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1 Universidade Federal do Rio de J a neiro nsiuo de Economia Disribuição de renda e crescimeno econômico nível de produo na eoria de Kaleci. TD. 00/00 André Abuquerque Série Texos para Discussão

2 Disribuição de renda e crescimeno econômico nível de produo na eoria de Kaleci * André Albuquerque San Anna Formação de preços e disribuição de renda A disribuição da renda é, para Kaleci, um fenômeno essencialmene microeconômico, que deve ser compreendido a parir do processo de formação de preços. Para ano, Kaleci 977 pare das premissas orodoxas e as criica para enão compor a sua própria eoria da disribuição da renda. A primeira das críicas recai sobre as hipóeses de livre concorrência enre as empresas e de cusos marginais crescenes, que equivale à hipóese de rendimenos marginais decrescenes. Para Kaleci 977, p.8, 8,... é perfeiamene juso supor que nas empresas indusriais a curva dos cusos marginais em um relaivamene longo segmeno horizonal e somene começa a subir ao se aproximar da plena uilização dos recursos... [Aliado a isso,] As empresas, em geral, não aingem a plena uilização se ocupam no mercado uma posição monopolisa como os caréis ou quase monopolisa concorrência imperfeia. Daí porque emos comumene... a curva horizonal dos cusos marginais, nos quais o preço é consideravelmene superior. om base nisso, Kaleci descara a possibilidade de que a função de produção possa er a forma assumida pela eoria neoclássica. Assim, a curva de cuso marginal é, na sua maior pare, consane e não crescene como assume a eoria orodoxa. Ademais, baseando-se nas eorias de concorrência imperfeia, o auor assume que as empresas possuem um cero poder de mercado e, porano, não uilizam oda a capacidade insalada. Nesse senido, Kaleci 977, p. 8 afirma que A razão enre os preços e os cusos marginais... indica o quano a siuação se afasa da concorrência perfeia, e por isso pode servir como medida do grau de monopólio. Desa críica resula a eoria aleciana da disribuição da renda. Para o auor, a disribuição é deerminada a parir do processo de formação de preços, viso que ese deve deerminar o excedene uniário sobre os cusos. Na visão de Kaleci 9, as mercadorias podem, no curo prazo, er seus preços formados por dois diferenes mecanismos, de acordo com as respecivas condições de ofera. Em primeiro lugar, as maérias-primas êm uma curva de ofera inelásica. Pode-se dizer, em geral, que ais produos necessiam de um empo razoável para erem sua ofera aumenada. Além disso, ais mercadorias possuem um grau de homogeneidade muio maior do que no caso dos produos acabados. Um aumeno na demanda, pois, não podendo ser acompanhado por um aumeno na produção, levará a uma queda de esoques e, conseqüenemene, a um aumeno de preços. Em segundo lugar, Kaleci argumena que o modelo mais adequado para os demais produos disa da concorrência perfeia. Afinal, o que se observa na práica se aproxima mais da concorrência imperfeia ou oligopólio. Uma vez que as firmas oligopolisas caracerizam-se pela manuenção de capacidade ociosa, o que significa, ofera elásica, um aumeno na demanda por produos acabados ende, na maior * Ese arigo é pare da disseração de mesrado do auor. Na verdade, para a eoria aleciana, mesmo a exisência de uma função de produção não é imporane, uma vez que é a demanda que deermina o nível de produo. Ese aumeno de preços, como ressala Kaleci 9, pode ser inensificado devido a um aumeno secundário na demanda, de caráer especulaivo.

3 pare das vezes, a ser acompanhado por um aumeno de produção e não de preços. Kaleci 9 assume que os cusos com maeriais e salários são esáveis para a ampliude relevane da produção. Em ouras palavras, raa-se da mesma hipóese de cusos marginais horizonais que Kaleci 977 assume, em derimeno da premissa orodoxa de cusos marginais crescenes. om relação aos cusos indireos, o auor supõe que sejam relaivamene esáveis mesmo com variações de produção. Ademais, devido à presença de incereza fore, Kaleci 9 assume que os empresários não conseguem maximizar lucros, e desse modo, procuram maner um nível de mar up desejado sobre seus cusos. Nesse caso, cada firma deermina o seu preço por meio de uma adição aos seus cusos uniários de salários e de maéria-prima, de modo a cobrir as despesas gerais e ober lucros. so é feio mediane a deerminação de um mar up, que, enremenes, depende ambém do grau de concorrência naquela indúsria. Ou seja, ao decidir em que nível fixar seu preço, a firma deve levar em consideração o preço que deseja cobrar e o preço cobrado em média na indúsria. Quano maior o seu poder de mercado, mais próximo de preço desejado será o preço efeivo. Possas 987 expressa essa idéia da seguine forma: d p θp θ p 8, onde p é o preço efeivo deerminado pela firma, p d é o preço desejado, p é o preço médio da indúsria e θ é o parâmero que represena o poder de mercado daquela firma. Porém, como foi dio aneriormene, o preço é deerminado por um mar up - em relação aos cusos direos uniários - u. so é, a firma decide na verdade qual deve ser o seu mar up para enão definir o preço a ser cobrado. Uma vez que p, emos enão que: u θ d _ p θ u De fao, esa é a naureza da decisão que a empresa oma ao fixar seu preço: qual o mar up sobre seus cusos de maéria-prima e salários, com base no seu poder de mercado e no preço médio da concorrência. Tendo em visa que Kaleci idenifica mar up com o grau de monopólio, vale examinar quais são as principais causas de modificações no grau de monopólio e se elas se adequam à equação de deerminação do mar up proposa. São quaro as principais causas de modificação no grau de monopólio que Kaleci 9 idenifica: em primeiro lugar, o auor desaca a influência do processo de concenração da indúsria. Nese cenário, as grandes empresas êm um fore peso sobre a composição do preço médio e, porano, suas decisões afeam direamene o nível do grau de monopólio da indúsria. Essas firmas comporam-se como líderes de preços e, porano podem definir um θ elevado, pois sabem que serão seguidas pelas demais. om isso, o preço médio ende a se elevar e, por conseqüência, ambém o grau de monopólio da indúsria. Logo, quano maior a concenração em uma deerminada indúsria, maior ende a ser o seu mar up médio. O aumeno da concorrência por vias alernaivas ao preço ambém ende a criar uma endência de aumeno para o grau de monopólio, uma vez que a possibilidade de manuenção ou aé mesmo aumeno de mar up fica preservada nesse caso. Há dois ouros faores que o auor considera ainda na mudança do grau de monopólio. Um deles é a influência das modificações na relação enre cusos indireos e cusos direos. Um aumeno nesa relação, manido o mar up, leva a uma redução necessária na margem de lucro. Nesse caso, Kaleci argumena que pode haver um acordo ácio enre os diversos produores para assegurar a manuenção da margem de lucro. om isso, um aumeno na relação cusos indireos/cusos direos, manida a margem de lucro, leva a uma inescapável ampliação do grau de monopólio. Por fim, o poder de barganha dos sindicaos é um ouro e imporane faor na definição do grau de monopolização. A idéia é simples, quano maior for o mar up, mais poder erão os rabalhadores para negociar aumenos de salários. omo salários paricipam no cuso direo, fica claro que um aumeno daqueles leva a uma Vale ressalar que os preços das maérias-primas e insumos em geral, a eficiência écnica na sua uilização, os salários nominais e a produividade média do rabalho são suposos dados Possas, 987, p.96. abe lembrar que ese é o poder de mercado que a firma imagina er quando deermina o seu preço. Nada, porém, assegura que esse seja o seu poder de mercado efeivo. _ 9 _

4 redução no mar up, ceeris paribus. É claro que esse poder depende dos arranjos insiucionais a que esão submeidas as relações enre firmas e sindicaos. Além dos salários, os cusos direos são composos ambém pelos cusos com maérias-primas. omo os preços desas são formados pela demanda, suas variações endem a ser muio maiores do que as variações salariais. Os preços dos produos finais, porano, são mais esáveis que os preços das maérias-primas, já que a esabilidade dos salários se conrapõe à volailidade daqueles. Para que a eoria eseja consisene, fala ainda ligar a razão enre rendimenos e cusos direos em uma indúsria e a parcela relaiva dos salários no valor agregado daquela indúsria Kaleci, 9, p.. onforme Possas 987, p.97, a relação enre cusos de maérias-primas e de salários -, ao lado do mar up, deerminam conjunamene a paricipação da massa de salários no valor adicionado, e, porano, a disribuição da renda, ao nível de cada indúsria. Viso que o valor agregado é o valor dos produos menos os cusos com maérias-primas, emos, como em Kaleci 9, p., que: usos indireos lucros M 0, onde é o mar up, M o gaso oal em maérias-primas e o oal de salários. Daí, depreende-se que a paricipação relaiva dos salários no valor adicionado de uma indúsria é M j, M onde j é a relação enre cuso de maérias-primas e cuso salarial. Temos, enão, que a disribuição da renda é deerminada pelos valores dos parâmeros e j. Ambos afeam negaivamene a parcela dos salários no valor adicionado. A equação acima pode ser agregada para um seor ou conjuno de indúsrias vericalmene inegrado, o qual é a unidade de análise de Kaleci Possas, 987. om relação ao mar up, como já foi viso, as caracerísicas do processo compeiivo de uma indúsria, ano as relacionadas com a concorrência inercapialisa quano as relaivas à barganha salarial, se refleem num cero nível de mar up sobre os cusos direos uniários salários e maérias-primas Possas, 987, p.96. Logo, ao influenciarem na deerminação do mar up, a concorrência inercapialisa e a relação enre rabalhadores e empresários represenam ponos cruciais na definição da disribuição da renda. No que concerne à relação enre cuso de maérias-primas e cuso salarial, Kaleci 9 argumena que essa relação ende a variar com o nível de aividade econômica, já que os preços das maérias-primas endem a ser mais voláeis do que os salários. Assim, numa depressão, j ende a cair, de modo a ampliar a parcela dos salários na renda, ao passo que ende a reduzir aquela parcela, em virude da endência de aumeno na concenração indusrial durane um período de queda da aividade econômica. abe noar, em primeiro lugar, que a eoria da disribuição de Kaleci esá vinculada ao processo de formação de preços, conforme ressalam Ainson 97 e Possas 987. Em segundo lugar, ao uilizar o mar up na formação de preços, sua eoria fica mais abrangene, podendo ser uilizada para as mais diversas indúsrias, com diferenes esruuras de mercado. Nese senido, conclui Possas 987, p. 98, o mar up é, por assim dizer, uma variável-sínese das implicações da esruura compeiiva sobre o processo de apropriação de renda em cada indúsria. Disribuição e deerminação do nível de renda O processo de disribuição da renda, para Kaleci, é um fenômeno de ordem microeconômica. Ainda assim, consiui-se num imporane parâmero para a deerminação do nível de produo. Para o auor, esse segundo processo em como elemeno essencial o princípio da demanda efeiva, segundo o qual são os gasos que deerminam a renda. onforme apona Kriesler 996, Kaleci procurava formular seu modelo de sore que a disribuição da renda fosse independene do nível de produo e que a

5 deerminação dos lucros oais fossem independenes dos preços e da disribuição. om base nisso, Kaleci 977 rejeia a suposição orodoxa de produo dado, viso que esa se baseia nas premissas de deerminação do produo por uma função de produção baseada em capial e rabalho e de pleno emprego dos faores de produção, que, em conjuno, implicam na deerminação de um produo de pleno emprego. Em ouras palavras, aravés do princípio da demanda efeiva, Kaleci rejeia a lei de Say, um corolário das premissas assumidas pela eoria orodoxa. Assim, como havia sido dio anes, a eoria de Kaleci rejeia as hipóeses básicas da abordagem orodoxa. Uma vez esabelecido o princípio da demanda efeiva, faz-se necessário explorá-lo de modo a esabelecer uma alernaiva à eoria mainsream. Kaleci 977 propõe enão um modelo deparamenal baseado nas equações marxisas de reprodução para demonsrar que um aumeno global de salários não implica em uma redução dos lucros oais, como fazem crer o senso comum e a eoria orodoxa. Para ano, Kaleci 977, p.9 adoa um modelo de rês seores vericalmene inegrados, que produzem respecivamene bens de invesimeno, D, bens de consumo para os capialisas, D, e bens de consumo para os rabalhadores, D. Embora não sejam cruciais ao argumeno, adoam-se ainda as hipóeses simplificadoras de absração da poupança dos rabalhadores, e da ausência de governo e comércio exerno 6. onseqüenemene, a produção de cada seor, bem como a soma dos lucros e salários seoriais represenam o produo e a renda gerados no país 7. Definindo P, P e P como os lucros bruos de cada deparameno e, e como os respecivos salários, emos que P e são os respecivos lucros oais e salários oais. O consumo dos capialisas é represenado por, o consumo dos rabalhadores por, o invesimeno bruo por e a renda nacional brua por : Quadro Mariz Deparamenal D D D Toal P P P P Seguindo Kaleci 977, pp -, é fácil ver que os lucros do deparameno produor de bens de consumo para os rabalhadores são iguais ao que os rabalhadores dos demais seores recebem de salários, dada a hipóese de que os rabalhadores consomem udo o que ganham: P. Somando P e P em ambos os lados, ocasiona enão que: o que significa que P respecivamene por: P, P P P P. Ademais, dada a disribuição da renda nos rês seores, represenadas, o consumo dos rabalhadores pode ser represenado por Daí, depreende-se que Vale noar que com base nessa rejeição às premissas orodoxas, não é apenas a eoria da disribuição da renda de Kaleci que se opõe à sua similar neoclássica, mas sim oda a sua eoria opõe-se ao paradigma neoclássico. 6 No decorrer dese capíulo, o modelo de Kaleci 9 será apresenado sempre nesa versão simplificada. 7 Noe-se que em seu modelo, Kaleci adoa uma curva de ofera oalmene elásica, o que garane que oda demanda será aendida e, porano exclui qualquer possibilidade de dinâmica de curo prazo, ano de preços quano de esoques. Simonsen & ysne 989, inclusive, susenam que al hipóese consiui um alcanhar de Aquiles da eoria aleciana.

6 Pode-se dizer, porano, que: 8 O que foi dio acima esclarece o papel dos faores de disribuição, iso é os faores que deerminam a disribuição da renda... na eoria dos lucros.... Dessa forma, o consumo e o invesimeno dos capialisas, em conjuno com os faores de disribuição, deerminam o consumo dos rabalhadores e, conseqüenemene, a produção e o emprego em escala nacional Kaleci, 9, p. 7. om base no que foi apresenado, é possível demonsrar que um aumeno real generalizado de salários não implica em uma redução nos lucros globais. Para al, vale realizar um pequeno exercício que comprova a proposição acima: seja um aumeno real de salários generalizado 9. Supondo que não decorra empo suficiene para que os capialisas mudem seus invesimenos e consumo, como faz Kaleci 977 0, haverá uma perda de lucros nos deparamenos e equivalene ao aumeno dos salários - P - P. No enano, viso que os salários são oalmene gasos em bens de consumo para rabalhadores, os lucros no deparameno vão aumenar na exaa magniude em que os lucros nos demais seores irão cair P. Ou seja, um aumeno real de salários não implica numa redução de lucros oais e, por conseguine, gera um acréscimo nas despesas com bens de consumo para rabalhadores, o que leva a um aumeno na renda nacional brua. Em suma, conforme Kaleci 9, p. 60: Hoever grea he margin of profi on a uni of oupu, he capialiss canno mae more in oal profis han hey can consume and inves. Ese aparene paradoxo apresenado remee à abordagem de Keynes 96 sobre a relação enre poupança e invesimeno: maiores esforços por pare dos indivíduos para poupar não aumenam a poupança agregada. Ao conrário, dado o invesimeno, essa maior vonade de poupança apenas reduz o nível de consumo, levando à queda do produo. Na verdade, o fao de as análises de Keynes e Kaleci serem próximas não deve ser uma surpresa. Afinal, ambas consiuem apenas ângulos diferenes que parem de uma mesma premissa: o princípio da demanda efeiva. Volando-se à relação enre disribuição de renda e nível do produo, é imprescindível que se faça uma análise dinâmica a fim de deerminar os efeios daquela sobre o crescimeno econômico. Pode-se argumenar, por exemplo, que ao se assumir uma função do ipo acelerador para o invesimeno, haverá um efeio posiivo sobre o invesimeno, uma vez que as produções em D e D maniveram-se inaleradas e a produção em D cresceu. Daí, pelo princípio de demanda efeiva, decorrido o prazo suficiene, a variação sobre o lucro será posiiva, esimulando ainda o consumo dos capialisas, levando a economia a um período de crescimeno. Disribuição e dinâmica macroeconômica Para compreender melhor essa dinâmica, é preciso conhecer o que governa o comporameno dos capialisas no que concerne aos seus gasos. Em ouras palavras, é preciso saber o que deermina as decisões de consumir por pare dos capialisas e, sobreudo de invesir. No que se refere ao consumo dos capialisas em um deerminado período, admie-se que ese consise de uma parcela esável A e de uma pare proporcional aos lucros de um período anerior, P -λ. Enão, 8 Ese modelo é generalizado para uma economia com governo, comércio exerno e poupança dos rabalhadores no apêndice ao final dese capíulo. 9 Para que o aumeno enha sido real, é preciso que enha havido perda de poder de barganha por pare dos capialisas, sendo refleida num mar up menor. 0 Vale desacar a essencialidade dessa hipóese para os resulados do modelo de Kaleci. Kaleci 9, p.60n já aponava para esa equivalência enre as abordagens.

7 qp λ A 6, onde q< e λ represena uma pequena defasagem emporal. Mas como P, em-se que P qp λ A 7 É imporane ressalar que essa defasagem λ é imporane para garanir o resulado exposo acima, segundo o qual uma melhoria na disribuição de renda, ceeris paribus, aumena o nível da renda nacional. so ocorre porque o invesimeno e o consumo dos capialisas, no curo período considerado, resulam de decisões omadas no passado e devem, porano, ser considerados como dados Kaleci, 977, p.. No caso do invesimeno, al fao decorre do período necessário para a consrução do bem de capial. Já para o consumo dos capialisas, Kaleci 977 argumena que aqueles acompanham as variações nos lucros, porém com algum araso. Apesar da mencionada imporância da defasagem enre lucros e consumo capialisa, em um modelo dinâmico, no qual o período de empo relevane é o período de invesimeno, al defasagem pode ser ignorada, viso ser muio menor que a defasagem relaiva ao invesimeno. Desse modo, Kaleci 9, p. propõe que os lucros sejam uma função do invesimeno, com uma cera defasagem emporal: A P ω q om base na equação acima, conclui-se que os lucros são deerminados pelas decisões passadas de invesir Kaleci, 9. 8 omo a renda é composa de lucros mais salários, enão, A ω 9 q Kaleci 9, p.0 procura simplificar essa fórmula propondo que a parcela relaiva a salários e ordenados na renda brua seja V B 0 Desse modo, a equação acima passa a ser represenada por: ω A B q omo, no curo prazo, A é a parcela esável do consumo dos capialisas e B é a pare esável dos salários, as variações na renda brua são deerminadas apenas por variações no invesimeno, dadas a propensão a consumir dos capialisas e a disribuição de renda. Baseado no que foi apresenado, a definição dos deerminanes do invesimeno é, porano, crucial para o esudo da dinâmica capialisa. Kaleci propõe seu modelo de ciclo econômico, cuja organização baseia-se na ineração dos mecanismos de muliplicador e acelerador, de forma análoga aos modelos "neo eynesianos" Possas, 987. Senão vejamos: P K F τ as b c d onde F é o invesimeno em capial fixo τ é a defasagem média enre as encomendas e a efeiva operação do invesimeno S é a poupança, que procura refleir os lucros reidos das empresas P são os lucros no período K é o esoque de capial ao final do período e d refere-se ao invesimeno auônomo, que não depende do nível correne de aividade. Assim, o invesimeno em capial fixo é função do nível de aividade expresso por as das variações desse nível expresso por b P / -c K / e de componenes auônomos relacionados, sobreudo às inovações e mudanças esruurais. Kaleci, 9 e

8 Possas, 999. omo, por definição, K / F -δ, enão, F F τ θ P F τ cf as b cf cδ d c a ' P ' S b d c a S c Em seguida, Kaleci 9, p.0 inroduz ao modelo de invesimeno acima apresenado, uma relação inversa enre nível de aividade e invesimeno, do ipo muliplicador: P q ω b ' P d ' onforme viso, ese muliplicador resula da hipóese de consumo dos capialisas já apresenada. O auor acrescena ainda o invesimeno em esoques supondo-o proporcional ao nível de produção, que, por sua vez, é função dos lucros Possas, 987, p.7 e 8: P J θ e ' Porano, somando F e J e subraindo a depreciação, chegamos à equação dinâmica expressa em a i θ i c ermos do invesimeno líquido: i µ g6 onde µ é função direa do muliplicador e g é função direa de d e inversa da depreciação δ. onforme Possas 987, p. 9, fazendo θ e i i -i -, chega-se à seguine equação a diferenças finias: Por resular numa equação a diferenças finias de ª ordem, o modelo de Kaleci não pode gerar endogenamene crescimeno e ciclo de forma simulânea, como oda a família de modelos neo a i µ i µ i g7 c eynesianos, conforme demonsrado por Pasinei 97. A ocorrência ou não de fluuações vai depender dos valores dos parâmeros na solução homogênea, ao passo que a endência é dada pela solução paricular. Logo, viso que "a solução paricular endência, como dissemos anes [é] uma função crescene do componene auônomo d do invesimeno, e porano dos 'faores de desenvolvimeno'." Possas, 999, p.7, enão fica claro que a endência de crescimeno depende de faores auônomos. Há, conudo, além da separação analíica acima demonsrada enre os componenes de ciclo e de endência, uma separação eórica. Esa se baseia em princípios de causalidade de naurezas diferenes, um relacionado à demanda efeiva e o ouro à mudança esruural: o componene associado à auação da 'demanda efeiva', iso é, do comporameno do nível correne de aividade, [é] capaz de produzir... fluuações e o componene associado à mudança esruural, derivado da auação da auação dos 'faores de Noe-se que b b/c, d cδd/c e que θ é uma espécie de média ponderada e, porano, siua-se enre e τ. A defasagem λ enre lucros e consumo dos capialisas será absraída por ser pequena se comparada à defasagem θ enre encomenda e consrução dos invesimenos Possas, 987,p.8n. Vale lembrar que S. Não convém aqui deer-se sobre quais valores deerminam a forma do componene de "demanda efeiva" cf. Possas, 999, p. 9.

9 desenvolvimeno'... produzem rajeória poencialmene insáveis do pono de visa esruural... Possas, 999, p.9 Tendo em visa a premissa meodológica cenral que permeia a eoria da dinâmica econômica de Kaleci de esruura econômica esável, fica claro que o modelo do auor não pode gerar endogenamene ciclo e crescimeno, uma vez que ese é resulado de mudanças esruurais, que, por hipóese, não ocorrem no modelo Possas, 999. Nesse senido, o componene dinâmico de endência deve mesmo ser explicado por faores auônomos, que não são afeados pelo nível correne de aividade, e porano, exógenos ao modelo, poso que esses faores são responsáveis por mudanças na esruura econômica. Noe-se, porém, que os "faores de desenvolvimeno" são e devem ser exógenos ao modelo, embora sejam inerenes à economia capialisa. V onsiderações Finais De acordo com o modelo de Kaleci, porano, uma melhor disribuição da renda acarrearia em um deslocameno da endência para um paamar mais alo, o que significa um nível maior de produo. Ese mecanismo, conudo, só funciona se houver capacidade ociosa. aso a economia já eseja em pleno emprego, ocorrerá aumeno de preços, ao invés de expansão da produção. Nesse caso, a redisribuição perderia seu efeio, viso que a inflação reduziria o salário real dos rabalhadores. aso o modelo permiisse alerações endógenas na disribuição da renda, o componene de endência do modelo de Kaleci 9 sofreria alerações de paamar endógenas. Assim, uma conínua melhoria da disribuição da renda em prol dos rabalhadores levaria a um período de crescimeno econômico aé que se chegasse ao eo do pleno emprego 6. Do modelo de Kaleci, pode-se concluir que uma melhoria na disribuição da renda pode gerar um aumeno na renda nacional. Mesmo que os rabalhadores não gasem oda a sua renda, o modelo ainda se aplica, porém com um efeio muliplicador menor, conforme pode ser verificado no apêndice. 6 Noe-se que o raciocínio leva em consideração mudanças endógenas apenas na disribuição da renda, sem considerar progresso écnico, que efeivamene é capaz de gerar uma rajeória de crescimeno do próprio componene de endência.

10 V - APÊNDE: Modelo com poupança dos rabalhadores, governo e comércio exerno: ] [ ] [ ] [ ] [ m m M m m M m M com P M V - REFERÊNAS BBLORÁFAS: ATKNSON, Anhony B..The Economics of nequaliy. Oxford: Oxford Universiy Press, 97. KALEK, Michal. A Theory of Profis. Economic Journal. Londres: 9.. Theory of Economic Dynamics. Londres: Allen & Unin, 9.. rescimeno e iclo das Economias apialisas. São Paulo: Huciec, 97. KENES, John M. The eneral Theory of Employmen, neres and Money. Londres: Macmillan, 96. KRESLER, Peer. Microfoundaions: a Kalecian Perspecive in King, J. Ed An Alernaive Macroeconomic Theory: he Kalecian model and Pos-Keynesian Economics Boson: Kluer pp. -7, 996. POSSAS, Mário L. A Dinâmica da Economia apialisa: uma abordagem eórica. São Paulo: Brasiliense, Demanda Efeiva, nvesimeno e Dinâmica: a Aualidade de Kaleci para a Teoria Macroeconômica. Revisa de Economia onemporânea,, 999. SMONSEN, Mário H. ysne, R.P. Macroeconomia. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 989.

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