UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO EM ECONOMIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO EM ECONOMIA A Políica Fiscal do Esado do Rio Grande do Sul ( ): uma abordagem macroeconômica Auor: Liderau dos Sanos Marques Junior Poro Alegre 2005

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO EM ECONOMIA A Políica Fiscal do Esado do Rio Grande do Sul ( ): uma abordagem macroeconômica Auor: Liderau dos Sanos Marques Junior Orienador: Prof.Dr. Ronald Hillbrech Co-orienador: Prof.Dr. Marcelo Porugal Tese submeida ao Programa de Pós- Graduação em Economia da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisio parcial à obenção do íulo de Douor em Economia na área de concenração de Finanças Públicas Poro Alegre 2005

3 Esa disseração de douorado é dedicada à memória do meu pai Liderau dos Sanos Marques

4 Uma explicação é algo sempre incompleo: sempre podemos susciar um ouro porquê. Karl Popper em Auobiografia Inelecual

5 AGRADECIMENTOS Desde já, peço desculpas pelo esquecimeno de alguma ajuda, por menor que enha sido, que me permiiu concluir esa jornada. Um agradecimeno especial ao professor Pedro Cezar Dura Fonseca, por er me incenivado a concorrer ao douorado. Esse apoio foi fundamenal para maner viva a vonade de seguir a vida de pesquisador. A odos os professores do pós em Economia da UFRGS, agradeço o preparo acadêmico adquirido nas aulas, nas palesras e nas conversas insiganes ravadas nos corredores e salas do prédio da Economia. Em paricular, ao professor Sabino da Silva Poro Junior, sempre aeno às minhas dúvidas e provocações, e ao professor Giácomo Balbinoo Neo, a indicação de exos. O rabalho foi concluído graças às leiuras e aos comenários do orienador, professor Ronald Hillbrech, e do co-orienador, professor Marcelo Porugal. Evidenemene, odos os possíveis erros remanescenes são de minha ineira responsabilidade. Não posso deixar de agradecer ao Alexandre Porsse, ao Paulo Jacino e ao Túlio Marques, as cópias de arigos. Em especial ao Paulo, pela paciência em discuir ponos da ese. Sou muio grao a Iara, a Cláudia, a Raquel e a Aline, pela pronidão em aender a problemas, digamos, burocráicos e operacionais. Por fim, não menos imporane, agradeço a ajuda financeira da Capes e do Cnpq, indispensável para a execução da pesquisa.

6 RESUMO A ese analisa a políica fiscal do Esado do Rio Grande do Sul enre 1970 e O esudo esá assim dividido: em primeiro lugar, revê o debae sobre se os déficis públicos imporam ou não; em segundo lugar, esa a hipóese de susenabilidade da políica fiscal do Rio Grande do Sul, por meio de eses de raiz uniária e de coinegração; em erceiro lugar, esa a hipóese ax-smoohing para o caso do Rio Grande do Sul; em quaro lugar, esa diversas hipóeses sobre os deerminanes do défici público, medido pela variação da relação dívida/pib, e do défici primário para o caso do Rio Grande do Sul. As hipóeses foram divididas em grupos de faores: os econômicos, os insiucionais e os políicos.

7 ABSTRACT This hesis analyses he fiscal policy of he Brazilian Sae of Rio Grande do Sul, from 1970 o I is organized as follow. Firs, i reviews he Ricardian Equivalence debae on he imporance of fiscal deficis. Second, i ess he hypohesis of fiscal susenabiliy using sandard uni roos and coinegraion ess. Third, i ess he ax smoohing hypohesis, and, finally, i ess several hypohesis on public defici deerminans, such as economic, insiuional and poliical facors.

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO OS DÉFICITS PÚBLICOS SÃO IMPORTANTES? INTRODUÇÃO A HIPÓTESE DA EQUIVALÊNCIA RICARDIANA PORQUE OS DÉFICITS PÚBLICOS SÃO IMPORTANTES CONSIDERAÇÕES FINAIS A SUSTENTABILIDADE DA POLÍTICA FISCAL DO Rio Grande do Sul ( ) INTRODUÇÃO A DINÂMICA DA DÍVIDA PÚBLICA A POLÍTICA FISCAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL É SUSTENTÁVEL? Os dados Resulados empíricos Teses de raiz uniária Teses de coinegração CONSIDERAÇÕES FINAIS DÉFICITS, GASTOS DO GOVERNO E A NÃO ESTABILIDADE DA CARGA TRIBUTÁRIA NO RIO GRANDE DO SUL: INTRODUÇÃO O MODELO DE ESTABILIZAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA (MODELO TAX- SMOOTHING) NO CASO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, A SUA CARGA TRIBUTÁRIA É ESTÁVEL AO LONGO DO TEMPO? Os dados Resulados empíricos CONSIDERAÇÕES FINAIS OS DETERMINANTES DA POLÍTICA FISCAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ( ) INTRODUÇÃO METODOLOGIA DE ESTIMAÇÃO OS DETERMINANTES POLÍTICOS, ECONÔMICOS E INSTITUCIONAIS DO DÉFICIT PÚBLICO Deerminanes políicos e econômicos do défici público Deerminanes políicos e econômicos do défici primário: primeira abordagem Deerminanes políicos e econômicos do défici primário: segunda abordagem Défici primário, variáveis políicas e insiuições orçamenárias Eleições, insiuições e o défici primário Défici primário, variáveis políicas, eleições e ideologia: primeira abordagem Défici primário, variáveis políicas, eleições e ideologia: segunda abordagem...99

9 Défici primário, variáveis econômicas, políicas e as insiuições orçamenárias CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO A ANEXO B...122

10 LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS Gráfico 1 Evolução da relação dívida mobiliária/pib (Adminisração Direa) do Esado do Rio Grande do Sul ( )...36 Gráfico 2 Evolução da relação défici primário/pib (Adminisração Direa) do Esado do Rio Grande do Sul ( )...37 Gráfico 3 Despesa oal e receia ribuária em relação ao PIB (Adminisração Direa) do Esado do Rio Grande do Sul ( )...43 Gráfico 4 Evolução da relação dívida pública/pib Adminisração Direa) do Esado do Rio Grande do Sul ( )...62 Gráfico 5 Evolução da carga ribuária ( )...63 Gráfico 6 Evolução do superávi público observado e do superávi óimo ( )...71 Tabela 1 Teses de raiz uniária Dickey-Fuller aumenado...39 Tabela 2 Teses de raiz uniária Dickey-Fuller aumenado...40 Tabela 3 Teses de raiz uniária Dickey-Fuller aumenado...44 Tabela 4 Teses de raiz uniária Dickey-Fuller aumenado...45 Tabela 5 Teses de raiz uniária Dickey-Fuller aumenado...46 Tabela 6 Teses de esacionariedade dos resíduos...46 Tabela 7 Teses de raiz uniária Dickey-Fuller aumenado...64 Tabela 8 Teses de raiz uniária Dickey-Fuller aumenado...65 Tabela 9 Teses de raiz uniária Dickey-Fuller aumenado...68 Tabela 10 Coeficienes do VAR...69 Tabela 11 Coeficienes de Λ...70 Tabela 12 Esaísicas que resumem a relação sup e sup*...72 Tabela 13 Regressões esimadas do modelo economérico (45)...80 Tabela 14 Regressões esimadas do modelo (45)...83 Tabela 15 Regressões esimadas dos modelos (46) e (47)...85 Tabela 16 Regressões esimadas do modelo (48)...87 Tabela 17 Regressões esimadas dos modelos (49), (50) e (51)...90 Tabela 18 Regressões esimadas do modelo (52)...93 Tabela 19 Regressões esimadas dos modelos (53) e (54)...96 Tabela 20 Regressões esimadas dos modelos (55) e (56)...98 Tabela 21 Regressões esimadas dos modelos (57) e (58) Tabela 22 Regressões esimadas do modelo (59) Tabela 23 Receia Tribuária (Adminisração Direa), PIB do Rio Grande do Sul e carga ribuária ( ) Tabela 24 Dívida pública (Adminisração Direa), PIB do Rio Grande do Sul e a relação dívida pública/pib ( ) Tabela 25 Dívida mobiliária (Adminisração Direa), PIB do Rio Grande do Sul e a relação dívida mobiliária/pib ( ) Tabela 26 Superávis eórico e observado da Adminisração Direa ( ) Tabela 27 Carga ribuária, relação défici primário/pib e a relação (DT-SD)/PIB da Adminisração Direa ( ) Tabela 28 Relação DT/PIB da Adminisração Direa ( ) Tabela 29 Variáveis econômicas Tabela 30 Variáveis políicas e insiucionais (1)...119

11 Tabela 31 Variáveis políicas e insiucionais (2) Tabela 32 Variáveis políicas e insiucionais (3)

12 INTRODUÇÃO A políica fiscal do Esado do Rio Grande do Sul caracerizou-se por conínuos déficis primários enre 1970 e Enquano o Esado conseguia se financiar no mercado financeiro, al regime de políica fiscal não se consiuía num problema, porém, com a mudança de regime da políica moneária do governo federal, a parir de 1994, houve fore elevação das axas de juros praicadas no mercado financeiro. Como o Esado, radicionalmene, gerava défici primário e houve grande elevação do pagameno de juros, o resulado foi uma explosão do endividameno esadual enre 1994 e Diane do desconrole das conas públicas e dado que a hipóese de caloe da dívida pública esava descarada, o Esado viu-se obrigado a assinar, no ano de 1998, um acordo com o governo federal de renegociação da dívida esadual. No bojo desse acordo, o Esado assumiu o compromisso com um ajuse fiscal rigoroso, aravés do esabelecimeno de meas fiscais sobre resulado primário, arrecadação da receia própria, ec. No período enre 1996 e 2001, por iniciaiva do governo federal, enrou em vigor uma série de mudanças insiucionais que reduziram a margem de manobra dos governos esaduais para se financiar. A medida provisória n (07/08/96), que criou o Programa de Incenivo à Redução do Seor Público Esadual na Aividade Financeira Bancária (PROES), foraleceu o poder de supervisão e fiscalização do Banco Cenral sobre as insiuições financeiras esaduais. A lei n , de 11 de seembro de 1997, resringiu o alo grau de auonomia aé enão exisene para a conraação de emprésimos. Conforme a lei, as conraações de novas operações de crédio somene serão auorizadas se o Esado cumprir uma rajeória previamene acordada de redução da relação dívida/receia líquida real. A resolução do Senado n.43, de 2001, delegou ao Poder Execuivo, leia-se Minisério da Fazenda, o

13 13 conrole do endividameno dos Esados e, finalmene, a Lei de Responsabilidade Fiscal, de 04 de maio de 2001, obrigou os Esados a adminisrarem as finanças públicas segundo um conjuno de regras precisas e ransparenes. Os emas abordados na lieraura econômica sobre políica fiscal podem ser divididos em cinco áreas: se a políica fiscal produz efeios reais, o da susenabilidade, a hipóese axsmoohing, os faores deerminanes da políica fiscal e a mudança de regime fiscal. Geralmene, os rabalhos enfocam a políica fiscal de um país, de um conjuno de países ou de um grupo de esados de uma federação. Tendo-se presene essa lieraura e a problemáica das finanças públicas esaduais no caso do Brasil, definiu-se como foco de análise a políica fiscal do Esado do Rio Grande do Sul enre 1970 e Quano à forma de raameno, opou-se por raar dos emas (a susenabilidade da políica fiscal, a hipóese ax-smoohing e os faores deerminanes do défici público) para o caso do Esado do Rio Grande do Sul. Diga-se de passagem que a discussão sobre os efeios reais da políica fiscal é reomada visando-se apenas jusificar o esudo proposo. No primeiro capíulo, reoma-se a discussão sobre a relevância dos déficis públicos; no segundo, discue-se a hipóese da susenabilidade da políica fiscal no caso do Rio Grande do Sul de 1970 a 2003; no erceiro, raa-se da esabilidade da carga ribuária esadual para o mesmo período. No quaro e úlimo capíulo, invesigam-se os possíveis deerminanes do défici público no caso em esudo ao longo do período em análise. Défici público é medido de duas maneiras: a primeira, como a variação na relação dívida pública/pib; e a segunda, como a relação défici primário/pib. Enre os faores econômicos foram consideradas as seguines variáveis: a axa de crescimeno do PIB real, uma medida do serviço da dívida, a aceleração da axa de inflação, a relação gasos com pessoal/pib. Como faores políicos êm-se, enre ouros, as eleições, o grau de coesão do governo, o número de paridos que formam o governo, a

14 14 fragmenação políica na Assembléia Legislaiva, a ideologia do governo, o regime políico (diadura ou democracia). Quano aos faores insiucionais, levam-se em cona um índice que mede o quano as insiuições orçamenárias são hierárquicas e ransparenes, o sisema paridário (biparidário ou muliparidário), o número de secrearias de Esado, a presença ou não de um secreário da Fazenda fore (capaz de realizar cores nas despesas fiscais e de reduzir o défici primário) e a exisência de meas fiscais. Os resulados obidos dão cona do seguine: com base nos argumenos dos keynesianos e dos neoclássicos sobre os efeios reais dos déficis públicos, assim como nas objeções eóricas à hipóese da equivalência ricardiana, concluiu-se que é relevane abordar o ema dos déficis públicos. Assim, jusifica-se analisar a políica fiscal de um governo, em paricular a do Esado do Rio Grande do Sul. A hipóese de susenabilidade da políica fiscal não é rejeiada para o caso do Rio Grande do Sul ( ), considerando-se os eses de raiz uniária para as séries emporais (dívida mobiliária/pib, défici primário/pib e défici público/pib) e os eses de coinegração para as séries (despesa oal/pib e receia ribuária/pib). A hipóese de esabilidade da carga ribuária esadual (hipóese ax-smoohing) é rejeiada para o período analisado, levando-se em cona os eses de passeio aleaório da carga ribuária e o comporameno da relação dívida pública/pib. Ademais, à luz da esraégia de Ghosh (1995), que uiliza a análise do veor auo-regressivo (VAR), novamene as evidências são pela rejeição da hipóese, iso é, os governos gaúchos não levaram a cabo uma políica fiscal que visasse minimizar os cusos de disorção provocados pela elevação de imposos. Em relação aos deerminanes do défici público, uilizandose de uma análise de regressão linear clássica, as evidências indicam que as variáveis econômicas (axa de crescimeno do PIB real, serviço da dívida e aceleração da axa de inflação) são

15 15 faores deerminanes do défici público. Ressalvando-se possíveis problemas de especificação dos modelos economéricos, infere-se que a axa de crescimeno do produo real e o serviço da dívida conribuíram para a redução do défici público, ao passo que a aceleração da axa de inflação elevou o défici público no período. Realizando-se ambém uma análise de regressão linear clássica, obém-se evidências de que as insiuições orçamenárias, o governador em primeiro ano de mandao, a ideologia e a exisência de um secreário da Fazenda fore ajudam a explicar o comporameno do défici primário no período em análise. Embora as insiuições orçamenárias no caso em esudo não sejam, na definição de Alesina e al. (1996), hierárquicas e ransparenes, al faor conribui para reduzir o défici primário. O fao de os governos gaúchos serem praicamene odos de esquerda e, porano, preocuparem-se com o endividameno excessivo mosrou-se ser um faor deerminane no senido de reduzir o défici primário. Nessa mesma direção em-se o faor governador em primeiro ano de mandao, ou seja, em geral, no primeiro ano de governo, o mandaário empossado conrola as despesas fiscais de maneira mais rigorosa. Por úlimo, a exisência de um secreário da Fazenda fore, capaz de reduzir significaivamene as despesas fiscais e o défici primário, mosrou-se ser um faor deerminane do resulado primário. Esses resulados são compaíveis com os conínuos déficis primários enre 1970 e 2003 porque, com base na análise da regressão linear, o défici primário ende a persisir de um ano para ouro. Do lado das despesas, aponam-se como principais razões dessa persisência: 1) a folha de pagameno dos servidores públicos, que cresce em função da concessão de aumenos salariais, da conraação de novos servidores e dos planos de carreira das diferenes caegorias de servidores públicos esaduais; 2) os gasos de cuseio, que se elevam pari passu com a máquina pública esadual; e 3) os invesimenos públicos realizados. Do lado da receia, a carga ribuária esadual

16 16 apresenou uma endência de queda aé o ano de Além disso, os problemas de sonegação fiscal e de ineficiência de arrecadação do Tesouro esadual, bem como as políicas ribuárias levadas a cabo no período visando incenivar ese ou aquele seor produivo devem er conribuído para a persisência dos déficis primários.

17 1 OS DÉFICITS PÚBLICOS SÃO IMPORTANTES? 1.1 INTRODUÇÃO O propósio dese capíulo é de consiuir-se numa inrodução ao ema cenral da ese, que raa da políica fiscal do Esado do Rio Grande do Sul. Enre as rês abordagens (neoclássica, keynesiana e ricardiana) sobre os efeios econômicos do défici público, a única que afirma que os déficis públicos não imporam é a ricardiana, razão pela qual se opou por um raameno dealhado dessa perspeciva na visão de Barro (1989a, 1989b e 1997). Nesse senido, reapresena-se a hipóese da equivalência ricardiana, um resumo do debae em orno dos efeios reais dos déficis públicos, bem como uma lisa de objeções eóricas à abordagem ricardiana. 1 Concluiu-se que os argumenos conrários à equivalência ricardiana são suficienemene fores para inferir que os déficis públicos produzem efeios reais. Feia essa discussão eórica, pare-se para a análise da políica fiscal do Esado do Rio Grande do Sul. 1.2 A HIPÓTESE DA EQUIVALÊNCIA RICARDIANA A abordagem de Barro (1989a, 1989b e 1997) sobre o défici público é sui generis, na medida em que conclui que não em efeios reais sobre a economia, ou seja, o défici público não em imporância. Essa conclusão é obida com base no seguine 1 Exise uma vasa gama de rabalhos que analisam empiricamene os efeios econômicos dos déficis públicos ou da políica fiscal. As principais abordagens são duas: a primeira relaciona o défici público e as axas de juros; e a segunda, o défici público e o consumo agregado (ou a poupança agregada). Conudo, não se fez uma análise empírica no caso do Rio Grande do Sul em razão da fala de dados compaíveis com os esudos apresenados em Gale e Orszag (2003) e em Bernheim (1987). Opou-se, porano, apenas por uma discussão eórica dos efeios reais do défici público. Ourossim, cabe regisrar a divergência exisene nos rabalhos empíricos sobre os efeios reais do défici público.

18 18 resulado: dada uma rajeória de gasos públicos, a riqueza líquida da família represenaiva não é afeada pela geração de déficis públicos. Supondo-se que o governo financia seus gasos aravés de imposos lump sum ou de endividameno público, admie-se que: (1) a dívida pública em mauridade de um período; (2) a axa de juros paga pelo governo é igual à axa de juros obida pelo seor privado; (3) os seores (público e privado) êm igual horizone de planejameno; (4) em-se oal cereza sobre a políica fiscal do governo. A resrição orçamenária do governo no período, em ermos reais, é dada por: G r B = T + ( B B 1) (1) onde G são os gasos do governo (incluindo ransferências); B -1 é o esoque da dívida pública ao final do período -1; r -1 é a axa de juros real sobre a dívida pública e T é a receia ribuária. A resrição orçamenária da família represenaiva no período, em ermos reais, é assim expressa: w + + b 1 ( 1+ r 1 ) + v = + c b (2) onde w é o salário real no período ; b é o monane de dívida pública em poder da família ao final do período (r é a axa de juros que o governo paga no período +1); v são as ransferências lump sum para a família; é o imposo lump sum sobre a família e c é o consumo da família no período. O faor valor presene, d, é definido por: d d = (3) 1 1+ r 1 para = 1, 2,... e d 0 = 1. A resrição orçamenária da família em valor presene com horizone finio H é assim expressa: H H b + d w + d v = d c + d + d H H 0 H H (4) b

19 19 Quando H ende ao infinio, o úlimo ermo à direia na equação (4) ende a zero. Porano, a resrição orçamenária da família em valor presene com horizone infinio é: 2 b + d w + d v = d c + d (5) No agregado, a riqueza líquida da família represenaiva depende da dívida pública inicial, B 0, do valor presene das ransferências e do valor presene dos imposos: B + d V d T (6) Supondo V =0 em cada período, a riqueza líquida da família represenaiva depende apenas da dívida pública inicial e do valor presene dos imposos: B d T (7) 0 1 Da equação (1) e considerando que lim ( d B ) = 0, em-se que a H riqueza líquida da família represenaiva depende da dívida pública inicial, B 0, do valor presene dos imposos e do valor presene dos gasos: 3 B d T = d G (8) Enão, dada uma rajeória de G, o valor presene dos imposos não se alera; porano, a riqueza líquida da família represenaiva não é afeada pela rajeória dos imposos. Esse resulado é uma versão do eorema da equivalência ricardiana. A políica fiscal somene afeará a riqueza líquida da família represenaiva e, conseqüenemene, as suas decisões de consumo, se o valor presene dos imposos for alerado. Todavia, isso somene ocorrerá se o governo alerar o valor presene dos gasos. Iso é, mudanças nos gasos correnes e fuuros, acompanhadas de mudanças nos imposos, mesmo que saisfazendo a H H 2 Leiderman e Blejer (1988) apresenam um modelo de dois períodos. 3 A demonsração desa afirmação pode ser enconrada em Barro (1989a,p.203).

20 20 resrição ineremporal do governo, êm efeios sobre a riqueza líquida da família represenaiva. Uma oura versão do eorema da equivalência ricardiana pode ser exposa nos seguines ermos: manendo-se fixa a rajeória de gasos do governo, um core nos imposos hoje gera um défici público cujo financiameno é via a emissão de íulos públicos, que, por sua vez, são adquiridos pela família represenaiva. Amanhã, a fim de resgaar a dívida pública, o governo elevará os imposos e a família represenaiva pagará essa maior carga de imposos com os íulos públicos comprados onem, acrescidos dos juros. Como o valor presene dos imposos não se alerou, a rajeória do consumo da família represenaiva não foi afeada, porque a aquisição dos íulos públicos não represenou aumeno de riqueza líquida para a família. Considere-se o seguine exemplo: supondo-se que a dívida pública no período zero é igual a zero, ou seja, B 0 =0, e que, no período 1, o governo reduza a arrecadação de imposos, T 1, em uma unidade $1, isso gera um aumeno da renda disponível agregada das famílias no período 1 em $1 e um défici ambém de $1. O resulado ricardiano implica que as famílias, ao invés de elevarem o consumo em $1, compram esse monane em íulos da dívida pública, B 1 =1; assim, o défici público é oalmene financiado com dívida pública. As famílias se comporam dessa maneira porque, dada a rajeória de gasos do governo, uma redução em $1 de imposos no período 1 implica o aumeno de $ 1 no valor presene dos imposos fuuros; assim, o efeio de al variação sobre o valor presene dos imposos é nulo. Porano, uma redução na poupança do governo levou a um aumeno de igual magniude na poupança privada desejada, de al modo que a poupança nacional não se alerou. Se o valor presene dos imposos se alerasse, a rajeória de consumo da família ambém mudaria. Leiderman e Blejer (1988) salienam que a equivalência ricardiana é válida num regime fiscal específico no qual a dívida pública é oalmene cobera por imposos. Assim, um aumeno de íulos públicos nas mãos do seor privado sinaliza elevação de

21 21 imposos fuuros, de al modo que o valor presene dos imposos cobre o valor exisene das obrigações dos íulos públicos. 1.3 PORQUE OS DÉFICITS PÚBLICOS SÃO IMPORTANTES Bernheim (1989), Barro (1989b), Eisner (1989), Gramlich (1989) e Yellen (1989) esabelecem uma ampla discussão sobre as diferenes perspecivas que invesigam os efeios econômicos do défici público. Bernheim (1989) defende o paradigma neoclássico segundo o qual os déficis públicos imporam porque produzem o efeio crowding ou do capial. Ball e Mankiw (1995) seguem essa linha de argumenação, porém afirmam que o efeio imediao dos déficis públicos é a redução da poupança nacional e, como efeios secundários, em-se a redução do invesimeno, das exporações líquidas e um correspondene fluxo de aivos para o exerior. Eisner (1989) argumena em prol do pono de visa keynesiano segundo o qual déficis públicos imporam porque esão associados a maiores axas de crescimeno econômico. Melzer (1995), Gale e Orszag (2003) concordam com Ball e Mankiw (1995) ao afirmarem que o efeio de um aumeno do défici público é dado ineiramene sobre a poupança nacional (igual à poupança pública mais a poupança privada). Se a poupança privada aumena na mesma medida da queda da poupança pública, a poupança nacional maném-se consane, assim como a renda nacional fuura, o fluxo de capial esrangeiro e as axas de juros. Nese caso, porano, é válida a hipóese da equivalência ricardiana. 4 Se a poupança privada aumena numa medida menor do que a queda na poupança pública, o aumeno do défici público reduz a poupança nacional e a renda nacional fuura. 5 O impaco sobre as axas de 4 A propósio, Melzer (1995) não descara oalmene a hipóese da equivalência ricardiana ao argumenar que os déficis públicos êm efeios sobre as axas de juros reais e as axas de câmbio reais, porém ais efeios são pequenos. 5 Gale e Orszag (2003) afirmam que as evidências empíricas sugerem que, na hipóese de um aumeno do défici público, a poupança privada aumena numa proporção significaivamene menor; porano, o resulado é uma queda na poupança pública.

22 22 juros depende do fluxo de capial esrangeiro: se o fluxo de capial conrabalança a queda na poupança nacional, as axas de juros êm pequena elevação ou manêm-se consanes; se o fluxo de capial aumena numa medida menor do que a queda na poupança nacional, as axas de juros se elevam. O rabalho de Melzer (1995) é ineressane por considerar os efeios de mudanças no regime fiscal. Mudanças nos gasos do governo aleram o uso dos recursos. No caso da economia noreamericana, a evidência sugere que um aumeno nos gasos do governo em defesa nacional aprecia a axa de câmbio real, desloca recursos do seor privado para o uso público e eleva as axas de juros reais. Por ouro lado, mudanças nos imposos afeam os incenivos e a alocação de recursos. Redução nas alíquoas dos imposos eleva os incenivos ao invesimeno e, porano, em efeios posiivos sobre o crescimeno econômico no longo prazo. No debae em orno dos efeios reais do défici público, desaca-se, a parir de agora, uma lisa de objeções eóricas à equivalência ricardiana. 6 A primeira objeção afirma que as pessoas não vivem para sempre, ou seja, o empo de vida é limiado e, porano, não se preocupam com a arrecadação de imposos após a sua more. Daí a ausência de elos enre as gerações. Ouros faores para a ausência de elos são: (1) a preocupação das famílias com seus descendenes não é suficienemene fore a pono de deixarem heranças posiivas; e (2) o empo de vida de cada indivíduo é incero. 7 6 O esudo das objeções omou como base as seguines referências: Barro (1989b), Bernheim (1987) e Leiderman e Blejer (1988). Todos eses rabalhos fazem um apanhado das objeções eóricas à equivalência ricardiana e dos esudos empíricos que esam os efeios econômicos dos déficis públicos. Barro (1989b) é um defensor da hipóese da equivalência ricardiana e sugere que as evidências empíricas susenam o pono de visa ricardiano. Bernheim (1987), Leiderman e Blejer (1998) colocam-se numa posição de críicos da hipóese, odavia apenas o primeiro conclui que as evidências empíricas não corroboram o resulado ricardiano. 7 Essas suposições são mais realisas do que as seguines: (1) as famílias ou indivíduos preocupam-se ano com seus descendenes que deixam heranças posiivas; e (2) com cereza, cada geração lega heranças

23 23 Assim, uma geração qualquer corre o risco de não er fundos (íulos mais juros acumulados) suficienes para arcar com o aumeno de imposos necessários para resgaar a dívida assumida. Na presença de incereza quano ao empo de vida e assumindo nenhuma preocupação das famílias com seus descendenes (no beques moive), um core de imposos no correne período implicará elevação da riqueza líquida e do consumo da família represenaiva. A segunda objeção refere-se às moivações que as famílias êm ao realizarem ransferências enre os membros de sucessivas gerações. Assumindo-se que exisam ouras moivações para as ransferências volunárias aos descendenes, 8 ais ransferências podem não ser suficienemene elevadas de modo a compensar o aumeno de imposos necessário para resgaar a dívida pública legada pelas gerações aneriores. Assim, havendo um core de imposos, a riqueza líquida das pessoas que vivem correnemene eleva-se e as famílias reagem elevando a demanda de consumo. A erceira objeção argumena que os mercados de crédio privados são imperfeios ou exisem resrições à concessão de emprésimos para deerminados seores (por causa dos cusos de ransação). Supondo-se uma economia fechada e dois grupos de agenes: o grupo A com fácil acesso ao crédio (grandes empresas, fundos de pensão e famílias de renda ala) e o grupo B com difícil acesso ao crédio (pequenas empresas e famílias de renda baixa). O grupo A e o governo em a mesma axa de descono, já o grupo B em uma axa de descono maior do que a do governo. Enão, se o governo corar imposos correnes, o grupo A adquire sua pare de íulos públicos e sua riqueza líquida não se alera. Porém, para o grupo B, o valor presene dos imposos fuuros é menor do que o core de imposos; assim, os seus membros melhoram de siuação porque lhes é permiido omarem emprésimos à axa de juros do posiivas suficienes para que uma geração qualquer use esses fundos para honrar a dívida passada. 8 Além do alruísmo, a lieraura econômica considera a exisência de ouras moivações, ais como incereza em relação à duração da vida, rocas inrafamília, generosidade e ransferências por more repenina.

24 24 governo. Porano, essa redução na axa de juros moiva os membros do grupo B a elevarem o consumo e o invesimeno correne. No agregado, o défici público eleva a demanda agregada. A quara objeção direciona-se ao suposo de que a família represenaiva deém oal conhecimeno sobre a equivalência enre imposos correnes e dívida pública como formas alernaivas de financiameno dos gasos do governo. Assim, a família represenaiva em perfeio conhecimeno de que mudanças nas formas de financiameno não afeam sua riqueza líquida. Supondose, por exemplo, que a axa de juros de mercado é 10% e que o imposo de $100 sobre uma pessoa é subsiuído por uma dívida que esabelece a obrigação de um pagameno de $10 em juros por ano, a mudança de insrumenos de financiameno não afeará a riqueza líquida do indivíduo. Essa objeção é compaível com o argumeno de Buchanan e Wagner (2001) de que o eorema ricardiano é inaceiável por negligenciar as exigências em ermos de informação para que a família represenaiva se manenha indiferene quano às formas alernaivas de financiameno do governo (imposo ou endividameno). A quina objeção afirma que as incerezas sobre quem recairão os imposos fuuros implicam uma ala axa de descono na capialização desses compromissos fuuros. Porano, a riqueza líquida da família represenaiva alera-se, assim como o seu comporameno. Leiderman e Blejer (1988) afirmam que é muio fore supor que a família represenaiva sabe, anecipadamene, quando, quais os ipos de imposos e o monane necessário para compensar a redução de imposos ocorrida no período correne. Assim, levando-se em cona ais fones de incereza, a subsiuição de imposos correnes por um défici público produz mudanças de comporameno, do que se segue que os déficis públicos êm efeios econômicos reais. A sexa objeção argumena que os imposos não são lump sum, iso é, os imposos recaem sobre o consumo, o parimônio, a renda, ec. Enão, mudanças no iming deses imposos provocam disorções sobre os preços de bens de consumo e os preços dos faores de

25 25 produção e, por conseguine, acarream efeios subsiuição e renda. 9 Nesse conexo, os déficis públicos afeam os incenivos para as pessoas rabalharem, produzirem e consumirem em diferenes períodos, bem como as decisões das firmas. Porano, variações nos déficis não são neuras. A séima objeção afirma que o governo não é um simples coleor de imposos lump sum e disribuidor de ransferências ambém lump sum. Nos países desenvolvidos e em desenvolvimeno, o governo, além de assumir diversas e complexas funções, em crescido de amanho ao longo do empo (amanho medido pela relação gaso público e PIB). Porano, os déficis públicos produzem efeios econômicos reais. A oiava objeção leva em cona a probabilidade de o governo promover um caloe da dívida ou adiar a elevação dos imposos e, assim, não honrar seus compromissos com a família represenaiva. Se há incereza sobre o comporameno fuuro do governo, enão, de um lado, as famílias exigirão um prêmio de risco sobre os íulos públicos e, de ouro lado, aquelas avessas ao risco elevarão sua poupança, reduzindo o consumo correne. Porano, os déficis públicos produzem efeios econômicos reais. A hisória econômica de diversos países mosra que a probabilidade dos governos de não honrarem seus compromissos não é igual a zero. 1.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os argumenos dos keynesianos e dos neoclássicos, assim como as objeções eóricas lisadas, são suficienes para colocar em quesão a hipóese da equivalência ricardiana. Após a discussão eórica, na qual se ressala a imporância do défici público, pare-se, nos capíulos seguines, para a análise da políica fiscal do Esado do Rio Grande do Sul. Ball e Mankiw (1995) sugerem uma linha de raameno para análise de uma políica fiscal que pode ser dividida nos seguines 9 Mudanças nos níveis e nos ipos de imposos ambém provocam efeios subsiuição e renda.

26 26 ponos: 1) analisam posiivamene os efeios dos déficis públicos; 2) raam do amanho dos efeios (ou seja, invesigam se o problema econômico é grande, moderado ou pequeno); 3) comenam os efeios disribuivos dos déficis (quem ganha e quem perde com a geração de déficis); e 4) monam cenários supondo deerminadas rajeórias para a relação dívida/pib. Embora a linha seguida no rabalho conemple, em alguma medida, os ponos levanados por Ball e Mankiw (1995), o raameno aqui é disino. Nos dois próximos capíulos, discuemse, respecivamene, as hipóeses da susenabilidade da políica fiscal e da esabilidade da carga ribuária e, no úlimo capíulo, invesigam-se os possíveis deerminanes do défici público no caso do Esado do Rio Grande do Sul.

27 2 A SUSTENTABILIDADE DA POLÍTICA FISCAL DO RIO GRANDE DO SUL ( ) 2.1 INTRODUÇÃO De 1970 a 2003, a políica fiscal do Esado do Rio Grande caracerizou-se pela geração de sucessivos déficis públicos e, por conseguine, pela acumulação de dívida pública. Apesar de er passado por momenos críicos e de deerioração da siuação fiscal, sobreudo a parir de 1994, o Esado maneve seus compromissos, ou seja, jamais decreou o não pagameno da dívida. Daí a suspeia de susenabilidade da políica fiscal gaúcha. O problema que se coloca é o seguine: a políica fiscal do Esado do Rio Grande do Sul foi susenável no período de 1970 a 2003? A lieraura econômica que raa da quesão da susenabilidade de uma políica fiscal pode ser dividida em duas linhas. Os auores Hamilon e Flavin (1985), Wilcox (1989) Trehan e Walsh (1991) aplicam eses de esacionariedade em relação ao défici e à dívida do governo federal dos Esados Unidos. Nessa mesma linha, Pasore (1995) e Luporini (2000) analisam a susenabilidade da políica fiscal do governo federal no caso brasileiro. Seguindo uma linha diferene, Hakkio e Rush (1991) e Tanner e Liu (1994) adoam eses de coinegração enre receia e despesa do governo federal nore-americano. Em relação a odas essas conribuições, o rabalho de Issler e Lima (1997) desaca-se porque, ao abordar o problema da susenabilidade da dívida pública no caso brasileiro, realiza eses de raiz uniária, eses de coinegração e calcula funções impulso-resposa não convencionais com base em modelos de correção de erros. No presene capíulo realizam-se eses de esacionariedade (das relações dívida mobiliária/pib, défici primário/pib e défici público/pib) e eses de coinegração (enre as variáveis despesa oal/pib e receia ribuária/pib) no caso do Esado do Rio Grande do Sul. Os eses de esacionariedade cobrem o período

28 28 de 1970 a 1997, ao passo que os eses de coinegração cobrem os períodos de 1970 a 1997 e de 1970 a Os resulados obidos indicam a susenabilidade da políica fiscal gaúcha no longo prazo. Além disso, o capíulo apresena, com base em Walsh (1998), uma dedução da dinâmica da relação dívida pública/produo e o ese da condição de equilíbrio orçamenário ineremporal em ermos da relação dívida pública/produo. 2.2 A DINÂMICA DA DÍVIDA PÚBLICA 10 Com base em Walsh (1998), a resrição orçamenária dos esouros (federal, esaduais e municipais) é assim expressa: G + T T T + i 1 B 1 = T + ( B B 1) RCB (9) onde G denoa as despesas dos governos em bens, serviços e ransferências; i -1 B T -1 represena as despesas com juros; T é a receia ribuária; B é o esoque da dívida pública ao final do período ; B -B -1 é a variação da dívida pública; e RCB, as receias direas do banco cenral. 11 Todas as variáveis esão em ermos nominais. A idenidade orçamenária do banco cenral (ou auoridade moneária) assume a seguine forma: onde M M B B 1 ( M M M B B ) + RCB = i B + ( H H ) (10) denoa as compras da dívida pública por pare do banco cenral; 12 i -1 B M -1 é a receia referene aos juros pagos pelo esouro federal ao banco cenral; H -H -1 é a variação no passivo próprio do banco cenral A análise a seguir em como fones Fischer e Easerly (1990), Walsh (1998) e Giambiagi e Rigolon (2000). 11 Apenas o esouro federal recebe receia direa do banco cenral. 12 Admie-se que o banco cenral compra íulos da dívida apenas do esouro federal. 13 Tal passivo pode ser chamado de base moneária, que é consiuída do esoque de moeda em poder do público não bancário mais as reservas dos bancos.

29 29 Seja B=B T -B M o esoque da dívida mobiliária sob o poder do público, das equações (9) e (10) obém-se a resrição orçamenária do seor público consolidado: G i B = T + B B ) + ( H H ) (11) ( 1 1 Porano, as despesas dos governos, G, mais o pagameno dos juros sobre a dívida pública manida pelo seor privado, i -1 B -1, são financiadas por rês fones: a receia ribuária, T, a venda de íulos públicos juno ao seor privado, B -B -1, e a emissão de moeda, H -H -1. Dividindo-se a equação (11) pelo produo nominal, P Y, onde P é o nível geral de preços e Y o produo real, obém-se: 14 G B 1 T B B 1 H H i 1 1 = + + PY PY PY PY PY + (12) Após a divisão pelo produo nominal, a resrição orçamenária do seor público consolidado pode ser assim reescria: g r b ( b b ) H H * = τ (13) PY * 1+ i B 1 P 1 Y onde r = 1e = b = (1 + π )(1 + λ) 1 b 1. Observe PY P Y 1+ π 1+ λ que b B = 1 1 P 1Y 1, 1+i -1 =1+i, π é a axa de inflação e λ, a axa de crescimeno do produo real. Define-se R, П e Λ como, respecivamene, 1 mais r, π e λ. Se r é a axa de juros real ex ane e π e, a axa de inflação esperada, enão 1+i I=(1+r)(1+π e )=RП e. Adicionando-se e subraindo-se RΠ b 1 ao lado esquerdo de (13) e ΠΛ rearranjando-se os ermos, a resrição orçamenária fica assim expressa: 14 Bevilaqua e Garcia (2002) acrescenam ouros ermos à resrição orçamenária do seor público consolidado a fim de simularem a rajeória da relação dívida domésica líquida/pib. Ese rabalho se desaca ambém por discuir as fones de crescimeno da dívida mobiliária federal e faz uma série de proposições normaivas quano à adminisração da dívida pública federal no caso do Brasil.

30 30 g R Λ R( Π Π ) H e 1 + b 1 = τ + ( b b 1 ) + b 1 + (14) Λ ΠΛ PY O erceiro ermo do lado direio da equação (14) represena a receia gerada quando a inflação não anecipada reduz o valor real da dívida mobiliária. O úlimo ermo do lado direio represena a senhoriagem. 15 Ignorando-se o efeio da inflação surpresa, π=π e, 16 considerando-se a aproximação, R Λ Λ H H H 1 r λ, e fazendo = s, PY obém-se a equação que expressa a dinâmica da razão dívida/produo: 17 b b 1 = g s + ( r λ) b 1 τ (15) Essa equação afirma que a variação na razão dívida/produo, b -b -1, é igual ao resulado primário do seor público, g -τ, menos a senhoriagem, s, e mais o produo enre a razão dívida/produo do período anerior, b -1, e a diferença dada pela axa de juros real ex pos e a axa de crescimeno do produo real, r-λ. Admie-se que a equação (15) aplica-se, no caso do Brasil, ano em nível de governo federal como para dos governos esaduais, iso é, ao longo das décadas de 70, 80 e meados da de 90, o governo federal e os governos esaduais uilizaram-se da receia de senhoriagem para o financiameno de seus gasos Supondo-se π=π e, senhoriagem igual a zero e b -1 =b =b em (14), obémse, a exemplo de Goldfajn (2002), o superávi primário requerido para r λ solvência τ g = b. Porano, quando a axa de juros real é maior 1+ λ do que a axa de crescimeno do produo real, o governo em de gerar um superávi primário a fim de maner a relação dívida/produo consane ao longo do empo. 16 Porano, a axa de juros real ex ane é igual à axa de juros real ex pos. 17 A equação (15) é ambém obida nos rabalhos de Pasore (1995), Giambiagi e Rigolon (2000) e Luporini (2000). 18 Ese pono será reomado nas considerações finais do capíulo, onde se argumena que a aceiação da hipóese de susenabilidade para o caso do Rio Grande do Sul é compaível com a hipóese de endogeneidade do regime moneário no Brasil aé o início da década de 90. Sobre a endogenização da senhoriagem, ver Pasore (1995).

31 31 Enão, a razão dívida/produo cresce se o défici primário exceder o monane de senhoriagem e se a axa de juros real ex pos exceder a axa de crescimeno do produo real per capia. Por ouro lado, a relação dívida/produo decresce se o nível de preços subir de um período para o ouro ou se a axa de crescimeno do produo real superar a axa de juros real ex pos. Por úlimo, se r<λ a razão dívida/produo diminui ao longo do empo, déficis primários superiores à receia de senhoriagem são susenáveis. 19 Supondo-se a receia de senhoriagem igual a zero, a dinâmica da razão dívida/produo é dada por: b b 1 = g + ( r λ) b 1 τ (16) Assim, se r>λ e houver déficis primário, a razão dívida/produo crescerá a uma axa superior a r-λ. Em algum pono do empo, o governo não conseguirá rolar a dívida e erá de adoar medidas visando inerromper o processo de acumulação de dívida pública. O pono no qual o processo será inerrompido depende das expecaivas dos agenes. Quando o público perceber que a políica fiscal é insusenável, deixará de comprar íulos públicos, forçando uma mudança de políica. Todavia, se r>λ e o défici primário for igual a zero, a razão dívida/produo crescerá à axa r-λ. Se r>λ e o governo produzir um superávi primário, a razão dívida/produo crescerá a uma axa inferior a r-λ. Finalmene, se r>λ e o superávi primário for suficienemene elevado, a razão dívida/produo poderá permanecer consane ou, aé mesmo, decrescer. Perguna-se enão: quando uma políica fiscal é susenável? Supondo-se que r-λ ρ seja uma consane posiiva e o défici primário seja denoado por g-τ, em-se: = + ( 1+ ) b 1 b ρ (17) Resolvendo a equação (17) do período +1 em diane, obém-se: 19 Para Fischer e Easerly (1990), a hipóese r<λ não é susenável a longo prazo, pois, à medida que se acumula dívida pública, há pressão sobre o mercado de íulos, o que provoca elevação da axa de juros e declínio do crescimeno econômico. Porano, a hipóese r>λ é ida como a mais razoável.

32 32 b + N = b + N ( 1+ ρ) ρ N + j j j= 1 (1 + ) Supondo-se que N ende ao infinio, conclui-se que: + j + N = lim j N N j 1 (1 + ρ ) = (1 + ρ) (18) b b + (19) Os déficis primários planejados do governo saisfazem à condição de equilíbrio orçamenário ineremporal (condição de jogo não Ponzi) se: lim b + N N N (1 + ρ) = 0 (20) Impliciamene, essa condição afirma que os credores não irão comprar indefinidamene os íulos públicos. Nese caso, a equação (19) fica assim: b = + j j j= 1 (1 + ρ) (21) Porano, uma políica fiscal é susenável se a dívida em dado período de empo for igual ao valor presene dos superávis primários fuuros. Em ouras palavras, uma políica fiscal é susenável se uma dada seqüência de dívida pública e déficis primários saisfaz à condição de equilíbrio orçamenário ineremporal. Choques evenuais podem gerar déficis primários, porém, a fim de que a condição de equilíbrio ineremporal seja saisfeia, necessariamene superávis primários surgirão em períodos poseriores. Uma políica fiscal é insusenável caso a condição de equilíbrio orçamenário ineremporal não seja saisfeia. Por exemplo, uma políica fiscal que gera consanes déficis primários é insusenável, porque viola a condição de equilíbrio orçamenário ineremporal. Pasore (1995) observa que o aendimeno de (20) (...) não requer que a dívida pública convirja para um valor consane, podendo ocorrer mesmo que ela cresça indefinidamene, mas é claro que quaisquer regras fiscais que façam com que a dívida enda para um valor consane conduzem àquele aendimeno. (Pasore, 1995, p.185) Quando a dívida cresce indefinidamene, a razão

33 33 dívida/produo pode não convergir para um valor consane; nese caso, a condição (20) é aendida, segundo Moraes (2003), desde que b cresça a uma axa inferior a r-λ (admiindo-se r>λ). Moraes (2003) chama a aenção para o fao de que a condição de jogo não Ponzi é uma condição necessária, mas não suficiene para se ober a convergência da relação dívida/produo a um valor consane. Daí alguns auores preferirem a seguine definição de políica fiscal susenável como aquela que implica a convergência da razão dívida/produo a um valor consane. Seguindo-se a análise de Hamilon e Flavin (1985), propõe-se o seguine ese da condição de equilíbrio orçamenário ineremporal: 20 b + N H 0 : lim = 0 (22a) N N (1 + ρ) ou H 0 : + j b = j= 1 (1 + ρ) j (22b) Considere-se, agora, a hipóese alernaiva de déficis primários permanenes. Resolvendo-se a equação (17) recursivamene para rás, obém-se: + + j 0 (1 ) j= 1 b = ( 1+ ρ ) b ρ (23) onde j=1,...,-1,. Admie-se a convergência da soma infinia j= 1 (1 + ) j j ρ j (24) Muliplique-se (24) por (1+ρ), adicione-se e subraia-se esa expressão no lado direio de (23), de modo a ober: ou b j j = (1 + ρ ) b0 + (1 + ρ) j (1 + ρ) j (25a) j= 1 j= Noe-se que aqui a variável em esudo é a relação dívida/produo, ao passo que na abordagem de Hamilon e Flavin (1985) a variável considerada é a dívida pública manida nas mãos do público deflacionada.

34 34 b = A + + j 0 (1 ) (1 ρ) j= 1 ρ (25b) + j onde j A0 b0 + (1 + ρ ) j. Porano, ao se comparar (25b) e (22b), j= 1 conclui-se que H 0 é verdadeira se, e somene se, A 0 =0 em (25b). 21 Segundo Hamilon e Flavin (1985), quando A 0 =0 e a série é esacionária, enão, b será esacionária, o que implica validade da resrição orçamenária ineremporal. 2.3 A POLÍTICA FISCAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL É SUSTENTÁVEL? Os dados O objeo de esudo é a Adminisração Direa do Esado do Rio Grande do Sul. Os dados originais da dívida mobiliária e do resulado primário foram obidos juno à Secrearia da Fazenda do Esado, mais especificadamene, o Balanço Geral do Esado de diversos anos. Os dados da dívida mobiliária e do resulado primário compreendem o período de 1970 a A definição de resulado primário aqui uilizada é a seguine: despesa oal serviço da dívida receia ribuária. Quando o sinal desa cona é posiivo, significa que se em défici primário; quando o sinal é negaivo, significa superávi primário. No caso do Rio Grande do Sul, há crônica geração de déficis primários no período em quesão. A definição de resulado primário aqui uilizada se jusifica porque busca esar em consonância com a definição eórica. 21 Segundo Wilcox (1989), A é consane se a rajeória de b previsa convergir para o mesmo valor em cada período, iso é, b lim + N + N E+ = lim E 1 N N N N (1 ρ ) (1 + ρ ) + esacionária. b. Essa condição é saisfeia quando b é

35 35 A fone dos dados do PIB esadual é a Fundação de Economia e Esaísica (FEE). É imporane ressalar que a série do PIB esadual de 1970 a 2002 é uma combinação de duas séries: uma que pare de 1970 e vai aé 1985 e oura de 1985 a Segundo o Núcleo de Conas Regionais da FEE, houve uma mudança de meodologia no cálculo do PIB. A série do PIB, ver anexo, foi monada omando-se a série de 1970 aé 1985 e a série de 1986 a As relações dívida mobiliária/pib, despesa oal/pib, receia ribuária/pib e défici primário/pib foram obidas após a conversão das variáveis para reais (R$). A divisão de cada variável em relação ao PIB do período correspondene equivale a usar o mesmo deflaor para as séries. O sofware uilizado foi o Eviews (versão 3.0) Resulados empíricos Teses de raiz uniária No Gráfico 1 em-se a evolução da relação dívida mobiliária/pib. Noe-se que, de 1970 a 1973, a relação dívida mobiliária/pib é esável, porém, enre 1973 e 1986, há uma clara endência de aumeno; no período 1987 a 1993, a relação ainge os maiores percenuais e, de 1994 a 1997, reoma uma endência de crescimeno. Porano, claramene, a média da relação dívida mobiliária/pib não é consane ao longo do empo, o que leva à suspeia de presença de raiz uniária. A série foi runcada em 1997, pois, em 15 de abril de 1998, o Esado do Rio Grande do Sul assinou um acordo com a União de renegociação da dívida esadual. O acordo deu-se no âmbio do Programa de Reesruuração e Ajuse Fiscal dos Esados (insiuído pela medida provisória nº 1.560, de 19 de dezembro de 1996) e ao amparo da lei nº 9.496, de 11 de seembro de Enre os ermos do acordo, esabeleceu-se a proibição da emissão de novos íulos

36 36 públicos no mercado inerno, exceo para o pagameno de precaórios judiciais. 22 (% do PIB) Gráfico 1 Evolução da relação dívida mobiliária/pib (Adminisração Direa) do Esado do Rio Grande do Sul ( ) 23 Fone: Tabela 25 no ANEXO A. No Gráfico 2 observa-se a crônica geração de déficis primários pelos sucessivos governos gaúchos. 24 Noe-se que os valores observados parecem fluuar em orno de uma endência. O crescimeno consane da média leva a uma suspeia de presença de raiz uniária. 22 Há um conjuno de esudos que analisam dealhadamene o hisórico das negociações enre os Esados e a União aé culminar na lei 9.496/97, que esabeleceu os criérios de renegociação das dívidas esaduais. Enre os esudos ciam-se Almeida (1996), Rigolon e Giambiagi (1999), Bevilaqua (1999) e Boelho (2002). No caso específico do Rio Grande do Sul, ver Sanos e Calazans (1999). 23 Os pormenores do endividameno público do Rio Grande do Sul nas décadas de 70 e 80 são analisados em Moura Neo (1994); na de 90, ver Rücker (2000). Um esudo que engloba odo o período é o de Sanos e Calazans (1999). 24 Esse diagnósico é compaível com a análise e os resulados de Calazans e al. (2000). Para um dealhameno sobre a evolução das conas públicas do Rio Grande do Sul nas décadas de 70 e 80, ano do lado da receia como da despesa, ver Meneghei Neo e Rücker (1994); na de 90, ver Rücker e al. (2000).

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