POPULAÇÃO DE PLANTAS DE MILHO IRRIGADO POR ASPERSÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO RESUMO

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Luiza Estrela
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1 POPULAÇÃO DE PLANTAS DE MILHO IRRIGADO POR ASPERSÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO Lendro CERVO 1, Reimr CARLESSO 2, Sidnei O. JADOSKI 1, Zolmir FRIZZO 3, Mrinice RODRIGUES 1 RESUMO O objetivo deste trblho foi vlir o comportmento de plnts de milho irrigds e submetids diferentes mnejos d águ de irrigção e populções de plnts. O experimento foi conduzido em áre do Deprtmento de Engenhri Rurl d Universidde Federl de Snt Mri, no no grícol de 1997/98. O delinemento experimentl foi inteirmente csulizdo, biftoril (4x2), com qutro repetições. Os trtmentos coistirm de qutro mnejos d águ (sem irrigção e plicção de irrigção qundo evpotrpirção máxim d cultur, determind prtir d evporção do tnque clsse A, indicv vlores cumuldos de 15, 3 e 45 mm) e dus populções de plnts (6. e 75. plnts h -1 ). Diferençs no rendimento de grãos e crcterístics morfológics ds plnts de milho não form observds entre os qutro mnejos d águ de irrigção. Isto provvelmente foi devido s elevds precipitções pluviis ocorrids durnte o ciclo de desenvolvimento d cultur, fenômeno climático El Niño, resultndo em somente n plicção de dus irrigções de 15mm. Mior rendimento de grãos e índice de áre folir ds plnts de milho foi observd n populção de 75. plnts h -1. Entretnto, cumulção de mss sec nos colmos e folhs e ltur ds plnts form semelhnte pr s dus populções de plnts. INTRODUÇÃO O número de plnts por unidde de áre ou deidde de plnts é um importnte ftor pr o cultivo do milho irrigdo. Pequens lterções n populção de plnts normlmente ocsionm vrições negtivs ou positivs no rendimento de grãos. A populção ótim de plnts depende de um série de ftores, principlmente d cultivr, fertilidde e disponibilidde hídric do solo (Silv, 1992). Mudstock & Silv (199) recomendm populção de plnts h -1 pr 1 Engenheiro Agrônomo, luno do Progrm de Pós-Grdução em Engenhri Agrícol d UFSM. 2 Engenheiro Agrônomo, bolsist do CNPq, Professor Titulr do Deprtmento de Engenhri Rurl d UFSM, Snt Mri RS Alun do Curso Agronomi d UFSM.

2 áres irrigds. Pr áres não irrigds, segundo Diz (1991), populção de plnts normlmente utilizd pelos gricultores é coiderd bix. A irrigção é essencil pr o desenvolvimento ds culturs em regiões que não presentm bo distribuição ds precipitções, pois permite regulr o ftor águ d produção, não possibilitndo que águ disponível no solo sej reduzid níveis que representem condição de déficit hídrico. N miori ds vezes, irrigção é executd de form indequd, contribuindo pr obtenção de bixs produtividdes e, como coeqüênci, ument significtivmente os custos de produção. Mour et l. (1993) destcm que o sucesso d irrigção envolve muito mis ftores do que somente itlção e operção de um sistem de irrigção. Atulmente há crescente interesse no mnejo d águ de irrigção trvés de ddos climtológicos. Esse controle do momento de irrigr necessit de informções sobre cpcidde de rmzenmento de águ no solo, precipitção e evporção durnte estção de crescimento (Lemos & Chudhry, 1992). Segundo Mtzenuer & Sutili (1983), o coumo de águ pel cultur depende dos seguintes ftores, condições meteorológics, conteúdo de águ no solo, tipo de solo e crcterístics d plnt (áre folir, sistem rdiculr e ltur d plnt). A determinção d lâmin de águ ser plicd em cd irrigção vri com cultur, tipo de solo, époc do no, condições climátics e estádio de desenvolvimento ds plnts. É fundmentl, portnto, o conhecimento ds relções existentes entre o rendimento de grãos, níveis de mnejo d águ de irrigção e o uso coultivo d cultur pr diferentes condições climátics, edáfics e de cultivo. O objetivo desse experimento foi vlir o comportmento de plnts de milho submetids à diferentes mnejos d águ de irrigção e populção de plnts no sistem de cultivo plntio direto. MATERIAIS E MÉTODOS O experimento foi desenvolvido em áre experimentl do Deprtmento de Engenhri Rurl, Centro de Ciêncis Ruris, d Universidde Federl de Snt Mri. O tipo fundmentl de clim que predomin n região é o cf, temperdo chuvoso de cordo com clssificção climátic de Koeppen (Moreno, 1961). O solo do locl, pertence unidde de mpemento São Pedro, clssificdo como Podzólico Vermelho-Amrelo. Os trtmentos coistirm de dus populções de plnts (6. e 75. plnts h -1 ) e qutro mnejos d águ de irrigção (sem irrigção e plicção de irrigção qundo evpotrpirção máxim d cultur, estimd prtir do tnque clsse A, indicv vlores cumuldos de 15, 3 e 45 mm). O delinemento experimentl utilizdo foi o inteirmente

3 csulizdo com qutro repetições. Prcels de 4 x 6 metros form irrigds individulmente por um sistem de microspersão. A cultivr de milho Pioneer 363 foi semed em linhs espçds em um metro, no di 11 de dezembro de 1997 e, emergênci ocorreu em 16 de dezembro. Relizou-se dubção prtir d nlise químic do solo. Por ocsião d semedur form plicdos 25 kg N h -1, 6 kg P 2 O 5 h -1 e 5 kg K h -1 e, 8 kg de N h -1 em cobertur os 25 dis pós emergênci ds plnts (DAE). Aos cinco DAE form selecionds três plnts por prcel pr determinções não destrutivs d áre folir, ltur e senescênci ds plnts. A determinção d áre folir foi relizd, desde o precimento ds folhs no crtucho, té o surgimento d binh. A áre folir foi clculd trvés do produto do comprimento pel lrgur máxim de cd folh, multiplicdo pelo coeficiente de,75 (Stickler et l., 1961). A ltur foi determind coiderndo-se distânci verticl entre o nível do solo e binh mis elevd ds plnts. As observções de senescênci ds folhs form relizds, em cd folh, visulmente, estbelecendo um escl de 1%, que correspondim às folhs verdes e totlmente senescentes, respectivmente. O índice de áre folir foi determindo pel rzão entre áre folir fotossinteticmente tiv ds plnts e áre superficil de solo ocupd pel plnt. A mss sec d prte áre ds plnts foi determind n ntese e colheit. As plnts de milho form seprds em colmos, folhs e grãos. As plnts form colocds em estuf mntid tempertur de 65 C té mss cotnte. O rendimento de grãos foi corrigido pr 13% de umidde. Os resultdos form nlisdos esttisticmente trvés d nálise de vriânci e s diferençs entre s médis dos trtmentos form comprds pelo teste de Duncn em nível de significânci de 5%. RESULTADOS E DISCUSSÃO Diferençs significtivs entre os qutro mnejos d águ de irrigção e interção mnejos d irrigção x populção de plnts não form observds pr o índice de áre folir, ltur ds plnts, rendimento de grãos e cumulção de mss sec n prte ére ds plnts. Este comportmento ocorreu porque somente dus irrigções de 15 mm form plicds durnte todo o ciclo de desenvolvimento ds plnts de milho. Elevds precipitções pluviis form observds durnte o período de condução do experimento, pel ocorrênci do fenômeno climático El Niño. O índice de áre folir ds plnts de milho foi mior com utilizção de um populção de 75. plnts h -1. Entretnto, este umento no índice de áre folir ns plnts não ocsionou incremento n ltur ds plnts (Figur 1).

4 6 Indice de áre folir (IAF) mil plnts/h 75 mil plnts/h * ** * * * * * * * * * * * * * * Altur de plnts (cm) mil plnts/h Dis pós emergênci (DAE) 75 mil plnts/h Dis pós emergênci Figur 1. Índice de áre folir e ltur ds plnts de milho submetids diferentes mnejos d águ de irrigção e populções de plnts. Snt Mri, RS, A mss sec de colmos e de folhs ds plnts de milho vlids n ntese ds plnts e colheit não form fetds pelo umento n populção de plnts de 6. pr 75. plnts h -1 (Figur 2). Entretnto, o umento n populção de plnts de milho irrigdo por spersão umentou significtivmente o rendimento de grãos d cultur (Figur 2). CONCLUSÕES O umento n populção de plnts de milho (Pioneer 363), irrigdo por spersão, de 6. pr 75. plnts h-1 ument o índice de áre folir ds plnts e o rendimento de grãos d cultur.

5 Rendimento de grãos (Kg h -1 ) Mss sec (g plnt -1 ) Folh ntese Colmo ntese Folh finl Colmo finl Populção de plnts (1) Figur 2. Rendimento de grãos e cumulção de mss sec de folhs e colmos n ntese e colheit de plnts de milho submetids diferentes mnejos d águ de irrigção e populções de plnts. Snt Mri, RS, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIAZ, M.E.G. Mnejo d cultur do milho. In: I Simpósio Ctrinee sobre cultur do milho. Chpecó-SC: Empsc, p LEMOS, E.L.A, CHAUDHRY, F.H. Prâmetros meteorológicos n progrmção d irrigção. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA. Anis...Snt Mri: UFSM, v.2 A, MORENO, J.A. Clim do Rio Grnde do Sul. Porto Alegre, Secretri d Agricultur, p. MATZENAUER, R.; SUTILI, V.R. A águ n cultur do milho. Ipgro Inform, Porto Alegre, RS, n.26, p.17-32, 1983.

6 MOURA, M.V.T.; BOTREL, T.A.; FRIZZONE, J.A. Determinção do coumo de águ n cultur d cenour. Engenhri Rurl, Pircicb, v.4, p.89-11, MUDSTOCK, C.M.; SILVA, P.R.F. Mnejo d cultur do milho. Porto Alegre. UFRGS, p. SILVA, P.R.F. Deidde e rrnjo de plnts em milho. XIX Congresso Ncionl de Milho e Sorgo. Porto Alegre: SAA,SCT,ABMS STICKLER, F.C.; WEARDEN, S.; PAULI, A.W. Lef re determintion in grin sorghum. Agronomy Journl, Mdison, v. 53, p , 1961.

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