autor, a criança agora passa a cumprir obrigações que o papel exige e a exercer os direitos em relação aos demais participantes do jogo. Durante a brincadeira, pode-se observar expressões como: isso pode, isso não pode, isso é assim, entre outras. Essa tomada de consciência pela criança exige acordos coletivos, ou seja, para seu atendimento é necessário levar em conta a opinião, os interesses e as possibilidades de ação dos outros. Para Elkonin (1998, p. 421), o jogo é escola moral, não de moral na ideia, mas

7 de moral na ação. Ao representar modelos de ações e relações, a criança não está apenas imitando, mas refletindo sobre seus conteúdos. 15. SUGESTÕES DE LEITURAS ARCE, A.; DUARTE, N. Brincadeira de papéis sociais na educação infantil: as contribuições de Vigotski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã, ELKONIN, D. Psicologia do jogo. São Paulo: Martins Fontes, MARTINS, L. M. Especificidades do desenvolvimento afetivo-cognitivo de crianças de 4 a 6 anos. In: ARCE, A.; MARTINS, L. M. (Orgs.). Quem tem medo de ensinar na educação infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Alínea, MUKHINA, V. Psicologia da idade pré-escolar. São Paulo: Martins Fontes, SAYÃO, Débora Thomé. Infância, prática de ensino de educação física e educação infantil. In: VAZ, Alexandre Fernandez; SAYÃO, Débora Thomé; PINTO, Fábio Machado (Orgs.). Educação do corpo e formação de professores: reflexão sobre a prática de ensino de educação física. Florianópolis: Editora da UFSC, p VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, Comentários de Ana Luiza Smolka.

8 16. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. 3v. Brasília: MEC/SEF, Volume 2: Formação Social e Pessoal. BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. 3v. Brasília: MEC/SEF, Volume 3: Conhecimento de mundo. ELKONIN, D. Psicologia do jogo. São Paulo: Martins Fontes, MARTINS, L. M. Especificidades do desenvolvimento afetivo-cognitivo de crianças de 4 a 6 anos. In: ARCE, A.; MARTINS, L. M. (Orgs.). Quem tem medo de ensinar na educação infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Alínea, MUKHINA, V. Psicologia da idade pré-escolar. São Paulo: Martins Fontes, CONSULTORA Graziela Maria Beretta López ANEXO Verso de escolha: Um, dois, três, quatro Por aqui passou um rato que entrou pelo buraco.

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