2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial e do défici orçamenário Kalecki, TDE, cap. 4 Os lucros e o invesimeno denro de suposições simplificadoras Kalecki, TDE, cap. 5 nrodução roduo nacional, lucros e invesimeno em um modelo simplificado Modificações no invesimeno e no consumo em um modelo simplificado Kalecki (97), Lua de Classe e Disribuição da Renda Nacional* 7/05/207 ossas (999), Demanda Efeiva, nvesimeno e Dinâmica (seção 3)
Lucro: = + Ck Consumo do capialisa: C = λ +, onde λ reflee a defasagem na reação dos capialisas às variações no lucro; 0 < < indica a propensão marginal a consumir dos capialisas; e é consane relaiva ao consumo auônomo, sujeia a modificações no L. Os lucros e o invesimeno denro de suposições simplificadoras odemos fazer a seguine suposição, ue é plausível enuano primeira aproximação, sobre o consumo real dos capialisas em um ano dado, C : de ue ele consise em uma pare e uma pare proporcional a λ, o lucro real depois da dedução dos imposos de algum empo arás, iso é: C = λ + (5) onde λ: indica a demora da reação do consumo dos capialisas à mudança de sua renda correne, é posiivo e < porue os capialisas endem a consumir apenas uma pare do incremeno da renda. De fao, esa pare ende a ser basane peuena, de forma ue é provável ue seja consideravelmene menor ue. Finalmene, é consane a curo prazo, apesar de sujeio a modificações a longo prazo. (Kalecki, M. (977[954]), p.73) 7/05/207 2
Lucro: = + Ck Subsiuindo a euação do consumo (C = λ + ) na euação do lucro, em-se ue o lucro é deerminado pelo invesimeno correne e pelo lucro defasado: = + λ + Suporemos, por enuano, ue ano a balança comercial como o orçameno do Governo são euilibrados e ue os rabalhadores não poupam. Nesse caso, os lucros depois da dedução dos imposos são iguais à soma do invesimeno mais o consumo dos capialisas C: = + C. (6) Subsiuindo o valor de C pela euação (5), obemos: = + λ +. (7) Conclui-se ue os lucros reais ao empo são deerminados pelo invesimeno correne e pelos lucros no empo λ. (Kalecki, M. (977[954]), p.73-4) 7/05/207 3
Lucro: = + Ck subsiuição ierada, na euação do lucro, do consumo pelo lucro defasado e dese úlimo pela soma do invesimeno e do consumo com a mesma defasagem... Os lucros ao empo λ por sua vez serão deerminados pelo invesimeno àuele empo e pelos lucros ao empo 2λ, e assim por diane. (Kalecki, M. (977[954]), p.74) C C C C C 2 3 3 3 2 2 2 3 3 2 2 3 2 2 2 2... 7/05/207 4
Lucro: = + Ck => = ( ω + ) / ( )...leva à redefinição do lucro apenas como função do invesimeno defasado e da propensão marginal a consumir do capialisa (a parir da soma de duas progressões geoméricas). O efeio final da elevação do invesimeno sobre o lucro reflee, além da variação do invesimeno, a elevação do consumo do capialisa induzida pela própria elevação dos lucros ao longo do empo....... 2 3 3 2 2 3 3 3 2 2 7/05/207 5
*Complemenar Lucro apenas como função do invesimeno defasado e da propensão marginal a consumir do capialisa coeficienes decrescenes (desenvolvimeno apresenado por Kalecki). f 2 2 3 3... 3 2 Fica claro assim ue os lucros ao empo são função linear do invesimeno ao empo λ, 2λ ec. e ue os coeficienes de invesimeno,, λ, 2λ ec., nessa relação, serão,, 2 ec. respecivamene. Ora,, conforme foi dio acima, é menor ue, e é provável ue seja consideravelmene menor ue. Dessa forma, a série de coeficienes,, 2,... será rapidamene decrescene e conseuenemene, enre, λ, 2λ..., somene os coeficienes relaivamene pero no empo conarão na deerminação dos lucros. Os lucros desse modo serão função ano do invesimeno correne como do invesimeno do passado recene; ou, falando em ermos aproximados, os lucros seguem o invesimeno com um hiao emporal. Dessa forma, podemos escrever como euação aproximada: = f( ω ) (8) onde ω é o hiao emporal envolvido. (Kalecki, M. (977[954]), p.74) 7/05/207 6
*Complemenar Lucro apenas como função do invesimeno defasado e da propensão marginal a consumir do capialisa coeficienes decrescenes (desenvolvimeno apresenado por Kalecki). f f f f f forma da função f pode ser deerminada da seguine maneira: volemos um pouco à euação (7) e colouemos em lugar de seu valor dado pela euação (8): f( ω ) = + f ( ω λ ) +. Essa euação deverá ser válida ualuer ue seja o decurso no empo do invesimeno. ssim, deverá dar coberura iner alia ao caso onde o invesimeno é manido por algum empo num nível esável, de forma ue enhamos = ω = ω λ. Daí, f ( ) = + f ( ) + ou f( ) = ( + ) / ( ) (Kalecki, M. (977[954]), p.74) 7/05/207 7
Lucro apenas como função do invesimeno defasado e da propensão marginal a consumir do capialisa coeficienes decrescenes (desenvolvimeno apresenado por Kalecki). f Como essa igualdade é válida para ualuer nível de, ela nos dá a forma da função f. odemos enão escrever a euação (8) como: = ( ω + ) / ( ) (8 ) f *Complemenar significância da euação (8 ) é ue reduz o número de deerminanes dos lucros de dois para um, devido a levar em consideração a dependência do consumo dos capialisas para com os lucros passados, conforme nos dá a euação (5). Os lucros, de acordo com a euação (8 ), são deerminados compleamene pelo invesimeno, achando-se envolvido um cero hiao emporal. demais, o invesimeno depende de decisões de invesir ainda mais remoas no passado. Conclui-se ue os lucros são deerminados pelas decisões passadas de invesir. (Kalecki, M. (977[954]), p.74-5) 7/05/207 8
Conforme viso aneriormene...a parcela relaiva dos salários e ordenados na renda brua do seor privado é igual a: W/Y = α + B/Y, onde 0 < α < e B é ce C, sujeio a modificações a L nrodução fórmula para a parcela relaiva dos salários e ordenados na renda brua do seor privado esabelecida no capíulo 2 (p. 6) é: V/Y = α + B/Y ( 4 ) onde V é o valor real dos salários e ordenados e Y é a renda brua real do seor privado. O coeficiene α é posiivo e < e a consane B, ue esá sujeia a modificações a longo prazo, ambém é posiiva. (Kalecki, M. (977[954]), p.79) 7/05/207 9
Como a renda é deerminada pelo lucro e pelo parâmero de disribuição... W/Y = α + B/Y Y = + W = W = Y (Y )/Y = α + B/Y Y = αy + B Y αy = + B Y B...e o lucro é deerminado pelo invesimeno e pela propensão a consumir do capialisa......segue ue a renda é deerminada pelo invesimeno, dados os parâmeros de disribuição e da propensão a consumir do capialisa. Y B 7/05/207 0
...segue ue a renda é deerminada pelo invesimeno, dados os parâmeros de disribuição e da propensão a consumir do capialisa. α Y = + W = + Ck + Cw roduo nacional, lucros e invesimeno em um modelo simplificado Temos porano as seguines euações para a deerminação do produo nacional bruo: Y = ( + B) / ( α) (9 ) = ( ω + ) / ( ) (8 ) É claro ue a renda brua ou produo bruo, Y, é compleamene deerminada pelo invesimeno, ω. (Kalecki, M. (977[954]), p.80) 7/05/207
Vale noar ue a euação do muliplicador de Kalecki pode ser reescria de forma mais geral em ermos das propensões marginais a consumir das diferenes classes, ponderadas por sua paricipação na renda. No caso específico em ue a propensão marginal a consumir do rabalhador é igual a ( w =), enão a euação geral se ransforma na euação do muliplicador de Kalecki. Sendo possível, porano, derivar o valor da propensão marginal média a consumir da economia ( m ) e a poupar da economia (s m ), assim como o muliplicador (m). k w k w B Y 7/05/207 2 ].[ k w m k w m k w B m s B B Y k k k k k k B B B Y..
O efeio muliplicador em um modelo simplificado Quão maior a propensão marginal a consumir do capialisa e a paricipação dos salários na renda, maior o muliplicador. B B Y Y B k Exemplo = 0, = 0,8, α = 0,5, =B=0 = 0 / (-0,8) = 50 Y = 50 / (-0,5) = 00 Y = 0 /[(-0,5)(-0,8)] = 00 Y = 0/0, = 0/(-0,9) = 0.0 = 00 Y = + W => W = 50 = Cw = + Ck = 0 + 40 = 50 Y = + W = + Ck + Cw Y = 50 + 50 = 0 + 40 + 50 = 00 7/05/207 3
O efeio muliplicador em um modelo simplificado Quão maior a propensão marginal a consumir do capialisa e a paricipação dos salários na renda, maior o muliplicador. B Y B Y Exemplo 2 = 0, = 0,9, α = 0,5, =B=0 = 0 / (-0,9) = 00 Y = 00 / (-0,5) = 200 Y = + W => W = 00 = Cw = + Ck = 0 + 90 = 00 Y = + W = + Ck + Cw Y = 00 + 00 = 0 + 90 + 00 = 200 Y = 0 /[(-0,5)(-0,9)] = 200 Y = 0/0,05 = 0/(-0,95) = 0.20 = 200 7/05/207 4
Modificações na disribuição de renda, dados os gasos dos capialisas, aleram a renda da economia, pois aleram o salário e o consumo dos rabalhadores, ou seja, o muliplicador, enuano os lucros permanecem inalerados. Exemplo 3 = 0, = 0,8, α = 0,4, =B=0 = 0 / (-0,8) = 50 Y = 50 / (-0,4) = 83,3 Y = 0 /[(-0,4)(-0,8)] = 83,3 Y = 0/0,2 = 0/(-0,88) = 0.8,33 = 83,3 Y = + W => W = 33,3 = Cw = + Ck = 0 + 40 = 50 Y = + W = + Ck + Cw Y = 50 + 33,3 = 0 + 40 + 33,3 = 83,3 Y Y B B 7/05/207 5
Modificações na disribuição de renda, dados os gasos dos capialisas, aleram a renda da economia, pois aleram o salário e o consumo dos rabalhadores, enuano os lucros permanecem inalerados. Uma vez ue a euação (9 ) reflee os faores ue deerminam a disribuição da renda nacional, ambém podemos dizer: a renda brua, Y, se desloca aé um pono em ue os lucros sobre ela, deerminados pelos faores de disribuição, correspondem ao nível de invesimeno ω. O papel dos faores de disribuição é assim o de deerminar a renda ou o produo com base nos lucros, ue por sua vez são deerminados pelo invesimeno. O mecanismo dessa deerminação da renda já foi descrio no cap. 3 (ver p. 66). Daí se conclui direamene ue as modificações na disribuição da renda ocorrem não por meio de uma modificação dos lucros,, mas aravés de uma mudança na renda brua ou produo, Y. 7/05/207 maginemos, por exemplo, ue, devido à elevação do grau de monopólio, a parcela relaiva dos lucros na renda brua aumene. Os lucros permanecerão sem aleração, já ue coninuarão a ser deerminados pelo invesimeno, ue depende das decisões de invesir originadas no passado, mas os salários e ordenados reais e a renda brua ou produo irão cair. O nível de renda ou produo irá declinar aé o pono em ue a parcela relaiva dos lucros mais elevada permiir auferir o mesmo nível absoluo de lucros. (Kalecki, M. (977[954]), p.8) 6
Elevações nos salários, supondo capacidade ociosa e preços consanes (ou seja, redução do mark-up), não alera o monane oal de lucros, mas eleva a paricipação dos salários na renda, o oal dos salários e o oal da renda, para um dado gaso dos capialisas, em função da elevação do muliplicador. Exemplo 4 = 0, = 0,8, α = 0,6, =B=0 = 0 / (-0,8) = 50 Y = 50 / (-0,6) = 25 Y = 0 /[(-0,6)(-0,8)] = 25 Y = 0/0,08 = 0/(-0,92) = 0.2,5 = 25 Y = + W => W = 75 = Cw = + Ck = 0 + 40 = 50 Y = + W = + Ck + Cw Y = 50 + 75 = 0 + 40 + 75 = 25 Segue-se, do ue foi dio acima, ue um aumeno salarial, refleindo um aumeno do poder sindical, leva conrariamene aos preceios da Economia Clássica a um acréscimo do emprego. E, inversamene, uma ueda dos salários, refleindo um enfrauecimeno do poder sindical, leva a um declínio do emprego. fraueza dos sindicaos numa depressão econômica, represenada pela permissão de cores de salário, conribui mais para ampliar o desemprego do ue para suavizá-lo. (Kalecki, M. (979[97]), p.99) 7/05/207 7
O efeio muliplicador em um modelo simplificado Variações no invesimeno impulsionam o lucro e o consumo do capialisa; e o invesimeno e o consumo do capialisa, ao gerarem pagameno de salários, impulsionam o consumo do rabalhador. variação oal da renda é maior do ue a variação do invesimeno devido aos efeios dese sobre o consumo do capialisa e do rabalhador. Quão maior o invesimeno e o muliplicador, maior o produo e emprego da economia. D D Y Y B B DY D DY D 7/05/207 8
O efeio muliplicador em um modelo simplificado Exemplo 5 = 20, = 0,8, α = 0,5, =B=0 0 = 20 / (-0,8) = 00 Y = 00 / (-0,5) = 200 Y = 20 /[(-0,5)(-0,8)] = 200 Y = 20/0, = 20/(-0,9) = 20.0 = 200 Y = + W => W = 00 = Cw = + Ck = 20 + 80 = 00 Y = + W = + Ck + Cw Y = 00 + 00 = 20 + 80 + 00 = 200 7/05/207 9
O efeio muliplicador em um modelo simplificado Modificações no invesimeno e no consumo em um modelo simplificado Dadas as relações enre os lucros e o invesimeno e a renda brua e os lucros, conforme expressas nas euações (8 ) e (9 ), ualuer modificação do invesimeno provoca uma níida modificação da renda. Uma elevação do invesimeno em ω provoca, com um hiao emporal, uma elevação dos lucros em = ω / ( ) demais, uma elevação dos lucros em provoca uma elevação da renda brua ou produo em ou Y = / ( α) Y = l ω / ( α)( ) (Kalecki, M. (977[954]), p.8-2) 7/05/207 20
O efeio muliplicador em um modelo simplificado Deve-se lembrar ue é o coeficiene ue indica a pare de, o incremeno dos lucros, ue será dedicada ao consumo; e ue α é o coeficiene ue indica a pare de Y, o incremeno da renda brua, ue vai para salários e ordenados. Tano como α são <, de modo ue Y > ω. Em ouras palavras, a renda brua ou produo aumena mais ue o invesimeno, devido ao efeio da elevação do invesimeno sobre o consumo dos capialisas (faor / ) e sobre a renda dos rabalhadores (faor / α). Uma vez ue aui se supõe ue o consumo dos rabalhadores seja igual à sua renda, isso uer dizer ue a renda aumena mais ue o invesimeno, devido à influência do aumeno do invesimeno sobre o consumo dos capialisas e dos rabalhadores. Durane a depressão, a ueda do invesimeno ambém moiva uma redução do consumo, de modo ue a ueda do nível de emprego é maior do ue a ue se origina direamene da conração da aividade invesidora. (Kalecki, M. (977[954]), p.82) 7/05/207 2
oupança e nvesimeno O invesimeno gera lucro e poupança de mesma magniude e simulaneamene a sua realização. Nese senido, poupança não financia o invesimeno, mas é um fluxo sempre igual e deerminado pelo invesimeno. Y = + W = + Ck + Cw = + Ck + Cw W (Y C) = ( Ck) + (W Cw) = S = Sk + Sw = oupança e invesimeno Devemos salienar ue a igualdade enre poupança e invesimeno (...) será válida em odas as circunsâncias. aricularmene, ela será independene do nível da axa de juros, ue a eoria econômica cosumava considerar o faor de euilíbrio enre a procura e a ofera de capia l novo. (...) Se o invesimeno aumena em um cero valor, a poupança a parir dos lucros é pro ano maior. (Kalecki, M. (977[954]), p.70) 7/05/207 22
Lucro, oupança e nvesimeno Variações no invesimeno geram elevação imediaa do lucro e da poupança no mesmo monane. = + Ck ( Ck) = Sk = Os efeios da elevação do lucro sobre o consumo do capialisa (C = λ + ) e seus impacos subseuenes sobre os lucros ocorrem ao longo do empo, sem alerar a igualdade enre poupança e invesimeno. = +Ck ( Ck) = Sk = maginemos ue ano o invesimeno como porano a poupança e ambém os lucros se apresenem consanes por algum empo. maginemos ue haja enão uma súbia mudança no invesimeno. poupança aumenará imediaamene juno com o invesimeno e os lucros ambém subirão na mesma proporção. Conudo, o consumo dos capialisas subirá somene depois de algum empo, como resulado desse aumeno primário dos lucros. Dessa forma, os lucros ainda esarão aumenando depois de já se er deido o aumeno do invesimeno e da poupança. (Kalecki, M. (977[954]), p.75) 7/05/207 23
O efeio muliplicador em um modelo compleo (balança comercial, défici orçamenário e poupança do rabalhador) k w M X T G Y D D D D k w k w B M X T G Y k w w M X T G Y, (G-T), (X-M) k α Y = + W = + Ck + Cw + (G-T) + (X-M) w k w w M X T G Y D D D D D 7/05/207 24
Modelo compleo: balança comercial, défici orçamenário e poupança do rabalhador (desenvolvimeno) YB = +C +C + G + X M = W + + T Y = +C +C + G T + X M = W + (renda disponível) = +C + C W + G T + X M como Ck = k + e Cw = ww = + + + W + G T + X M = + + + Y + G T + X M = + + + Y + G T + X M + = + + Y + G T + X M = + + Y + G T + X M = + + Y + G T + X M = + Y + G T + X M *Complemenar 7/05/207 25
Modelo compleo: balança comercial, défici orçamenário e poupança do rabalhador (desenvolvimeno) = + + Y + G T + X M *Complemenar Y = + B α = + Y + G T + X M + + B α Y α Y = + G T + X M + + B Y α + α + = + G T + X M + + B Y = + G T + X M + + B α + α = + G T + X M + + B α + α Y = + G T + X M + + B α + α Y = + G T + X M α + α 7/05/207 26
oupança dos rabalhadores Quão maior a poupança dos rabalhadores, menores os lucros e salários e, porano, a renda da economia, associada a um menor muliplicador. Exemplo 6 = 0, k = 0,8, w = 0,9, α=0,5, = B = (G T ) = (X M) = 0 Y = + W => W = 33,33 Y = + Ck + Cw = + k + + ww = 0 + 0,8.33,33 + 0,9.33,33 Y = 0 + 26,67 + 30 = 66,67 7/05/207 27
Elevação dos salários com poupança dos rabalhadores Supondo capacidade ociosa e preços consanes ( mark-up), há elevação da renda, acompanhada de redução dos lucros. Exemplo 7 = 0, k = 0,8, w = 0,9, α =0,6, = B = (G T ) = (X M) = 0 Y = + W => W = 42,86 Y = + Ck + Cw = + k + + ww = 0 + 0,8.28,57 + 0,9.42,86 Y = 0 + 22,86 + 38,57 = 7,43 7/05/207 28
Gasos auônomos e o efeio muliplicador Variações no invesimeno, défici orçamenário e saldo da balança comercial impacam a renda na proporção do muliplicador. Exemplo 8 = 20 ou =0 e (G-T) = 0 ou = 0 e (X-M) = 0 ou... k = 0,8, w = 0,9, α=0,5, = B = 0 Y = + G T + X M + + B α + α Y = 20 0,5.0,9 + 0,5 0,8 = 20 0,5 = 20 = 20.6,6667 = 33,33 0,85 = + + Y + G T + X M = 20 + 0,9 33,33 0,9 0,8 = 66,67 Y = + W => W = 66,67 Y = +(G-T) + (X-M) + Ck + Cw = +(G-T) + (X-M) + k + + ww Y = 20 + 0,8.66,67 + 0,9.66,67 = 20 + 53,34 + 60 = 33,34 7/05/207 29
Gasos auônomos e o efeio muliplicador Variações no invesimeno, défici orçamenário e saldo da balança comercial impacam a renda na proporção do muliplicador. Exemplo 8 (coninuação) = 20 ou =0 e (G-T) = 0 ou = 0 e (X-M) = 0 ou... k = 0,8, w = 0,9, α=0,5, = B = 0 Y = + G T + X M α + α Y = 0 0,5.0,9 + 0,5 0,8 = 0 0,5 = 0 = 0.6,6667 = 66,67 0,85 = + Y + G T + X M = 0 + 0,9 66,67 0,9 0,8 = 33,34 7/05/207 30
roduo Nacional Bruo em uma economia abera, com governo e poupança dos rabalhadores roduo Nacional Bruo: YB = + W + T = + Ck + Cw + G + (X-M) Lucro: = + Ck + (Cw W) + (G T) + (X M) elevação na poupança do rabalhador reduz os lucros dos capialisas, enuano a elevação do défici orçamenário ou do saldo da balança comercial eleva os lucros acima dos gasos dos capialisas. 7/05/207 3
roduo Nacional Bruo em uma economia abera, com governo e poupança dos rabalhadores Conclui-se direamene daí ue um acréscimo do saldo da balança comercial elevará os lucros pro ano, desde ue os demais componenes não se alerem. (O mecanismo aí operane é o mesmo ue foi descrio na página 66). (...) Conclui-se direamene do ue foi dio a cima ue o saldo da balança comercial permie o aumeno dos lucros a cima do nível ue seria deerminado pelo invesimeno e pelo consumo dos capialisas. É desse pono de visa ue se poderia considerar a lua pelos mercados exernos. (...) Um défici orçamenário em efeio semelhane ao de um saldo posiivo na balança comercial. Ele ambém permie um aumeno dos lucros a cima do nível deerminado pelo invesimeno privado e pelo consumo dos capialisas. (...) Os armamenos e as guerras, em geral financiados pelos déficis orçamenários, são ambém uma fone dessa espécie de lucros. (Kalecki, M. (977[954]), p.7-2) 7/05/207 32
oupança e nvesimeno em uma economia abera, com governo e poupança dos rabalhadores lerações na balança comercial [inversamene relacionada à poupança exerna: (X-M)=-(M-X)=-Sx], no défici orçamenário [inversamene relacionado à poupança do governo: (G-T)=-(T-G)=-Sg] e na poupança do rabalhador [(W-Cw)=Sw] não aleram a poupança oal nem o invesimeno. = + Ck + (Cw W) + (G T) + (X M) ( Ck) + (W Cw) = + (G T) + (X M) Sp = Sk + Sw = Sg Sx S = Sk + Sw + Sg + Sx = Sg = (G-T) ou Sx = (X-M) ou Sw = (W-Cw) = (-Ck) = Sk ermanece válida a igualdade: S = Sk + Sw + Sg + Sx = 7/05/207 33
oupança e nvesimeno em uma economia abera, com governo e poupança dos rabalhadores ssim, por exemplo, em nenhuma hipóese um evenual nível baixo da poupança privada ue nada mais é ue a poupança na definição usual, adoada por Kalecki poderia ser reforçado por um aumeno uer da poupança do governo, uer da poupança exerna. o conrário: dado o invesimeno, ais aumenos eriam necessariamene o efeio de diminuir ainda mais a poupança privada! (...) (E)nuano por um lado a poupança privada não pode se modificar independenemene, por ouro lado ualuer aleração auônoma nas poupanças exerna e pública implicará faalmene aleração inversa e da mesma magniude na poupança privada, para um dado invesimeno; da mesma forma ue uma aleração no invesimeno ceeris paribus provocará efeio direo e de igual magniude, apenas sobre a poupança privada e não sobre os ouros dois componenes, ue são basicamene auônomos. conclusão rigorosa à luz do DE é ue, para um dado nível de invesimeno, a poupança privada é deerminada pelos ouros dois componenes de poupança, variando inversamene com cada um deles. Em ouras palavras, a suposa complemenaridade enre os componenes de poupança é mera aparência enganosa: a poupança privada sempre se reduz pro ano frene a um aumeno auônomo das poupanças pública e exerna, ano uano frene a uma redução auônoma do invesimeno. (ossas, 999, p.29) 7/05/207 34