BIOTRANSFORMAÇÃO. - Evolução: - Características das enzimas de biotransformação

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "BIOTRANSFORMAÇÃO. - Evolução: - Características das enzimas de biotransformação"

Transcrição

1 BIOTRANSFORMAÇÃO Modificação da estrutura molecular de um fármaco por meio de reações metabólicas enzimáticas, gerando uma nova substância química - o metabólito.

2 BIOTRANSFORMAÇÃO

3 BIOTRANSFORMAÇÃO - Evolução: Metabolismo oxigênio > síntese de compostos endógenos > biotransformação de fitotoxinas > biotransformação de químicos industriais - Características das enzimas de biotransformação Famílias de enzimas Falta de especificidade de substrato (vant x desvant) Metabolismo de compostos endógenos Localizadas principalmente no fígado Retículo endoplasmático e mitocôndria (Fase I) Retículo endoplasmático e citossol (Fase II)

4 REAÇÕES DE FASE I: funcionalizam grupos reativos para a reação de fase II Oxidação (95%) Redução Hidrólise

5 ENZIMAS DE FASE I Citocromo P450 Epóxido Hidrolase Aldeído Desidrogenase Álcool Desidrogenase Monoamina Oxidase Flavina-monooxigenase Prostaglandina H Sintase Xantina Oxidase Carboxilesterase

6 REAÇÕES DE FASE II Reações de conjugação com grupos hidrofílicos Dificultam interação com receptor ou enzima

7 ENZIMAS DE FASE II Uridina glucuronosil transferase Glutationa S-transferase N-acetil transferase Metil transferase

8 BIOTRANSFORMAÇÃO (FASE II)

9 BIOTRANSFORMAÇÃO

10 BIOTRANSFORMAÇÃO

11

12 Citocromos P450 (CYP) - Principais enzimas de biotransformação - Presente em todas as formas de vida estudadas até agora - Indutíveis por diversos compostos ambientais - Nome devido ao espectro peculiar com absorção máxima em 450 nm - Nomenclatura baseada na semelhança entre sequências de aas. Superfamília (10%) CYP Família (40%) CYP1 Subfamília (70%) CYP1A Membros individuais CYP1A1

13 Citocromos P450 (CYP)

14 Citocromos P450 (CYP)

15 Citocromos P450 (CYP)

16 Citocromos P450 (CYP)

17 INDUTORES ENZIMÁTICOS INDUTOR FÁRMACOS AFETADOS Benzopireno Barbitúricos Fenilbutazona Rifampicina Teofilina Barbitúricos, cloranfenicol, cortisol, clorpromazina, cumarínicos, estradiol, testosterona, fenilbutazona, fenitoína Cortisol, digitoxina Cumarínicos, digitoxina, metoprolol, glicocorticóides, metadona, anticoncepcionais orais, propranolol

18 INIBIDORES ENZIMÁTICOS INIBIDOR Cloranfenicol Cimetidina FÁRMACOS AFETADOS Antipirina, dicumarol, tolbutamida Clordiazepóxido, diazepam, warfarina Cetoconazol Fenilbutazona Grapefruit Dissulfiram Ciclosporina, astemizol, terfenadina Fenitoína, tolbutamida Alprazolam, atorvastatina, ciclosporina, cisaprida Antipirina, álcool, fenitoína, warfarina Álcool Clordiazepóxido, diazepam, metanol

19 FARMACOGENÔMICA FARMACOGENÉTICA A. MOTULSKY (University of Washington - JAMA, 165: 835, 1957) A. VOGEL (Free University of Berlin - Ergebn. Inn. Med. U. Kinderh, 12: 52, 1959)

20 A Farmacogenética trata das respostas farmacológicas e de suas modificações por influências hereditárias. WERNER KALOW (University of Toronto) in: Pharmacogenetics - Heredity and response to Drugs 1962

21 VARIABILIDADE TERAPÊUTICA

22 Reações Adversas Causa de 2 milhões de internações Uma das principais causas de morte ( mortes nos EUA) Difícil determinação de quem terá reação adversa Sistema de administração não individualizada

23 VARIABILIDADE TERAPÊUTICA Concentração plasmática de fenitoína (mg/l) Dose CT CME Lund, L. in: Biological effects of drugs in relation to their plasma concentration. D.S. Davies and B.N.C. Prichard, Macmillan, London and Basingstoke,1973, pp:

24 VARIABILIDADE INDIVIDUAL FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA

25 VARIABILIDADE FARMACOCINÉTICA Caracterização Fenotípica/Genotípica Evans et al. Br Med J, 1961:

26 VARIABILIDADE FARMACOCINÉTICA Caracterização Fenotípica/Genotípica Diferenças étnicas Kalow Clin Pharmacokinet 1982

27 VARIABILIDADE GENÉTICA GENE Unidade de herdabilidade Uma porção da molécula do DNA Sequência codificante de uma proteína ALELO forma variante de um gene GENES POLIMÓRFICOS variantes alélicas ocorrem em pelo menos 1% da população

28 VARIABILIDADE FARMACOGENÉTICA SNP: Single Nucleotide Polymorphism

29 Single Nucleotide Polymorphism (SNP) DNA AUG CUC GCU GAA AUU UGU ACC UAA Met Leu Ala Glu Ile Cys Thr Stop AUG CUC ACU GAA AUU UGU ACC UAA Proteína Met Leu Thr Glu Ile Cys Thr Stop

30 Proteína Efetora Normal Sem efeito Toxicidade

31 Caso: bebê morre duas semans após nascimento DADOS Bebê apresentava alto nível plasmático de morfina. Leite maternos continha níveis altíssimos de morfina. A mãe havia tomado Tylenol #3 (paracetamol + codeína) após o parto para dor por episiotomia. The Lancet 2006 vol 368, p704

32 Caso: bebê morre duas semans após nascimento RAZÕES Perfil genético materno levou à metabolização ultra-rápida da codeína. Grande quantidade de morfina foi eliminada pelo leite materno. O bebê é incapaz de metabolizar a morfina. The Lancet 2006 vol 368, p704

33 FARMACOGENÉTICA/FARMACOGENÔMICA Pré-Genômica Farmacogenética Farmacogenômica Fármaco Genótipo Genótipo Compara polimorfismos genéticos em grupos fenotípicos Compara fenótipos em grupos genotípicos McLeod e Evans. Annu Rev Pharmacol Toxicol, 2001, 41:

34 META DA FARMACOGENÔMICA Terapia Personalizada Identificar Pacientes pacientes com insensíveis mesmo diagnóstico e hiper-sensíveis

35 Pacientes com mesmo diagnóstico Mudar o medicamento ou a dose Manter o medicamento e a dose-padrão Evans, Johnson. Annu Rev Genomics Hum Genet 2001.

36 "The right medicine to the right person at the right dosage at the right time" --Tommy Thompson, former U.S. Health and Human Services Secretary

37 Janeiro 2001 "Here's my sequence... New Yorker

38 Clinical Pharmacology and Therapeutics 2004, 76: MONO-OXIGENASES DO CITOCROMO P450 CYP2C 20% enzimas P450 nos microssomas hepáticos CYP2C9 Diversos fármacos clinicamente relevantes Anticoagulantes Antiinflamatórios Hipoglicemiantes

39 Figura 1: Localização de cinco polimorfismos CYP2C9 CYP2C9*4 Japonês (Imai e cols., 2000) Lee e cols., 2002

40 Distribuição global CYP2C9*2 CYP2C9*3 Scordo e cols., 2001

41 CORRELAÇÃO ENTRE GENÓTIPO CYP2C9 E METABOLISMO DE TENOXICAM

42 CORRELAÇÃO ENTRE GENÓTIPO CYP2C9 E METABOLISMO DE TENOXICAM

43 Influence of CYP2C9 genotypes on the pharmacokinetics and pharmacodynamics of piroxicam J. A. Perini, R. Vianna-Jorge, A. R. Brogliato and G. Suarez-Kurtz CLINICAL PHARMACOLOGY & THERAPEUTICS [Piroxicam] g.ml ( ) *1/*1 *1/*2 *1/*3 [Sérica TxB ] *1/*1 *1/*2 *1/* Tempo (h) Tempo (h)

44 CYP2C9 genotypes and the quality of anticoagulation control with warfarin therapy among Brazilian patients M. V. Lima, G. S. Ribeiro, E. T. Mesquita, P. R. Victer, R. Vianna-Jorge Incidence of bleeding (%) variant CYP2C9 wild-type CYP2C Time (weeks) Figure 1: Time-course of serious bleeding events according to CYP2C9 genotype. Data correspond to the incidence of first bleeding episodes and are presented as the % number of new events in each genotype group at each time point.

45 ENSAIOS CLÍNICOS: Desafios?

46

47

48 Terapia Personalizada do Câncer Maio 2006

49 VARIABILIDADE FARMACOGENÉTICA CORRELAÇÃO ENTRE FENÓTIPO E GENÓTIPO Atividade da enzima tiopurina-metiltransferase e sensibilidade ao tratamento com tiopurinas

50

51

52 Farmacogenética do Tamoxifeno Metabolismo hepático Jin et al. JNCI 2006

53 Tamoxifeno (profármaco) CYP2D6 Endoxifeno (ativo) Normal Sem efeito Toxicidade

54 Farmacogenética da CYP2D6 Meyer. Nature Review 2004

55 Genótipo CYP2D6 e Concentração de Endoxifeno Jin et al. JNCI 2006

56 Impacto do alelo CYP2D6*4 180 pacientes pós-menopausa após 5 anos de TAM (Goetz et al. 2005)

57 Usando a informação genética para caracterização molecular da doença, para prever o metabolismo de fármacos e estimar o ajuste de doses

58 Medicina Personalizada Biotecnologia + Bioinformática + Genômica + Proteômica + Exames de Imagem + Epidemiologia Clínica +..

59

FARMACOGENÔMICA Alguns exemplos de possível relevância clínica

FARMACOGENÔMICA Alguns exemplos de possível relevância clínica FARMACOGENÔMICA Alguns exemplos de possível relevância clínica Rita de Cássia Elias Estrela Assistente de Pesquisa - Divisão de Farmacologia INCA Professora Substituta de Toxicologia Clínica UFF Doutoranda

Leia mais

Por que fazer pesquisa farmacogenética no Brasil? Rita Estrela Instituto Nacional de Câncer Rio de Janeiro

Por que fazer pesquisa farmacogenética no Brasil? Rita Estrela Instituto Nacional de Câncer Rio de Janeiro Por que fazer pesquisa farmacogenética no Brasil? Rita Estrela Instituto Nacional de Câncer Rio de Janeiro Consumo de medicamentos no Brasil 8,5 milhões km 180 milhões de pessoas Oitavo mercado farmacêutico

Leia mais

A relação entre intensidade / duração do efeito e a dose do fármaco administrada é uma função da sua FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA

A relação entre intensidade / duração do efeito e a dose do fármaco administrada é uma função da sua FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA A relação entre intensidade / duração do efeito e a dose do fármaco administrada é uma função da sua FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA PERDA INTRALUMINAL DISTRIBUIÇÃO P/ OUTROS TECIDOS TOXICIDADE? Dose

Leia mais

domingo, 10 de abril de 2011 Biotransformação

domingo, 10 de abril de 2011 Biotransformação Biotransformação BIOTRANSFORMAÇÃO DOS FARMACOS A maioria das drogas é metabolizada antes da catabolização no organismo. Após as reações de metabolização, todos os compostos formados tendem a ser mais hidrossolúveis

Leia mais

Turma Nutrição - 4º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa

Turma Nutrição - 4º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Turma Nutrição - 4º Termo Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Administração Absorção Fármaco na circulação sistêmica Distribuído Biotransformado Excretado Farmacocinética : O que o organismo faz sobre

Leia mais

FARMACOGENÉTICA. Farmacologia + Genética. Área que estuda a contribuição da constituição genética na variação à resposta a drogas.

FARMACOGENÉTICA. Farmacologia + Genética. Área que estuda a contribuição da constituição genética na variação à resposta a drogas. Farmacogenética FARMACOGENÉTICA Farmacologia + Genética Área que estuda a contribuição da constituição genética na variação à resposta a drogas. O efeito de uma droga em diferentes pessoas raramente é

Leia mais

FARMACOGENÉTICA. Farmacologia + Genética. Área que estuda a contribuição da constituição genética na variação à resposta a drogas.

FARMACOGENÉTICA. Farmacologia + Genética. Área que estuda a contribuição da constituição genética na variação à resposta a drogas. Farmacogenética FARMACOGENÉTICA Farmacologia + Genética Área que estuda a contribuição da constituição genética na variação à resposta a drogas. O efeito de uma droga em diferentes pessoas raramente é

Leia mais

Novas Tecnologias na Genética Humana:

Novas Tecnologias na Genética Humana: Novas Tecnologias na Genética Humana: Avanços e Impactos para a Saúde Maria Celeste Emerick Karla Bernardo Mattoso Montenegro Wim Degrave 2007 Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial

Leia mais

Profa. Dra. Milena Araújo Tonon. Turma Farmácia- 4º Termo

Profa. Dra. Milena Araújo Tonon. Turma Farmácia- 4º Termo Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Turma Farmácia- 4º Termo O que é a distribuição dos fármacos? Passagem de uma droga livre (farmacologicamente ativa) da corrente circulatória para os tecidos A extensão

Leia mais

ANTICOAGULAÇÃO ORAL E INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS. Graça Oliveira S. Imuno-hemoterapia Hospital S. João, Porto

ANTICOAGULAÇÃO ORAL E INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS. Graça Oliveira S. Imuno-hemoterapia Hospital S. João, Porto ANTICOAGULAÇÃO ORAL E INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS Graça Oliveira S. Imuno-hemoterapia Hospital S. João, Porto Anticoagulantes Orais- Antagonistas da vitamina K (AVK) Utilizados há 60 anos Tratamento e prevenção

Leia mais

Tratamento da tuberculose. Interações medicamentosas

Tratamento da tuberculose. Interações medicamentosas Tratamento da tuberculose Interações medicamentosas Apresentaremos um resumo suscinto sobre as possíveis interações medicamentosas de cada fármaco utilizado no esquema básico de tratamento da tuberculose,

Leia mais

FARMACOCINÉTICA CLÍNICA

FARMACOCINÉTICA CLÍNICA FARMACOCINÉTICA CLÍNICA Profa. Dra. Viviani milan vivimilan@uninove.br Farmacocinética Definida como o estudo qualitativo e quantitativo dos processos de: Absorção Distribuição Metabolização Excreção 1

Leia mais

Tem a finalidade de tornar a droga que foi. mais solúveis para que assim possam ser. facilmente eliminadas pelos rins. BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS

Tem a finalidade de tornar a droga que foi. mais solúveis para que assim possam ser. facilmente eliminadas pelos rins. BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS 1 Tem a finalidade de tornar a droga que foi absorvida e distribuída em substâncias mais solúveis para que assim possam ser BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS facilmente eliminadas pelos rins. Se não houvesse

Leia mais

Tem a finalidade de tornar a droga que foi. mais solúveis para que assim possam ser. facilmente eliminadas pelos rins. BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS

Tem a finalidade de tornar a droga que foi. mais solúveis para que assim possam ser. facilmente eliminadas pelos rins. BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS 1 Tem a finalidade de tornar a droga que foi absorvida e distribuída em substâncias mais solúveis para que assim possam ser BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS facilmente eliminadas pelos rins. Se não houvesse

Leia mais

12/04/2017. Profa. Dra. Milena Flória-Santos. Revisão: Genoma, cromossomos e genes. Variabilidade genética e mutações

12/04/2017. Profa. Dra. Milena Flória-Santos. Revisão: Genoma, cromossomos e genes. Variabilidade genética e mutações Genoma Humano Variabilidade genética Profa. Dra. Milena Flória-Santos Mestrandos: Alan Assunção Bruna Bacalá Conteúdos a serem trabalhados Revisão: Genoma, cromossomos e genes Variabilidade genética e

Leia mais

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Turma Fisioterapia - 2º Termo Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Administração Absorção Fármaco na circulação sistêmica Distribuído Biotransformado Excretado Farmacocinética : O que o organismo faz

Leia mais

Figura: indivíduos diferentes que tomam a mesma dose do mesmo medicamento podem responder de forma diferente. Há muito tempo se sabe que pacientes

Figura: indivíduos diferentes que tomam a mesma dose do mesmo medicamento podem responder de forma diferente. Há muito tempo se sabe que pacientes 1 Figura: indivíduos diferentes que tomam a mesma dose do mesmo medicamento podem responder de forma diferente. Há muito tempo se sabe que pacientes tratados com os mais diversos fármacos apresentam variabilidade

Leia mais

Faculdade de Imperatriz FACIMP

Faculdade de Imperatriz FACIMP Faculdade de Imperatriz FACIMP Disciplina: Farmacologia Prof. Dr. Paulo Roberto da Silva Ribeiro 5 o Período de Farmácia e Bioquímica 1 o Semestre de 2007 Prof. Dr. Paulo Roberto 1 FARMACOCINÉTICA PROCESSOS

Leia mais

¾ Entender a importância das propriedades de ADME na ação dos fármacos. ¾ Estudar as propriedades e mecanismos envolvidos em farmacocinética

¾ Entender a importância das propriedades de ADME na ação dos fármacos. ¾ Estudar as propriedades e mecanismos envolvidos em farmacocinética OBJETIVOS UL 12 ¾ Estudar as propriedades dos fármacos ¾ Entender a importância das propriedades de DME na ação dos fármacos ¾ Estudar as propriedades e mecanismos envolvidos em farmacocinética ¾ Modelagem

Leia mais

Mecanismos de destoxificação hepática

Mecanismos de destoxificação hepática BIOQUÍMICA II 2010/2011 Ensino teórico - 1º ano Mestrado Integrado em Medicina 13ª Aula teórica Mecanismos de destoxificação hepática 05-04-2011 Bibliografia Cap. 28 Medical Biochemistry (Baines & Dominiczak),

Leia mais

Licenciatura em Ciências Biomédicas. T1. Conceitos Gerais em Toxicologia

Licenciatura em Ciências Biomédicas. T1. Conceitos Gerais em Toxicologia urso Área Disciplinar icenciatura em iências Biomédicas oxicologia () no lectivo 203/204 Docente ema Duração Mestre Dr. uis Silva Santos. onceitos erais em oxicologia 6 horas () : onceitos gerais em oxicologia

Leia mais

Farmacogenética. Ciência que estuda o efeito das variações genéticas na resposta a medicamentos e outras substâncias

Farmacogenética. Ciência que estuda o efeito das variações genéticas na resposta a medicamentos e outras substâncias Farmacogenética Ciência que estuda o efeito das variações genéticas na resposta a medicamentos e outras substâncias Resposta a medicamentos Remédio + = Remédio + = Remédio + = Causas de variabilidade individual

Leia mais

TOXICOCINÉTICA TOXICOCINÉTICA TOXICOLOGIA -TOXICOCINÉTICA

TOXICOCINÉTICA TOXICOCINÉTICA TOXICOLOGIA -TOXICOCINÉTICA TOXICOLOGIA - Profa. Verônica Rodrigues FARMACÊUTICA INDUSTRIAL - UFRJ MESTRE EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS - UFRJ EX-DOCENTE - UNIPLI EX-PERITA LEGISTA - TOXICOLOGISTA - PCERJ PESQUISADORA EM PROPRIEDADE

Leia mais

TOXICOLOGIA -TOXICOCINÉTICA. Profa. Verônica Rodrigues

TOXICOLOGIA -TOXICOCINÉTICA. Profa. Verônica Rodrigues TOXICOLOGIA -TOXICOCINÉTICA Profa. Verônica Rodrigues FARMACÊUTICA INDUSTRIAL - UFRJ MESTRE EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS - UFRJ EX-DOCENTE - UNIPLI EX-PERITA LEGISTA - TOXICOLOGISTA - PCERJ PESQUISADORA EM

Leia mais

Interacções medicamentosas

Interacções medicamentosas Interacções medicamentosas INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS PODEM SER: Desejadas Aumento da eficácia / efectividade Aumento da segurança Não desejadas Diminuição da eficácia / efectividade Menor segurança Podem

Leia mais

SEMINÁRIOS DE FARMACOLOGIA I BMF-222

SEMINÁRIOS DE FARMACOLOGIA I BMF-222 LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA BIOQUÍMICA E MOLECULAR - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO -RIO DE JANEIRO - RJ - CEP: 21941-912 Av. Carlos

Leia mais

tica/genômica Farmacogenética/ Resposta a medicamentos Farmacogenômica Farmacogenômica O futuro com a terapia individualizada Metabolismo e eliminação

tica/genômica Farmacogenética/ Resposta a medicamentos Farmacogenômica Farmacogenômica O futuro com a terapia individualizada Metabolismo e eliminação 1º Simpósio Dr. Verner Willrich de Medicina Laboratorial Farmacogenética/ tica/genômica Farmacogenômica G. Mendel 1822-1884 Watson & Crick 1953 Terapia Personalizada Novos Fármacos (genômica) O futuro

Leia mais

REAÇÕES DE BIOTRANSFORMAÇÃO BIOTRANSFORMAÇÃO E EXCREÇÃO I) REAÇÕES DE FASE I. 1 Reações de. 2 Reações de. Rogério Cardoso de Castro

REAÇÕES DE BIOTRANSFORMAÇÃO BIOTRANSFORMAÇÃO E EXCREÇÃO I) REAÇÕES DE FASE I. 1 Reações de. 2 Reações de. Rogério Cardoso de Castro BIOTRANSFORMAÇÃO E EXCREÇÃO REAÇÕES DE BIOTRANSFORMAÇÃO I) REAÇÕES DE FASE I 1 Reações de Rogério Cardoso de Castro 2 Reações de São catalisadas pelo Principais reações de óxido-redução 2.1 2.2 SISTEMA

Leia mais

FARMACOCINÉTICA DISTRIBUIÇÃO:

FARMACOCINÉTICA DISTRIBUIÇÃO: FARMACOCINÉTICA DISTRIBUIÇÃO: Corresponde ao processo de repartição do medicamento no conjunto dos tecidos e órgãos, a quantidade a ser distribuída depende da biodisponibilidade. Profa. Dra. Fabiana Gatti

Leia mais

Tratamento da dor em doentes com insuficiência hepática crónica

Tratamento da dor em doentes com insuficiência hepática crónica Controlo de sintomas Tratamento da dor em doentes com insuficiência hepática crónica Introdução Nos doentes com insuficiência hepática os analgésicos podem causar efeitos indesejáveis, por vezes graves.

Leia mais

Mikaelle Paiva dos Santos FAMED-UFC LAGG-CE

Mikaelle Paiva dos Santos FAMED-UFC LAGG-CE Mikaelle Paiva dos Santos FAMED-UFC LAGG-CE 2012.2 Introdução Aumento da frequência de doenças crônicas com a idade Idosos estão particularmente expostos aos efeitos colaterais de medicamentos A idade

Leia mais

Parecer do Grupo de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Grupo de Avaliação de Tecnologias em Saúde 19/07

Parecer do Grupo de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Grupo de Avaliação de Tecnologias em Saúde 19/07 Parecer do Grupo de Avaliação de Tecnologias em Saúde GATS 19/07 Tema: Pantoprazol 1 I Data: 20/06/2007 II Responsáveis Técnicos: Sandra de Oliveira Sapori Avelar, Célia Maria da Silva, Christiane Guilherme

Leia mais

Classificando as crises epilépticas para a programação terapêutica Farmacocinética dos fármacos antiepilépticos... 35

Classificando as crises epilépticas para a programação terapêutica Farmacocinética dos fármacos antiepilépticos... 35 Índice Parte 1 - Bases para a terapêutica com fármacos antiepilépticos Classificando as crises epilépticas para a programação terapêutica... 19 Classificação das Crises Epilépticas (1981)... 20 Classificação

Leia mais

Pharmacokinetic properties in drug discovery. Prof. Dr. Andrei Leitão

Pharmacokinetic properties in drug discovery. Prof. Dr. Andrei Leitão Pharmacokinetic properties in drug discovery Prof. Dr. Andrei Leitão A farmacocinética Farmacocinética Farmacodinâmica ADME A: absorção D: distribuição M: metabolismo E: excreção 2 A janela terapêutica

Leia mais

CIÊNCIAS ÔMICAS. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Departamento de Medicina Veterinária

CIÊNCIAS ÔMICAS. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Departamento de Medicina Veterinária UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Departamento de Medicina Veterinária CIÊNCIAS ÔMICAS Pâmela A. Alexandre Zootecnista, MSc. Doutoranda em Biociência Animal Descoberta

Leia mais

Aula teórica Farmacocinética continuação c) Metabolização. d) Eliminação.

Aula teórica Farmacocinética continuação c) Metabolização. d) Eliminação. Aula teórica Farmacocinética continuação c) Metabolização. Metabolização dos fármacos para aumentar a sua eliminação; fármacos lipossolúveis transformados em metabolitos hidrossolúveis. Enzimas de fase

Leia mais

Perfil farmacogenético da população do Algarve: resultados do estudo piloto do Inquérito Europeu de Saúde com Exame Físico

Perfil farmacogenético da população do Algarve: resultados do estudo piloto do Inquérito Europeu de Saúde com Exame Físico Perfil farmacogenético da população do Algarve: resultados do estudo piloto do Inquérito Europeu de Saúde com Exame Físico Vânia Gaio Departamento de Epidemiologia Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo

Leia mais

correspondente se desliga das proteínas. O complexo Fármaco-proteína age como reservatório temporário na c/c.

correspondente se desliga das proteínas. O complexo Fármaco-proteína age como reservatório temporário na c/c. Alta proporção de ligação do fármaco (por ex. 90%) às proteínas plasmáticas, não significa que somente 10% do fármaco circulante terão acesso aos tecidos, pois quando parte da fração livre abandona o plasma,

Leia mais

FARMACOLOGIA CLÍNICA

FARMACOLOGIA CLÍNICA FARMACOLOGIA CLÍNICA Objetivos da aula Variabilidade de resposta ao medicamento; Princípios de monitoração da concentração terapêutica; Ajustes do regime terapêutico em condições especiais; Farmacologia

Leia mais

FARMACOCINÉTICA. Prof. Glesley Vito Lima Lemos

FARMACOCINÉTICA. Prof. Glesley Vito Lima Lemos FARMACOCINÉTICA Prof. Glesley Vito Lima Lemos (glesleyvito@hotmail.com) RESPOSTA TERAPÊUTICA Fase Farmacêutica MEDICAMENTO Liberação do princípio ativo da formulação Interação Fármaco Sítio alvo Fase Farmacodinâmica

Leia mais

Nutrigenômica x Nutrigenética - doenças relacionadas

Nutrigenômica x Nutrigenética - doenças relacionadas Nutrigenômica x Nutrigenética - doenças relacionadas Início Projeto Genoma Humano 20.000 genes (120.000 inicialmente estimados) Diversidade nucleotídica: 0,1 a 0,4% pares de base correspondente a aproximadamente

Leia mais

Farmacologia Básica. Prof. MSc. Matheus Santos de Sá

Farmacologia Básica. Prof. MSc. Matheus Santos de Sá Farmacologia Básica Prof. MSc. Matheus Santos de Sá matheus.sa1@gmail.com Farmacologia como ciência Farmacologia Farmacodinâmica Farmacocinética Farmacogenômica Química Farmacêutica Toxicologia Terapêutica

Leia mais

SEMINÁRIOS DE FARMACOLOGIA I BMF- 310

SEMINÁRIOS DE FARMACOLOGIA I BMF- 310 LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA BIOQUÍMICA E MOLECULAR - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO -RIO DE JANEIRO - RJ - CEP: 21941-912 Av. Carlos

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ALGARVE. Citocromo P450 2D6: Variabilidade na terapêutica e na predisposição para patologias

UNIVERSIDADE DO ALGARVE. Citocromo P450 2D6: Variabilidade na terapêutica e na predisposição para patologias UNIVERSIDADE DO ALGARVE Citocromo P450 2D6: Variabilidade na terapêutica e na predisposição para patologias Marta Raquel Rocha Inês Dissertação para a obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas

Leia mais

Licenciatura em Ciências da Saúde

Licenciatura em Ciências da Saúde Licenciatura em Ciências da Saúde Gené4ca Humana 3º Ano 1º Semestre 2013-2014 ORGANIZAÇÃO E SEGURANÇA Grupos de dois alunos Bata, luvas, caderno de laboratório Caneta, lápis, marcador de acetato PLANO

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS AULA 1. Renata Loretti Ribeiro Ana Gabriela Trujilho Cancian Enfermeira

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS AULA 1. Renata Loretti Ribeiro Ana Gabriela Trujilho Cancian Enfermeira ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS AULA 1 Renata Loretti Ribeiro Ana Gabriela Trujilho Cancian Enfermeira INTRODUÇÃO É uma das maiores responsabilidades atribuídas ao profissional de enfermagem. Qualquer erro,

Leia mais

SOBRE MIM... Graduação em nutrição em 2010 pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE UNICENTRO

SOBRE MIM... Graduação em nutrição em 2010 pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE UNICENTRO SOBRE MIM... Graduação em nutrição em 2010 pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE UNICENTRO Pós graduada em Nutrição Clínica Funcional Unicsul/VP em 2014 Aluna de Mestrado na Universidade Federal de

Leia mais

Fármacos classificados na categoria X (xis) do FDA são contraindicados. Afirmativa correta. São fármacos de alto risco para o feto.

Fármacos classificados na categoria X (xis) do FDA são contraindicados. Afirmativa correta. São fármacos de alto risco para o feto. 1. Assinale a afirmativa incorreta: O uso de ieca para tratamento da hipertensão na gestante não apresenta riscos ao feto. Afirmativa incorreta. Os ieca são fármacos desaconselhados no tratamento da hipertensão

Leia mais

Farmacogenética e Farmacogenómica

Farmacogenética e Farmacogenómica Farmacogenética e Farmacogenómica Pedro Fernandes Instituto Gulbenkian de Ciência Oeiras, Portugal 07-12 12-20062006 LEBM - Bioinformática 1 Áreas de aplicação da Bioinformática Agricultura Indústria Alimentar

Leia mais

Objetivos. Farmacocinética. Farmacocinética. Princípios Farmacocinéticos

Objetivos. Farmacocinética. Farmacocinética. Princípios Farmacocinéticos Objetivos Princípios Farmacocinéticos Marcos Moreira Absorção, distribuição, metabolismo e excreção de fármacos. Metabolismo de primeira passagem. Meia-vida plasmática. Concentração no estado de equilíbrio.

Leia mais

CLORIDRATO DE ONDANSETRONA dih 2 O

CLORIDRATO DE ONDANSETRONA dih 2 O CLORIDRATO DE ONDANSETRONA dih 2 O Classificação: Antiemético Fórmula Estrutural da ondansetrona: O N N N H 3 C CH 3 Fórmula Molecular: C 18 H 19 N 3 O.HCl.2H 2 O Peso Molecular: 365.85 g/ mol DCB: 09418

Leia mais

Site:

Site: Código Genético É o conjunto dos genes humanos. Neste material genético está contida toda a informação para a construção e funcionamento do organismo humano. Este código está contido em cada uma das nossas

Leia mais

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA GISELE DAMIAN ANTONIO

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA GISELE DAMIAN ANTONIO apresentam INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA GISELE DAMIAN ANTONIO Farmacêutica-homeopata, acupunturista e doutora em Saúde Coletiva Conceitos básicos Fármaco Substância química conhecida e de estrutura química

Leia mais

Farmacoterapia aplicada em grupos alvo. Profa. Fernanda Datti

Farmacoterapia aplicada em grupos alvo. Profa. Fernanda Datti armacoterapia aplicada em grupos alvo Profa. ernanda Datti atores associados com variação na resposta farmacológica Idade Gravidez Doença Idade Recém-nascidos: menos de 1 mês Bebês: 1 mês a 1 ano. Crianças:

Leia mais

Conjugar a farmacogenética e a monitorização terapêutica de fármacos - uma estratégia na otimização e individualização da farmacoterapia

Conjugar a farmacogenética e a monitorização terapêutica de fármacos - uma estratégia na otimização e individualização da farmacoterapia Sara Sofia Gomes Quaresma Conjugar a farmacogenética e a monitorização terapêutica de fármacos - uma estratégia na otimização e individualização da farmacoterapia Monografia realizada no âmbito da unidade

Leia mais

Corpos cetônicos. Quais são? A partir de qual composto se formam? Como se formam? Quando se formam? Efeitos de corpos cetônicos elevados?

Corpos cetônicos. Quais são? A partir de qual composto se formam? Como se formam? Quando se formam? Efeitos de corpos cetônicos elevados? Corpos cetônicos Quais são? A partir de qual composto se formam? Como se formam? Quando se formam? Efeitos de corpos cetônicos elevados? Importante saber!!!!!!!!!!!! A partir de qual composto se formam?

Leia mais

Professora Priscila F Binatto

Professora Priscila F Binatto Professora Priscila F Binatto Característica 5 3 AUTODUPLICAÇÃO (Replicação) Ocorre em presença da enzima DNA polimerase Molécula DNA As pontes de hidrogênio se rompem H Nucleotídeos LIVRES encaixam se

Leia mais

QUÍMICA MEDICINAL. Em temos etimológicos pode considerar-se um ramo da farmacologia (de pharmakon + logos = estudo dos fármacos).

QUÍMICA MEDICINAL. Em temos etimológicos pode considerar-se um ramo da farmacologia (de pharmakon + logos = estudo dos fármacos). QUÍMICA MEDICINAL Sentido prospectivo envolve o planeamento e produção de compostos que podem ser usados em medicina para a prevenção, tratamento e/ou cura de doenças humanas ou de animais. Em temos etimológicos

Leia mais

OBJETIVOS AULA 10. Aula Prática #4. Turma 1 11/05. Turma 2 18/05. Local : Sala 210 Horário: 14-18h

OBJETIVOS AULA 10. Aula Prática #4. Turma 1 11/05. Turma 2 18/05. Local : Sala 210 Horário: 14-18h OBJETIVOS UL 10 Estudar as propriedades dos fármacos Entender a importância das propriedades de DME na ação dos fármacos Estudar as propriedades e mecanismos envolvidos em farmacocinética Modelagem Molecular

Leia mais

I Curso de Pós-graduação e Atualização em Genética Humana

I Curso de Pós-graduação e Atualização em Genética Humana I Curso de Pós-graduação e Atualização em Genética Humana Calendarização O curso será realizado em dois módulos. O 1º módulo terá inicio nos dias 30 de junho e 1 de julho de 2017 e o 2º módulo nos dias

Leia mais

Farmacodinamia. Estudo dos mecanismos de acção e efeitos dos fármacos

Farmacodinamia. Estudo dos mecanismos de acção e efeitos dos fármacos Sumário Farmacodinamia. Conceito de receptor. Afinidade e eficácia; constantes de afinidade. Tipos e subtipos de receptores. Mecanismos transductores / efectores; família da proteína G, receptores ligados

Leia mais

Biotecnologia Geral TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO

Biotecnologia Geral TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO Biotecnologia Geral TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO DNA Replicação DNA Trasncrição Reversa Transcrição RNA Tradução Proteína Transcrição É o processo pelo qual uma molécula de RNA é sintetizada a partir da informação

Leia mais

A noradrenalina (norepinefrina) Interações: iônica (-NH 3+ ); Lig. H (-OH ligada ao C benzílico); Lig. H (-OHs fenólicas); vdw (anel Aromático)

A noradrenalina (norepinefrina) Interações: iônica (-NH 3+ ); Lig. H (-OH ligada ao C benzílico); Lig. H (-OHs fenólicas); vdw (anel Aromático) 1. Qual das estruturas abaixo é o mensageiro químico natural do receptor adrenérgico? Mostre as interações deste neurotransmissor com o sítio de ligação no receptor adrenérgico. A noradrenalina (norepinefrina)

Leia mais

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E DO SONO. Marco Aurelio Soares Jorge

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E DO SONO. Marco Aurelio Soares Jorge TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E DO SONO Marco Aurelio Soares Jorge Transtornos de Ansiedade Os transtornos ansiosos se caracterizam pelos sintomas de ansiedade e comportamento de evitação, incluindo transtorno

Leia mais

METABOLISMO E EXCREÇÃO DOS FÁRMACOSF. Dep. de Fisiologia e Farmacologia Universidade Federal do Ceará. Introdução

METABOLISMO E EXCREÇÃO DOS FÁRMACOSF. Dep. de Fisiologia e Farmacologia Universidade Federal do Ceará. Introdução METABOLISMO E EXCREÇÃO DOS FÁRMACOSF Prof a. Janaina Serra Azul Monteiro Evangelista Dep. de Fisiologia e Farmacologia Universidade Federal do Ceará Introdução Farmacologia: : estuda as interações entre

Leia mais

A partir destas curvas, assinale a alternativa CORRETA:

A partir destas curvas, assinale a alternativa CORRETA: 1. (SES Paraíba, 2007 Fundação FAPERP) As curvas A, B e C representam o perfil da concentração plasmática de diferentes fármacos em função do tempo após a administração em dose única por diferentes vias

Leia mais

AVC Sangramento Estratificar os riscos de AVC e de Sangramento maior EHRA/ESC Position Paper : Lip GYH et al. Europace 2011;13:723 746. Reações Adversas à Warfarina Tromboprofilaxia

Leia mais

os antirretrovirais. O que devemos saber? Thor Dantas Universidade Federal do Acre UFAC Secretaria de Estado de Saúde do Acre - SESACRE

os antirretrovirais. O que devemos saber? Thor Dantas Universidade Federal do Acre UFAC Secretaria de Estado de Saúde do Acre - SESACRE DAA e interações medicamentosas com os antirretrovirais. O que devemos saber? Thor Dantas Universidade Federal do Acre UFAC Secretaria de Estado de Saúde do Acre - SESACRE Conflito de interesses Pesquisa

Leia mais

Comparação da informação farmacogenética de metabolizadores CYP polimórficos entre US labels e RCMs

Comparação da informação farmacogenética de metabolizadores CYP polimórficos entre US labels e RCMs UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE FARMÁCIA Comparação da informação farmacogenética de metabolizadores CYP polimórficos entre US labels e RCMs Andreia Daniela dos Santos Rodrigues Dissertação Mestrado

Leia mais

Impacto do Amplichip CYP 450 na farmacologia: perspectiva do medicamento personalizado.

Impacto do Amplichip CYP 450 na farmacologia: perspectiva do medicamento personalizado. Impacto do Amplichip CYP 450 na farmacologia: perspectiva do medicamento personalizado. Carla Regina Blanski Rodrigues (UFTPR) carlarbr@hotmail.com Luciano Scandelari (UFTPR) luciano@cefetpr.br Resumo

Leia mais

Cumarínicos. Exposições a Raticidas Legais

Cumarínicos. Exposições a Raticidas Legais Exposições a Raticidas Legais Sony Itho 2016 Introdução Raticida perfeito: Eficaz na eliminação dos ratos Sem efeitos indesejáveis para humanos 1940:derivados cumarínicos Década de 70: superwarfarins Hoje,

Leia mais

FÁRMACO. Fármacos X Drogas. Caráter ilícito. Substância química com efeito psicotrópico que pode levar o usuário à dependência física e/ou psíquica.

FÁRMACO. Fármacos X Drogas. Caráter ilícito. Substância química com efeito psicotrópico que pode levar o usuário à dependência física e/ou psíquica. Fármacos X Drogas UL 1 Caráter ilícito Substância química com efeito psicotrópico que pode levar o usuário à dependência física e/ou psíquica Substância química (molécula) que constitui o princípio ativo

Leia mais

1. Assinale a afirmativa incorreta:

1. Assinale a afirmativa incorreta: 1. Assinale a afirmativa incorreta: As doses de medicamentos a serem administrados a pacientes pediátricos, podem ser calculadas pela extrapolação da dose para o adulto. Afirmativa incorreta. A dose a

Leia mais

INTERFERÊNCIA DE MEDICAMENTOS EM EXAMES LABORATORIAIS DO PERFIL GLICÍDICO

INTERFERÊNCIA DE MEDICAMENTOS EM EXAMES LABORATORIAIS DO PERFIL GLICÍDICO INTERFERÊNCIA DE MEDICAMENTOS EM EXAMES LABORATORIAIS DO PERFIL GLICÍDICO Válter Luiz da Costa Junior Farmacêutico MEDICAMENTOS Importante fonte de variação nos resultados de exames laboratoriais; Nem

Leia mais

CIMETIDINE. Antagonista dos receptores H2 da histamina, antiulceroso, inibidor da secreção ácida gástrica

CIMETIDINE. Antagonista dos receptores H2 da histamina, antiulceroso, inibidor da secreção ácida gástrica CIMETIDINE Antagonista dos receptores H2 da histamina, antiulceroso, inibidor da secreção ácida gástrica Descrição A cimetidine é indicada para o alívio sintomático, prevenção e tratamento através da redução

Leia mais

Uso de marcadores moleculares na produção animal

Uso de marcadores moleculares na produção animal Uso de marcadores moleculares na produção animal Miguel H.A. Santana mhasantana@usp.br Genética Básica (ZAB 1304) Terça-feira, 22 de Novembro 2016 Roteiro O que são? Histórico Marcadores moleculares SNPs

Leia mais

CAROLINA MARTINS DO PRADO

CAROLINA MARTINS DO PRADO CAROLINA MARTINS DO PRADO Desenvolvimento de metodologia para a determinação dos genótipos principais dos genes CYP2D6, CYP2C19 e CYP2C9: aplicação na Farmacogenética Dissertação apresentada ao Programa

Leia mais

A Célula Humana. Disciplina: Anatomia e Fisiologia. Samara Cristina Ferreira Machado. Programa Nacional de Formação em Radioterapia

A Célula Humana. Disciplina: Anatomia e Fisiologia. Samara Cristina Ferreira Machado. Programa Nacional de Formação em Radioterapia Disciplina: Anatomia e Fisiologia A Célula Humana Samara Cristina Ferreira Machado Programa Nacional de Formação em Radioterapia Abordagem Celular - Estrutura Celular - Função Celular - Ciclo Celular Estrutura

Leia mais

SUCRALFATO. Indicações. Lesões da mucosa do trato gastrointestinal. Doenças ácido-pépticas;

SUCRALFATO. Indicações. Lesões da mucosa do trato gastrointestinal. Doenças ácido-pépticas; SUCRALFATO Descrição Sucralfato é destinado ao tratamento da úlcera duodenal, úlcera gástrica e gastrite crônica. Sucralfato tem efeito citoprotetor devido à sua característica polianiônica. O sucralfato

Leia mais

Recursos Genéticos Vegetais

Recursos Genéticos Vegetais Recursos Genéticos Vegetais Caracterização x Avaliação Caracterização Alta herdabilidade Pouca influência ambiental Avaliação Baixa herdabilidade Muita influência ambiental Caracterização: Caracterização

Leia mais

1 o. Semestre de CALENDÁRIO e PROGRAMA FARMACOLOGIA BÁSICA. BMF-0313 CIÊNCIAS BIOMÉDICAS - 1º Semestre de 2015

1 o. Semestre de CALENDÁRIO e PROGRAMA FARMACOLOGIA BÁSICA. BMF-0313 CIÊNCIAS BIOMÉDICAS - 1º Semestre de 2015 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS BMF 0313: FARMACOLOGIA BÁSICA CIÊNCIAS BIOMÉDICAS 1 o. Semestre de 2015 CALENDÁRIO e PROGRAMA FARMACOLOGIA BÁSICA BMF-0313 CIÊNCIAS BIOMÉDICAS

Leia mais

CIÊNCIAS ÔMICAS. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Departamento de Medicina Veterinária

CIÊNCIAS ÔMICAS. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Departamento de Medicina Veterinária UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Departamento de Medicina Veterinária CIÊNCIAS ÔMICAS Pâmela A. Alexandre Zootecnista, MSc. Doutoranda em Biociência Animal Descoberta

Leia mais

Universidade Federal Fluminense Farmacologia dos Antibióticos Prof. Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança. Cloranfenicol

Universidade Federal Fluminense Farmacologia dos Antibióticos Prof. Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança. Cloranfenicol Universidade Federal Fluminense Farmacologia dos Antibióticos Prof. Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança Cloranfenicol Objetivo deste material didático é promover uma introdução ao estudo de farmacologia,

Leia mais

Porto Alegre/RS

Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Carlos Isaia Filho LTDA. A Pesquisa Clinica e suas Fases Carlos Isaia Filho Unidade de Pesquisa Clínica CMR Da Molécula ao Mercado. Aproximadamente

Leia mais

Samyr Coradini Lopes Acadêmico de Medicina 3º Período Monitor de Genética/2015 Orientadora: profª. Dra. Cibele Veloso Rodrigues

Samyr Coradini Lopes Acadêmico de Medicina 3º Período Monitor de Genética/2015 Orientadora: profª. Dra. Cibele Veloso Rodrigues Samyr Coradini Lopes Acadêmico de Medicina 3º Período Monitor de Genética/2015 Orientadora: profª. Dra. Cibele Veloso Rodrigues A descoberta do DNA e o projeto genoma. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo,

Leia mais

Corpos cetônicos e Biossíntese de Triacilglicerois

Corpos cetônicos e Biossíntese de Triacilglicerois Corpos cetônicos e Biossíntese de Triacilglicerois Formação de Corpos Cetônicos Precursor: Acetil-CoA Importante saber!!!!!!!!!!!! http://bloglowcarb.blogspot.com.br/2011/06/o-que-acontece-com-os-lipidios.html

Leia mais

Da Administração Oral. Ao Efeito Terapêutico

Da Administração Oral. Ao Efeito Terapêutico Medicamento Da Administração Oral Administração Ao Efeito Terapêutico Desintegração Desagregação Dissolução ETAPA BIOFARMACÊUTICA Fármaco em solução Absorção Distribuição Eliminação FARMACOCINÉTICA Fármaco

Leia mais

FACULDADE FARMACOLOGIA GERAL. Professor Marcus Vinícius Dias de Oliveira

FACULDADE FARMACOLOGIA GERAL. Professor Marcus Vinícius Dias de Oliveira FACULDADE FARMACOLOGIA GERAL Professor Marcus Vinícius Dias de Oliveira FARMACOLOGIA Estuda as substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos químicos, ligando-se a moléculas reguladoras

Leia mais

IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES QUE UTILIZAM VARFARINA

IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES QUE UTILIZAM VARFARINA IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES QUE UTILIZAM VARFARINA Sandra Navarro Ferro, Suleimy Marinho Fernandes, Stela Ramirez de Oliveira Faculdade Alfredo Nasser sandra.tecpav@gmail.com

Leia mais

Universidade estadual do Sudoeste da Bahia Projeto de Extensão Farmacocinética Aplicada a Clínica. Parâmetros Farmacocinéticos

Universidade estadual do Sudoeste da Bahia Projeto de Extensão Farmacocinética Aplicada a Clínica. Parâmetros Farmacocinéticos Universidade estadual do Sudoeste da Bahia Projeto de Extensão Farmacocinética Aplicada a Clínica Parâmetros Farmacocinéticos Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor

Leia mais

2 - Biodisponibilidade. Biodisponibilidade Velocidade e extensão de absorção de um fármaco a partir de uma forma de administração

2 - Biodisponibilidade. Biodisponibilidade Velocidade e extensão de absorção de um fármaco a partir de uma forma de administração 2 - Biodisponibilidade TOXICOCINÉTICA Biodisponibilidade Velocidade e extensão de absorção de um fármaco a partir de uma forma de administração Fator de Biodisponibilidade (F) Fração da dose administrada

Leia mais

Eliminação de fármacos

Eliminação de fármacos Eliminação de fármacos Eliminação Introdução Perda irreversível de substâncias; Ocorre por 2 processos: Metabolismo Excreção 1 Principais vias de eliminação As principais vias de eliminação são: Rins;

Leia mais

MAPA II POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS. Leu Ile Lys Phe. Gly Ala Ser Cys. Fosfoenolpiruvato (3) Piruvato (3)

MAPA II POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS. Leu Ile Lys Phe. Gly Ala Ser Cys. Fosfoenolpiruvato (3) Piruvato (3) Ciclo de Krebs MAPA II POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS Fosfoenolpiruvato (3) Asp Gly Ala Ser Cys Leu Ile Lys Phe Glu Piruvato (3) CO 2 Acetil-CoA (2) CO 2 Oxaloacetato

Leia mais

OBJETIVOS BIBLIOGRAFIA ENZIMAS E INIBIDORES ENZIMÁTICOS

OBJETIVOS BIBLIOGRAFIA ENZIMAS E INIBIDORES ENZIMÁTICOS OBJETIVOS Enzimas: Funções, Nomenclatura e Propriedades Fundamentos da Cinética Enzimática Cinética Enzimática: Michaelis-Menten Ensaios Cinéticos: Padronização e Validação Parâmetros Cinéticos: vo, KM,

Leia mais

Everson Nogoceke, PhD Molecular Medicine Laboratories

Everson Nogoceke, PhD Molecular Medicine Laboratories Farmacogenética, biomarcadores e medicina personalizada - Um desafio comum para a indústria, médicos e reguladores Everson Nogoceke, PhD Molecular Medicine Laboratories 1 Pauta O que é a Terapia Personalizada?

Leia mais

Cinética enzimática. Cinética enzimática. Cinética enzimática 20/03/2012. Classificação sistemática das enzimas

Cinética enzimática. Cinética enzimática. Cinética enzimática 20/03/2012. Classificação sistemática das enzimas Processo enzimático mais antigo conhecido é o da fermentação da glicose até etanol leveduras. (Pasteur, 1850). Enzima grego na levedura (Pasteur, 1877). Isolamento de todas as enzimas associadas a fermentação

Leia mais

Estratégias para a identificação de alvos para a quimioterapia antiparasitária

Estratégias para a identificação de alvos para a quimioterapia antiparasitária Estratégias para a identificação de alvos para a quimioterapia antiparasitária Qual é importância do desenvolvimento de quimioterápicos para o controle de doenças parasitárias? Desenvolvimento de novas

Leia mais

Marcadores Moleculares

Marcadores Moleculares Marcadores Moleculares Marcadores Moleculares Marcadores Genéticos Características polimórficas: marcadores de variabilidade genética entre indivíduos, populações, espécies e taxons superiores. Marcadores

Leia mais

Dra Lídia Moreira Lima Professora Associada, LASSBio-UFRJ. Lima, L M

Dra Lídia Moreira Lima Professora Associada, LASSBio-UFRJ. Lima, L M Dra Lídia Moreira Lima Professora Associada, LABio-UFRJ Lima, L M Metabolismo de Fármacos: Conjunto de transformações química, catalisadas por enzimas, introduzidas na estrutura de xenobióticos (e.g.

Leia mais