Efeito de Dietas Suplementadas com Sardinha em Conserva vs Licopeno na Prevenção da Obesidade e da Doença Cardiovascular em Ratos Wistar



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Transcrição:

Efeito de Diets Suplementds com Srdinh em Conserv vs Licopeno n Prevenção d Oesidde e d Doenç Crdiovsculr em Rtos Wistr Cristin Isel Crlos Rmos Dissertção presentd à Escol Superior Agrári de Brgnç pr otenção do Gru de Mestre em Biotecnologi Orientd por Isel Cristin F.R. Ferreir Nrcis Mri Bndrr Co-Orientd por José Mnuel Mestre Prtes Brgnç 2010

Em memóri do meu PAI e do meu Irmão Dinis, Crt um migo - 1.º niversário do flecimento do meu PAI (6 de Mio de 2010), Nós temos em comum o fcto de sermos filhos de pessos especiis. Não é qulquer Pi e Mãe que rçm tref de dr vid, voz, personlidde, formção pessol e profissionl, corgem e dicm de ter um vid socil e fmilir segundo o protótipo. Agrdeço Eles e Deus por tudo o que fizerm por mim e pelos meus irmãos, pesr de nem tudo ser um mr de ross, sim os espinhos existirm e s tempestdes tmém, ms contriuírm sem dúvid pr o Ser que hoje Sou. Com o meu Pi, prendi respeitr o próximo, ser honest, conhecer pz interior, olhr em frente mesmo qundo o cminho envolve esforço, dedicção, ter Deus presente em mim e n minh vid e cim de tudo, por muito que sej o ruído, ter noção de que é preciso não perder o nosso rumo (Personlidde). Podes não creditr, ms mior prte do processo de prendizgem foi-me trnsmitido trvés do seu silêncio, dos seus exemplos. Ms mior lição, foi pós su morte: sempre vi o meu Pi com um pesso discret, simples, eu diri stnte humilde, ser exltdo Penso que pelo que conheces de mim, não ches que estou exgerr, ms pens prtilhr lguns pensmentos e sentimentos. Recordo o di em que o meu PAI esteve em Brgnç no di d minh Bênção de Finlist, legri/orgulho que d Ele irrdiv,, lmento que ele não tenh chegdo est etp d minh vid, um etp que ele viu começr, ms é mis um, ds muits em que ele não está presente fisicmente, ms certmente onde quer que estej, ele continu fzer prte d minh vid, ser o meu Anjo d Gurd, trnsmitir-me serenidde e senstez necessári pr olhr em frente. Do Dinis, recordo não só os seus últimos momentos em que ele me escolheu pr estr com ele n su prtid, como todos em que eu er ind um crinç qundo ele me pegv o colo e ensinou s primeirs nots de músic e tocr órgão. Permitiu desse modo pr que músic fizesse prte d minh vid A ti, PAI grdeço tudo, e tods s plvrs não expressm o que me vi n lm e no corção

Tlvez tenh herddo do meu PAI, o tl silêncio e não mnifestr os meus sentimentos e gestos A todos eu grdeço, em especil às pessos que estiverm directmente ligds mim neste trlho e nest etp: À Doutor Nrcis Bndrr do INRB/L-IPIMAR, por ser pesso que É, por estr do meu ldo em tods s etps deste trlho por que ms pssmos, pel su cumplicidde, crinho, pel mizde que tem demonstrdo e pel orientção; À Professor Isel C.F.R. Ferreir d Escol Superior Agrári do Instituto Politécnico de Brgnç, pel su disponiilidde, eficiênci, orientção, pesr de não me conhecer pessolmente, ceitou e creditou ns minhs cpciddes, pelo seu poio todos níveis; Ao Professor Doutor José M.M. Prtes d Fculdde de Medicin Veterinári, pel su disponiilidde e grdo meu tê-lo como co-orientdor, e pelo modo como tod su equip: Dr.ª Pul Lopes, Dr.ª Susn Mrtins e Dr.ª Cristin Alfi me receerm, e poirm no decorrer deste trlho; Ao Doutor Rogério Mendes do INRB/L-IPIMAR, pel su pciênci, compnhmento e ensinmentos, e à Din Durte jud n rect finl deste trlho; À Engenheir Mri Leonor Nunes do INRB/L-IPIMAR, pelo seu profissionlismo e pel su energi, permitindo que este trlho se relizsse n Unidde de Vlorizção dos Produtos d Pesc e Aquicultur d qul é director; À D. Júli Ferreir do Lortório de Nutrição do INRB/L-IPIMAR pelo seu poio n fse inicil deste trlho, mizde, e pelos ons momentos que prtilhmos e continumos prtilhr como colegs de trlho; A todos os meus colegs do IPIMAR e do lortório Gerl Engenheir Crl Pires e em especil o Engenheiro Crlos Crdoso, por estr presente, e pel colorção demonstrd durnte o Mestrdo; ii

À Doutor Mri João Coelho Sous, pel su mizde desde os meus tempos de estudnte e que ms souemos cultivr de Norte Sul do pís o longo dos tempos, por todo o poio que prestou durnte est etp, por mis que eu escrev seu respeito não consigo demonstrr tão Grndios jud e Grtidão, e pgue d memóri o vnçdo ds hors que eu chegv su cs..., À Áli por me ceder o qurto e cm e por ser crinç Lind e Trnquil que É; À Doutor Anel Mrtins d Escol Superior Agrári do Instituto Politécnico de Brgnç, por tod Grr trnsmitid e por ser um Professor que dignific o ensino, por continur sempre disponível e ns minhs memóris, Admiro-; À Titi, que tem dedicdo o longo de su vid o sentido e o sentimento de ser mdrinh, ou sej, segund mãe, por todo o seu poio todos os níveis. Ao meu irmão João e pdrinho pel su serenidde, por me ceitr e respeitr como Sou; À minh Mãe, por ser um mulher de rms, nem mesmo qundo o seu corção estv despedçdo e o seu corpo dorido pel perd d Filho e Mrido se esqueceu dos outros 10 Rmos e não ixou os rços. Aprendi ind que qunts vezes El cnt com vontde de chorr ; Às minhs irmãs, em especil à Mri do Céu por estr sempre presente, pel su clm e por ser um Ser disponível os outros, não só, ms especilmente os domingos à trde pr me levr o comoio de volt Liso e às sexts de regresso Cs. À Helen por ser minh Géme, pel su independênci e pelo poio ns diferentes fses d minh vid, à MriNit pel su energi, jovilidde e corgem. A tods tenho como Amigs e têm lugr ctivo no meu corção, n minh vid. Aos meus sorinhos, em especil os que nutrem por mim o mesmo sentimento que eu por eles, Eles sem quem são; Aos migos de sempre e pr sempre, por me drem honr de prtilhr s sus vids e por me judrem crescer como pesso: (ordem lfétic) An, Bárr, Ermelind, Hugo, Ivone, Jon, Mgi, Mri, Mrin, Mris, Mrt, Orlndo, Susn e Vitóri. iii

Not Prévi N elorção dest dissertção, foi usd um pequen prte dos resultdos otidos no âmito do projecto Rtionle nd Options in Dietry Use of Cnned Srdines in Olive Oil nd Tomto (Omeg3, Lycopene, nd Oleic cid) Relted to Inflmmtory nd Athero-thromogenic Biomrkers in Oesity nd Metolic Syndrome finncido pel FCT (PTDC/SAU/70560/2006). Este projecto tinh como principl ojectivo vlir os principis enefícios pr súde (prevenção d doenç crdiovsculr e trtmento d oesidde) de um consumo regulr de produtos d pesc, ricos em ácidos gordos ómeg 3, no índice ómeg 3 dos fosfolípidos (humno e do rto), em componentes snguíneos (humno e do rto) e em diferentes tecidos (no rto). Assim, pens os resultdos reltivos o perfil de ácidos gordos e crotenóides (no rto) se encontrm neste documento. Acrescent-se ind que estes resultdos fzem prte de um trlho multidisciplinr que envolveu vários elementos pertencentes à Fculdde de Ciêncis Médics d UNL, Fculdde de Medicin Veterinári d UTL e INRB/IPIMAR. iv

ABSTRACT The min ojective of this study ws to evlute the effect of diets sed on longchin ftty cids, omeg 3 (ω3) nd omeg (ω6), prticulrly EPA (eicospentenoic cid), DHA (docos-hexneoic) nd AA (rquidonic cid) for the prevention of oesity nd crdiovsculr disese. Diets were supplemented with cnned srdines nd the percentge of EPA, DHA nd the rtio ω3/ω6 in liver, erythrocytes, nd dipose tissue of Wistr rts wsdetermined. It ws introduced nturl ntioxidnt tht exists in the tomto, the lycopene, with the min ojective to increse the eneficil effects of ω3 nd ω6 ftty cids. The incresed supplementtion of srdines promotes the decrese of AA decresed in liver, erythrocytes, nd dipose tissue. The incresed supplementtion of srdine (25 nd 50%) promotes the incresed level of EPA nd the ω3/ω6 index in liver, erythrocytes nd dipose tissue. The percentge of DHA incresed significntly only in liver, erythrocytes nd dipose tissue, with ddition of 25% srdine. The incorportion of lycopene supplementtion in the diets did not show ny interference on the ftty cids, however, incresed ftty cid supplementtion of ω3 PUFA (50% srdine) decreses the incorportion of lycopene in the liver. The diet supplemented with 25% srdine nd lycopene ppers to hve greter effect on crdiovsculr diseses nd prevention of rest nd prostte cncer, ecuse it ensures the optiml level of EPA, DHA nd lycopene, ll of them compounds/nutrients/sustnces fvourle to helth, prticulrly with scientific evidence supporting their enefits for the prevention for this diseses v

RESUMO O presente trlho teve como principl ojectivo vlir o efeito de diets suplementds à se de ácidos gordos de cdei long, ómeg 3 (ω3) e ómeg (ω6), nomedmente EPA (ácido eicospentenóico), DHA (ácido docos-hexneóico) e AA (ácido rquidónico), n prevenção d oesidde e doenç crdiovsculr. Pr tl, utilizrm-se diets suplementds com srdinhs em conserv e determinou-se percentgem de EPA, DHA e d rzão ω3/ω6 nos eritrócitos, fígdo e no tecido diposo de rtos Wistr. Pr mximizr os efeitos enéficos dos ácidos gordos ω3 e ω6, foi introduzido n diet o licopeno que é um ntioxidnte nturl que existe no tomte. Verificmos que o AA diminuiu no fígdo, nos eritrócitos e no tecido diposo, fce o umento d suplementção d srdinh. O EPA e rzão ω3/ω6 umentrm no fígdo, nos eritrócitos e no tecido diposo, devido o umento d suplementção d srdinh (25 e 50%). A percentgem de DHA umentou significtivmente pens no fígdo, nos eritrócitos e no tecido diposo, com suplementção de 25% srdinh. A incorporção de licopeno ns diets não evidenciou qulquer tipo de interferênci com os ácidos gordos, no entnto, o umento d suplementção de ácidos gordos PUFA ω3 (50% srdinh) diminui incorporção do licopeno no fígdo. A diet suplementd com 25% srdinh e licopeno ssegur níveis óptimos de EPA, DHA e licopeno, e prece presentr mior efeito ns doençs crdiovsculres e n prevenção do cncro d próstt e mmário. vi

Índice Not Prévi... iv ABSTRACT... v RESUMO... vi Índice... vii LISTA DE TABELAS... ix LISTA DE FIGURAS... x ABREVIATURAS... xii I. INTRODUÇÃO... 13 1.1. Oesidde e Doençs Crdiovsculres... 13 1.2. Efeitos enéficos dos ácidos gordos ω3 e ω6 n prevenção de doençs crdiovsculres... 15 1.2.1. Ácidos gordos Aspectos ioquímicos... 15 1.2.2. Ácidos gordos ω3 e ω6... 17 1.2.3. Relção dos ácidos gordos ω3 e ω6... 23 1.3. Efeitos enéficos do licopeno n prevenção de doençs crdiovsculres... 24 1.4. Ojectivos... 26 II. MATERIAL e MÉTODOS... 27 2.1. Produtos químicos... 27 2.2. Delinemento experimentl ds diets... 27 2.3. Avlição dos ácidos gordos e do licopeno ds diets... 28 2.3.1. Determinção do perfil de ácidos gordos... 28 2.3.2. Determinção do licopeno... 29 2.4. Avlição dos ácidos gordos e do licopeno no fígdo, tecido diposo e nos eritrócitos... 30 2.4.1. Selecção, colheit e preprção do fígdo, tecido diposo e dos eritrócitos pós o te... 30 2.4.2. Determinção dos ácidos gordos... 30 2.4.3. Determinção do licopeno... 31 vii

2.5. Análise Esttístic... 31 III RESULTADOS e DISCUSSÃO... 33 3.1. Avlição dos ácidos gordos e licopeno ds diets... 33 3.1.1. Determinção do perfil de ácidos gordos... 33 3.1.2. Determinção do licopeno... 35 3.2. Avlição dos ácidos gordos e do licopeno no fígdo, tecido diposo e nos eritrócitos... 36 3.2.1 Determinção dos ácidos gordos no fígdo... 36 3.2.2 Determinção dos ácidos gordos no tecido diposo... 40 3.2.3 Determinção dos ácidos gordos nos eritrócitos... 43 3.2.4 Comprção dos ácidos gordos no fígdo, tecido diposo e nos eritrócitos 47 3.3 Determinção do licopeno... 51 IV. CONCLUSÕES... 55 V. REFERÊNCIAS... 57 viii

LISTA DE TABELAS Tel 1 Delinemento ds diets suplementds com srdinh em conserv e licopeno.... 27 Tel 2 Distriuição dos grupos/diets.... 30 ix

LISTA DE FIGURAS Figur 1 Exemplo de cmpnhs que ordm temátic d oesidde (http://www.google.pt/imges/oesidde).... 14 Figur 2 Estrutur dos principis ácidos gordos (LA, ALA, EPA, DHA e ARA).... 16 Figur 3 Metolismo dos ácidos gordos d fmíli ω3 e ω6 (dptdo de Mrtin et l., 2006).... 17 Figur 4 Aterosclerose (www.medmovies.com)... 18 Figur 5 Colesterol HDL e LDL (http://www.medmovie.com).... 20 Figur 6 - Licopeno (Rodriguez-Amy, 2001).... 26 Figur 7 - Perfil de ácidos gordos ds diets dministrds os 6 grupos. Diferentes letrs correspondem diferençs significtivs entre os grupos (p < 0,05).... 34 Figur 8 Concentrção de licopeno presente ns diets dos 6 grupos. Diferentes letrs correspondem diferençs significtivs entre os grupos (p < 0,05).... 35 Figur 9 - Perfil de ácidos gordos do fígdo (n=9), (A) G1, G3 e G4; (B) G1 e G2. Diferentes letrs correspondem diferençs significtivs entre os grupos (p < 0,05).... 37 Figur 10 - Perfil de ácidos gordos do fígdo (n=9), (A) G2, G3 e G5; (B) G2, G4 e G6. Diferentes letrs correspondem diferençs significtivs entre os grupos (p < 0,05).... 39 Figur 11 - Perfil de ácidos gordos do tecido diposo (n=9), (A) G1, G3 e G4; (B) G1 e G2. Diferentes letrs correspondem diferençs significtivs entre os grupos (p < 0,05).... 41 Figur 12 - Perfil de ácidos gordos do tecido diposo (n=9), (A) G2, G3 e G5; (B) G2, G4 e G6. Diferentes letrs correspondem diferençs significtivs entre os grupos (p < 0,05).... 42 Figur 13 Perfil de ácidos gordos dos eritrócitos (n=9), (A) G1, G3 e G4; (B) G1 e G2. Diferentes letrs correspondem diferençs significtivs entre os grupos (p < 0,05).... 44 Figur 14 - Perfil de ácidos gordos dos eritrócitos (n=9), (A) G2, G3 e G5; (B) G2, G4 e G6. Diferentes letrs correspondem diferençs significtivs entre os grupos (p < 0,05).... 46 Figur 15 - Perfil de ácidos gordos dos eritrócitos, do fígdo e do tecido diposo (n=9), (A) G1, (B) G3, (C) - G4, (D) G2, (E) G5 e (F) - G6. Diferentes letrs correspondem diferençs significtivs (p < 0,05).... 47 x

Figur 16 - Concentrção de licopeno presente no fígdo dos 6 grupos. Diferentes letrs correspondem diferençs significtivs entre os grupos (p < 0,05).... 52 xi

ABREVIATURAS ALA Ácido α-linoleico AA Ácido rquidónico DHA Ácido docos-hexenóico DPA Ácido docospentenóico EPA Ácido eicospentenóico MUFA Ácidos gordos monoinsturdos LDL Lipoproteíns de ix densidde HDL Lipoproteíns de elevd densidde n Número de mostrs / indivíduos NP Norm Portugues p Nível de significânci oservd WHO World Helth Orgniztion PUFA Ácidos gordos polinsturdos ω6 Ácidos gordos ómeg 6 ω3 Ácidos gordos ómeg 3 SFA Ácidos gordos sturdos LA Ácido linoleico AVC Acidente vsculr cererl GC Cromtogrfi gsos HPLC Cromtogrfi líquid de lt pressão DC Doenç crdiovsculr RNS - Espécies rectivs de zoto ROS Espécies rectivs de oxigénio EUA Estdos Unidos d Améric FAO Food nd Agriculture Orgniztion G Grupo BHT - Hidroxitolueno utildo xii

INTRODUÇÃO I. INTRODUÇÃO 1.1. Oesidde e Doençs Crdiovsculres A oesidde reflecte s modificções que têm vindo ocorrer no estilo de vid, tendo umentdo significtivmente o número de pessos com excesso ponderl e oess; tem, por isso, sido considerd pndemi modern o nível mundil. As doençs que estão ssocids à oesidde são: hipertensão, hipercolesterolemi, dietes tipo 2, os prolems d colun, osteortrose, rteriosclerose, o enfrte do miocárdio e o cidente vsculr cererl (AVC) (Nettleton e Ktz, 2005; Crpentier et l., 2006; Shoelson et l., 2006; Thorsdóttir et l., 2007). A Americn Hert Assocition (AHA) estim que percentgem d oesidde e dos indivíduos com excesso ponderl n Europ é de proximdmente 57,1%. A oesidde é um doenç crónic que necessit de prevenção e de trtmento prolongdo, e ument de form significtiv s txs de morilidde e mortlidde cusd pel doenç crdiovsculr (DC) (AHA, 2010). Segundo Rodrigues et l. (2008), oesidde infntil e d dolescênci present um elevdo crescimento, nunc ntes registdo, e no cso específico de Portugl, os índices de oesidde juvenil encontrm-se entre os mis ltos nível mundil. O excesso ponderl reflecte situções pouco sudáveis e é um risco crescido de doençs, como por exemplo, dietes, doenç coronári e vários tipos de cncro (Shoelson et l., 2006; Thorsdóttir et l., 2007; Rodrigues et l., 2008). As pessos com mus háitos limentres ingerem demsidos çúcres e gordurs. As gordurs e os çúcres em excesso fornecem energi dicionl. Se o nível de exercício físico não for suficiente pr queimr tod est energi, gordur ingerid é rmzend so form de gordur corporl, o que se trduz em excesso de peso (Thorsdóttir et l., 2007; Rodrigues et l., 2008). A figur 1 é um dos muitos exemplos de cmpnhs que lertm pr o prolem d oesidde. De cordo com os mesmos utores, um diet prudente e em estruturd, ssocid à ctividde físic regulr, são sem dúvid melhor estrtégi no controlo dest doenç (oesidde). O consumo de diets rics em gordur e çúcres é um dos fctores que levm à predisposição d oesidde, no entnto, existem outros fctores como os ntecedentes fmilires de oesidde, usênci de exercício físico, os mus háitos limentres e um doenç sujcente, como por exemplo dietes tipo 2 (Nettleton e Ktz, 2005; Rodrigues et l., 2008). 13

INTRODUÇÃO Figur 1 Exemplo de cmpnhs que ordm temátic d oesidde (http://www.google.pt/imges/oesidde). Como form de reduzir o excesso ponderl tem-se recorrido o uso de diets pores em gordur, no entnto, se-se que nturez d gordur, ou sej, o tipo e do gru de sturção dos ácidos gordos presentes n diet limentr, é de extrem importânci, ssim como quntidde que é ingerid (Rodrigues et l., 2008). Inúmeros estudos relizdos nos últimos nos têm demonstrdo que suplementção de diets rics em ácidos gordos ómeg-3 (ω3) polinsturdos (PUFA) e o consumo de peixe em quntidde dequd, lido um diet prudente e equilird, protegem os consumidores contr o excesso de peso corporl e contr intolerânci à glucose (resistênci à insulin dietes) (Nettleton e Ktz, 2005; Crpentier et l., 2006; Shoelson et l., 2006; Thorsdóttir et l., 2007; Prr, et l., 2008; Rodrigues et l., 2008; Rmel et l., 2009; Rmel et l., 2010). Os ácidos gordos polinsturdos (PUFA) provenientes do peixe ctum e corrigem s nomlis d sinlizção insulínic, e previnem s lterções d homeostse (regulção glol integrd) dos níveis de glucose, contriuindo deste modo pr prevenção d dietes tipo 2 e de outrs lterções crdiometólics que estão ssocids à oesidde (Nettleton e Ktz, 2005; Tirosh et l., 2005; Crpentier et l., 2006; Shoelson et l., 2006; Thorsdóttir et l., 2007; Prr, et l., 2008; Rodrigues et l., 2008; Rmel et l., 2009; Rmel et l., 2010). Este mecnismo de regulção é medido pelo decréscimo dos níveis dos ácidos gordos so form livre no sngue, pelo rmzenmento dos ácidos gordos no tecido diposo sucutâneo (depósito primário) e pel diminuição d cumulção dos ácidos gordos no tecido diposo sucutâneo profundo e intr-dominl (depósitos secundários), músculos, rins, e no fígdo, o que represent o depósito dos ácidos gordos ectópicos (Nettleton e Ktz, 2005; Tirosh et l., 2005; Thorsdóttir et l., 2007;Rodrigues et l., 2008). 14

INTRODUÇÃO Como consequênci, produção norml de prostglndins e de dipocitoquins (polipéptidos produzidos pels céluls diposs) que possuem proprieddes e ctividdes utócrins, prácrins e endócrins, tem condições pr se normlizr (Rodrigues et l., 2008). A desregulção ds dipocitoquins provoc resistênci insulínic, oesidde dominl, DC crónic e diversos tipos de cncro, como consequênci d síndrome metólic (Shoelson et l., 2006; Rodrigues et l., 2008). A síndrome metólic result d cominção de três ou mis componentes: oesidde dominl, níveis elevdos de triglicéridos plsmáticos, ixos níveis ds lipoproteíns de lt densidde (HDL) ssocidos à presenç de lipoproteíns de ix densidde (LDL) com elevdo potencil terogénico, hipertensão rteril, hiperglicemi e/ou resistênci insulínic. A síndrome metólic e oesidde têm umentdo em prlelo, e são por est rzão, considerdos como o fctor preditivo d DC (Rodrigues et l., 2008). 1.2. Efeitos enéficos dos ácidos gordos ω3 e ω6 n prevenção de doençs crdiovsculres 1.2.1. Ácidos gordos Aspectos ioquímicos Os ácidos gordos são constituídos por um grupo croxilo loclizdo no extremo d molécul, e n extremidde opost um grupo metilo não funcionl. A síntese dos ácidos gordos ocorre no fígdo, sendo, posteriormente, trnsferidos pr os outros tecidos,onde funcionm como comustíveis nos processos metólicos (Horton et l., 1996). A su clssificção é feit de cordo com o comprimento d cdei crond, o número, posição e configurção ds dupls ligções. Os ácidos gordos que não presentm dupls ligções n su estrutur moleculr são designdos de ácidos gordos sturdos (SFA), contrrimente, os ácidos gordos que possum dupls ligções são designdos de insturdos. Os ácidos gordos insturdos podem ser monoinsturdos (MUFA), qundo possuem pens um dupl ligção, ou polinsturdos (PUFA) qundo possuem dus ou mis dupls ligções (Cmpos, 1998). Segundo Huss (1995), os ácidos gordos tmém podem ser clssificdos como não essenciis, ou sej, são utilizdos pens pr fins energéticos, e essenciis qundo o nosso orgnismo não possui cpcidde de os sintetizr, sendo por este motivo necessári su ingestão e incorporção n diet humn. De cordo com o mesmo utor, os ácidos gordos 15

INTRODUÇÃO essenciis com mior importânci pertencem à fmíli dos ω3 e ω6, ω6 e são os ácidos linoleico (LA 18:2ω6) (Figur 2 (A)) e α-linolénico (ALA 18:3ω3) (Figur 2 (B)). (B) Os produtos resultntes es d ctividde d pesc são muito ricos em ácidos gordos, dos quis se destcm o mirístico mirístic (14:0), o plmítico (16:0) e o esteárico (18:0) (18:0 por serem os SFA mis comuns n composição do perfil de ácidos gordos dos produtos d pesc, no entnto, o ácido plmítico lmítico encontr-se em percentgens mui muito elevds comprtivmente com os restntes SFA. Em relção os MUFA, o ácido oleico (18:1ω9) (18:1 é o que se encontr em mior quntidde no perfil rfil de ácidos gordos dos produtos d pesc. Os PUFA tmém podem ser encontrdos nestes produtos em elevds quntiddes, dos quis se destcm pel su importânci o ácido eicospentneóico eicospentneói (EPA - 20:5ω3) (Figur 2 (C)) (C) e o ácido docos-hexneóico (DHA - 22:6ω3) (Figur 2 (D)), mos ω3, e o ácido ido rquidónico (ARA) (Figur (Figur 2 (E)), d série ω6,, representndo n mior prte dos csos proximdmente 90% do totl dos PUFA,, e em menor quntidde o ácido linoleico (LA) e α-lino linolénico (ALA) (Engler et l., 2005). Figur 2 Estrutur dos principis ácidos gordos (LA, ALA, EPA, DHA e ARA). (A) Ácido linoleico (http://pt.wikipedi.org/wiki/ficheiro:lanumering.png http://pt.wikipedi.org/wiki/ficheiro:lanumering.png); (B) Ácido α-linolénico (http://pt.wikipedi.org/wiki/ficheiro:alanumering.png http://pt.wikipedi.org/wiki/ficheiro:alanumering.png); (C) Ácido ecospentnenóico (http://pt.wikipedi. http://pt.wikipedi.org/wiki/ficheiro:epanumering.png org/wiki/ficheiro:epanumering.png); (D) Ácido docos-hexenóico (http://pt.wikipedi.org/wiki/ficheiro:dhanumering.png http://pt.wikipedi.org/wiki/ficheiro:dhanumering.png http://pt.wikipedi.org/wiki/ficheiro:dhanumering.png); (E) Ácido rquidónico (http://pt.wikipedi.org/wiki/ficheiro:aanumering.png). 16

INTRODUÇÃO 1.2.2. Ácidos gordos ω3 e ω6 1.2.2.1. Metolismo Segundo DeFilippis et l. (2006) e Mrtin et l. (2006), os PUFA podem ser d fmíli ω3 e ω6, e são clssificdos deste modo devido à posição d primeir ligção dupl no terceiro e no sexto crono, respectivmente, prtir do terminl metilo. Os ácidos gordos do tipo ω3 e ω6 podem ser otidos directmente d limentção ou sintetizdos pelo orgnismo prtir do LA e do ALA, trvés d cção de enzims do tipo elongses e desturses. As elongses como o próprio nome indic, ctum trvés d dição de dois átomos de crono no início d cdei, e s desturses oxidm dois cronos d cdei resultndo n formção dum dupl ligção de configurção cis (Covington, 2004). A fmíli ω3 otém-se trvés d síntese do ALA e fmíli ω6 trvés d síntese do LA (Figur 3), prtir dos quis são sintetizdos os ácidos rquidónico (AA), eicospentenóico (EPA) e docos-hexneóico (DHA) (Souz et l., 2007). Figur 3 Metolismo dos ácidos gordos d fmíli ω3 e ω6 (dptdo de Mrtin et l., 2006). O ALA é responsável pel produção de EPA e DHA, que são precursores de um grupo de compostos eicosnóides do qul fzem prte prostglndins, tromoxnos, prostciclins, lipoxins e leucotrienos (Rodrigues e Moris, 2008). 17

INTRODUÇÃO De cordo com os mesmos utores, s gordurs e s proteíns do pescdo estão relciondos com os efeitos enéficos n prevenção de diverss doençs, prticulrmente n DC, devido à modificção de fctores de risco origindos pelos múltiplos mecnismos. As inflmções metólics de ix densidde não são detectds pelos doentes e desempenhm um ppel muito importnte no precimento ds referids doençs, um vez que dão origem o precimento e grvmento d terosclerose (Engler et l., 2005; Nettleton e Ktz, 2005; Breslow, 2006; Crpentier et l., 2006; Shoelson et l., 2006; Thorsdóttir et l., 2007; Prr, et l., 2008; Rodrigues e Moris, 2008; Rmel et l., 2009; Rmel et l., 2010). A terosclerose é um processo que origin lesões o nível do sistem vsculr, e é crcterizdo pel infiltrção ds céluls fgocitáris e do depósito do colesterol so form esterificd nos seus diferentes grus de oxidção (Figur 4). Este processo pode ser precoce, como por exemplo n dolescênci, sem que sej detectdo e despistdo. O colesterol so form esterificd provém ds lipoproteíns modificds, ou sej, que sofrem lterções provocds pels céluls ls fgocítics (fgocitose) originndo s fom cells (céluls espumoss). No desenvolvimento e consequente grvmento deste processo (teromtoso), s plcs umentm de extensão e originm o crescimento d espessur firo-musculr ds predes ds rtéris ris (Figur 4) (Rodrigues e Moris, 2008). Figur 4 Aterosclerose (www.medmovies.com). À medid que s plcs crescem pr o interior ds rtéris circulção snguíne é fectd, e trvés d instilidde ds plcs ocorre formção dum tromo n 18

INTRODUÇÃO superfície d lesão terogénic, dndo origem isquémi (ngin do peito) ou o enfrte do miocárdio (Rodrigues e Moris, 2008). O colesterol é um sustânci lipídic sintetizd no fígdo. É indispensável no orgnismo o nível d preservção ds memrns celulres, pr produção de hormons, vitmin D e ácidos ilires que fcilitm digestão ds gordurs (http://www.ehelthmd.com/lirry/lowercholesterol/lc_whtis.html). Existe, por vezes, um sore-produção de colesterol no orgnismo, o que provoc su entrd n circulção snguíne. O colesterol é um sustânci insolúvel no sngue sendo o seu trnsporte medido pels lipoproteíns que podem ser LDL ou HDL. Qundo s LDL estão em excesso no sngue, o colesterol pode cumulr-se, lentmente, ns predes ds rtéris que irrigm o corção e o cérero, tornndo-s mis estreits e menos flexíveis, como já foi descrito nteriormente. Por outro ldo, s HDL protegem s rtéris porque ctum o nível d eliminção ds LDL, diminuindo deste modo o risco de DC (Breslow, 2006; Rodrigues e Moris, 2008; Rmel et l., 2009; http://www.ehelthmd.com/lirry/lowercholesterol/lc_whtis.html). O orgnismo necessit do colesterol que é trnsportdo pels LDL pr que o metolismo ocorr normlmente, um vez que o colesterol é extremmente importnte pr inúmers iofunções, tis como hormonogénese e turnover ds iomemrns. O HDL ctu o nível d remoção do colesterol totl que é depositdo em excesso nos tecidos extr-hepáticos. Qundo os vlores de colesterol LDL estão ssocidos níveis ixos de HDL verific-se um dos fctores de risco pr DC. Por outro ldo, níveis elevdos de triglicéridos umentm tmém predisposição pr s doençs crdiovsculres, um vez que dão origem LDL de dimensões menores e mior densidde, estndo ests mis susceptíveis de oxidrem, ssim como, s HDL perdem su funcionlidde n remoção do colesterol tecidulr (Figur 5) (Rodrigues et l., 2008; Rmel et l., 2009). As LDL que circulm ou s que se cumulm n estrutur d prede vsculr podem sofrer, por su vez, recções de oxidção provocds por espécies rectivs, soretudo envolvids nos mecnismos de defes ou como y-products dos processos metólicos que utilizm o oxigénio. As LDL oxidds ctum no processo terogénico celerdo d prede vsculr disfuncionl (Rodrigues et l., 2008; Rmel et l., 2009). No entnto, o precimento ds LDL oxidds pode ter influênci no tipo de gordurs que são ingerids, podendo est cção ser minimizd com o consumo simultâneo de limentos ou trvés d incorporção de ingredientes com proprieddes ntioxidntes. 19

INTRODUÇÃO N Europ pontm-se pr vlores médios de colesterol totl no sngue inferiores 190 mg/dl, no entnto, n populção em gerl, tendênci será pr vlores superiores os recomendáveis pel Direcção Gerl de Súde (www.dg-sude.pt). Figur 5 Colesterol HDL e LDL (http://www.medmovie.com). Segundo Fehily et l. (1994) os MUFA e os PUFA do tipo ω6 presentes n gordur do peixe têm proprieddes o nível d prevenção dests doençs, um vez que contriuem pr redução dos níveis de colesterol totl. Os PUFA do tipo ω-3, como o EPA e o DHA possuem proprieddes nti-terogénics e nti-tromótics (Rodrigues e Moris, 2008), ssim como modulm o metolismo ds prostglndins possuindo, então, proprieddes nti-inflmtóris inflmtóris (DeFilippis, 2006; Mrtin et l., 2006) e proporcionndo desse modo enefícios significtivos pr súde e em-estr (Rodrigues e Moris, 2008). O umento do consumo dos produtos d pesc ou dos produtos suplementdos com ácidos gordos ω3 (EPA e DHA) tem sido indicdo n protecção contr s doençs do foro crdiovsculr e n morte premtur. Os ácidos gordos ω3 são os medidores que ctum o nível d ctivção dos fctores de trnscrição que estão relciondos com expressão dos genes envolvidos n oxidção e n síntese dos lípidos. O efeito result d redução dos níveis dos triglicéridos plsmáticos e d lterção ds LDL terogénics, tmém denominds de LDL tipo B. Pr lém destes efeitos, os ácidos gordos ω3 contriuem pr diminuição d crg excessiv siv produzid pel síndrome metólic, ssim como, modulção d inflmção, d normlizção d ctividde plquetári, d função endotelil e d tensão rteril (Rodrigues et l., 2008). 20

INTRODUÇÃO De cordo com Rodrigues et l. (2008), inúmeros estudos desde os nos 70 do século pssdo evidencim que o consumo do pescdo influenci directmente o estdo de súde, e mostrrm que existe um relção entre o consumo destes produtos e protecção contr s DC e morte precoce. Esses estudos demonstrrm ind que existe um diminuição n incidênci d morte premtur com origem no enfrte do miocárdio que estv intimmente relciondo com o umento do consumo de peixe. Ddo que os consumidorres de peixe presentvm txs de sorevivênci superiores à dos não consumidores, registndo este grupo (não consumidores de peixe) s txs mis elevds de doençs crdiovsculres. Os estudos indicrm ind que pr consumos semnis de um ou mis refeições à se de peixe os níveis de risco d DC diminuem significtivmente (Wng et l., 2006; Prr et l., 2008; Rodrigues et l., 2008; Rmel et l., 2009; Rmel et l., 2010). Estudos mis recentes, desde décd de 90, confirmrm que o umento do colesterol dietético é provocdo pelos elevdos níveis de colesterol presente no sngue, e como consequênci o risco ds doençs crdiovsculres tmém ument. Este fctor é de extrem importânci, um vez que o colesterol ingerido n diet está ssocido o consumo de SFA. Existem fctores que podem influencir form como o corpo irá intergir com o colesterol dietético, tis como idde, o sexo, distriuição d diposidde corporl, e o mis importnte composição d diet em ácidos gordos. Existem dus clsses de ácidos gordos dietéticos que podem umentr os níveis de colesterol plsmático, os SFA de origem niml e os ácidos gordos so form trns que são produzidos no processo de hidrogenção dos óleos vegetis (Engler et l., 2005; Moordin et l., 2006; Rodrigues et l., 2008). A estrtégi gerl pr diminuição do colesterol consiste em limitr ingestão de produtos ricos em colesterol e n redução de gordurs, especilmente s SFA de origem niml. O ácido oleico presente no zeite virgem e extr virgem fz prte ds gordurs serem incorpords n elorção dum diet prudente (Moordin et l., 2006; Rodrigues et l., 2008). O consumo de pescdo previne s doençs crdiovsculres, um vez que result d cominção de vários mecnismos tis como, redução dos triglicéridos plsmáticos, redução d pressão rteril, melhori d perfusão snguíne, melhori ds rritmis crdícs, diminuição d inflmção e melhori de rectividde vsculr (Breslow, 2006; Thorsdóttir et l., 2007; Rodrigues et l., 2008). A Americn Hert Assocition recomend à populção em gerl ingestão de dus ou mis refeições de peixe, rico em PUFA (ω3), nos regimes limentres e, os portdores ds doençs coronáris, um consumo diário igul ou superior 1 g de EPA e DHA (Rodrigues et l., 2008). 21