Transcrição da Teleconferência Positivo Informática (POSI3 BZ) Resultados do 3T09 11 de novembro de 2009

Transcrição

1 Operador: Bom dia, e obrigado por aguardarem. Sejam bem vindos à teleconferência da Positivo Informática para a discussão dos resultados referentes ao 3T09. Estão presentes hoje conosco os senhores Hélio Bruck Rotenberg, Diretor Presidente, Ariel Leonardo Szwarc, Vice-Presidente Financeiro e Diretor de Relações com Investidores, e Silvia Emanoele de Paula Sewaybricker, Gerente de Relações com Investidores. Informamos que este evento está sendo gravado e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia; em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando maiores instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite assistência durante a conferência, queira, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando *0. Este evento também está sendo transmitido simultaneamente pela Internet, via webcast, podendo ser acessado no endereço onde se encontra a respectiva apresentação. A seleção dos slides será controlada pelos senhores. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Positivo Informática, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantia de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da Positivo Informática e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Hélio Rotenberg, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Rotenberg, pode prosseguir. Bom dia a todos. Parece que a crise acabou. Será? Começo a apresentação dizendo para vocês que em outubro nós começamos a perceber, comparando mesmas bases e mesmas vendas, ou seja, tudo o que nós conseguimos no 3T de recorde de venda foi à custa de ganho de share, de muito trabalho, demonstrando a solidez da Empresa, que passou muito melhor pela crise do que os nossos concorrentes. Batemos um recorde histórico de volumes, com unidades, R$751 milhões de receita bruta. Crescemos, comparando o 3T09 com o 3T08, 21% no volume total, 43,9% no varejo e aí está o ganho de share significativo, 51% em notebooks e não caímos em desktops, o que é muito interessante, 6,3% de crescimento. Um EBITDA de R$65,4 milhões, voltando a EBITDAs históricos, um EBITDA de 10,2%, com alta em relação ao 2T. Um lucro líquido de R$59 milhões, crescimento de 4,9%, margem líquida de 9,2%. Nosso caixa melhora, estamos trabalhando com muito afinco para reduzir o ciclo; reduzimos 11 dias em relação ao 3T08. E isso também tem 1

2 a ver com a diminuição de vendas de Governo no trimestre, não é só trabalho nosso. Também ajudou que não teve tanta venda de Governo. Anunciamos a ampliação da capacidade produtiva agora para este trimestre em 37%, e também a de placas mãe. E tivemos um grande lançamento, que começa a ir para loja agora, temos a campanha publicitária começando na semana que vem. É absolutamente sensacional, o maior lançamento conjunto de produtos já feito neste País, e, pela primeira vez, tentando explorar também a classe A e a classe B+, com produtos mais caros, de design bastante arrojado. Não que tenhamos parado de ter designs arrojados para as classes B- e C. Também fizemos lançamentos enormes nessa linha, que eu vou comentar mais tarde. Na página cinco, que demonstra o porquê de já estarmos vendendo a mesma coisa se comparado à mesma base do ano passado, ou seja, comparando mercado; o mercado em outubro já está parecido com o ano passado. Nós acreditamos que novembro deva ser maior, porque aí já pega um novembro bastante em crise no ano passado. A confiança do consumidor se recupera aos níveis de antes da crise, o volume e prazo do crédito tem patamares recordes, e a intenção de compra volta, o computador volta a liderar a intenção de compra através do varejo. Ou seja, as famílias voltam a desejar e a ter o computador na mira como um dos bens que mais querem comprar. O fechamento do ciclo de excessos de estoque acabou, a escassez do crédito acabou, a volatilidade do câmbio nunca acaba, mas está em um patamar bem mais razoável hoje. Por outro lado, os preços de alguns componentes em USD estavam muito depreciados, muito baixos durante a crise, voltam aos seus patamares de antes da crise. Componentes como memória, como painel de LCD sobem muito para recuperar aquele preço de antes da crise. Todos os componentes que são de investimento alto e custo por produto muito baixo tiveram uma queda acentuada do preço e agora se recuperam. Os grandes fabricantes continuam se beneficiando da prioridade de recebimento de insumos, embora ela já esteja bem melhor do que no auge da crise. Na página seis, mostramos os diversos mercados. Mostra que no varejo fizemos unidades contra no mesmo período. Nos 9M já mostra um crescimento de 15%. No corporativo, uma pequena queda; eu diria que o corporativo é o que está andando de lado, é o que mais demora para se recuperar, porque é investimento, e investimento é a última coisa que se recupera. Mas começamos a sentir alguns sinais de melhora. Nas vendas de Governo, uma queda de 35%, com uma explicação muito simples: nós estávamos entregando o FNDE de 2007 nesse período de 2008, e o de 2008, que nós também ganhamos, houve um atraso no começo da entrega em 2009, deve começar a entrega no final de dezembro, mas deve praticamente tudo começar realmente a ser contabilizado em janeiro do ano que vem, essas entregas. Realmente atrasou o contrato, por algumas ações no Tribunal de Contas da União, que foram superadas. Eram coisas simples, eram coisas completamente sem fundamento, não tínhamos nenhum receio de que o MEC não tivesse êxito ao derrubar essas ações, mas houve um pequeno atraso nessas entregas. 2

3 Na página sete, falo um pouco da linha de novos produtos. Recomendo que todos vejam esta linha, que é sensacional. Analista que não usa computador Positivo vai ter dificuldade em analisar nossa ação daqui para frente, de tão bonita que ela é. A linha Platinum é uma linha fina, é um notebook muito fino, de 1,5 kg, maravilhoso, um design super audacioso. O Aureum é o equivalente ao Platinum, de preço mais baixo. O Aureum começa em R$1.799, ou seja, um computador barato, que atinge todas as classes sociais, mas também ultrafino, muito interessante. Você tem a série do Positivo Premium, que é hoje o notebook mais vendido do Brasil, é a linha mais vendida do Brasil, é o nosso best seller, que ganha cores e estampas, com uma tecnologia avançadíssima de pintura. Os netbooks ganham o Mobo Black na sua linha; nós já temos o White e o 3G, agora ganha o Black e o Red. O Red é um netbook de menos de 1 kg, extremamente fino e elegante. Quem quiser dar um bom presente para a esposa, de Natal, recomendo. Na outra página, oito, completando a linha continua com a linha de desktops muito bem vendidos. Eu ia falar do mundo, porque ontem recebemos uma prévia de que já somos o oitavo maior em desktops do mundo. O PCTV digital é um grande lançamento, é o primeiro fullseg, não é aquela coisa de onseg, é TV digital pura no PC. A linha Plus ganha novos modelos, todos mudaram para o Windows 7 no dia 22 de outubro. Nós estamos com uma linha fantástica de Windows 7. O Windows 7 realmente está fazendo uma diferença. Você tem a linha Faces, com novas estampas, e todas com Windows 7. O grande lançamento é o Positivo Fácil, que é um computador que tem uma casca no Windows, que é uma espécie de tutorial, mas leva a pessoa a aprender a criar , a navegar na Internet, é uma coisa genial. É para primeiro usuário, mas é mais para a terceira idade, que tem dificuldade em usar. Ele entra como uma luva. E a linha do Tudo Em Um. Essa queda do desktop, nós estamos acreditando que tem alguma inversão de valores, o mundo está acreditando nisso. O que está acontecendo? As pessoas compram um notebook para ficar parado em casa, qual é o sentido disso? Será que é espaço, será que não querem mais form factors grandes? Então, nós estamos lançando essa linha Tudo Em Um, que são computadores em que todo o computador está atrás do monitor. Nós temos a linha de 15,6, um projeto desenvolvido totalmente a partir de nossa fábrica de monitores, um projeto maravilhoso para ser de baixo custo, a partir de R$ É um Tudo Em Um muito mais barato do que todos do mercado. Nós acreditamos que será um best seller. Depois vem o 18,4, com um design bastante arrojado, perto de R$2 mil, e um produto mais elitizado, que é um touch screen, com dual touch, como é o iphone, explorando todas as características do Windows 7, que tem também TV digital. Ele é de 21,5, mas o preço dele é na faixa de R$ Mas é muito mais barato do que seus concorrentes das marcas multinacionais, com features bastante mais desenvolvidas, é um produto que acreditamos que deva entrar muito bem. E lançamos uma edição especial para teste, para ver o quanto influencia isso na venda, vamos sentir agora, que está chegando às lojas, o notebook e o computador do 3

4 Corinthians. Uma coisa bastante sóbria, não é aquela coisa de ter uma bandeira. As pessoas não vão cansar de ter o seu notebook do Corinthians. Eu queria passar esse entusiasmo com a nova linha, para os senhores. Passo a palavra para o Ariel, para falar um pouco dos números. Ariel Leonardo Szwarc: Obrigado, Hélio. Bom dia. Sobre o top line do volume de receitas, ao todo crescemos 21% no volume do trimestre na comparação interanual, representando mais de 8% de crescimento no acumulado do ano. Isto lembrando que o 1S foi essencialmente flat com No tocante a crescimento de notebooks, crescimento de 51%, tanto no trimestre como no acumulado do ano. Desktops, crescimento de 6% no trimestre, 8% abaixo em relação ao acumulado do ano. Notem que a evolução do mix definitivamente está consolidando a participação do notebook, que está acima de 40%, e estimamos que continue crescendo. Em parte, este é o motivo pelo qual fizeram tantos lançamentos espetaculares na linha de notebooks. Na página 11, falando do preço médio, podemos ver que a maior taxa de câmbio no 3T09 em relação ao mesmo período de 2008, junto à maior participação dos notebooks no mix, contribuíram para o aumento do preço médio de todos os PCs que vendemos ano contra ano. A melhor relação da taxa de câmbio e os níveis de precificação que foram praticados no período, aliados a um maior custo de reposição de alguns componentes, foram realmente os grandes responsáveis pelo maior preço médio de PCs comparado com o 2T09. No caso dos notebooks, os convencionais, fora os netbooks, os notebooks registraram um menor preço médio, principalmente comparado com o 2T, porque não tivemos tantas vendas para professores, que tinha um preço médio bastante alto. Mesmo tendo menores vendas, no caso dos netbooks, estes tiveram um preço médio bastante semelhante àquele do 2T. Receita bruta com crescimento de 27% ano sobre ano para o trimestre, 10% no acumulado. De novo, lembrando que o 1S foi essencialmente flat. Quando vemos o breakdown, podemos ver que varejo representou 77% e o mix, aquele que tínhamos indicado, com notebooks, um pouco mais de 40% por causa de preço médio maior do que aquele de desktops. Na receita líquida, acompanhando o mesmo comportamento da receita bruta. Tivemos nesse trimestre a contabilização de um contrato de locação de máquinas para um cliente do Governo, onde, cumprindo com as normas da CPC 06, o contabilizamos como leasing, e, por causa disso, houve um impacto na receita de R$16 milhões no 3T. Mesmo se expurgássemos este impacto, o crescimento da receita na comparação interanual teria sido 24%. Indo para a página 14, os resultados financeiros. Podemos ver que o CPV representou 71% da receita líquida do 3T, uma redução de algo como 230 b.p. na comparação com o 2T. Esta melhoria foi apresentada em relação aos últimos três trimestres, principalmente em função da melhor relação entre a taxa de câmbio e o nível de 4

5 precificação que foi praticado. Além disso, a melhor diluição de custos fixos. Podemos ver que, por causa disso, se permitiu a melhoria também de 230 b.p. na margem bruta na comparação com o 2T. Na página 15, em relação às despesas com vendas, a redução se deveu basicamente à menor intensidade de ações promocionais nesse trimestre, uma ferramenta que foi muito importante no processo de desestocagem durante a crise, e também, obviamente pela melhor diluição de despesas fixas vinculadas à área comercial. Realmente, as despesas de marketing voltaram a um patamar anterior à crise, porém, por outro lado, podemos esperar no 4T as ações que Hélio acabou de mencionar. No 3T, realizamos ajustes normais na provisão de despesas de assistência técnica para poder adequar a sua maior parte em garantias. Estimamos que o regime normalizado deve ficar entre 3,5% e 4%, porém podemos ter de novo algum tipo de ajuste no 4T. Lembremos que no 3T08 tivemos um ajuste de ganho, por isso a comparação interanual está tão diferente. Em relação às despesas gerais e administrativas, continuamos trabalhando forte nessa área. Obviamente vemos que temos crescimento de estrutura para suportar o crescimento da Companhia. Em relação a percentual sobre receita, atingiu-se 3,1%; tivemos uma despesa extraordinária de R$2,8 milhões, sem a qual teria sido normalizado em 2,7%. Estimamos que vamos ficar naquele patamar de 2,8% a 3%, realmente o patamar anterior à crise. Na página 16, com referência à margem EBITDA, foi melhorada principalmente por três grandes impactos: o melhor nível de precificação na relação da taxa de câmbio, as menores despesas que tivemos com vendas, que acabamos de falar, e a melhor diluição de despesas fixas. Tudo isso nos permitiu voltar a um patamar mais normalizado da rentabilidade. No 3T, contabilizamos R$12 milhões de perdas com contratos de NDF de cobertura cambial relacionados com grandes projetos de governo. São aqueles projetos que ganhamos no final do ano passado; no caso desta perda tem a ver com a carteira vinculada ao projeto FNDE que Hélio acabou de mencionar. Essa perda será compensada por ganhos na margem EBITDA nos próximos períodos, e também por acquisitions faturadas. Tratamos de representar nesta tabela como seria o impacto. Na realidade, no 4T é provável que tenha volumes postergados para o 1T, como falou o Hélio. Então, é provável que parte dessa recuperação prevista para o 4T se postergue para o 1T10. Lembramos que parte disso não é porque as máquinas não estejam prontas, não sejam entregues, mas sim porque precisamos ter o aceite dos clientes para poder reconhecer a receita, pois pode ser que tenhamos algum tema de CUT-off no final do ano. Sugerimos que deem uma olhada no press release, que incluímos três diferentes cenários de USD para ver no exercício como seria o impacto para frente, tanto no resultado financeiro como na recuperação do EBITDA. 5

6 No que se refere à margem líquida, que atingimos um patamar de 9,2%, obviamente isso foi vinculado aos ganhos no EBITDA. Por outro lado, tivemos um impacto na perda cambial por causa da cobertura de hedge. Segundo a evolução do resultado, no 4T teremos que definir junto com o Conselho de Administração a proposta de distribuição de dividendos para votação na próxima assembleia geral ordinária, no final do ano de Lembramos que caso seja definido um percentual semelhante para distribuição àquele dos anos anteriores, deveremos tributar parte ou toda a subvenção já no 4T. Ou seja, podemos esperar na margem líquida no 4T o impacto por causa da tributação de subvenção. Na página 17, podemos ver a evolução do fluxo de caixa, onde podemos ver que deterioramos no 3T R$30 milhões, tudo dentro de nossa expectativa, inclusive até melhor do que nós esperávamos. Além disso, tivemos investimentos e pagamento parcial de dividendos correspondentes a É interessante a comparação interanual, onde podemos ver como é a evolução operacional do caixa trimestre a trimestre. Para lembrar, a sazonalidade, onde normalmente 1T e 2T são maiores geradores de caixa do que 3T e 4T, e por causa disso podemos esperar uma deterioração um pouco maior do que isso para o 4T, mas é totalmente normal para o negócio. Na página 18, podemos ver a evolução do ciclo de caixa, onde se percebe a diminuição das contas a receber vinculada ao trabalho de cobrança, que está indo muito bem, como falou o Hélio, sobre menor venda ao Governo no trimestre. A evolução de estoque está sob controle no que tem a ver com prazo de fornecedores. Tínhamos antecipado no trimestre anterior que estava realmente em um ponto bem alto, e no 3T está em um nível um pouco mais normalizado. Podemos estimar que irá voltar à média, para frente. O aumento do total do capital de giro tem a ver principalmente com a maior venda, maior expectativa de vendas que estamos tendo. No que se refere ao ciclo de conversão de caixa, foram atingidos 88 dias, comparado com 99 dias um ano atrás. O crescimento de 11 dias contra o trimestre anterior é algo totalmente sazonal, como acabamos de indicar. Em relação à evolução do caixa líquido, como indicamos, haverá adição no ponto de endividamento. Durante o 3T, tomamos um novo empréstimo de R$20 milhões, já tínhamos R$30 milhões; de novo, são empréstimos que estamos tendo que são de curto prazo. Página 19. O investimento em ativo fixo e P&D está seguindo os planos que foram traçados. No que tem a ver com a parte de outros, o principalmente aumento comparado à estimativa anterior é o novo investimento de R$10 milhões para ampliação da capacidade produtiva, tanto na produção de computadores como de placas mãe, que estará funcional no final deste ano. Em relação à P&D, lembremos que representa um porcentual sobre a receita, então é provável que tenhamos algum tipo de aumento. Em relação ao projeto de ERP, a 6

7 implementação foi feita. Começamos, o go live no início do mês de outubro, obviamente um processo crítico para a nossa Companhia, para poder ganhar eficiência para o futuro. Na página 20, vemos a evolução da valorização da ação, onde podemos ver que, no 3T, se valorizou 60%, 142% no acumulado dos 9M, e até 6 de novembro estamos com um aumento de 199%. Com essa comparativa, provavelmente, agora a cotação está na casa de R$20, R$21, e temos um aumento significativo da participação de investidores institucionais, principalmente de estrangeiros. Fizemos um road show e a receptividade foi muito boa, porque estão voltando a compreender como é o nosso negócio e o poder que tem essa Companhia dentro desse mercado. Tivemos reconhecimentos muito importantes dentro do mercado financeiro. É realmente uma honra para nós ter sido selecionados com a terceira melhor small cap para os acionistas pela revista Capital Aberto, que se soma a termos obtido o primeiro lugar do mundo no setor de TI de disclosure financeiro no IR Global Ranking, além de ter sido um dos cinco melhores sites de RI de small caps no Brasil pela IR Awards. Gostaríamos de agradecer a presença de todos, e estamos disponíveis para a sessão de perguntas e respostas. Alan Cardoso, Ágora Corretora: Bom dia a todos. Primeiro, queria parabenizar pelos resultados, foram muito bons no trimestre, mantendo essa tendência de evolução da Companhia. A minha primeira pergunta, na verdade, é em relação ao lançamento do Windows 7, se vocês sentiram que o consumidor estava adiando um pouco a compra de PCs e depois do lançamento do sistema operacional, se efetivamente o número de vendas aumentou, sem considerar para o mercado como um todo, especificamente a questão do Windows 7. Bom dia, Alan. Na realidade, eu não diria que todos os consumidores estavam esperando. Eu não diria que as famílias de classe C, por exemplo, tem a noção do que é o Windows 7 em relação a outros, salvo exceções. Mas, certamente, em alguns usuários um pouco mais especialistas houve uma pequena espera. Mas nós não notamos antes do dia 22 de outubro uma retração de vendas, mas notamos um pequeno aumento de vendas, de sell out depois do dia 22 de outubro. Não é nenhuma revolução, mas é uma venda um pouco maior. As pessoas não esperam para comprar um bem que desejam muito tempo, e a gente vem com a questão do upgrade gratuito, pagando R$29, que é só o frete, desde julho. Isso, então, beneficiou a não espera pelo Windows 7. Mas o Windows 7 entrou muito bem. É um sistema operacional mais leve e, nesse sentido, veio bem. 7

8 Alan Cardoso: Entendi. Perfeito. A segunda pergunta, na verdade, é em relação à margem bruta da Companhia. Teve a queda do USD, mas vocês ainda tinham algum estoque com USD mais alto que acabou afetando essa margem bruta no 3T, correto? Então, imagino que no 4T, com essa queda no adicional, a tendência é que a margem se comporte de uma forma ainda melhor, não é? Ariel Leonardo Szwarc: Bom dia. Na realidade, depende. Porque se tivemos ainda que liquidar algum inventário, a grande parte já tinha sido feita no 1T e 2T. Lembramos que a volta do mercado é para todos, então, obviamente, o ambiente competitivo vai crescendo. Não é tão simples você manter uma precificação muito elevada, e para nós é muito importante manter o volume, queremos continuar sendo bem competitivos. Alan Cardoso: Entendi. Na verdade, é realmente focar mais no volume e menos no preço neste momento, para manter o share. Nós estamos tentando não perder margem. Essa é a nossa meta, e tentar manter o volume. É para isso que estamos lutando. Alan Cardoso: Perfeito. E a última pergunta, nessa linha também: essa despesa de marketing no 3T voltou aos patamares anteriores à crise. O que podemos esperar daqui para frente? Esse esforço de marketing em linha com o 3T ou a Companhia pode, sim, começar um pouco mais agressiva nesse movimento, mantendo margem EBITDA, mas realmente preservando o volume como a questão da precificação? Ariel Leonardo Szwarc: Percentualmente sobre a receita, deveria manter-se no patamar do 3T, Alan. Alan Cardoso: Entendi. Perfeito, então. Obrigado e parabéns. Valder Nogueira, Itaú: Bom dia. Parabéns pelo resultado. Duas perguntas rápidas. Alguma atualização sobre o andamento da MP do BEM? 8

9 Valder, tudo indica que será renovada. Não tem nenhuma indicação contrária. O Governo está todo mobilizado para isso, deve sair uma MP nas próximas semanas, ainda dentro deste ano. Não deve nem haver nenhum vácuo. A única dúvida que está se discutindo, e isso deve acontecer, é um aumento no P&D para o ano que vem. O P&D hoje tem uma redução em relação a outros bens de informática e de telecomunicação de 50%, ou seja, fica mais fácil de ele ficar mais ou menos sobre o nosso caixa obrigatório deste ano, que dá alguma coisa como R$22 milhões ou R$23 milhões. E essa redução de 50%, o que deve acontecer que estamos notando é ela ser reduzida para uma redução de 25%, o que implicaria em termos que gastar 33% a mais em P&D. Valder Nogueira: Mas que não inviabiliza a história? Não inviabiliza em nada, porque o importante é manter o PIS/COFINS. E o Governo sabe disso, então ele negociou com as empresas algum aumento, e parte desse P&D será usada para inclusão digital do Governo. Parte do mercado como um todo, não só a nossa. E a gente aplica melhor o P&D; talvez, para nós seja um ponto positivo. Valder Nogueira: OK. A segunda pergunta, eu vi no slide da sua apresentação sobre os novos produtos, mas está me chamando a atenção o quão mais rápido, o quão mais eficientes vocês estão na venda de laptops. Nós revisamos nossos números ontem e levamos em consideração a participação maior ainda dos laptops no mix de vendas. Como está essa dinâmica do mercado de laptop? O fato de você ser muito grande e bem capitalizado está fazendo muita diferença? Está acontecendo uma migração mais rápida do que todo mundo esperava para um mix mais concentrado em laptops do que era antes, até do que vocês esperavam? Valder, o crescimento de notebooks está acontecendo, e acredito que ele continue a acontecer. O decrescimento de desktop, eu acho que ele já teve o decrescimento que tinha que ter pelo lançamento desses produtos tudo em um. Eu acredito que o produto tudo em um deve evitar a queda maior do desktop. Essa é a nossa visão. Mas é uma visão que tem que ser testada ainda, porque não vimos, na prática, reação dos tudo em um. Sim, uma empresa capitalizada tem vantagens em todos os produtos. Quem atrasou pagamentos durante a crise tem uma posição mais fragilizada junto aos fornecedores, e quem não atrasou nenhum pagamento durante a crise tem uma posição avantajada perante fornecedores. E notebook é um negócio mais concentrado, na mão de poucos fornecedores chineses, e eu acredito que tenhamos, sim, uma vantagem competitiva em relação aos outros, especialmente em relação aos outros brasileiros. 9

10 Valder Nogueira: OK. Muito obrigado. Operador: No momento, não há perguntas. Não havendo mais perguntas, gostaria de passar a palavra ao Sr. Rotenberg para as considerações finais. Trouxemos boas notícias. Eu acho que temos que olhar com atenção ainda os efeitos da crise, mas acho que ela praticamente passou. Estamos vendo vendas, falando de sell out, não de sell in, falando de mercado, o mercado está melhor agora do que estava no ano passado, bem melhor, se comparar ainda com o vale da crise do último trimestre. Eu acho que essa nossa posição de cinco anos na liderança e a nossa escala, nosso relacionamento com o varejista e nossa posição financeira sólida fizeram com que passássemos muito bem pela crise e saíssemos fortalecidos dela. O que imaginávamos que iria acontecer, realmente aconteceu. Estamos bastante otimistas neste momento. Muito obrigado a todos. Operador: A áudioconferencia da Positivo informática está encerrada. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia. "Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. 10