EMPIRISMO, VERIFICACIONISMO E INDUTIVISMO. Notas de aula para a disciplina Bases Epistemológicas da Ciência Moderna Prof. William Steinle 02/05/14

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1 4.1.3 Teorias da Justificação EMPIRISMO, VERIFICACIONISMO E INDUTIVISMO Notas de aula para a disciplina Bases Epistemológicas da Ciência Moderna Prof. William Steinle 02/05/14 Visão defendia pelos empiristas lógicos, dentre outros Visão empirista: as teorias científicas devem ser aceitas porque foram verificadas ou provadas pela experiência Proposições de observação simples declarações singulares sobre fatos Proposições de observação compostas declarações obtidas por meio de operadores lógicos ( e, ou etc.) - Obs.: simples significa não composta por um operador lógico Segundo o indutivista, a ciência começa com esses tipos de proposições, ou seja, ela começa com os dados empíricos que levam a proposições dos tipos acima. Metodologia indutivista: os experimentos científicos apoiam-se em induções. Tese do indutivista: o conhecimento científico é derivado da experiência. Francis Bacon: crítica a Aristóteles (falta de experimentos); dominação (intervenção) da natureza; propõe o método experimental/indutivo. Indutivismo ingênuo: proposições singulares lei universal. - Obs. diferença entre proposição geral (a maioria, a maior parte, muitos etc.) e universal (todos, tudo, nenhum, nada etc.). - Ex.: Todas as esmeraldas são verdes ; A maioria das esmeraldas é verde. O método indutivo nas ciências empíricas Consideremos a seguinte citação: Se tentássemos imaginar como um espírito de poder e alcance sobre-humanos, mas normal quanto aos processos lógicos de seu pensamento,... usaria o método científico, diríamos o seguinte: Primeiro, todos os fatos seriam observados e registrados, sem seleção ou estimativa a priori quanto à importância relativa deles. Segundo, os fatos observados e registrados seriam analisados, comparados e classificados, sem outras hipóteses ou postulados além dos necessariamente envolvidos na lógica do pensamento. Terceiro, dessa análise dos fatos seriam tiradas, indutivamente, generalizações quanto às 1

2 suas relações, classificatórias ou causais. Quarto, pesquisa adicional poderia ser tanto dedutiva como indutiva, empregando inferências a partir das generalizações previamente estabelecidas. 1 Etapas da investigações científica de acordo com a citação acima: 1) Realiza-se observações e registros de todos os fatos; 2) É feita uma análise e classificação de todos esses fatos; 3) a partir desses fatos é feita uma generalização indutiva; e 4) Por último é realizada uma verificação adicional da generalização. Problemas com o esboço acima: 1) Não é possível observar e registrar todos os fatos nem mesmo aqueles relevantes, afinal o que significa relevante?, assim como também não é possível isentar-se de qualquer hipótese durante a observação portanto, não seria verdade que a hipótese surge apenas na terceira etapa; 2) Mesmo considerando-se um número restrito de fatos, sua análise e classificação pode mostrarse extremamente complexa e inconclusiva, afinal, nem toda análise mostrar-se-á relevante para a hipótese; 3) problemas com o salto indutivo ver abaixo; 4) De que tipo é a verificação adicional, indutiva ou dedutiva? Explicações e previsões contam como verificação adicional? O que mais conta? Princípio de indução (de Hume): Se uma grande quantidade de As foi observada sob uma ampla variedade de condições, e se todos esses As possuíam a propriedade B, então todos os As têm a propriedade B. Ex.: 1 Todos os metais quando aquecidos se dilatam. 2 O ácido sempre torna o papel de tornassol vermelho. Condições que deveriam ser obedecidas para a aceitação de uma indução: - O número de proposições singulares deve ser grande; - As observações/experimentos devem ser feitos sob condições diversas. - Nenhuma proposição singular pode refutar a proposição universal (lei), ou seja, não pode haver um contraexemplo. Justificação da indução: problema de Hume: - Justificação racional (lógica): a conclusão de uma indução nunca será necessariamente verdadeira, portanto, não podemos justificá-la racionalmente. - Justificação empírica: muitas induções têm se mostrado adequadas, logo, a indução está justificada. Isto envolve um círculo vicioso. O Princípio de Uniformidade da Natureza (PUN): falta uma premissa aos argumentos indutivos, aquela que diz que a natureza é uniforme, regular; o futuro tem que se assemelhar ao passado. Mas por que devemos aceitar este princípio? O argumento cético de Hume: 1 A. B. Wolfe, Functional Economics, apud Hempel, C. Filosofia da Ciência Natural. Rio de Janeiro: Zahar, 1981, pp

3 1. Todo argumento indutivo requer PUN como premissa. 2. Se a conclusão de um argumento indutivo é racionalmente justificada pelas premissas, então estas premissas têm de ser também racionalmente justificáveis. 3. Assim, se a conclusão de um argumento indutivo é justificada, terá que haver uma justificação racional de PUN. 4. Se PUN é racionalmente justificável, então terá que haver um bom argumento indutivo ou um bom argumento dedutivo a favor de PUN. 5. Não há um bom argumento indutivo para PUN, uma vez que qualquer argumento indutivo a favor de PUN é circular. 6. Não há um bom argumento dedutivo a favor de PUN, uma vez que PUN não é uma verdade a priori nem segue dedutivamente das observações que até hoje foram feitas. 7. Assim, PUN não é racionalmente justificável. Logo, não há justificação racional para as crenças com a forma de previsões ou generalizações. O paradoxo do corvo (Carl Hempel) Considerem: (1) Todo corvo é preto ; de (1), por contraposição, segue-se: (2) Todo não preto é não corvo Se Algo é corvo e é preto corrobora (1), então Algo que não é corvo e não é preto corrobora (2); mas como (1) e (2) são equivalentes, então esta maça é vermelha que satisfaz Algo que não é corvo e não é preto corrobora tanto (2) quanto (1). Isto seria um absurdo, já que quase tudo corroboraria uma lei científica. Nelson Goodman e o predicado verdul Consideremos a seguinte indução: 3

4 Ex.: Todas as esmeraldas observadas até hoje eram verduis; logo, todas as esmeraldas são verduis Definição: um objeto é verdul se, e somente se, tiver sido descoberto até hoje e for verde, ou for descoberto no futuro e for azul Pela definição acima, se todas as esmeraldas descobertas até hoje são verduis, então no futuro descobriremos esmeraldas azuis Pela definição acima, se todas as esmeraldas descobertas até hoje são verduis, então elas são verdes, mas, se são verdes, podemos esperar que as próximas também serão verdes e não azuis. Resultado: paradoxo? Este seria outro problema relacionado à indução (advindo do mecanismo interno da própria relação de confirmação), diferente daquele de se estabelecer uma justificativa racional para a passagem das premissas particulares para a conclusão universal. Predicados projetáveis: Ex. 1: Todos os peixes observados até hoje eram animais aquáticos; logo, todos os peixes são animais aquáticos Ex. 2: Todos os peixes observados nasceram antes do dia de hoje; logo, todos os peixes nascerão antes do dia de hoje O predicado do exemplo 1 acima ser um animal aquático seria projetável, mas o predicado do exemplo 2 nascer antes do dia de hoje não seria projetável. Portanto, segundo Goodman, Hume teria investigado apenas o problema de se justificar como as regularidades do passado garantem as expectativas e previsões do futuro, mas não teria atentado para o fato de que nem todas as regularidades são capazes de garantir expectativas e previsões. Mais algumas possíveis críticas: 1) A teoria precede as proposições de observação, ou seja, observação e experimento sempre se orientam por uma teoria. Não há uma distinção clara entre observação e teoria. 2) Uma proposição nunca é submetida isoladamente a teste (holismo Duhem-Quine) 3) Segundo o indutivista, o observador é neutro e imparcial. 4) Como saber o que pode ou não interferir em um experimento, ou seja, o que significa sob várias condições? 5) Quantas vezes um experimento deve ser repetido? 4

5 Ex.: i) Metal aquecido dilatando-se/fumar causa câncer = muitas vezes ii) O fogo queima/o ser humano não pode voar por si só = poucas vezes iii) A bomba atômica é altamente mortífera = uma vez iv) A bomba de hidrogênio é mais mortífera que a bomba atômica = nenhuma vez Possíveis defesas: 1) Probabilidade: podemos utilizar uma teoria da probabilidade para dar bases para as induções. Problema: a quantidade de observações sempre será finita, enquanto uma afirmação universal requer confirmação infinita. Defesa: a conclusão sempre será provável. Devemos ser moderadamente céticos. 2) Separação entre descoberta e justificação (tomando como exemplo a matemática): indução dedução contexto da observação/descoberta teoria contexto da justificação, previsão/retrovisão e explicação Ex.: 1 Metal aquecido se dilata (indução). 2 Trilho de trem com espaçamento (dedução) 3) Será que o empirista/indutivista não está sendo acusado de manter aquilo que ele rejeita? Um verificacionista exige necessidade das conclusões indutivas? Diferença entre proposição geral e universal. 4) A racionalidade exige necessidade? O problema não estaria em querer transformar um tipo de raciocínio (indutivo) em outro (dedutivo), sendo que isso não faz sentido? 5

6 FALSIFICACIONISMO/FALSEACIONISMO Notas de aula para a disciplina Bases Epistemológicas da Ciência Moderna Prof. William Steinle 29/04/14 Karl Popper ( ): filósofo da ciência austríaco naturalizado britânico. Foi grande crítico do indutivismo em ciência, propondo em seu lugar uma metodologia dedutivista/falseacionista. Principais obras sobre o tema: A lógica da pesquisa científica; Conjecturas e refutações; O conhecimento objetivo. O positivismo lógico acaba por colocar a ciência e a metafísica no mesmo patamar. Uma teoria científica nunca é confirmada. Problema da indução. Uma teoria científica nunca pode ser considerada verdadeira, apenas corroborada, caso tenha passado nos testes. As teorias científicas são hipóteses ou conjecturas. Antes das hipóteses ou conjecturas existem problemas. Como chegamos a essas hipóteses ou conjecturas compete à psicologia do conhecimento dizer. Compete ao filósofo da ciência ou epistemólogo dizer o que fazemos com elas. O método de teste de uma hipótese ou conjectura é o dedutivo. Compete à lógica da pesquisa estabelecer o método de teste. A forma dedutiva padrão para o teste é o modus tollens: 6

7 Premissa 1: Se A, então B Premissa 2: não B Conclusão: não A EXEMPLO 1: Premissa 1: Se um material é metal e for aquecido, então ele se dilatará Premissa 2: O material foi aquecido e não se dilatou Conclusão: Ou o material não era metal ou não é o caso que todos os metais quando aquecidos se dilatam EXEMPLO 2: Premissa 1: Se pingarmos ácido em um papel de tornassol, então ele se tornará vermelho Premissa 2: Pingamos um líquido no papel de tornassol e ele não se tornou vermelho Conclusão: Ou o líquido pingado não era ácido ou não é o caso que sempre que um ácido é pingado em um papel de tornassol o torna vermelho Para Popper, quando o segundo disjunto das conclusões ocorre, temos uma refutação de uma teoria (ou lei) científica. Embora as leis ou teorias científicas não possam ser confirmadas, elas podem ser falseadas. Existem graus de falseabilidade; quanto mais falseável, melhor a teoria, ou seja, quanto mais ousada a conjectura, melhor: 7

8 EXEMPLOS: a) Marte se move numa elipse em torno do Sol; b) Todos os planetas se movem em elipses em torno de seus sóis. Segundo Popper, b é uma hipótese ou conjectura mais ousada que a, portanto, é melhor do ponto de vista do conhecimento científico. A falseabilidade pode ser usada como critério de escolha entre teorias rivais. Algumas críticas: 1) Como medir objetivamente o grau de falseabilidade? 2) Do ponto de vista da prática científica, se uma proposição for falsa, o cientista de fato abandona a teoria? 3) A proposição falseada não faz com que o cientista simplesmente adote modificações ad hoc para salvar a teoria? 4) O conceito de ousadia não seria relativo? Imre Lakatos, com sua teoria dos programas de pesquisa, tentou posteriormente defender o falseacionismo destas e de outras críticas. 8

9 A TEORIA DE THOMAS KUHN Notas de aula para a disciplina Bases Epistemológicas da Ciência Moderna Prof. William Steinle 29/04/14 Thomas Kuhn: Critica a abordagem lógica/metodológica dos verificacionistas e falseacionistas. Defende uma abordagem histórica. Relembra a dependência que a observação tem da teoria. A precisão de um conceito depende da precisão da teoria (Ex.: massa e democracia). Como se chega ao conceito? a) definição teórica (problema: regressão ao infinito); b) definição ostensiva (problema: muita dependência dos sentidos eles podem nos enganar). Saída proposta por Kuhn: estruturas. Devemos investigar como as teorias científicas estão estruturadas, e isto não deve ser feito apenas estatisticamente, mas recorrendo-se à história da ciência; além da história, a sociologia também é fundamental. A estrutura do desenvolvimento científico segue o esquema: Pré-ciência ciência normal e paradigma resolução de problemas crise revolução nova ciência normal e novo paradigma resolução de novos problemas nova crise nova revolução etc. Uma teoria científica se inicia com a escolha e estabelecimento de um único paradigma (modelo, matriz disciplinar). Um paradigma é composto de suposições teóricas gerais, leis e técnicas de experimentação. Quem trabalha dentro de um paradigma pratica a ciência normal ; a função da ciência normal é resolver problemas (quebra-cabeças puzzles). Esses problemas surgem de certas supostas falsificações (anomalias aparentes) e o trabalho do cientista é tentar resolvê-las. Se os problemas não são resolvidos e sua quantidade aumenta, então surge uma crise. 9

10 A crise pode levar a adoção de um novo paradigma, exigindo o abandono de seu antecessor. Quando isso acontece há uma revolução científica. Depois da revolução é estabelecida uma nova ciência normal, que segue novo paradigma, que enfrentará novos problemas, crises até que uma revolução surja e se estabeleça outra ciência normal etc. Critério de demarcação de Kuhn: o que distingue a ciência da não ciência é a existência de paradigmas. A astrologia, por exemplo, não seria uma ciência, já que não segue paradigmas. A dependência que uma observação tem da teoria (paradigma) é uma virtude, não um problema. Um cientista normal ou seja, aquele que pratica a ciência normal nunca conhece completamente os princípios, fundamentos e pressupostos do paradigma. O cientista, ao deparar-se com problemas, deve tentar resolvê-los utilizando as próprias ferramentas do paradigma. A presença desses enigmas não resolvidos ou anomalias não é, por si só, a característica de uma crise. A crise só surge quando as anomalias atingem os fundamentos da teoria e não conseguem ser superadas. Quanto mais anomalias deste tipo, mais grave a crise. No período de crise, questões históricas e filosóficas (metafísicas, ontológicas e epistemológicas, por exemplo) passam a fazer parte da discussão; novas propostas começam a surgir. Quando um paradigma é completamente abalado, os cientistas perdem a confiança nele; começa a surgir, então, uma revolução. O ponto culminante da crise é quando surge uma paradigma rival, totalmente distinto do anterior, que estabelece fundamentos antagônicos e incomensuráveis. A incomensurabilidade leva Kuhn a dizer que, após uma revolução científica, o cientista trabalha em um novo mundo. Ex.: mundo aristotélico x mundo moderno (newtoniano) x mundo contemporâneo (relativista, quântico) etc. Essa mudança, diz Kuhn, é semelhante à conversão religiosa ou à troca gestáltica. Não há argumentos puramente racionais envolvidos na escolha; a lógica não é suficiente, necessita-se de fatores sócio-psicológicos (pragmáticos), por exemplo, simplicidade, poder heurístico (resolução de problemas), vantagens 10

11 pragmáticas em geral etc. A lógica (dedutiva) não é suficiente porque as premissas dos argumentos não são aceitas (devido à incomensurabilidade). A revolução científica se efetiva quando não apenas um ou poucos cientistas aderem ao novo paradigma, mas quando a comunidade científica o faz; os dissidentes são esquecidos. Resultado da teoria de Kuhn: Relativismo? Irracionalismo? Algumas críticas: 1) Contra a incomensurabilidade: as teorias nem sempre são totalmente abandonadas ou rejeitadas pelas teorias do novo paradigma. 2) Contra o relativismo: o objetivo da ciência deve ser a verdade ou a verdade aproximada, pois sem ela não há progresso. 3) Contra a falta de crítica racional na ciência (Popper). 4) O critério de demarcação de Kuhn nos leva a aceitar o crime organizado como ciência (Feyerabend)? 11

12 A METODOLOGIA DOS PROGRAMAS DE PESQUISA DE LAKATOS Notas de aula para a disciplina Bases Epistemológicas da Ciência Moderna Prof. William Steinle 06/05/14 Imre Lakatos ( ):?? Defende Popper e critica Kuhn. As revoluções científicas nascem de um progresso racional, não de conversões religiosas. Critica o psicologismo e o sociologismo de Kuhn e defende um racionalismo objetivista. História interna e externa da ciência: Lakatos defende a primeira, pois essa é a história dos programas de pesquisa, não das teorias. O que caracteriza um programa de pesquisas é seu núcleo rígido (hard core). Um núcleo rígido é um conjunto de teorias ou hipóteses que estão protegidas de refutação; a escolha do núcleo rígido é convencional. Por exemplo, no programa de pesquisa da física clássica, as três leis de Newton constituem o núcleo rígido. Dentro da heurística negativa (aquela parte do programa onde surgem as supostas refutações), existe um cinturão protetor, composto de hipóteses auxiliares, sobre o qual incidem as refutações. O papel da heurística positiva é orientar as modificações que devem ser feitas no cinturão protetor quando surgem as anomalias. Programas teoricamente progressivos: cada modificação no cinturão protetor leva a novas e inesperadas predições ou retrodições (explicação de algo já acontecido). Programas empiricamente progressivos: as novas predições são corroboradas. Programas degenerativos: não conseguem fazer ou corroborar novas predições; a explicação dos fatos é feita a posteriori (post hoc). 12

13 Um programa substitui o outro quando é mais progressivo que aquele; no início, o cientista trabalha com ambos. Lakatos rejeita a incomensurabilidade de Kuhn. Critério de demarcação: uma atividade só é científica se segue um programa de pesquisa. Algumas críticas:?? 13

14 VALORES NÃO COGNITIVOS E CIÊNCIA Notas de aula para a disciplina Bases Epistemológicas da Ciência Moderna Prof. William Steinle 06/05/14 Hugh Lacey ():?? A ciência é neutra e imparcial? 1) Sim visão tradicional verificacionismo e falseacionismo: apenas valores cognitivos estão envolvidos na aceitação de teorias. Valores cognitivos: verdade, adequação empírica, consistência teórica (ausência de contradições), poder explicativo, previsibilidade, objetividade, neutralidade, imparcialidade etc. 2) Não Thomas Kuhn e Helen Longino: valores não cognitivos estão envolvidos na aceitação de teorias. Valores não cognitivos: preceitos éticos ou morais, valores políticos, condições econômicas, preceitos religiosos etc. 3) Posição intermediária Hugh Lacey e Philip Kitcher: a ciência é imparcial, mas não é neutra. Distinção entre: i) Estabelecimento e condução de pesquisas (endossamento): esta etapa não é neutra, pois valores não cognitivos podem influenciar ou determinar as pesquisas. Isso é bastante comum nas ciências aplicadas, onde governos e empresas particulares exercem grande influência, mas também é o caso da ciência pura. Exemplos: Indústria bélica, farmacêutica, química, automobilística etc. ii) Aceitação de teorias como científicas (aceitação correta): esta etapa, segundo Lacey, é imparcial, pois uma teoria é só é aceita como científica se obedecer a critérios cognitivos universalmente aceitos dentro de uma metodologia objetiva. Exemplos de teorias que não foram aceitas como científicas por violarem este critério: fixicismo criacionista, ortogênese, pitagorismo kepleriano, ciência alemã (nazista), ciência comunista etc. 14

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