Infestação de Holopotripes fulvus em cajueiro-anão (1).

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1 Infestção de Holopotripes fulvus em cjueiro-não (1). Gbriel Priscil de Sous Mciel (2) ; Dimitri Mtos Silv (3) ; Nivi d Silv Dis- Pini (4) ; Polin Mrtins Durte (5) ; Frncisco Vidl ds Chgs Neto (6) ; Mri Goretti Arújo de Lim (7). (1) Trblho executdo com recursos d Embrp Agroindústri Tropicl. (2) Grdund em Agronomi, Universidde Federl do Cerá, Fortlez, CE. mcielpriscilgbi20@hotmil.com; (3) Engenheiro Agrônomo, M.Sc. em Ciêncis do Solo, Universidde Federl do Cerá; (4) Biólog, D.Sc. em Entomologi, pesquisdor d Embrp Agroindústri Tropicl; (5) Engenheir Agrônom, mestrnd em fitotecni, Universidde Federl do Cerá; (6) Engenheiro Agrônomo, D.Sc. em Agronomi, pesquisdor d Embrp Agroindústri Tropicl (7) Engenheir Agrônom D.Sc. em Agronomi, Professor d Universidde Estdul do Cerá. RESUMO: O cjueiro é um importnte plnt cultivd no Brsil, tendo expressiv representtividde de produção no nordeste, porém recentemente foi consttd um prg ssocid cultur, cusndo dnos e vrids injúris em cjueiro-não no município de Pcjús no Cerá, dinte disso o trblho teve como objetivo vlir o gru de infestção de Holopotripes fulvus em genótipos de cjueiro-não. As vlições form relizds durnte os meses de setembro novembro de 2016, por meio d intensidde dos dnos em condições de cmpo. O delinemento foi em blocos csulizdos com 35 trtmentos (genótipos) e 8 repetições (vlição mensis) os ddos obtidos form submetidos à nálise de vriânci, e s médis comprds pelo teste de Scott-Knott o nível de 5% de probbilidde. A nálise esttístic feit pelo gru de Infestção dividiu os genótipos em três grupos: mis infestdos, CAP-Pro 115/5, CAP-Pro 120/4, CAP- Pro 131/2, os que presentrm infestção intermediári: CAP-Pro 145/7, CAP-Pro 130/1, CCP 76, CAP-H 128/2, CAP-Pro 805/4, CAP-Pro 145/2, CAP-Pro 121/1, CAP-Pro 123/6, CAP-Pro 120/2, CAP-MG 51, CAP- Pro 112/8, CAP-Pro 111/3, CAP-MG 170, CAP-Pro 161/7, CAP-Pro 155/2, CAP-Pro 105/5, CAP-Pro 158/8 e CAP-Pro 157/2 e os menos infestdos: CAP-MG 92, CAP-MG 31, CAP-MG 71, CAP-Pro 143/7, CAP MG 155, CAP-H 111/2, CAP-MG 120, CAP-MG 165, CAP-H 106/1, CAP-H 127/3, CAP-Pro 163/8, BRS 226, CAP-Pro 150/3 e CAP-Pro 113. Pode-se concluir que ns condições experimentis é possível diferir os genótipos menos preferidos por H. fulvus. Termos de indexção: Ancrdium ocidentle, Thysnopter. INTRODUÇÃO O cjueiro (Ancrdium occidentle L.) é um Ancrdice ntiv do Brsil (Vidl Neto et. l. 2015), tendo como principis produtos de expressão econômic mêndo comestível e o líquido d csc d cstnh (LCC) (Oliveir, 2008). A região Nordeste, detém 90% do totl d cstnh produzid no Brsil, sendo fortemente representdo pelos estdos do Cerá, Rio Grnde do Norte e Piuí (IBGE, 2016). As espécies de tripes fitófgs tcm grnde vriedde de plnts, principlmente s cultivds (Medeiros & Vills Bôs, 2016). Holopothrips Hood é um gênero que ocorre gerlmente em áres tropicis, tulmente é composto por 35 espécies (ThripsWiki, 2016). Desde o no de 2015 plnts de cjueiro-não loclizds no Cmpus Experimentl d Embrp, no município de Pcjus-CE, vem sofrendo dnos cusdos pel espécie Holopothrips fulvus (Morgn, 1929). Est espécie liment-se ds folhs ocsionndo mnchs necrótics, posteriormente tornm-se mrelds e murchs. Tmbém dnificm s inflorescêncis e o pseudofruto (LIMA et. l. 2016, no prelo).

2 Pr o mnejo dess prg, os cjucultores não dispõem de métodos de controle. Dentre s lterntivs viáveis pr o controle de rtrópodes-prg, está busc por desenvolver cultivres resistentes, por meio de progrms de melhormento genético ds culturs. Assim, o objetivo deste trblho foi vlir infestção de Holopotripes fulvus em genótipos de cjueiro-não. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi relizdo no Cmpo Experimentl d Embrp Agroindústri Tropicl, em Pcjus-CE (4 10'35"S e 38 28'19"W; 79 m de ltitude)(figur 1). Avliou-se durnte os meses de outubro, novembro e dezembro o gru de infestção de Holopotripes fulvus em genótipos de cjueiro-não, com bse nos sintoms de dnos crcterísticos de tripes em folhs. A vlição er feit d seguinte form: erm observdos rmos do terço médio d plnt, onde erm escolhidos letorimente 10 rmos e ddo not de cordo com o gru do sintom detectdo n miori dos rmos. Fonte: A) Google mps. B;C) utor. Figur 1. A) áre experimentl onde foi relizdo o estudo; B) colôni de Holopotripes fulvus n folh; C) dultos de holopotripes fulvus. Pcjus-CE, 2016 A áre experimentl foi implntd em 2011, com espçmento 8m x 6m e delinemento em blocos csulizdos, com 35 trtmentos e 8 repetições (um plnt por prcel) totlizndo 280 plnts, em um áre de 1,344 h. As nots form vlids pel fórmul de Ksper (1965):, onde: GI = gru de infestção %; n = not d escl; f = frequênci ds nots (número de vezes em que um not foi dd em cmpo); Z = vlor numérico d not máxim n escl; N = totl de observções. As nots form tribuíds com bse n intensidde do dno mostrdo pel folh em um escl que vriou de 0 4: 0= folh sdi, 1= folhs com 25% de sintom de tque, 2= folhs com 50% de sintom de tque, 3= folhs com 75% de sintom de tque, 4= folhs com 100% de sintom de tque e com cor mrel (Figur 2). O delinemento pr o experimento em estudo foi em blocos csulizdos com 35 trtmentos (genótipos) e 3 repetições (vlição mensis). Pr o cálculo do gru de infestção form usds s 8 repetições dos genótipos (plnts). Os ddos form submetidos à nálise de vriânci, e s médis comprds pelo teste de Scott-Knott o nível de 5% de probbilidde.

3 CAP Pro-115/5 CAP Pro-120/4 CAP Pro-131/2 CAP Pro-145/7 CAP Pro-130/1 CCP 76 CAP H-128/2 PRO Pro-805/4 CAP Pro-145/2 CAP Pro-121/1 CAP Pro-123/6 CAP H-120/2 CAP MG 51 CAP Pro-112/8 CAP Pro-111/3 CAP MG-170 CAP Pro-161/7 CAP Pro-155/2 CAPPro-105/5 CAP Pro-158/8 CAP Pro-157/2 CAP MG-92 CAP MG 31 CAP MG-71 CAP Pro-143/7 CAP MG-155 CAP H-111/2 CAP MG-120 CAP MG-165 CAP H-106/1 CAP H-127/3 CAP Pro-163/8 BRS 226 CAP Pro-150/3 CAP MG-113 Gru de Infestção (%) Fonte: utor. Figur 2. Dnos em folhs de cjueiro pós tque de Holopotrips fulvus. A) folh sdi (Not 0); B) folhs com 25 % de sintom de tque (Not 1); C) folhs com 50 % de sintom de tque (Not 2); D) folhs com 75 % de sintom de tque (Not 3); E) folhs com 100 % de sintom de tque e com cor mrel (Not 4). RESULTADOS E DISCUSSÃO Houve diferençs significtivs no gru de infestção obtido nos diferentes genótipos, o que ocsionou formção de três grupos, os mis infestdos: CAP-Pro 115/5, CAP-Pro 120/4, CAP-Pro 131/2; os que presentrm infestção intermediári: CAP-Pro 145/7, CAP-Pro 130/1, CCP 76, CAP-H 128/2, CAP-Pro 805/4, CAP-Pro 145/2, CAP-Pro 121/1, CAP-Pro 123/6, CAP-Pro 120/2, CAP-MG 51, CAP-Pro 112/8, CAP-Pro 111/3, CAP-MG 170, CAP-Pro 161/7, CAP-Pro 155/2, CAP-Pro 105/5, CAP-Pro 158/8 e CAP-Pro 157/2 e os que presentrm menor infestção: CAP-MG 92, CAP-MG 31, CAP-MG 71, CAP-Pro 143/7, CAP MG 155, CAP-H 111/2, CAP-MG 120, CAP-MG 165, CAP-H 106/1, CAP-H 127/3, CAP-Pro 163/8, BRS 226, CAP-Pro 150/3 e CAP-Pro 113 (Figur 3) b b b b b b b c c c c c c c c c c c d d d d d d d d d d d d d d Genótipos Fonte: utor. Figur 3. Gru de infestção de Holopotripes fulvus em diferentes genótipos de cjueiro-não. Médis seguids pel mesm letr não diferem entre si pelo teste de Scott Knott 5% de probbilidde, Pcjus- CE, 2016 Os genótipos mis promissors, serem indicds o Progrm de Melhormento Genético do

4 Cjueiro, são CAP-MG 92, CAP-MG 31, CAP-MG 71, CAP-Pro 143/7, CAP MG 155, CAP-H 111/2, CAP-MG 120, CAP-MG 165, CAP-H 106/1, CAP-H 127/3, CAP-Pro 163/8, BRS 226, CAP-Pro 150/3 e CAP-Pro 113, pois form os menos preferidos pel prg. Como lterntiv o controle dess prg, o uso de plnts resistentes pode ser um método eficz, pois reduz s populções bixo do nível de dno econômico e não promove desequilíbrio no groecossistem (Boiç et l., 2012). Enfocndo-se o controle de H. fulvus em cjueiro por meio de resistênci vrietl, verific-se que poucos trblhos de vlição d resistênci form relizdos ness cultur. Form testdos genótipos comerciis e não-comerciis como os trblhos de Gomes Filho (2016) com Crimiss crurlis (Coleopter, Chrysomelide) e Aleurodicus cocois (Hemipter: Aleyrodide), em condições de cmpo e lborátorio (Sntos, 2016). O presente estudo present comprção de resultdos de 35 genótipos diferentes, contribuindo ssim pr o progrm de melhormento genético do cjueiro, pel expressão de crcterístics de resistênci pel não preferênci pr limentção em mis de um genótipo, permitindo o melhorist opções n escolh de genótipos pr o desenvolvimento de vrieddes resistentes. CONCLUSÕES Ns condições experimentis, os genótipos CAP-MG 92, CAP-MG 31, CAP-MG 71, CAP-Pro 143/7, CAP MG 155, CAP-H 111/2, CAP-MG 120, CAP-MG 165, CAP-H 106/1, CAP-H 127/3, CAP-Pro 163/8, BRS 226, CAP-Pro 150/3 e CAP-Pro 113 são os menos preferidos por H. fulvus. AGRADECIMENTOS À Embrp Agroindústri Tropicl pel concessão d bols de estágio. REFERÊNCIAS BOIÇA, A. L.; SOUZA, B. H. S.; BOTTEGA, D. B.; RODRIGUES, N. E. L.; COSTA, E. N.; RIBEIRO, Z. A. Resistênci de plnts e produtos nturis no controle de prgs em culturs grícols. In: BUSOLI, A. C.; GRIGOLLI, J. F. J.; SOUZA, L. A.; KUBOTA, M. M.; COSTA, E. N.; SANTOS, L. A. O.; NETTO, J. C.; VIANA, M. A. (Ed.). Tópicos em entomologi grícol. Jboticbl: Gráfic Multipress Ltd, p GOMES FILHO, A. A. H. Resistênci de clones de cjueiro-não à Crimiss crurlis stll 1858 (coleopter, chrysomelide) e observções bioecológics (Trblho de Conclusão de Curso Universidde Federl do Cerá) Fortlez, p. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, Levntmento Sistemático d Produção Agrícol: pesquis mensl de previsão e compnhmento ds sfrs grícols do no civil. Rio de Jneiro. pp LIMA, M. G. A.; DIAS-PINI N. S.; LIMA, É. F. B.; MACIEL, G. P. S.; VIDAL-NETO, F. C. Identifiction nd pest sttus of Holopothrips fulvus (Thysnopter: Phleothripide) on dwrf-cshew crops in northestern Brzil, No prelo. MEDEIROS M. A.; VILLAS BÔAS G. L. Árvore do Conhecimento, Tomte, tripes. Disponível em: < cesso em 21 fev MORGAN A.C. A new genus nd five new species of Thysnopter foreign to the United Sttes. Proceedings of the Entomologicl Society of Wshington p OLIVEIRA, V. H. de. Cjucultur. Revist Brsileir de Fruticultur, v.30, p.1-3, SANTOS, E. S. Resistênci de clones de cjueiro à mosc-brnc-do-cjueiro Aleurodicus cocois (Curtis, 1846) (Hemipter: Aleurodide) e spectos biológicos do inseto. (Dissertção de mestrdo-ufc) p. THRIPSWIKI. <ThripsWiki-providing informtion on the World s thrips. Avilble t:

5 ccesso em 15 dezembro 2016). VIDAL NETO, F. C.; BARROS, L, M.; MELO, D. S.; CRISÓSTOMO, J. R.; PAIVA, W. O.; PAIVA, J. R. Origem, Clssificção Botânic e Vrieddes, In: O produtor pergunt, Embrp responde, 2 ed. Brsíli, DF: Embrp, p.