O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo

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1 O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo IF UFRJ Mariano G. David Mônica F. Corrêa

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5 Instituto de Estudos Sociais e Conceituais de Ciência, Tecnologia e Sociedade Revista Em Construção

6 O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo Aula 1: O conhecimento é possível? O ceticismo na Antiguidade. Aula 2: Como é possível conhecer? A emergência da ciência na Modernidade. Aula 3: Como se dá o conhecimento científico? A Filosofia da ciência na Contemporaneidade. Aula 4: Como confiar no conhecimento científico? A medição e a incerteza.

7 Aula 3: Como se dá o conhecimento científico? A Filosofia da ciência na Contemporaneidade. 3.1 Positivismo e Positivismo lógico 3.2 Popper e o falsificacionismo 3.3 Kuhn e a dinâmica da ciência 3.4 Sociologia da ciência e a reação a ela 3.5 Questões contemporâneas

8 3.1 Positivismo Auguste Comte ( ): Filósofo francês fundador do Positivismo Não é possível reduzir os fenômenos a um único princípio Limitada interconexão entre fenômenos: unidade do conhecimento é puramente subjetiva: mesmo método Previsibilidade: ver para prever Desenvolvimento da técnica, da indústria

9 3.1 Positivismo... não temos de modo algum a pretensão de expor as causas geradoras dos fenômenos, posto que nada faríamos além de recuar a dificuldade.

10 3.1 Positivismo lógico Ou Empirismo lógico ou Círculo de Viena Moritz Schlick ( ), Rudolf Carnap ( ) e outros Tentativa de formalizar logicamente as condições dos enunciados científicos Somente as proposições verificáveis podem ser empregadas em hipóteses científicas As teorias científicas devem ser verificáveis ou testáveis

11 3.2 Karl Popper ( ) Filósofo da ciência austríaco, foi interlocutor dos filósofos do Círculo de Viena Principais obras: A lógica da pesquisa científica (1934); Conjecturas e refutações (1963); Conhecimento objetivo: uma abordagem evolucionária (1972) Discordou do critério de verificabilidade (ou testabilidade) das teorias proposto pelos filósofos do Círculo de Viena.

12 3.2 O problema da indução Propôs uma solução para o problema da indução de Hume Observações e experimentos só podem ser realizados um nº finito de vezes (a lei funcionará sempre?) No entanto, fazemos generalizações o tempo todo: problema lógico da indução de Hume Contra a teoria do balde (acúmulo de observações)

13 3.2 Falsificacionismo A experiência realmente não pode comprovar uma lei..., mas ela pode refutá-la Teorias científicas são hipóteses provisórias, conjecturas que podem ser testadas Se resistirem aos testes, temos que submetê-la a novos testes Se elas são refutadas pelos testes, novas teorias, novas conjecturas, são propostas

14 3.2 Balde x holofote Teoria do holofote (hipóteses que iluminam as observações) Preferimos as teorias com maior poder explicativo que resistam aos testes A competição entre teorias rivais fará com que a mais apta sobreviva: pressão crítica de seleção artificialmente intensificada Falsificacionismo: teorias tem de ser falseáveis ou refutáveis: critério de demarcação entre ciência e não ciência

15 3.3 Thomas Kuhn ( ) Físico, filósofo e historiador da ciência americano Principais obras: Estrutura das revoluções científicas (1962); Tensão essencial (1977) Distinção ciência normal x revolucionária Ciência normal, com teoria paradigmática: livros textos, disciplinas, etc.; seleção dos problemas aceitos Anomalias (contra-exemplos): crises na ciência normal

16 3.3 Incomensurabilidade Ciência revolucionária: mudança de paradigma, nova gestalt (forma visual) Teorias com paradigmas diferentes são incomensuráveis Desenvolvimento científico se dá por rupturas nãocumulativas Crítica ao Positivismo Lógico (restrição do alcance das teorias impediria o conflito com outras teorias) e a Popper (experiência anômala não leva à falsificação)

17 3.3 A dinâmica da ciência A adequação entre teoria e os dados é sempre incompleta e imperfeita Transição entre paradigmas não pode ser feita por imposição da lógica ou de experiências neutras Teorias mais novas são melhores para resolver problemas nos contextos aplicados Progresso da ciência não implica em desenvolvimento ontológico (em dizer o que a natureza de fato é)

18 3.3 Paul Feyerabend ( ) Filósofo da ciência austríaco, foi orientado por Popper, mas mais tarde se afastou de suas teses Obras: Contra o método (1975); Adeus à Razão (1987) Relativista e anarquista epistemológico : não há método para a ciência, tudo vale Trechos de Adeus à Razão

19 3.4 Sociologia do conhecimento científico (SSK) Estuda a ciência como atividade social: as condições sociais da produção científica e seus efeitos Bruno Latour (1947-): francês, sociólogo da ciência e antropólogo Obras: Vida de laboratório a construção social dos fatos científicos (1979); A ciência em ação como seguir cientistas e engenheiros mundo afora (1987)

20 3.4 Latour: Ciência em ação O quanto a força econômica/política e a atuação dos pesquisadores/laboratórios dita os caminhos da ciência? Os grupos de pesquisa fazem valer os métodos que desenvolvem: desafiá-los demanda investimento Estudo dos investimentos por setor em ciência: larga proeminência das forças armadas

21 3.4 O caso Sokal Em 1996 o físico americano Alan Sokal publicou um artigo com nonsenses na revista Social Text revelando a farsa depois da publicação Em 1997, juntamente com Jean Bricmont, publicou o livro Imposturas intelectuais com críticas a abordagens de filósofos contemporâneos sobre conceitos científicos

22 3.5 Enfoques contemporâneos How the laws of physics lie (1983), Nancy Cartwright Três argumentos inter-relacionados nos ensaios do livro: (1) o poder explicativo das leis fundamentais não apontam para as verdades destas (2) leis só funcionam se outros fenômenos não interferem (ceteris paribus) (3) a aparência de verdade vem de um mau modelo de explicação que liga as leis diretamente à realidade

23 3.5 Enfoques contemporâneos Representar e intervir (1983), Ian Hacking realismo de entidades O experimento tem vida própria; a experimentação não expressa nem relata, ela faz algo (intervém) A história da ciência tem privilegiado os teóricos frente aos experimentadores Experimentar é criar, produzir, refinar e estabilizar os fenômenos

24 Obrigado

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