Revista Caatinga ISSN: X Universidade Federal Rural do Semi-Árido Brasil
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1 Revist Cting ISSN: X Universidde Federl Rurl do Semi-Árido Brsil FERREIRA XAVIER, ISABELLE; ANDRADE LEITE, GRAZIANNY; VALENTE DE MEDEIROS, ERIKA; DANTAS DE MORAIS, PATRÍCIA LÍGIA; MORAIS DE LIMA, LUCIANA QUALIDADE PÓS-COLHEITA DA MANGA 'TOMMY ATKINS' COMERCIALIZADA EM DIFERENTES ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ-RN Revist Cting, vol. 22, núm. 4, octubre-diciembre, 2009, pp Universidde Federl Rurl do Semi-Árido Mossoró, Brsil Disponível em: Como citr este rtigo Número completo Mis rtigos Home d revist no Redlyc Sistem de Informção Científic Rede de Revists Científics d Améric Ltin, Cribe, Espnh e Portugl Projeto cdêmico sem fins lucrtivos desenvolvido no âmbito d inicitiv Acesso Aberto
2 Universidde Federl Rurl do Semi-Árido Pró-Reitori de Pesquis e Pós-Grdução ISSN X (impresso) ISSN (online) QUALIDADE PÓS-COLHEITA DA MANGA TOMMY ATKINS COMERCIALIZADA EM DIFE- RENTES ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ-RN 1 ISABELLE FERREIRA XAVIER 2, GRAZIANNY ANDRADE LEITE 2, ERIKA VALENTE DE MEDEIROS 3*, PATRÍ- CIA LÍGIA DANTAS DE MORAIS 2, LUCIANA MORAIS DE LIMA 2 RESUMO O objetivo deste trblho foi vlir qulidde d mng Tommy Atkins comercilizd no município de Mossoró-RN. Os frutos form coletdos, letorimente, em três estbelecimentos comerciis (mercdo de grnde porte, feir livre e mercdo de pequeno porte). Em cd estbelecimento form relizds seis colets, distribuídos durnte os meses de gosto, setembro e outubro. Utilizou-se o delinemento experimentl em blocos csulizdos, com três trtmentos e seis repetições. Form utilizdos dois frutos por unidde experimentl pr nálises físico-químics e cinco frutos pr nálises fitoptológics. Os dis de colet form considerdos como blocos e os mercdos como trtmentos. Os frutos form vlidos pel mss, comprimento trnsversl, comprimento longitudinl, preço, prênci intern, prênci extern, firmez, sólidos solúveis, cidez titulável, relção sólidos solúveis e cidez titulável, incidênci e freqüênci de isolmento de fungos. Os frutos comercilizdos nos três estbelecimentos presentrm crcterístics físics e químics que os enqudrm no pdrão considerdo rzoáveis pr consumo in ntur de frutos d cultivr Tommy Atkins. Encontrouse lt incidênci de mnchs e/ou podridões, principlmente no mercdo de pequeno porte. Os fungos encontrdos n freqüênci de isolmento form os dos gêneros Colletotrichum, Alternri, Aspergillus, Lsiodiplodi e Rhizopus. Plvrs-chve: Mngifer indic. Mercdo. Incidênci. Fungos. POSTHARVEST QUALITY OF THE TOMMY ATIKINS MANGO COMMERCIALIZED IN DIF- FERENT COMMERCIAL ESTABLISHMENTS IN THE CITY OF MOSSORÓ-RN ABSTRACT The objective of this work ws to evlute the posthrvest qulity of the Tommy Atkins mngo commercilized in the city of Mossoró-RN. The fruits hd been collected, rndomized, in three commercil estblishments (Mrket of gret port, free Fir nd mrket of smll port). In ech estblishment 6 collections hd been crried through, distributed during the months of August, September nd October. The experimentl design ws blocks rndomized with three tretments nd six repetitions, two fruits for experimentl unit for physicist-chemistries nlyses nd five fruits for phytopthology nlyses. The dys of collection hd been considered s blocks nd the mrkets s tretments. The vribles nlyzed were: mss, longitudinl nd ventrl lengths, price, internl ppernce, externl ppernce, firmness, solubles solids, titrtble cidity, solubles solids nd titrtble cidity reltion, ph, incidence nd frequency of fungus isoltion. The fruits commercilized in the three estblishments hd presented physicl nd chemicl chrcteristics tht fit in the stndrd considered resonble for consumption in ntur of Tommy Atkins fruits. It ws found high incidence of spots nd/or podrition, minly in mrket C. The fungus found in the isoltion frequency hd been of the Colletotrichum, Alternri, Aspergillus, Lsiodiplodi nd Rhizopus. Keywords: Mngifer indic. Mrkets. Incidence. Fungus. * Autor pr correspondênci. 1 Recebido pr publicção em 09/10/2008; ceito em 21/07/ Universidde Federl Rurl do Semi-Árido (UFERSA), Cix Postl 137, , Mossoró-RN 3 Universidde Federl Rurl de Pernmbuco (UFRPE), Unidde Acdêmic de Grnhuns, v. Bom Pstor, s/n, , Grnhuns- PE; evmbio@hotmil.com
3 INTRODUÇÃO A mngicultur n região semi-árid destc-se no cenário ncionl, não pens pel expnsão d áre cultivd e do volume de produção, ms, principlmente, pelos ltos rendimentos lcnçdos e qulidde d mng produzid. É cultivd em todos os estdos do Nordeste, em prticulr ns áres irrigds, que presentm excelentes condições pr o desenvolvimento d cultur e obtenção de elevd produtividde e qulidde de frutos. Est cultur reveste-se de especil importânci econômic e socil, n medid em que envolve um grnde volume nul de negócios voltdos pr os mercdos interno e externo, e destc-se entre s culturs produzids no pís. Entretnto, perd pós-colheit de frutos tropicis no Brsil situ-se n ordem de 30% dos produtos comercilizdos (TAVARES, 2004). Dentre tis perds, o de ordem fitossnitári merece especil tenção hj vist ser um dos principis limitdores à comercilizção do fruto in ntur, principlmente s ocsionds por fungos (SILVEIRA et l., 2005). As moléstis de plnts são responsáveis por grndes perds ns culturs de importânci econômic, dentre s quis se destcm s doençs de pós-colheit em frutífers. Com isso s mngs oferecids se tornm pouco trtivs, e perdem vlor, pois, não presentm bo prênci, são comercilizds com desuniformidde de estágios de mturção, ficndo próxims de outros tipos de frutos, lém de serem rmzendos sem nenhum tipo de refrigerção e em locis poucos estrtégicos dos super-mercdos, tigindo temperturs reltivmente lts, reduzindo vid útil do fruto. Por isso, o objetivo deste trblho é de vlir qulidde pós-colheit d mng Tommy Atkins comercilizd em três estbelecimentos comerciis no Município de Mossoró, RN. MATERIAL E MÉTODOS Form utilizds mngs d cultivr Tommy Atkins. A vlição dos frutos foi relizd imeditmente pós colet ds mostrs. Esses form coletdos, letorimente, em três estbelecimentos comerciis no município de Mossoró. Em cd estbelecimento, form pré-determindos seis dis de colet durnte os meses de Agosto, Setembro e Outubro, sendo dus colets por mês. Utilizou-se delinemento experimentl em blocos o cso com três trtmentos e seis repetições, com o trtmento hierárquico em cinco repetições com cinco frutos cd. Os dis ds colets form considerdos como blocos e os locis de comercilizção como trtmentos. Os locis de comercide grnde porte, feir livre e mercdo de pequeno porte, semelhnte o utilizdo por (HAFLE, 2004). Os ddos form submetidos à nálise de vriânci e s médis dos ddos form seprdos pelo teste Tukey, o nível de 5% de probbilidde. As nálises form relizds pelo progrm computcionl Sistem pr Análise de Vriânci - SIS- VAR (FERREIRA, 2000). Form utilizds mngs d cultivr Tommy Atkins com gru de mturção tipo 4, n escl de cor d prte extern do fruto, citd por Amorim (2002), utilizndo escl de Blush pr colorção d csc (EBCC). Correspondendo escl 4 onde o percentul d cor vemelh do fruto situse entre 50% e 75% d cor vermelh d csc. E cor d polp com mis de 90% de cor lrnj, ou sej, n escl 5 conforme Filgueirs et l. (2000). As nálises físics e físico-químics nlisds form: mss (g), obtid por um blnç semi-nlític; comprimento longitudinl e trnsversl (cm), com o uxílio de um pquímetro; firmez d polp foi medid por meio d resistênci à penetrção usndo penetrômetro (Mc Cormick modelo FT 327; vlor máximo de leitur 30 Ib/pol 2 ), em regiões equtoriis (três determinções por fruto) d superfície do fruto desprovido de csc; sólidos solúveis, determindo com o uxílio de um refrtômetro digitl, modelo PR-100 Pllete d mrc ATAGO, de cordo com Assocition of Officil Anlyticl Chemists (2002); cidez titulável, determind por titulção d mostr com solução de NOH 0,1M té o ph 8,1, conforme metodologi do Instituto A- dolfo Lutz (1985), e os resultdos expressos em porcentgem de ácido cítrico. A prênci intern e extern foi vlid por método subjetivo, tribuindose nots de 1 5, de cordo com Miccolis e Sltveit (1995): 1,0 = usênci de mnchs ou lesões; 2,0 = 0% 10% com mnchs ou lesões (leve); 3,0 = 10% 30% com mnchs ou lesões (moderd); 4,0 = 30% 50% com mnchs ou lesões (sever); 5,0 = mis de 50% com mnchs ou lesões (extrem). N prênci intern foi observdo presenç de colpso interno e molecimento d polp, e n extern incidênci de mnchs e lesões. Pr s nálises fitoptológics, s mngs mostrds form lvds com detergentes e águ, colocdos sobre superfície de um plc de Pétri bert e postos pr secr durnte 30 minutos num câmr de fluxo lminr. Em seguid, form incubdos em câmr úmid, ou sej, o conjunto de frut e plc envolto por um plástico contendo um chumço de lgodão hidrófilo umedecido com águ esterilizd estéril (ADE). Após um período de 48h, s mngs form vlids por inspeções visuis sobre incidênci de doençs fúngics, crcterizds pel porcentgem de sintoms de doenç e/ou sinis de ptógenos em cd fruto. Pr tnto, foi dd um not pr cd fruto, por três vlidores. A frequênci de isolmento de fungos foi
4 que possuím sintoms de doençs e/ou sinis de fitoptógenos. Após permnênci de 48h em câmr úmid, s mngs form novmente lvds com águ e sbão e em seguid, desinfestdos com álcool 50%, hipoclorito de sódio 1,5% por um minuto cd e dus lvgens em ADE, onde form colocdos em ppel de filtro esterilizdo pr secr. Frgmentos d áre de trnsição ds lesões form retirdos e plquedos em meio Bttdextrose-àgr (BDA), crescido de ntibiótico. Cd plc continh 5 pontos de isolmento e cd frut possuí 2 plcs, totlizndo 10 pontos de isolmento por mng. As plcs form incubds em B.O.D. à 27ºC, fotoperíodo de 12h, durnte 8 dis, qundo então procedeu-se à identificção em microscópio óptico e quntificção d frequênci dos fungos, possíveis cusdores ds doençs. RESULTADOS E DISCUSSÃO As mngs do mercdo A presentrm mior mss do fruto diferindo esttisticmente ds mngs dos mercdos B e C n qul não diferirm entre si (Tbel 1). Segundo Torres (2001), mss dos frutos d cultivr Tommy Atkins ltern entre 300g 700g, proximndo-se dos vlores obtidos no trblho que obtiverm médi entre 416, ,72. A mss correlcion-se bem com o tmnho do produto e constitui um crcterístic vrietl. Ao tingirem o pleno desenvolvimento, s fruts devem presentr mss vriável dentro dos limites típicos d cultivr, os quis são bstnte flexíveis (CHITARRA; CHITARRA, 2005). Tbel 1. Crcterístics físics e vlor de vend d mng comercilizd em Mossoró RN, Locl MF CL CT (g) (cm) (cm) R$ Mercdo A 514,72 16,50 29,02 1,51 Mercdo B 416,05 b 15,49 b 26,98 b 1,22 b Mercdo C 418,10 b 16,20 b 26,15 b 1,06 b C.V.(%) 17,30 7,74 6,64 12,83 Médis seguids d mesm letr, n colun, não diferem entre si pelo teste Tukey 5% de probbilidde. Not: MF mss do fruto; CL - comprimento longitudinl; CT comprimento longitudinl; CT comprimento trnsversl. Em relção o comprimento longitudinl ds mngs, houve vrição ns médis entre os mercdos de 15,49 cm 16,50 cm. Os frutos do A presentrm o mior comprimento longitudinl diferindo esttisticmente dos frutos do B que presentrm o menor comprimento. Os frutos do C form iguis esttisticmente os dos A e B (Tbel 1). Segundo Torres (2001), o comprimento obtido foi 15 cm, vlor proximdo os obtidos no trblho. O comprimento trnsversl ds mngs oscilrm entre 26,15 cm e 29,02 cm. O mercdo A presentou frutos com mior comprimento trnsversl, diferindo esttisticmente dos frutos dos mercdos B e C, que se presentrm iguis esttisticmente. O preço médio do fruto foi mior no mercdo A (R$ 1,51) seguido dos frutos do B (R$ 1,22) e C (R$ 1,06), pesr dos mercdos B e C não diferirem esttisticmente, somente diferem do mercdo A, explicdo por ser o mercdo de grnde porte. Em qulquer produto grícol, os preços são um reflexo d ofert. Em gerl, um elevção n ofert crret redução nos preços. Em relção à prênci extern os frutos do mercdo de grnde porte (A) presentrm mior médi, distiguindo-se dos frutos dos mercdos B e C, que não diferirm significtivmente (Tbel 2). O comprometimento d prênci pode ter ocorrido desde o mu mnejo n lvour, modo de colheit, montomento dos frutos em cminhões, n emblgem em cixs de mdeir, té os frutos serem colocdos ns prteleirs dos supermercdos sem cuiddo, em tempertur mbiente, prejudicndo prênci do fruto. Neste cso, o mercdo de grnde porte possui um funcionário responsável pel seleção e descrte dos frutos deteriordos, não permitindo que esses fiquem em contto com os produtos de bo qulidde, o que não contece com os de feir livre (B) e no estbelecimento de pequeno porte (C).
5 Tbel 2. Aprênci extern e crcterístics físico-químics d mng comercilizd em Mossoró-RN. Locl AE Fir (N) SST (%) AT (%) SST/AT C, Zn e B. Qunto à firmez não houve diferenç significtiv entre os três mercdos (Tbel 2). Est vriável é considerd um dos tributos de importânci n qulidde de frutos, já que fet su resistênci o trnsporte, às técnics de conservção póscolheit e tque de microorgnismos (JERÔNIMO et l., 2007). Lim et l. (2006) observrm vlor 33,3N de firmez, equivlente o obtido nest pesquis. Observ-se que os vlores médios de sólidos solúveis dos três mercdos vrirm entre 13% e 14,95% (Tbel 2). O A e B presentrm frutos com mior teor de sólidos solúveis diferindo esttisticmente do C, que presentou o menor teor nos frutos nlisdos. Jerônimo et l. (2007), encontrou o vlor de 13,02% pr sólidos solúveis em mng, estndo de cordo com o presente trblho. Silv e Menezes (2001) obtiverm vlores que vrirm entre 13,40% e 15,10%, corroborndo os resultdos obtidos no tul trblho. A cidez titulável vlid nos frutos, não presentou vrição significtiv esttisticmente nos três mercdos, vrindo de 0,19% 0,25%. Jerônimo et l. (2007), encontrou 0,47%, vlor proximdo do encontrdo no tul trblho. Lim et l. (2006), que verificou 0,26%, vlor próximo os obtidos no presente trblho. Souz et l. (2006), observou o vlor de 0,33% proximndo-se do resultdo obtido n presente pesquis. Os vlores d relção SS/AT vrirm de 78,31 86,30. Os frutos dos três mercdos não presentrm diferenç esttisticmente. Souz et l. (2006), obteve o vlor de 57,55, inferior o obtido no tul trblho. Jerônimo et l. (2007) obteve o vlor de 27,46, bem bixo do vlor encontrdo no tul trblho. A relção SST/ATT é mis representtiv que medição isold de çúcres ou d cidez, pois ess relção dá um bo idéi do equilíbrio entre esses dois componentes, ou sej, do sbor do fruto (CHITARRA e CHITARRA, 2005). Em relção o ph os resultdos não diferirm significmente entre os frutos dos três locis de vend (Tbel 2). Brunini et l. (2002) comprovrm um vrição de 4,04 4,28, próximos os encontr- Estbelecimento A 2,03 b 29,64 14,95 0,23 78,31 4,70 Estbelecimento B 2,10 b 25,87 14,30 0,19 86,30 4,82 Estbelecimento C 2,48 32,27 13,00 b 0,25 74,48 4,63 C.V.(%) 19,98 55,19 12,87 48,79 39,53 7,43 Médis seguids d mesm letr, n colun, não diferem entre si pelo teste Tukey 5% de probbilidde. Not: AP prênci extern; Fir firmez do fruto; SST sólidos solúveis totis; AT cidez titulável ph Segundo Jerônimo et l. (2007), prênci extern é um ftor fundmentl em frutos destindos o mercdo in ntur, por ser ftor de trtividde e exercer influênci diret sobre escolh do consumidor, que tem preferênci por cultivres que tem csc de colorção com tendêncis à vermelh. Segundo Torres (2001) prênci extern de mngs vriou de 2,0 3,0 estndo de cordo com o presente trblho. A prênci extern dos frutos vri bstnte de cordo com o trtmento que o fruto recebe desde colheit té chegr às mãos do consumidor finl. Portnto, ftores como forms de colheit, trnsporte e emblgem, influencim significtivmente n prênci do fruto, rzão provável d diversificção observd nos prâmetros de medid dess vriável. Considerndo prênci intern, observse que pesr dos frutos presentrem um bo prênci extern, um porcentgem presentrm colpso interno. Segundo Silv e Menezes (2001), o colpso interno result n perd de orgnizção celulr, e é crcterizdo pel degrdção totl ou prcil d polp. Esse problem tem ocsiondo séris perds econômics, principlmente por ser de difícil detecção, sendo n miori ds vezes detectdo pens pelo consumidor finl. Tods esss lterções ocorrem n prte intern do fruto, sem qulquer expressão extern. Su ocorrênci em mng ind não é totlmente esclrecid. A hipótese mis provável é o desequilíbrio nutricionl cusdo pel escssez de cálcio e grvdo pelo excesso de nitrogênio. Vle considerr os tipos de colpso interno encontrdos n pesquis. Bsicmente, o colpso mnifestou-se ns forms de molecimento d polp tingindo em torno de 2% e escurecimento d polp próximo o croço em torno de 1,11%. Alguns frutos, inclusive, presentrm dois tipos de mnifestção (molecimento d polp e escurecimento d polp próximo o croço). Contudo pesr d verificção de lguns frutos injuridos pelos sintoms de colpso interno, não se observou, no gerl, um grnde incidênci, já que pens cinco frutos presentrm o distúrbio, representndo 2,77% do totl de frutos do experimento, sendo portnto, percentul extremmente menor do que o encontrdo por Vz (1990), que foi mior que 50% do totl de frutos
6 encontrou vlores semelhntes o obtido nest pesquis. A mng é considerd um fruto ácido, com miori ds cultivres presentndo vlores de ph bixo de 4,5 (BERNIZ, 1984). Houve diferenç significtiv (P = 0,05) entre os mercdos nlisdos no que diz respeito à incidênci de doençs em 48h de submissão ds mngs em câmr úmid (Figur 1). Estbelecimentos C B A Incidênci (%) Figur 1. Percentgem d incidênci de doençs em fruts de mng comercilizds em Mossoró-RN, submetidos 48 hors de câmr úmid. As fruts de mngueir que são comercilizds no município de Mossoró, principlmente no mercdo C, presentrm lt incidênci de dnos pós-colheit qundo vlido em 48h de câmr ú- mid, pois, de cordo com médi ds três vlições visuis sobre incidênci de doençs, 68% ds fruts vlids do mercdo C possuím incidênci de pequens mnchs, enqunto que no mercdo A, que obteve menor médi de incidênci, de 15,2%. Os três mercdos nlisdos mntém os frutos em tempertur mbiente, em locis não estrtégicos, dos supermercdos, encurtndo vid útil do fruto, rmzenndo-os em prteleirs, pr que sejm comercilizdos, onde ficm próximos de outrs culturs, não tem nenhum tipo de emblgem especil, sendo que o mercdo de pequeno porte (C) presentv pior specto visul, ftor de grnde interferênci no processo de comercilizção dos frutos. Ftores como tempertur e umidde são bstnte relevntes no surgimento de doençs fúngics pós-colheit, em decorrênci disto, os frutos devem ser mnipuldos de form evitr ferimentos provocdos por choques e btids, torndo port de entrd de ptógenos. Os fungos encontrdos no isolmento form: Colletotrichum gloeosporioides, Alternri lternt, Aspergillus spp., Lsiodiplodi theobrome e Rhizopus (Figur 2). Além desses fungos encontrdos, Silveir et l. (2005) cit os gêneros Botrytis, Dotriorell, Mucor, Phomopsis, Stemphylium e Pestlotiiopsis. Rhizopus spp. Lsiodiplodi theobrome b b Fungos Aspergillus spp. Alternri lternt b C B A Colletotrichum gloeosporioides Frequênci de isolmento (%) Figur 2. Freqüênci de isolmento de fungos, possíveis cusdores de doençs pós-colheit em fruts de mngueir
7 O fungo Colletotrichum gloeosporioides foi encontrdo em todos os estbelecimentos vlidos. Tl fungo cus ntrcnose (ÁNGEL et l., 2006), doenç conhecid como mis sever em condições de pós-colheit (OLIVEIRA et l., 2006). Infecções cusds por este fungo podem ser inicids ind em cmpo, ficndo ltentes que hj condições fvoráveis o desenvolvimento de seus sinis e/ou sintoms (GOMES, 1996), ou ser infectds de form tiv. O fungo Lsiodiplodi theobrome é o - gente cusl d doenç podridão bsl dos frutos d mngueir cujos sintoms são lesões escurs n bse dos frutos com bordos bem definidos, podendo rchr com o tempo e expor polp (CUNHA et l., 2000). Este fungo foi isoldo nos três mercdos, sendo mior no mercdo C, com 35% de isolmento. O fungo Alternri lternt (FR.: Fr.) keissl. infecção pode ocorrer em qulquer fse de desenvolvimento do fruto. Os sintoms são mnchs circulres o redor ds lenticels, que é por onde o fungo penetr. As mnchs crescem e se juntm podendo cobrir grnde prte do fruto. Inicilmente lesão fet um pouco polp, e medid que evolui se torn mis profund (FILGUEIRAS et l., 2000). Aspergillus spp. Foi encontrdo em grnde quntidde nos frutos de todos os estbelecimentos, principlmente no estbelecimento B, cuj médi d freqüênci de isolmento foi 81,33%. Este fungo cus doenç, em pós-colheit, denomind podridão cfé d mng, porém é considerdo um ptógeno secundário, um vez que penetr trvés de ferids, durnte o mnejo dos frutos (OLIVEIRA, 2006). CONCLUSÕES As mng, cultivr Tommy Atkins, comercilizds nos estbelecimentos de Mossoró RN, no período de gosto outubro de 2007, presentm, de modo gerl, crcterístics físics e químics que se enqudrm no pdrão considerdo ceitável pr seu consumo in ntur. Tendo s mngs do mercdo de pequeno porte, se destcdo com menor teor de sólidos solúveis e melhor prênci extern; Foi encontrd lt incidênci de mnchs e/ou podridões, principlmente no mercdo de pequeno porte, lém de incidênci bix de colpso interno, em fruts de mngueir comercilizds nos mercdos de Mossoró RN; N freqüênci de isolmento, encontrm-se os fungos dos gêneros Colletotrichum, Alternri, Aspergillus, Lsiodiplodi e Rhizopus. REFERÊNCIAS AMORIM, T.B.F. Colheit e pós-colheit: mnejo e O gronegócio mng: produção e mercdo. Vitóri d Conquist: UESB/DFZ, p CD- ROM. ÁNGEL, D.N. et l. Enfermeddes del mngo. In: OLIVEIRA, S. M. A. et l. (Eds.). Ptologi Póscolheit: Fruts, olerícols e Ornmentis tropicis. Cp.28 p ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY. Officil methods of nlysis of the Assocition of Officil Anlyticl Chemistry. 17. ed. Wshington: AOAC, 2002, 1115p. BERNIZ, P.J. Avlição Industril d Vrieddes de Mng (Mngifer indic L.) pr Elborção de Néctr f. Dissertção (Mestrdo em Ciênci e Tecnologi de Alimentos) - UFV, Viços, BRUNINI, M.A.; DURIGAN, J.F.; OLIVEIRA, A.L. de. Avlição ds lterções em polp de mng 'Tommy-Atkins' congelds. Revist Brsileir de Fruticultur, v.24, n.3, CHITARRA, M.I.F.; CHITARRA, A.B. Póscolheit de fruts e hortliçs: fisiologi e mnuseio. 2.ed. rev. e mpl. Lvrs: UFLA, p. CUNHA, M.M; SANTOS FILHO, H.P.; NASCI- MENTO, A.S. (Org.) Mng: Fitossnidde. EM- BRAPA Mndioc e Fruticultur (Cruz ds Alms, BA). Brsíli: Embrp Comunicção pr trnsferênci de tecnologi, p. (Fruts do Brsil, 6). FERREIRA, D.F. Anlises esttístics por meio do Sisvr pr Windows versão In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃO BRASILEIRA DA SOCIE- DADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45., 2000, São Crlos. Progrms e resumos... São Crlos, SP: UFSCr, p FILGUEIRAS, H.A.C. et l. Colheit e mnuseio pós-colheit. In: FILGUEIRAS, H.A.C. et l. Fruts do Brsil: mng. pós-colheit. Fortlez: Embrp Agroindustril Tropicl, p GOMES, M.S.O. Conservção pós-colheit: fruts e hortliçs. Brsíli. Embrp-SPI p. HAFLE, O.M. Crcterizção e Qulidde d Bnn Comercilizd no Município de Souz, Príb f. Monogrfi (Especilizção) - Universidde Federl de Lvrs, UFLA, Lvrs. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Norms nlítics, métodos químicos e físicos de limentos. 3.ed. São
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