XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012
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1 XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águs de Lindói de Agosto de 212 Alterntivs de Controle pr Redução de Grãos Ardidos n Cultur do Milho Erik Nyr Tomcheski Diniz Alves 1, An Lur Guimrães Verdolin 2, Rodrigo Vérs d Cost 3, Lucino Vin Cot, Dgm Dionísi d Silv e Osni Alves d Silv 6 1,2 Acdêmics do Centro Universitário de Sete Lgos - UNIFEMM e 1 bolsist do CNPq/Pibic. 1 eriktomcheski28@hotmil.com e 2 nne_gv@hotmil.com 3,,, 6 Embrp Milho e Sorgo. Sete Lgos, MG. 3 vers@cnpms.embrp.br, lvcot@cnpms.embrp.br, dgm@cnpms.embrp.br e 6 osni@cnpms.embrp.br RESUMO As podridões de espig e grãos rdidos estão entre s principis doençs d cultur do milho. O presente trblho teve como objetivo vlir o efeito d resistênci genétic e densidde de plntio n incidênci de grãos rdidos n cultur do milho. O experimento de resistênci genétic foi conduzido ns ciddes de Indinópolis - MG e Gurd - Mor MG. O experimento de densidde de plntio foi conduzido n cidde de Sete Lgos MG. Relizou-se identificção e quntificção dos grãos rdidos ds mostrs de grãos colhidos nos experimentos. Foi relizdo o Teste de Ptologi de Sementes, trvés do método do ppel de filtro umedecido, pr identificção dos fungos ssocidos à ocorrênci de grãos rdidos. Foi identificdo cultivres com lto nível de resistênci grãos rdidos. O umento d densidde de plntio resultou em umento n incidênci de grãos rdidos. Bsedo nos resultdos obtidos conclui-se que resistênci genétic é um lterntiv viável de controle de fungos que tcm s espigs e o umento n densidde de plntio influênci n incidênci de grãos rdidos n cultur do milho. Plvrs-chve: Ze mys L., genótipo, resistênci genétic, densidde de plntio, ptógeno. Introdução O milho (Ze mys L.) é um ds principis culturs destind à limentção humn e niml devido à su composição químic e lto vlor nutritivo. Este cerel, lém de sus plicções limentícis, é utilizdo como mtéri-prim pr produção de diversos tipos de produtos que presentm relevânci no setor comercil de vários píses (DUARTE et l., 28). A produtividde do Brsil é bix em relção à de outros píses produtores, e um dos ftores que contribuem pr ess bix produtividde são s doençs, que podem ocorrer em condições de cmpo e de rmzenmento (DUARTE et l., 28). Dentre s doençs que fetm produção e qulidde do milho destcm-se s podridões de espig, s quis estão ssocids à incidênci de grãos rdidos (PINTO, 2; CASELA et l., 26). Os grãos de milho são considerdos rdidos qundo ocorre descolorção de pelo menos um qurto d superfície dos grãos. As perds relcionds com grãos rdidos podem ser quntittivs (grãos de menor peso) e qulittivs (relcionds com qulidde nutricionl dos grãos). Nos grãos rdidos pode ind ocorrer produção de micotoxins, 87
2 dependendo do ptógeno presente nos grãos. Atulmente s groindústris dotm como pdrão de qulidde, tolerânci máxim de 6% pr grãos rdidos, em lotes comercis de milho (PINTO, 27). Os grãos rdidos em milho são o reflexo ds podridões de espigs, cusds principlmente pelos fungos presentes no cmpo: Stenocrpell mydis (Diplodi mydis), Stenocrpell mcrospor (Diplodi mcrospor), Fusrium verticillioides (F. moniliforme), F. subglutinns, F. grminerum, F. sporotrichioides e Gibberell zee. Ocsionlmente, no cmpo, há produção de grãos rdidos pelos fungos Penicillium oxlicum, Aspergillus flvus e A. prsiticus. (PINTO, 27). O tque de ptógenos fúngicos ns espigs e grãos result tnto em perds quntittivs qunto em perds qulittivs d produção, portnto o objetivo do trblho foi vlir o efeito d resistênci genétic e densidde de plntio n incidênci de grãos rdidos e quis ptógenos estão ssocidos o precimento de grãos rdidos n cultur do milho. Mteril e Métodos Com relção à eficiênci d resistênci genétic n redução de grãos rdidos em milho, form nlisds mostrs de grãos de milho de experimentos conduzidos ns locliddes de Indinópolis - MG e Gurd-Mor MG. Os plntios form relizdos em 12/11/27 e 1/11/27, respectivmente. Os experimentos form conduzidos em delinemento experimentl de blocos o cso, com 38 e 31 trtmentos (genótipos de milho), respectivmente, e dus repetições. Cd prcel foi constituíd de dus linhs de cinco metros, com espçmento de,7 metros entre linhs e médi de plnts/metro liner. O experimento pr vlição d influênci d densidde de plntio n incidênci de grãos rdidos foi conduzido n sfr 21 em Sete Lgos MG, considerndo diferentes densiddes de plnts (, 6 e 7 plnts/h). O experimento foi plntdo em /1/21 e form vlidos os cultivres Attck, DKB3 e BRS13. As mostrs de milho colhids no cmpo (g 1g de cd prcel) form encminhds pr o Lbortório de Fitoptologi, seprds visulmente e nlisds pr identificção e quntificção de grãos rdidos. Bsedo no número totl de grãos e no peso totl de grãos d mostr clculou percentgem de grãos rdidos n mostr. A prtir dos grãos considerdos rdidos form relizdos testes de ptologi de sementes. Pr tl, os grãos são, inicilmente, desinfestdos por meio d imersão em hipoclorito de sódio 2% por cinco minutos. Em seguid, form lvdos dus vezes em águ 88
3 destild esterilizd e, posteriormente, plquedos em cixs tipo gerbox contendo ppel de filtro umedecido com Ágr-Águ % (PINTO, 27). As cixs gerbox form mntids em tempertur mbiente pr estimulr germinção dos grãos e pós 2 h form trnsferidos pr freezer um tempertur de - ºC, por um período de 2 hors pr evitr germinção ds sementes. Posteriormente, s cixs gerbox form levds à câmr de incubção justd à tempertur de 2 ºC e fotoperíodo de 12 hors. Após 12 dis, procedeu-se à identificção e à quntificção dos ptógenos que estvm presentes nos grãos, com o uxílio de um microscópio estereoscópio e de um microscópio binoculr. Resultdos e Discussão Com relção à eficiênci d resistênci genétic n redução de grãos rdidos no milho, os resultdos ds vlições ds cultivres e dos híbridos experimentis demonstrrm um grnde vrição n ocorrênci de grãos rdidos qunto à reção dos genótipos de milho. Em Indinópolis, houve um vrição entre,% e 2,%, já em Gurd-Mor 16 genótipos presentrm menores vlores de grãos rdidos, não diferindo entre si (Tbel 1). Form identificdos genótipos ltmente resistentes os ptógenos cusdores de grãos rdidos nos dois ensios conduzidos. Em Indinópolis, os genótipos Sócrtes, BX11, AGN3A6 e DX8 presentrm os menores vlores de percentgem de grãos rdidos, cujs médis não diferirm entre si (Tbel 1). Nesse locl, os miores vlores de percentgem de grãos rdidos form observdos nos genótipos DSS-Cmpeão, XBX 72161, GNZX 7 e CD 38. Em Gurd - Mor, MG, os genótipos HS7263, 3E7-, ASR12 e AGN2A6 presentrm os miores vlores de grãos rdidos. Esses resultdos demonstrm que o efeito d resistênci genétic é considerdo um bo estrtégi no controle de doençs cusdors de grãos rdidos. Os genótipos de milho não diferirm qundo incidênci de fungos cusdores de grãos rdidos (P>,). Os principis fungos detectdos nos grãos form Fusrium verticillioides (86% e 88% de incidênci pr os grãos colhidos em Gurd Mor e Indinópolis, respectivmente) e Penicillium spp. (12% e 17% de incidênci pr os grãos colhidos em Gurd Mor e Indinópolis, respectivmente). No primeiro experimento em que se vliou o efeito d densidde de plntio form observds diferençs significtivs entre os cultivres. Mior incidênci de grãos rdidos foi verificd n cultivr BRS13 (Figur 1) e os demis cultivres não presentou diferenç 8
4 significtiv entre si. De cordo com os resultdos, influênci de plntio n incidênci de grãos rdidos é dependente do cultivr utilizdo. As miores incidêncis de grãos rdidos form observds ns miores densiddes de plntio pr os cultivres BRS13 e DKB3, sendo estes mis suscetíveis (Figur 1). Pr o cultivr Attck, que presentou-se como mis resistente, não foi verificdo diferenç entre s densiddes de plntio qunto à incidênci de grãos rdidos. Conclusão Bsedo nos resultdos obtidos, conclui-se que incidênci de grãos rdidos em milho depende d resistênci genétic, que é um lterntiv viável de controle de fungos que tcm s espigs. O umento ds densiddes de plnts resultou no umento d incidênci de grãos rdidos, portnto, recomend-se, ind, utilizção d populção de plnts recomendds pr cd cultivr, evitndo-se utilizção de elevds densiddes de plntio pr cultivres suscetíveis os fungos cusdores de grãos rdidos. Agrdecimentos À Embrp pel oportunidde de estágio e o CNPq/Pibic pel concessão ds bolss de inicição científic juntmente com FAPEMIG. Litertur Citd CASELA, C. R.; FERREIRA, A. d S.; PINTO, N. F. J. de A. Doençs n cultur do milho. Sete Lgos: Embrp Milho e Sorgo, p. (Embrp Milho e Sorgo. Circulr técnic, 83). COSTA, R. V.; COTA, L. V.; ROCHA, L. M. P.; NOLASCO, A. A. R.; SILVA, D. D.; PARREIRA, D. F.; FERREIRA, P. Recomendção de cultivres de milho pr resistênci grãos rdidos. Sete Lgos: Embrp Milho e Sorgo, p. (Embrp Milho e Sorgo. Circulr técnic, 1). DUARTE, J. O.; CRUZ, J. C.; GARCIA, J. C.; MATTOSO, M. J. Economi d produção. In: CRUZ, J. C. (Ed.). Cultivo do milho.. ed. Sete Lgos: Empres Milho e Sorgo, 28. (Embrp Milho e Sorgo. Sistems de produção, 1). Disponível em: < mi.htm>. Acesso em: mr HENNING, A. A. Ptologi e trtmento de sementes: noções geris. 2. ed. Londrin: Embrp Soj, 2. Disponível em: < Acesso em mr.
5 212. PINTO, N. F. J. de A. Grãos rdidos em milho. Sete Lgos: Embrp Milho e Sorgo, 2. 6 p. (Embrp Milho e Sorgo. Circulr técnic, 66). PINTO, N. F. J. de A. Reção de cultivres com relção à produção de grãos rdidos em milho. Sete Lgos: Embrp Milho e Sorgo, 27. p. (Embrp Milho e Sorgo. Comunicdo técnico, 1). Tbel 1. Incidênci de grãos rdidos (%) em 38 cultivres de milho no experimento de Indinópolis-MG e em 31 cultivres de milho do experimento de Gurd-Mor-MG. Indinópolis - MG Gurd-Mor - MG Cultivres % Grãos rdidos Cultivres % Grãos rdidos SOCRÁTES, BX1382,28 BX11,3 Dx,1 AGN3A6,76 1D23,6 Dx 8 6,6 ASV87,73 KSPK2 7,37 b AS1 1, 2E7 8,2 bc GNZX 732 1,17 3E7 8,28 bc GNZX 7 1,2 3F3 8,7 bc SOCRÁTES 1,38 CD 382,2 bcd AS167 1,6 ASR12,37 bcd BX11 1,88 AS167, bcd DSS 11 1,1 KSPK8,8 bcd CD 36 2,6 GNZX 733 1,6 bcd BM 81 2,11 EXP113 1,7 bcd EXP113 2,18 SHS 8 1,7 bcd CD 31 2,22 XGN , bcd AS17 2,23 DSS 11 11, bcd EXP2FXX,6 b 6 AS17 11, bcd Dx 8,21 bc CD 38 11, bcd 2B77,8 bcd SHS 12,1 bcd DSS-CAMPEÃO,8 bcd XGN , bcd SHS 8,1 bcd EXP2FXX 13,3 bcd AS12 7,73 bcd 8 SHS 8 13,8 bcd GNZX 73 7,8 bcd 2 2B77 1,2 bcd SHS 8,7 bcd 2 1D23 1,2 6 bcd GNZX 733 1,2 bcde 1
6 GNZX 73 1,2 GNZX 73 1, CD 37 1,7 AS1 16,2 HS , 3 GNZX ,3 AGN2A6 18,3 AS12 1, CD 36 1, DSS- 1,8 CAMPEÃO XBX ,3 GNZX 7 23, CD 38 2, bcd XBX ,8 bcde bcd XGN ,11 bcde bcd HS ,7 bcde bcd 3E7 18, cde bcd ASR12 18,72 de bcd AGN2A6 23, e bcd bcd bcd bcd bcd cd d (%) Grãos rdidos 3, 2, 2, 1, 1,, b b b b, ATTACK DKB3 BRS Figur 1. Médi d percentgem de grãos rdidos em três genótipos de milho plntdos com três densiddes de plntio. As médis seguids d mesm letr, pr cd cultivr, não diferem entre si pelo teste de Tukey % de probbilidde. 2
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