Módulo I Ondas Planas. Reflexão e Transmissão com incidência normal Reflexão e Transmissão com incidência oblíqua

Documentos relacionados
Eletromagnetismo II. Prof. Daniel Orquiza. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho

Eletromagnetismo Aplicado

Eletromagnetismo Aplicado Propagação de Ondas Eletromagnéticas

Dinâmica do Movimento de Rotação

EXERCÍCIOS DE RECUPERAÇÃO PARALELA 4º BIMESTRE

3. Um protão move-se numa órbita circular de raio 14 cm quando se encontra. b) Qual o valor da velocidade linear e da frequência ciclotrónica do

31/05/17. Ondas e Linhas

ESPELHOS E LENTES ESPELHOS PLANOS

Física. Setor A. Índice-controle de Estudo. Prof.: Aula 37 (pág. 88) AD TM TC. Aula 38 (pág. 88) AD TM TC. Aula 39 (pág.

ESPALHAMENTO ELETROMAGNÉTICO POR CORPOS DIELÉTRICOS USANDO FUNÇÕES DE BASE SOLENOIDAIS TRIDIMENSIONAIS. Sérgio A. Carvalho e Leonardo S.

Física C Intensivo V. 2

Eletromagnetismo II. Prof. Daniel Orquiza. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho

Eletromagnetismo Aplicado Propagação de Ondas Guiadas Guias de Onda - 1/2

Física E Extensivo V. 6

Resoluções dos exercícios propostos

F-128 Física Geral I. Aula exploratória-10b UNICAMP IFGW

Eletromagnetismo II. Prof. Daniel Orquiza. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho

Eletromagnetismo. Energia Eletromagnética

Aula 6: Corrente e resistência

Atividade em Soluções Eletrolíticas

Fone:

Prof. Lorí Viali, Dr.

Capítulo 26: Corrente e Resistência

Capítulo 9 Rotação de corpos rígidos

Algarismos Significativos Propagação de Erros ou Desvios

Capítulo 24: Potencial Elétrico

2 - Análise de circuitos em corrente contínua

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA

γ = C P C V = C V + R = q = 2 γ 1 = 2 S gas = dw = W isotermico

2 Principio do Trabalho Virtual (PTV)

Notas Processos estocásticos. Nestor Caticha 23 de abril de 2012

Conhecimentos Específicos

INTERFERÔMETRO DE MICHELSON

3.6. Análise descritiva com dados agrupados Dados agrupados com variáveis discretas

FUNDAMENTOS DE ROBÓTICA. Modelo Cinemático de Robôs Manipuladores

Análise Complexa Resolução de alguns exercícios do capítulo 1

Resoluções dos testes propostos

Física Geral I F Aula 3 Escalares e Vetores. Segundo semestre de 2009

Física Geral I - F Aula 12 Momento Angular e sua Conservação. 2º semestre, 2012

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES

F-128 Física Geral I. Aula exploratória-11b UNICAMP IFGW

INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Engenharia de Lorena EEL

Na figura, são dados os vetores a, b e c.

Robótica. Prof. Reinaldo Bianchi Centro Universitário FEI 2016

Cristina Caldeira 97. Tem-se assim uma decomposição da região Q em mkq paralelipípedos rectangulares

ÓPTICA GEOMÉTRICA ÓPTICA REFLEXÃO MEIOS DE PROPAGAÇÃO DA LUZ. Estuda os fenômenos luminosos, sem se interessar com sua natureza.

Problemas Propostos. Frações mássicas, volúmicas ou molares. Estequiometria.

Capítulo 30: Indução e Indutância

Questão 01. Assinale, então, a estimativa da energia total acumulada no campo elétrico dessa parede. a) 0,7 ev b) 1,7 ev c) 7,0 ev d) 17 ev e) 70 ev

Aula 10: Corrente elétrica

2010 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved. Prof.: Anastácio Pinto Gonçalves Filho

( ) F 1 pode ser deslocado de. M = r F. Mecânica Geral II Notas de AULA 2 - Teoria Prof. Dr. Cláudio S. Sartori. MOMENTO DE UM BINÁRIO.

Curso de extensão, MMQ IFUSP, fevereiro/2014. Alguns exercício básicos

Eletromagnetismo. Distribuição de grandezas físicas: conceitos gerais

- Eletrônica Analógica 1 - Capítulo 2: Fundamentos dos transistores bipolares de junção (TBJ)

Engenharia Civil/Mecânica Cálculo 3-3º semestre de 2012 Profa Gisele A.A. Sanchez

F-328 Física Geral III

Prof. Lorí Viali, Dr.

Órion MARATONA UFG FÍSICA. (Leonardo) NOME: Lista 03

2ª PARTE Estudo do choque elástico e inelástico.

Resolução. Capítulo 32. Força Magnética. 6. C Para que não haja desvio devemos garantir que as forças magnética ( F M. ) e elétrica ( F E

CORRELAÇÃO E REGRESSÃO

1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA

Estudo de Curto-Circuito

Circuitos Elétricos. 1) Introducão. Revisão sobre elementos. Fontes independentes de tensão e corrente. Fonte Dependente

1 P r o j e t o F u t u r o M i l i t a r w w w. f u t u r o m i l i t a r. c o m. b r

Problemas sobre Ondas Electromagnéticas

Aula 7: Circuitos. Curso de Física Geral III F-328 1º semestre, 2014

Capítulo 9. Colisões. Recursos com copyright incluídos nesta apresentação:

3. CIRCUITOS COM AMPOP S UTILIZADOS NOS SAPS

Cap. 6 - Energia Potencial e Conservação da Energia Mecânica

F-128 Física Geral I. Aula Exploratória Cap. 3.

INTRODUÇÃO A TEORIA DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

CQ110 : Princípios de FQ

Física I LEC+LET Guias de Laboratório 2ª Parte

Resoluções dos exercícios propostos

CQ110 : Princípios de FQ

X = 1, se ocorre : VB ou BV (vermelha e branca ou branca e vermelha)

Análise de Regressão

Indutores ou bobinas: criam campos magnéticos numa dada região do circuito.

TABELAS E GRÁFICOS PARA VARIÁVEIS ALEATÓRIAS QUANTITATIVAS CONTÍNUAS

MATEMÁTICA LISTA DE EXERCÍCIOS NÚMEROS COMPLEXOS

Exercícios de Eletromagnetismo II

ANÁLISE DAS TENSÕES TÉRMICAS EM MATERIAIS CERÂMICOS. Palavras-chave: Tensões térmicas, Propriedades variáveis, Condução de calor, GITT

Filtros são dispositivos seletivos em freqüência usados para limitar o espectro de um sinal a um determinado intervalo de freqüências.

Análise Descritiva com Dados Agrupados

14. Correntes Alternadas (baseado no Halliday, 4 a edição)

58 Textos de Apoio de Análise Matemática IV 2003/2004. Tem-se assim uma decomposição da região rectangular R em mk rectângulos

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS

CONCEITOS INICIAIS DE ESTATÍSTICA MÓDULO 2 DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA - ELEMENTOS Prof. Rogério Rodrigues

Mecânica dos Solos I prof. Agda A ÁGUA NO SOLO 1. INTRODUÇÃO 2. CONSERVAÇÃO DA ENERGIA. u γ. v htotal 2. LEI DE DARCY

1 Objetivo da experiência: Medir o módulo da aceleração da gravidade g no nosso laboratório com ajuda de um pêndulo simples.

Trocas radiativas entre superfícies: recintos fechados com meio não participativo

Eletromagnetismo II. 1 Equações de Maxwell. Antonio Carlos Siqueira de Lima Primeira Lista de Exercícios

Realimentação negativa em ampliadores

7 - Distribuição de Freqüências

Matemática. Veículo A. Veículo B. Os gráficos das funções interceptam-se quando 50t = 80t

Expansão livre de um gás ideal

AULA 4. Segundo Quartil ( Q observações são menores que ele e 50% são maiores.

Transcrição:

Módulo I Ondas Planas Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Temos consderado o comportamento de campos em város meos, nclundo meos sem perdas, com perdas, bons condutores e condutores perfetos. Cabe, agora, estudarmos o fenômeno da reflexão das ondas planas ncdndo de forma normal e oblíqua, a partr do espaço lvre, em um materal arbtráro, para o qual z > 0, e os parâmetros consttutvos são, μ e σ, conforme fgura abaxo. campo ncdente campo transmtdo campo refletdo

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Esta análse é necessára porque, na prátca, ondas planas encontram obstáculos em seus camnhos. Um exemplo é o que ocorre quando uma onda de luz ncde sobre um espelho: uma grande parte da luz é refletda, sendo que uma parcela é transmtda, com a parte transmtda sendo rapdamente atenuada nas costas do espelho (as costas do espelho são metalzadas, e a profunddade de penetração no metal é pequena). A ntensdade da onda transmtda ou refletda depende dos parâmetros consttutvos dos dos meos envolvdos (, μ e σ). Para o caso da ncdênca normal, a frontera plana que separa os dos meos é perpendcular à dreção de propagação da onda.

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Consderemos que a onda plana ncdente tem campo elétrco harmônco no tempo, orentado (polarzado) em x, e está se propagando na dreção z. O campo ncdente é, então, dado por E z, t = E 0 e α 1z cos ωt β 1 z Onde E 0 é a ampltude da ntensdade de campo em z = 0 (posção da frontera entre os meos 1 e 2). 4

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Os fasores dos campos ncdentes, refletdos e transmtdos são dados por: Campos ncdentes E s = E 0 e α 1z e jβ 1z Campos refletdos E s r = E 0 r e α 1z e jβ 1z Campos transmtdos E s t = E 0 t e α 2z e jβ 2z H s = E 0 e α1z e jβ 1z j η 1 H r s = E 0 r e α1z e jβ 1z j H t η s = E 0 t e α2z e jβ 2z j 1 η 2 5

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Consderando que deve haver contnudade dos campos em uma frontera (z = 0) E tan1 = E tan2 (campo tangencal no meo 1 = campo tangencal no meo 2) E tan1 E tan2 H tan1 = H tan2 (na ausênca de corrente superfcal na nterface) H tan1 H tan2 O campo elétrco total no meo 1 deve ser gual ao campo elétrco total do meo 2 em z = 0, assm E 0 e α 1z e jβ 1z + E 0 r e α 1z e jβ 1z = E 0 t e α 2z e jβ 2z E 0 e α 1(0) e jβ 1(0) + E 0 r e α 1(0) e jβ 1(0) = E 0 t e α 2(0) e jβ 2(0) E 0 + E 0 r = E 0 t (1),, ou Da mesma forma para o campo magnétco total, logo E 0 r t E 0 = E 0 η 1 η 1 η 2 (2) a onda refletda do campo magnétco sempre tem snal trocado

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal 7 Coefcente de Reflexão e Coefcente de Transmssão De (2), temos que Substtundo os termos, temos que (equação (1)) na equação acma, e arranjando sendo Coefcente de Reflexão sendo Coefcente de Transmssão

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Coefcente de Reflexão e Coefcente de Transmssão Campos ncdentes Campos refletdos Campos transmtdos E s = E 0 e α 1z e jβ 1z E s r = E 0 r e α 1z e jβ 1z E s t = E 0 t e α 2z e jβ 2z H s = E 0 e α1z e jβ 1z j η 1 H r s = E 0 r e α1z e jβ 1z j H t η s = E 0 t e α2z e jβ 2z j 1 η 2 E 0 t = E 0 E 0 r = E 0 E s r = E 0 e α 1z e jβ 1z H r s = E 0 e α1z e jβ 1z j η 1 E s t = E 0 e α 2z e jβ 2z H t s = E 0 e α2z e jβ 2z j η 2

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Meo 1: Espaço lvre Meo 2: Delétrco sem perdas ( = 0 e/ou = 0) Constante de propagação: Comprmento de onda: Velocdade de fase: Impedânca ntrínseca: Para materal sem perdas, η é real. Γ e τ são reas. 9

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Meo 1: Espaço lvre Meo 2: Delétrco sem perdas ( = 0 e/ou = 0) Impedânca Intrínseca: Para materal sem perdas, η é real, logo Γ e τ são reas, e E e H estão em fase em ambas as regões. A conservação de energa pode ser demonstrada calculando o vetor de Poyntng nas duas regões. P ave z < 0 = P ave z > 0 P ave = 1 2 E 0 2 1 η 1 (1 Γ 2 ) k (a potênca útl é conservada) 10

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Meo 1: Espaço lvre Meo 2: Delétrco com perdas (caso geral) Constante de propagação: γ = jω με = jω με 1 j σ ωε = Re γ β = Im γ = + j Comprmento de onda: λ = 2π/β Velocdade de fase: u p = /β Impedânca ntrínseca: = jωμ/ η é complexa, logo E e H estão defasados do ângulo da mpedânca Γ e τ são complexos. 11

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Meo 1: Espaço lvre Meo 2: Delétrco com perdas (caso geral) Impedânca Intrínseca: = jωμ/ P ave z < 0 P ave z > 0 P ave = 1 2 E 0 2 1 η 1 (1 Γ 2 ) k P ave = 1 2 E 0 2 1 η 1 (1 Γ 2 ) e 2αz k Na nterface (z = 0), a potênca méda P ave é preservada, cfe. acma. À dreta da nterface, a densdade de potênca deca exponencalmente de acordo com o fator de atenuação e 2αz. Isso sgnfca que a potênca é dsspada em materas com perdas, à medda que a onda se propaga no meo, na dreção +z. 12

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Meo 1: Espaço lvre Meo 2: Bom condutor ( >> ou >> ) Constante de propagação: γ = (1 + j) ωμσ 2 Comprmento de onda: Velocdade de fase: Impedânca ntrínseca: η é complexa, com fase 45, logo E e H estão defasados de 45. Γ e τ são complexos. 13

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Meo 1: Espaço lvre Meo 2: Bom condutor ( >> ou >> ) Impedânca Intrínseca: P ave z < 0 P ave z > 0 P ave = 1 2 E 0 2 1 η 1 (1 Γ 2 ) k P ave = 1 2 E 0 2 1 η 1 (1 Γ 2 ) e 2αz k Na nterface (z = 0), a potênca méda P ave é preservada, cfe. acma. À dreta da nterface, a densdade de potênca deca exponencalmente de acordo com o fator de atenuação e 2αz. Isso sgnfca que a potênca é dsspada em materas com perdas, à medda que a onda se propaga no meo, na dreção +z. 14

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Ondas Estaconáras O meo que contém a onda ncdente também contém a onda refletda, em função da reflexão que ocorre na frontera. A superposção das duas ondas produz um padrão de onda estaconára, como exbdo na fgura abaxo. Neste exemplo temos uma onda E = 1cos(ωt βz) V/m ncdndo na frontera z = 0, que apresenta um coefcente de reflexão Γ = Como Γ = 0,5 = E 0 r E 0, a onda nstantânea total no meo 1 é E = cos ωt βz + 0,5cos(ωt + βz) E 0 r E 0 = 0,5. Para o caso mostrado na fgura, E vara de 0.5 a 1.5 a cada z = /4 15

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Ondas Estaconáras Em uma onda estaconára, a dferença entre máxmos e mínmos é /4. E = cos ωt βz + 0,5cos(ωt + βz) E = 1e jβz + 0.5e jβz = ejβz e jβz (1e jβz +0.5e jβz ) E = 1 + 0.5e2jβz e jβz = 1 + 0.5e 2jβz = 1 + 0.5e 2j 2π λ z = 1 + 0.5e j4π λ z E z 1+1(0.5) =1.5 0 1-1(0.5) = 0.5 - /4 1+1(0.5) =1.5 - /2 1-1(0.5) = 0.5-3 /4 1+1(0.5) =1.5 -

Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Ondas Estaconáras Relação de Onda Estaconára A razão entre a ampltude máxma e a ampltude mínma da onda estaconára é conhecda como relação de onda estaconára (ROE). ROE = E max E mn ROE = 1 + Γ 1 Γ 17

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Consderemos o caso em que uma onda plana unforme, ao se propagar, ncda oblquamente na nterface entre o meo 1 e o meo 2. Os meos 1 e 2 são meos delétrcos e sem perdas. Observe na fgura ao lado, que o ângulo de ncdênca é θ, o ângulo de reflexão é θ r, e o ângulo de transmssão é θ t. Incdênca Oblíqua Há dos caso a consderar: Polarzação paralela Polarzação perpendcular 18

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Incdênca Oblíqua Polarzação Paralela Para este caso, o campo elétrco está no plano xz, conforme a fgura ao lado. Observe que o vetor campo elétrco está contdo no plano xz, enquanto que o vetor campo magnétco está ortogonal ao campo elétrco, sando do plano xz. 19

Campos ncdentes Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Incdênca Oblíqua Polarzação Paralela E s = E 0 cos θ sn θ k e jβ 1(x sn θ +z cos θ ) H s = E 0 e jβ 1(x sn θ +z cos θ ) j η 1 Onde: β 1 = ω μ 0 ε 1 η 1 = μ 0 ε 1 Constante de propagação da regão 1 Impedânca da regão 1 θ Ângulo de ncdênca 20

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Incdênca Oblíqua Polarzação Paralela E 0 cos θ é a projeção de E s (E na fgura) sobre o exo x Campos ncdentes E s = E 0 cos θ sn θ k e jβ 1(x sn θ +z cos θ ) E 0 sen θ é a projeção de E s (E na fgura) sobre o exo z 21

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Incdênca Oblíqua Polarzação Paralela Campos ncdentes É a localzação, ao longo do camnho de propagação da onda ncdente onde E está sendo consderado pela expressão de E. E s = E 0 cos θ sn θ k e jβ 1(x sn θ +z cos θ ) É a projeção da coordenada x sobre a dreção de propagação É a projeção da coordenada z sobre a dreção de propagação A localzação do campo E na dreção de propagação é dada pela soma das duas projeções, sto é, (x sn θ + z cos θ ) 22

Campos refletdos Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Incdênca Oblíqua Polarzação Paralela E s r = E 0 r cos θ r + sn θ r k e jβ 1(x sn θ r z cos θ r ) H s r = E 0 r η 1 e jβ 1(x sn θ r z cos θ r ) j Campos transmtdos E t s = E t 0 cos θ t sn θ t k e jβ 2(x sn θ t + z cos θ t ) H s t = E 0 t η 2 e jβ 2(x sn θ t +z cos θ t ) j β 1 = ω μ 0 ε 1 β 2 = ω μ 0 ε 2 Constantes de propagação das regões 1 e 2 η 1 = μ 0 ε 1 Impedâncas das regões 1 e 2 θ r Ângulo de reflexão η 2 = μ 0 ε 2 θ t Ângulo de transmssão 23

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Incdênca Oblíqua Polarzação Paralela Para determnar os coefcentes de reflexão ( ) e de transmssão ( ), lembremos que deve haver contnudade dos campos tangencas E x e H y na frontera. Assm, tomemos os campos tangencas E r s = Et E s + s e H r s = Ht H s + s, em z = 0 (defnções dos campos conforme sldes anterores). Logo, cos θ e jβ 1x sn θ + cos θ r e jβ 1x sn θ r = cos θ t e jβ 2x sn θ t 1 η 1 e jβ 1x sn θ η 1 e jβ 1x sn θ r = η 2 e jβ 2x sn θ t (3) (4) Cabe notar que ambos os lados das duas equações acma são função da coordenada x. 24

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Incdênca Oblíqua Polarzação Paralela Se E x e H y devem ser contínuos na nterface z = 0 para todo x, então esta varação de x deve ser a mesma em ambos os lados das equações, conduzndo a : β 1 sn θ = β 1 sn θ r = β 2 sn θ t O resultado acma é a Le de Snell da refração e da reflexão, ou seja: θ = θ r, β 1 sn θ = β 2 sn θ t. Substtundo as equações acma nas equações (3) e (4) do slde anteror, podemos encontrar as expressões para os coefcentes de reflexão ( ) e de transmssão ( ), conforme Γ = η 2 cos θ t η 1 cos θ η 2 cos θ t + η 1 cos θ τ = 2 η 2 cos θ η 2 cos θ t + η 1 cos θ Note que, para ncdênca normal, onde θ = θ r = θ t, Γ = η 2 η 1 τ = 2 η 2 e η 2 + η 1 η 2 + η 1 25

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Incdênca Oblíqua Polarzação Paralela Para a polarzação paralela, quando =0, exste um partcular ângulo de ncdênca, θ b, denomnado Ângulo de Brewster. Este ângulo ocorre quando o numerador da equação para é zerado, ou seja, η 2 cos θ t = η 1 cos θ em Γ = η 2 cos θ t η 1 cos θ η 2 cos θ t + η 1 cos θ Para este caso, θ = θ b, ou Ângulo de Brewster. Nesta stuação, consderando que β 1 = ω μ 0 ε 1, β 2 = ω μ 0 ε 2, η 1 = μ 0 ε 1, η 2 = μ 0 ε 2 e cos θ t = 1 sn θ t 2 = 1 β 1 2 β 2 2 sn θ t 2 η 2 cos θ t = η 1 cos θ pode ser reescrta como sn θ b = 1 1 + ε. 1 ε 2 26

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Incdênca Oblíqua Polarzação Perpendcular Para este caso, o campo magnétco está no plano xz, conforme a fgura ao lado. Observe que o vetor campo magnétco está contdo no plano xz, enquanto que o vetor campo elétrco está ortogonal ao campo magnétco, entrando no plano xz. 27

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Campos ncdentes Incdênca Oblíqua Polarzação Perpendcular E s = E 0 e jβ 1(x sn θ +z cos θ ) j H s = E 0 η 1 cos θ + sn θ k e jβ 1(x sn θ +z cos θ ) Onde: β 1 = ω μ 0 ε 1 η 1 = μ 0 ε 1 Constante de propagação da regão 1 Impedânca da regão 1 θ Ângulo de ncdênca 28

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Campos refletdos Incdênca Oblíqua Polarzação Perpendcular E s r = E 0 r e jβ 1(x sn θ r z cos θ r ) j H s r = E 0 r Γ η 1 cos θ r Campos transmtdos + sn θ r k e jβ 1(x sn θ r z cos θ r ) E s t = E 0 t e jβ 2(x sn θ t +z cos θ t ) j H s t = E 0 t τ η 2 cos θ t + sn θ t k e jβ 2(x sn θ t + z cos θ t ) β 1 = ω μ 0 ε 1 β 2 = ω μ 0 ε 2 Constantes de propagação das regões 1 e 2 η 1 = μ 0 ε 1 Impedâncas das regões 1 e 2 θ r Ângulo de reflexão η 2 = μ 0 ε 2 θ t Ângulo de transmssão 29

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Assm, tomemos os campos tangencas em z = 0. Logo, Incdênca Oblíqua Polarzação Perpendcular Para determnar os coefcentes de reflexão ( ) e de transmssão ( ), novamente devemos lembrar que deve haver contnudade dos campos tangencas E x e H y na frontera. E r s = Et E s + s e H r t H s + s = H s, e jβ 1x sn θ + e jβ 1x sn θ r = e jβ 2x sn θ t, 1 η 1 cos θ e jβ 1x sn θ + η 1 cos θ r e jβ 1x sn θ r = η 2 cos θ t e jβ 2x sn θ t Da mesma forma que no caso da polarzação paralela, cabe notar que ambos os lados das duas equações acma são função da coordenada x. 30

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Incdênca Oblíqua Polarzação Perpendcular Se E x e H y devem ser contínuos na nterface z = 0 para todo x, então esta varação de x deve ser a mesma em ambos os lados das equações, conduzndo a : β 1 sn θ = β 1 sn θ r = β 2 sn θ t O resultado acma é a Le de Snell da refração e da reflexão, ou seja: θ = θ r, β 1 sn θ = β 2 sn θ t. De onde podemos encontrar as expressões para os coefcentes de reflexão ( ) e de transmssão ( ), conforme Γ = η 2 cos θ η 1 cos θ t e τ = η 2 cos θ + η 1 cos θ t 2 η 2 cos θ η 2 cos θ + η 1 cos θ t. Para ncdênca normal, onde θ = θ r = θ t, Γ = η 2 η 1 τ = 2 η 2 e η 2 + η 1 η 2 + η 1 Para a polarzação perpendcular não exste um Ângulo de Brewster. 31

Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Reflexão Total A Le de Snell pode ser reescrta como sn θ t = ε 1 ε 2 sn θ. Consdere o caso (para polarzação paralela e perpendcular), onde ε 1 > ε 2. À medda que θ aumenta, o ângulo de refração θ t rá aumentar, mas a uma taxa maor do que θ aumenta. O ângulo de ncdênca θ para o qual θ t = 90 o é chamado Ângulo Crítco, θ C, onde sn θ C = ε 2 ε 1. A ângulos guas ou maores que o Ângulo Crítco, a onda ncdente será totalmente refletda, de tal forma que a onda transmtda não se propagará para a regão 2. 32