Avaliação da Aptidão Cardiorrespiratória
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- Henrique Machado Ávila
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1 Avaliação da Aptidão Cardiorrespiratória
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3 VO2 Máximo Depende do estado funcional do sistema respiratório, cardiovascular e dos músculos esquelé>cos É um indicador do estado de saúde: Baixos níveis de VO2 estão associados à morte prematura por todas as causas, especialmente por doenças cardiovasculares Elevados níveis de VO2 reduzem o risco de morte por todas as causas VO2 elevado está associado a elevados níveis de AF (relacionados com muitos benelcios sobre a saúde)
4 Conceito de VO2máx É a medida critério da ap>dão cardiorrespiratória Indica a capacidade do sistema cardiovascular em transportar O2 para os músculos a>vos VO2máx: DC x Dif (A- V O2) DC: Débito Cardíaco (litros de sangue/min)- CENTRAL Dif (A- V O2): Diferença Artero- Venosa de O2 (ml O2/l sangue)- PERIFÉRICO
5 Métodos de Avaliação do VO2máx Direto: espirometria Medição do oxigénio consumido e do CO2 produzido Indireto: Es>mar o VO2 através de indicadores como a distância percorrida, duração de teste e Frequência Cardíaca,...
6 Métodos de Avaliação do VO2máx Máximo: Até a exaustão (fadiga) Podem requerer presença médica e equipamentos de emergência (desfibrilador) Submáximo: Até a>ngir determinados parâmetros fisiológicos (ex. 80% da FC máxima teórica) Frequentes em ambientes de ginásios (segurança) Obje>vo: usar os resultados para es>mar o VO2máx Sugere- se a u>lização de outros indicadores (FC, TA, workload, escala subje>va de esforço e outras informações sobre a resposta funcional Estas informações podem ser usadas para avaliar as respostas submáximas ao longo do tempo no ambiente de treino A escolha depende das razões da realização do teste, recursos Lsicos e humanos (técnicos)
7 Métodos de Avaliação do VO2máx As es>ma>vas do VO2 a par>r da FC num teste submáximo são baseadas nas seguintes afirmações: O steady- state da FC é ob>da para cada patamar de trabalho e é consistente nos diferentes dias de treino A relação entre FC e Patamar de trabalho é linear A carga de trabalho máxima é indicador do VO2máx Os sujeitos não usam medicamentos que alteram a FC
8 Métodos de Avaliação Testes de Campo: Teste de Cooper (12 minutos) 1,5 Mille (2,41 km) Rockport One- Mile Fitness Test 6- minute walk Testes em Passadeira: Caminhada de 3 km Testes em Cicloergómetros: Astrand- Rhyming test YMCA Testes do degrau (step- test): Chester step test
9 Cooper 12 min Teste de corrida/caminhada durante 12 minutos População alvo: Pessoas com condicionamento elevado (atletas) Ambos os sexos Metodologia: o avaliado deve correr ou caminhar sem interrupção o tempo de 12 minutos Será registada a distância percorrida nesse tempo e aplicada a fórmula: VO2máx. = (D - 504) / 45 D = distância percorrida em metros Exemplo: Distância percorrida = 3000 metros VO2máx ml(kg.min)- 1 = ( )/45 = 55,47
10 Astrand- Rhyming Equipamento necessário: bicicleta, frequência cardíaca e relógio Duração de 6 min (+ 3 ou 4 min) Velocidade de pedalada: 50 rpm Resistência oferecida: ajustar de acordo com a idade (1 o min de aquecimento = 75w) O obje>vo é obter valores de frequência cardíaca entre 125 e 170 bpm Registrar a medida no final do minuto nº 5 e 6 (steady- state) A média da FC destes 2 minutos é usada para es>mar o VO2 a parir do nomograma
11 A carga selecionada deve elevar a FC entre bpm Se após 2 minutos de pedalada a FC não es>ver na zona recomendada, deve- se ajustar a carga em 25 waqs Deve- se mul>plicar o valor do VO2 por 1000 e dividir pelo peso corporal (kg) para determinar o VO2 máximo rela>vo Idade Homens Mulheres Menos de 35 anos Entre 35 e Mais de
12 Exemplo: Mulher; Peso: 66 kg FC no últimos 2 minutos: 152 bpm Potência: 300 watts VO2máx, L: 1,9 (absoluto) VO2máx relativo: 1,9 x 1000 /peso corporal 28,78 ml de O2/kg
13 Protocolo de Caminha 3Km População Alvo: idosos, obesos, indivíduos pós cirurgia e pacientes cardíacos (indivíduos de baixa ap>dão- VO2máx inferior a 30 ml/kg/ min Metodologia: Caminhar sempre no plano horizontal a distância de 3 km (Leite, 1985) VO2máx= 0,35 x (Velocidade média em km/h) 2 + 7,4 ml (kg.min )- 1 Exemplo: Peso = 58 kg, mulher, tempo gasto= 27 minutos Uniformizar Unidades: 3 km = 3000 m 27 = 111,11 m/min x 60 = = 6,66 km/h VO2máx ml(kg.min)- 1 = 0,35 x (6,66)² + 7,4 = 22,92 ml (kg.min)- 1
14 Chester Step Test Material: Monitor de frequência cardíaca Step Cadência (música) Ajustar a altura do step de acordo com a idade e o nível de a>vidade Lsica Calcular 80% da FCmáx teórica Velocidade incremental (a cada 2 minutos a cadência aumenta) Duração máxima: 10 minutos Teste acaba quando aluno a>ngir 80% da FC máx
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16 HOMENS Faixa Etária Muito Fraca Valores em ml.(kg.min)-1 Fraca Regular Boa Excelente 20~29 <25 25~33 34~42 43~52 53> 30~39 <23 23~30 31~38 39~48 49> 40~49 <20 20~26 27~35 36~44 45> 50~59 <18 18~24 25~33 34~42 43> 60~69 <16 16~22 23~30 31~40 41> MULHERES Faixa Etária Muito Fraca Valores em ml.(kg.min)-1 Fraca Regular Boa Excelente 20~29 <24 24~30 31~37 38~48 49> 30~39 <39 20~27 28~33 34~44 45> 40~49 <17 17~23 24~30 31~41 42> 50~59 <15 15~20 21~27 28~37 38> 60~69 <13 13~17 18~23 24~34 35>
17 Avaliação e prescrição do treino cardiovascular VO2max e FC ü Os valores do VO2 máx estão relacionados com os valores de FC máx Relacao entre %Fcmax e VO2max %VO2 max. %FCmax Heyward (2004)
18 Contraindicações testes máximos Indivíduos de qualquer idade com risco moderado (2 ou + fatores de risco de doença das artérias coronárias) Indivíduos com alto risco, com sintomas de doença cardiovascular, pulmonar ou metabólica conhecida ou desconhecida Qualquer problema ósseo, muscular, ar>cular diagnos>cado durante a anamnese que comprometa a realização do teste ACSM, 2002
19 Critérios de interrupção Início de angina ou sintomas associados Queda significa>va da TAS TAS e TAD elevadas Sinais de ver>gem, palidez, náuseas Ausência de alterações da FC em diferentes intensidades de esforço Manifestações Lsicas ou verbais de fadiga
20 Prescrição na prá>ca Usar equações para es>mar o VO2 max Usar tabelas Tabelas que vão de acordo com a idade e sexo classificar o sujeito fit ou não fit
21 Avaliação e prescrição do treino cardiovascular IMPORTANCIA Níveis baixos de ap>dão cardiorrespiratória tem sido associado com aumento de risco de morte por varias causas, principalmente doença cardiorrespiratória (ACSM,2003) VARIÁVEIS RELACIONADAS COM CONDIONAMENTO CARDIORRESPIRATÓRIA: 1. Frequência Cardíaca (FC) 2. Pressão Arterial (PA) * Importantes na prescrição e controle durante exercício 1. Iden>ficar indivíduos (par- q) que precisam de avaliação clínica antes de se submeter a um teste de esforço
22 Avaliação VO2 máx 2- Mensuração em Repouso e Durante o Exercício Antes do teste de Esforço Físico avaliar: ü Frequência Cardíaca (FC) ü Pressão Arterial (PA) Testes adicionais que podem fornecer mais informações: ü Nível de colesterol sérico ü Eletrocardiograma (ECG) à obrigatório em caso de o teste de esforço Lsico ter caráter diagnós>co
23 Avaliação VO2máx Procedimentos ü Informar todos os procedimentos antes do teste (forma correta de realização, detalhes específicos de cada teste ü Informar o avaliado sobre a voz de comando do início e término do teste ü Medir FC e PA ü Realização de aquecimento (principalmente em dias frios), realizando alongamentos e mobilização ar>cular ü Elaboração de ficha de coleta com todas as variáveis que irão ser u>lizadas durante todas as etapas do teste
24 Avaliação VO2 máx ü O avaliador pode ajudar no processo de avaliação ü Es>mular o avaliado a sempre dar o máximo no teste ü Fornecer todas as informações relacionadas ao teste, inclusive a interrupção do teste caso deste sen>r- se mal
25 Avaliação da Frequência Cardíaca ü O individuo deve estar em posição confortável (quando avaliada em repouso) ü FC repouso mais adequada é a avaliada no momento em que o individuo acorda, antes que realize movimentos consideráveis
26 Avaliação Frequência Cardíaca Palpação ü Extremidade dos dedos indicador e médio sobre artéria caró>da ou radial ü Não pressionar por demasiado ü Contar pulsação em 15 segundos e mul>plicar por 4 * É importante avaliação da FC antes, durante e após o teste
27 Avaliação Frequência Cardíaca Medidores Locais (Frequencímetros) ü São os mais indicados pra avaliação da FC ü Composto por: transmissor, cinta elás>ca e relógio Procedimento: ü Posicionar cinta no processo xifóide (antes molhar com água, álcool ou com gel condutor) ü Ajustar a cinta elás>ca (cuidado para não deixar muito frouxo ou muito apertado) ü Acionar o relógio
28 Avaliação Tensão Arterial Avaliação da PA ü Durante o teste o aumento da PAS é normal ü Durante o teste há pouca variação da PAD, de forma que, se a variação da PAD for muito grande, o teste deve ser interrompido e o indivíduo deve ser encaminhado para uma avaliação mais precisa Ø Procedimentos de avaliação da PA: ü Requer prá>ca regular e treinar o ouvido ü U>lizar preferencialmente o esfigmomanômetro manual/ eletrónico (ver modelos validados e cer>ficados por en>dades credíveis)
29 Avaliação da Tensão Arterial- Manual Esfigmomanômetro ü O manguito deve ser ajustado no braço esquerdo do avaliado ü Posicionar estetoscópio na artéria braquial do indivíduo, colocando- o a outra extremidade nos ouvidos ü Inflar o manguito até aproximadamente 180 ou 200 mmhg, dependendo da PA média do indivíduo. É importante verificar se o manguito está completamente vazio e com válvula travada ü Esvaziar lentamente o manguito, observando o primeiro (componente sistólico) e ul>mo som (componente diastólico)
30 Determinação da Tensão Arterial
31 Avaliação e prescrição do treino cardiovascular Teste de Índice de Exaustão Percebida (IEP) ü Avaliação subje>va do esforço ü Iden>ficação do nível de fadiga no exercício Escala de Borg ü Escolher um numero de 6 a 20 que melhor iden>fique o nível de fadiga auto percebida ü FONTOURA, ET AL (2008)
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33 Referencias American College Of Sportd Medicine. (2000). Diretrizes dos ACSM Para os Testes de Esforço e Sua Prescrição (6th ed.). USA. American College Of Sports Medicine. Dantas, E. H. (2003). A Prá;ca da Preparação Física (5th ed.). Rio de Janeiro: Shape. McCardle,W., Katch, F. e Katch, V. (2001). Fisiologia do Desempenho: Energia, Nutrição e Desempenho Humano (5th ed.). Rio de Janeiro: Guanaba Koogan. Powers, S. K. e Howley E. T. (2005). Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Conhecimento (5th ed.). Barueri: Manole.
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