AULA DE FILOSOFIA. Prof. Alexandre Cardoso

Transcrição

1 AULA DE FILOSOFIA Prof. Alexandre Cardoso

2 A criação da filosofia está ligada ao pensamento racional. Discutir, pensar e refletir para descobrir respostas relacionadas à vida.

3 Os filósofos gregos deixaram de lado os deuses e os mitos e tentaram refletir para entender o mundo que os cercava.

4 Por que tudo se transforma? Por que as pessoas nascem e morrem? Por que existem doenças? Por que o sol se põe e surge a noite? O que é o bem? O que é a justiça? Como devemos viver?

5 A filosofia foi uma das mais importantes contribuições para a nossa sociedade. É uma forma de conhecimento que tem como base o ato de questionar. O raciocínio filosófico nasce de um conjunto de atitudes filosóficas: interesse, curiosidade e reflexão.

6 A palavra filosofia foi usada pela primeira vez por Pitágoras de Samos. Filosofia: Amizade ou amor pela Sabedoria Philo - amizade Sophia - sábio.

7 O que diferencia o raciocínio filosófico do simples pensar? A busca da essência ou da origem das coisas.

8 Período pré-socrático ou cosmológico sec. VII a.c. ao séc. V a.c.

9 Tales de Mileto questionava a origem das coisas e a matéria que seriam formadas.

10 Nietzsche (séc. XIX) O período pré-socrático foi o mais importante da história da Filosofia, porque investigava o cosmos (a ordem geral do universo) e a phýsis (a natureza, a substância física do mundo).

11 Cosmologia Conhecimento racional da ordem do mundo ou da Natureza.

12 OBSERVADOR

13 Período socrático ou antropológico (final do séc. V a.c. ao séc. IV a.c.). Período mais famoso da Antiguidade grega.

14 Sócrates

15 Platão

16 Questões mais discutidas: Homem o que é, de onde vem, para onde vai, o que quer e como deve viver...

17 Período sistemático final do século IV a.c. e século III a.c. Aristóteles foi o maior representante deste período

18 Aristóteles realizou uma rigorosa classificação dos seres objetos e conhecimentos de sua época.

19 MITO Nasce do desejo de entender o mundo para afugentar o medo e a insegurança. é um relato de algo fabuloso que se supõe ter acontecido num passado remoto e quase sempre impreciso. É um relato alegórico e portanto ao mesmo tempo fictício e real.

20 Por que surgiram os MITOS?

21 Busca de respostas convincentes para questionamentos humanos sobre a realidade. Fatos, fenômenos e sentimentos difíceis de explicar. Eventos da natureza: noite, chuva, fogo. Coisas humanas: violência, guerra, medo, amor.

22 O mundo contemporâneo também possui os seus mitos... ESTEREÓTIPOS... Homem forte e mulher frágil.

23 Celebridades criadas pela mídia. Impostas como modelos para o modo de ser e viver das pessoas...

24 Conhecimento sensível ou empírico Conhecimento inteligível ou intelectual.

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27 - Platão apresentou o conhecimento sensível como a fonte de muitos enganos. - Isso decorria da limitação do corpo e dos sentidos.

28 A filosofia surgiu como a busca de um conhecimento mais profundo e verdadeiro, fugindo das explicações fantasiosas.

29 Filósofos gregos afirmaram: a busca do conhecimento é uma tendência natural entre os seres humanos.

30 Conceito filosófico de conhecimento capacidade de realizar procedimentos que permitam a um sujeito descrever, calcular ou prever os objetos e fenômenos que compõem a sua realidade.

31 Conhecimento sensível ou empírico Conhecimento inteligível ou intelectual.

32 Parmênides (séc. VI a.c.) - Falou sobre a existência de duas vias para chegar a verdade.

33 -Primeira: doxa (aparência e opinião) - caminho duvidoso e incerto. - confiança na percepção dos sentidos. - engano.

34 -Segunda: epistéme (ciência, conhecimento) - caminho seguro e rigoroso. - conduz ao que realmente existe. - o raciocínio revelando a realidade.

35 RELATIVISMO (SÉC. V e IV a.c. - Sofistas valorizavam o conhecimento opinativo, mesmo que ele estivesse sujeito à diversidade e á contradição. Protágoras O homem é a medida de todas as coisas, das que são enquanto são e das que não são enquanto não são. Relativo algo que se modifica no tempo e no espaço.

36 NEOPLATONISMO (SÉC. III d.c.) -Amônio Sacas (fundador de uma Escola em Alexandria). -Plotino (principal discípulo). Além do conhecimento sensível e inteligível, Plotino afirmava a existência de uma realidade superior a ambas, chamada UNO (LUZ).

37 Além do conhecimento sensível e inteligível, Plotino afirmava a existência de uma realidade superior a ambas, chamada UNO (LUZ). -Era uma realidade muito acima da compreensão e da linguagem humanas. -O homem deveria purifica-se dos apelos do corpo, desenvolvendo a razão e buscando o uno (que poderia ser alcançado numa espécie de êxtase místico). -Adotavam uma atitude contemplativa.

38 PATRÍSTICA estendeu-se até o séc. VIII orientando a formação da Filosofia e da Teologia. - Utilizou-se do termo ESCOLÁSTICA para nomear a forma de ensino desses dois saberes nas escolas que se formaram entre os séculos VI e XIV e Universidades (séc. XIII).

39 Neoplatonismo e Patrística - Aurélio Agostinho ( ) maior representante da Patrística. - influência no pensamento ocidental. - nasceu em Tagaste (África). - Juventude (prazeres do mundo). -Maturidade (se dedicou a compreender a revelação cristã). - se converteu com 32 anos de idade. - bispo de hipona (Argélia). - Cristianizou o pensamento de Plotino.

40 - procurou estabelecer uma filosofia cristã que conciliasse fé e razão. Compreender para crer e crer para compreender. -Influência do maniqueísmo. mal é a ausência do bem e bem é atributo de Deus. - Pensamento voltado ao Dualismo. oposição: bem e mal, conhecimento e ignorância, corpo e alma, trevas e luz.

41 Francis Bacon ( ). - Criticou o conhecimento antigo e medieval. - Saber é poder -Defendia uma ciência que pudesse dominar a natureza. -Pai do método experimental. -Utilizava procedimentos indutivos (analisa casos particulares para identificar uma lei geral). CONHECIMENTO INDUTIVO: -Ex: Observando que inúmeras baleias lançam leite na água para alimentar seus filhotes, podemos concluir que todas as baleias são mamíferos.

42 Conhecimento dedutivo - Caminho Inverso: Parte das leis gerais para explicar os casos particulares. Ex: considerando que todo mamífero é um animal, sendo a baleia um mamífero, concluímos que ela é um animal.

43 Século XVII RAZÃO X SENTIDOS - Longos debates sobre métodos de produção do conhecimento. -Novas teorias filosóficas divididas em duas tendências principais: RACIONALISMO e EMPIRISMO.

44 RACIONALISTAS: René Descartes, Gottfried Leibniz Racionalismo Concede prioridade à razão no entendimento da realidade, por meio de ideias inatas. Guardadas as devidas distinções, pode-se dizer que o inatismo racionalista possui alguma semelhança com a visão platônica, segundo a qual conhecer é recordar ideias preexistentes na alma.

45 René Descartes ( ). Valorização do pensamento humano. Racionalismo valorização da razão. Capacidade de julgar a verdade ou falsidade das aparências, a fim de conhecer a realidade. Evitou os preconceitos acumulados pela tradição. Atenções para a Matemática. Pensamento cartesiano. Penso, logo existo.

46 EMPIRISTAS: John Locke, David Hume. Empirismo concede prioridade à experiência no entendimento da realidade, por meio das impressões dos sentidos. Guardadas as devidas distinções, pode-se dizer que essa visão possui alguma semelhança com a Teoria do Conhecimento aristotélica, segundo a qual o intelecto constitui, primeiramente, a possibilidade (o potencial) de conhecer as formas inteligíveis, o que ocorre por meio da observação, devido ao contato com os objetos sensíveis.

47 John Locke ( ). Valorização da experiência Empirismo. O conhecimento humano deriva da experiência e da reflexão. Ele se constrói com base nas percepções dos sentidos e não de princípios inatos. A mente humana é uma tábula rasa.

48 Augusto Comte séc. XIX. Viveu no contexto da Revolução Industrial. Criador do Positivismo (doutrina filosófica e científica que valorizava a exatidão da Física e da Matemática. Aplicação dessas ciências para analisar os grupos sociais. Física Social. Pai da Sociologia.

49 Progresso Científico Augusto Comte desenvolveu o positivismo. Doutrina que valorizava a exatidão da Física e Matemática. Propôs a aplicação dos conceitos da física ao cotidiano dos grupos sociais. Acreditava no progresso do conhecimento desde as origens primitivas até a ciência moderna. O conhecimento é acumulativo e as teorias científicas deveriam ter validade para explicar novos eventos. Esse pensamento não se concretizou teorias da Relatividade e Quânticas negaram a universalidade de algumas teorias de Newton.

50 Verificabilidade. Anos 20 filósofos e cientistas austríacos, de origem judaica, formaram um grupo de pesquisa, reunindo-se na cidade de Viena, com o objetivo de encontrar fundamentos sólidos para o conhecimento científico. Esse grupo ficou conhecido como Círculo de Viena. Seu movimento foi chamado Positivismo Lógico ou Neopositivismo. Moritz Schilick Rudolf Carnap

51 -Defendiam a importância de utilizar procedimentos de Matemática e da Lógica nos métodos científicos. -Achavam que a experiência era um critério de verdade em relação a uma teoria. -O objetivo era reavaliar as proposições consideradas científicas. -Desejavam manter somente aqueles que se referiam estritamente aos fenômenos empiricamente observáveis. -Noção de verificabilidade (uma proposição só teria sentido para a comunidade científica quando os seus membros pudessem verificar a verdade ou a falsidade empiricamente). - As proposições que não atendessem a esse critério permaneceriam no campo da Metafísica.

52 Falseabilidade -Karl Popper. -Contestou o conceito de verificabilidade -Um cientista jamais conseguiria analisar todos os casos individuais, a fim de constatar a ausência de exceções empíricas às leis de uma teoria.

53 Imagem dos gansos -Mesmo que inúmeros gansos sejam analisados, verificando-se neles a cor branca, não é possível concluir que todos os gansos são brancos. -A existência de um ganso negro seria suficiente para contestar a universalidade da proposição, existência que não pode ser negada pela grande amostra de animais analisados.

54 Karl Popper -Dedicou-se ao problema da demarcação da ciência. -Significa que ele buscou um critério capaz de distinguir o conhecimento científico dos demais tipos de conhecimento. -Esse critério seria da falseabilidade. -Uma teoria só poderia ser considerada científica se estivesse aberta à sua demonstração de sua falsidade. -Enquanto a falsidade dessa teoria não fosse demonstrada, a teoria continuaria válida, mas, se isso ocorresse, ela seria substituída por outra, também falseável. -Popper não considerava as teorias científicas verdadeiras e definitivas, mas prováveis e provisórias.

55 Revolução Científica

56 Thomas Kuhn físico estadunidense. A ciência não se transforma pela substituição das teorias, mas por meio de revoluções. Diferentes fases de desenvolvimento. PARADIGMA um modelo, uma explicação, compartilhada pelos membros de uma comunidade científica. CIÊNCIA NORMAL quando o paradigma é considerado na solução de problemas, orientando métodos, teorias elaboradas, investigações. ANOMALIAS considerável número de problemas sem solução colocando em crise o paradigma. REVOLUÇÃO CIENTÍFICA ruptura com o velho paradigma e a afirmação de um novo. Rompe com o positivismo não há continuidade evolutiva dos modelos científicos, mas sim rupturas.

57 Ditadura da beleza

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