EXTERNALIDADES. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. (notas de aula)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EXTERNALIDADES. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. (notas de aula)"

Transcrição

1 Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), EXTERNALIDADES Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero (notas de aula)

2 Externalidades Externalidade no consumo Quando consumidor se preocupar diretamente com a produçao ou consumo de outro agente. Ex: vizinho tocar música alta de madrugada, sentar ao lado de alguém que fuma charuto num restaurante, quantidade de poluiçao que automóveis produzem na minha cidade. externalidades negativas Ex: prazer em ver jardim de flores do vizinho externalidade positiva Slide 2

3 Externalidades Externalidade na produção Quando possibilidades de produção são influenciadas por escolhas de outra empresa ou consumidor. Ex: empresa de pesca que se preocupa com poluentes despejados em sua área de atuação, já que poluiçao afeta negativamente sua capcidade de captura Slide 3

4 Externalidades Característica principal Há bens com os quais as pessoas se importam e que não são vendidos no mercado. É a falta desses mercados que causa problemas Slide 4

5 Externalidades Negativas As ações de algum indivíduo ou empresa impõem custos a outro indivíduo ou empresa Positivas As ações de algum indivíduo ou empresa geram benefícios para outro indivíduo ou empresa Slide 5

6 Fumantes e não-fumantes Dois colegas de quarto A e B com preferências por dinheiro e fumaça Ambos gostam de dinheiro, mas A gosta de fumar e B gosta de ar puro E suas dotações? Suponha que tenham a mesma quantia = 100. Para saber aonde vai se localizar, depende da dotação inicial de fumaça/ar puro. Depende, então, dos direitos legais dos fumantes e nao fumantes Slide 6

7 Fumantes e não-fumantes Pode ser que A tenha direito de fumar e B tenha que suportar. Ou pode ser que B tenha o direito a ar puro. Ou ainda o direito legal entre fumaça e ar puro poderia se situar em algum lugar entre os extremos Depende do sistema legal Se direitos de propriedade estiverem bem definidos com relaçao ao bem que gera externalidade, os agentes podem trocar a partir da sua dotaçao inicial para alcançar uma alocaçao eficiente de Pareto Slide 7

8 Fumantes e não-fumantes Problema surge quando os direitos de propriedade não estão bem definidos: A acredita que tem direito de fumar e B acredita que tem direito a ar puro Os problemas práticos com externalidades geralmente surgem devido à má definiçao dos direitos de propriedade Os casos em que os direitos de propriedade estão mal definidos levam à produçao ineficiente de externalidades: haveria um meio de fazer com que ambas as partes melhorassem mudando a produção de externalidades Slide 8

9 Fumantes e não-fumantes Se os direitos de propriedade estiverem bem definidos e se houver mecanismos que permitam a negociaçao entre as pessoas, elas poderao negociar seus direitos de produzir externalidades da mesma forma que trocam direitos de produzir e consumir bens comuns. Slide 9

10 Externalidades e Direito de Propriedade Negociação e Eficiência Econômica A eficiência econômica pode ser alcançada sem a intervenção do governo quando a externalidade envolve número relativamente pequeno de indivíduos e os direitos de propriedade são bem especificados. Em geral, a quantidade da externalidade que será gerada na solução eficiente dependerá da distribuição dos direitos de propriedade. Slide 10

11 Externalidades e Direito de Propriedade Preferências quase-lineares: caso especial em que a demanda do bem que gera externalidade independe da distribuição de renda. Conclusão: Teorema de Coase Quando as partes podem negociar sem custos e com possibilidade de obter benefícios mútuos, o resultado das transações será eficiente, independentemente de como estejam especificados os direitos de propriedade. Preferências quase-lineares: o conjunto de alocações eficientes de Pareto será uma linha horizontal de modo que tenha sempre a mesma quantidade de externalidade Slide 11

12 Custo Externo Situação Uma usina de aço despeja efluentes em um rio A quantidade de efluentes gerados pela usina pode ser reduzida através da diminuição do nível de produção de aço (estamos supondo uma função de produção de proporções fixas) Situação O Custo Externo Marginal (CMgE) é o custo imposto aos pescadores que trabalham no rio, para cada nível de produção de aço. O Custo Social Marginal (CMgS) é igual ao CMg mais o CMgE. Slide 12

13 Preço Custo Externo Na presença de externalidades negativas, o custo social marginal (CMgS) é maior que o custo marginal. CMgS CMg A diferença é o custo marginal externo CMgE. Preço A empresa maximizadora de lucro produz em q1, enquanto que o nível eficiente é q*. CMgS I P 1 A produção competitiva da indústria é Q 1, enquanto que a produção eficiente é Q*. CMgE P* P 1 S = CMg I Custo social agregado da externalidade negativa CMgE I q* q 1 Produção da Empresa Q* Q 1 D Produção da Indústria

14 Custo e benefício das externalidades Externalidades negativas e ineficiencia As externalidades negativas incentivam a permanência na indústria de um número excessivo (ineficiente) de empresas, criando excesso de produção no longo prazo. Externalidades Positivas e ineficiência As externalidades também podem resultar em nível excessivamente baixo de produção, como no exemplo da reforma de uma casa e suas implicações paisagísticas. Slide 14

15 Externalidades e Direito de Propriedade Direito de Propriedade Conjunto de regras legais que descrevem o que as pessoas ou empresas podem fazer com aquilo que lhes pertence Por exemplo: Se os residentes às margens de um rio fossem proprietários do rio, eles controlariam as emissões que ocorrem rio acima. Slide 15

16 Produção de Externalidades Empresa S produz aço s, mas também poluição x que despeja num rio. Empresa F opera no ramo da pesca nesse rio e é afetada de maneira adversa pela poluição gerada pela empresa S. Suponha que: Custo de S = c s (s,x) Custo de F = c f (f,x) Observe que os custos de F para produzir peixe dependem da quantidade de poluição gerada pela empresa de aço. Slide 16

17 Produção de Externalidades Suponha ainda que: Poluição aumenta o custo de produzir peixe: Δc f / Δx > 0; Poluição diminiu o custo de produzir aço: Δc s / Δx < 0; Problema de maximização de lucro da empresa S max p s s - c s (s,x) e da empresa F max p f s - c f (f,x) Slide 17

18 Produção de Externalidades Observe que a siderúrgica tem que decidir o nível de poluição que gera, mas para de pesca está fora de seu controle. Condições que caracterizam a max de lucro para siderúrgica são: p s = Δc s (s*,x*) / Δs; 0 = Δc s (s*,x*) / Δx e para empresa de pesca: p f = Δc f (f*,x*) / Δf; Slide 18

19 Produção de Externalidades Essas condições dizem que preço de cada bem tem que ser igual ao seu custo marginal; Poluição tem preço zero: condição determinante da oferta de poluição que max lucro recomenda que se produza poluição até que o custo de produzir uma unidade extra seja zero. Qual externalidade produzida? Empresa de pesca se importa com poluição, mas não tem controle sobre ela. A siderúrgica olha custo de produzir aço quando max lucro, mas não se importa com o custo imposto à empresa de pesca. O aumento do custo da pesca associado ao aumento da poluição é parte do custo social de produção de aço e é ignorado pela empresa de siderurgia Slide 19

20 Produção de Externalidades Como será um plano de produção eficiente de pareto? Essas duas empresas fazem uma fusão para produzir aço e peixe. Podemos dizer que as externalidades foram internalizadas por essa redistribuição dos direitos de propriedade. Max lucro max p s s + p f f - c s (s,x) - c f (f,x) Slide 20

21 Produção de Externalidades O que gera as condições de otimização de p s = Δc s (s^,x^) / Δs; p f = Δc f (f^,x^) / Δf; 0 = Δc s (s*,x*) / Δx + Δc f (f^,x^) / Δx O último termo diz que a empresa conjunta levará em consideração o efeito da poluição nos custos marginais tanto da empresa siderúrgica quando da pesca. Slide 21

22 Produção de Externalidades Isso quer dizer que quando a divisão de aço decide quanto produzir de poluição, ela pondera o efeito dessa medida sobre os lucros da divisão pesqueria; isto é, considera o custo social no seu plano de produção. Ou seja, a empresa conjunta gera poluição até que a soma do CMg da siderurgica com o da pesca seja zero. Ou então: - CMg s (s^,x^) = CMg F (f^, x^) Slide 22

23 Produção de Externalidades CMg F (f^, x^) é positivo pois mais poluição aumento custo de produzir peixe. Portanto, a empresa conjunta desejará produzir onde - CMg s (s^,x^) seja positivo; desejará produzir menos poluição que a empresa independente. Quando se considera o custo social verdadeiro da externalidade envolvida na produção de aço, a quantidade ótima de poluição será reduzida. Slide 23

24 Produção de Externalidades Quando a siderúrgica pensa em minimizar seus custos privados de produzir aço, ela produz onde o CMg de poluição extra se iguala a zero, mas o nível eficiente no sentido de Pareto de poluição exige a minimização dos custos sociais da poluição. No nível eficiente no sentido de Pareto de poluição, a soma dos CMg de poluição das duas empresas tem de ser igual da zero. Slide 24

25 Interpretações das condições Várias interpretações úteis para condições de eficiência de Pareto, que sugerem esquema para corrigir perda de eficiencia criada pela externalidade na produção Primeira interpretação: empresa se defronta com preço errado da poluição Para siderurgica, poluição não custa nada Porém exclui custo à empresa de pesca A situação pode ser retificada se for assegurado que poluidor enfrentará custo social correto de suas ações Slide 25

26 Interpretações das condições Uma maneira é criar um imposto sobre a poluição gerada pela siderúrgica Suponha um imposto de t unidades monetárias por unidade de poluição gerada pela siderúrgica Problema de max de lucro: max p s s - c s (s,x) - tx As condições para max desse problema são: p s - Δc s (s,x) / Δs = 0; - Δc s (s,x) / Δx t = 0 Slide 26

27 Interpretações das condições Teremos então Slide 27 Δc s (s,x) / Δx = t E comparando com solução anterior -CMg s (s^,x^) = CMg F (f^, x^) Teremos condições iguais às condições que caracterizam nível de poluição eficiente no sentido de Pareto Imposto de Pigou

28 Interpretações das condições O problema com esse imposto é que precisa conhecer o nível ótimo de poluição para estabelecer imposto Talvez seja mais fácil estabelecer a quantidade a ser produzida pela siderúrgica do que implementar esquema complicado de cobrança de impostos Slide 28

29 Interpretações das condições Segunda interpretação: falta um mercado de poluição Problema surge em decorrência do preço zero de um bem que ele produz, embora as pessoas estejam dispostas a pagar para reduzir esse bem Do ponto de vista social, a poluição deveria ter um preço negativo Slide 29

30 Interpretações das condições Imagine um mundo em que empresa de pesca tivesse direito à água limpa, mas que poderia vender esse direito para permitir poluição Seja q o preço por unidade de poluiçao e x a quantidade de poluição que a siderúrgica produz Problema de max da siderúrgica max p s s - qx - c s (s,x) Problema de max da empresa de pesca max p s f + qx - c f (f,x) Slide 30

31 Interpretações das condições qx entra com sinal negativo para siderurgica, pois representa custo Mas entra como positivo para empresa de pesca, pois representa receita com a venda desse direito Condições: p s = Δc s (s,x) / Δs q = - Δc s (s,x) / Δx p f = Δc f (f,x) / Δf q = Δc f (f,x) / Δx Assim, cada empresa enfrentará o cmg social de suas ações quando escolher o quanto de poluição comprar ou vender Se o preço for tal que oferta e demanda de poluição sejam iguais, teremos equilíbrio eficiente, como em qualquer outro mercado Slide 31

32 Interpretações das condições Na solução ótima: - Δc s (s,x) / Δx = Δc f (f,x) / Δx Isso quer dizer que o cmg que a siderúrgica tem para reduzir a poluiçao deve ser igual ao benefício marginal que a empresa de pesca tem com essa redução Se essa condição não for satisfeita, não teremos nível ótimo de poluição Slide 32

33 Sinais de mercado Terceira interpretação de externalidade Não haveria problema das duas empresas se fundirem. Por que não fazem isso? Há um incentivo para empresas se juntarem: se as ações de uma afetam a outra, então podem conseguir um lucro maior juntas, coordenando seus comportamentos, do que cada uma por si O próprio objetivo de maximização de lucro deve incentivar a internalização da produçao de externalidades Slide 33

34 Sinais de mercado Se os lucros conjuntos das empresas com coordenação excedem a soma dos lucros sem coordenação, então: os proprietários atuais poderiam cada um vender sua participação por uma quantia igual ao valor presente do fluxo de lucros da empresa, as duas empresas poderiam ser coordenadas e o comprador poderia repor os lucros adicionais Nesse caso, o próprio mercado sinalizaria para internalizar a produção de externalidades Assim, parte das empresas internaliza as externalidades entre unidades que afetam a produção uma da outra Slide 34

Externalidades. Graduação - Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero

Externalidades. Graduação - Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero Externalidades Graduação - Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003. Externalidades Externalidade no consumo Quando consumidor

Leia mais

Externalidades. CSA 160 Microeconomia IV

Externalidades. CSA 160 Microeconomia IV Externalidades CSA 160 Microeconomia IV Falhas de Mercado e Externalidades Resultado importante da Teoria Microeconômica: eficiência dos mercados competitivos. A utilização do mecanismo de mercado assegura

Leia mais

4 Economia do Setor Público

4 Economia do Setor Público 4 Economia do Setor Público Externalidades 10 Copyright 2004 South-Western Maximização de Benefício Agregado Relembrando: a mão invisível de Adam Smith faz com que compradores e vendedores interessados

Leia mais

PRODUÇÃO. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003.

PRODUÇÃO. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003. PRODUÇÃO Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003. Introdução Trocas: modelo de equilíbrio geral de uma economia

Leia mais

Externalidades e bens públicos

Externalidades e bens públicos Externalidades e bens públicos Roberto Guena de Oliveira USP 21 de setembro de 2012 Roberto Guena de Oliveira (USP) Ext. B. Pub. 21 de setembro de 2012 1 / 40 Parte I Externalidades Roberto Guena de Oliveira

Leia mais

Microeconomia. 9. O Estado e a Empresa. Francisco Lima. 1º ano 2º semestre 2015/2016 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial

Microeconomia. 9. O Estado e a Empresa. Francisco Lima. 1º ano 2º semestre 2015/2016 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Microeconomia 9 O Estado e a Empresa Francisco Lima 1º ano 2º semestre 2015/2016 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Limites ao poder de mercado Objetivos Conhecer objeções sociais ao poder

Leia mais

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5.5. Externalidades: Solução de Coase. Isabel Mendes

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5.5. Externalidades: Solução de Coase. Isabel Mendes Microeconomia II Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5.5 Externalidades: Solução de Coase Isabel Mendes 007-008 08-05-008 Isabel Mendes/MICRO II Coase (960) criticou a

Leia mais

Externalidades. Mas falhas de mercado ainda podem ocorrer. Falhas de Mercado: Externalidades. Capítulo 10. Eficiência do Mercado e Falhas de Mercado

Externalidades. Mas falhas de mercado ainda podem ocorrer. Falhas de Mercado: Externalidades. Capítulo 10. Eficiência do Mercado e Falhas de Mercado Externalidades Introdução à Economia Mankiw, N.G. Capítulo 10 Copyright 2001 by Harcourt, Inc. All rights reserved. Requests for permission to make copies of any part of the work should be mailed to: Permissions

Leia mais

PARTE IV Análise Mercado Competitivo. Marta Lemme - IE/UFRJ

PARTE IV Análise Mercado Competitivo. Marta Lemme - IE/UFRJ PARTE IV Análise Mercado Competitivo Marta Lemme - IE/UFRJ EQUILÍBRIO DE MERCADO E EFICIÊNCIA DE PARETO Se pudermos encontrar uma forma de melhorar a situação de uma pessoa sem piorar a de nenhuma outra,

Leia mais

Bem-estar. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003.

Bem-estar. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003. Bem-estar Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003. Análise de Bem-estar A eficiência de Pareto é um objetivo

Leia mais

Parte III: Construindo a Curva de Oferta. Marta Lemme - IE/UFRJ

Parte III: Construindo a Curva de Oferta. Marta Lemme - IE/UFRJ Parte III: Construindo a Curva de Oferta Marta Lemme - IE/UFRJ III.1. Produção A função de produção é a relação entre a quantidade de insumos que uma firma usa e a quantidade de produto que ela produz.

Leia mais

O Problema de Robinson Crusoe

O Problema de Robinson Crusoe O Problema de Robinson Crusoe Duas opções de consumo: trabalhar catando coco ou consumir coco. Trabalho é um mal e coco é um bem, portanto as curvas de indiferença serão negativamente inclinadas Não existe

Leia mais

Fundamentos de Microeconomia

Fundamentos de Microeconomia Fundamentos de Microeconomia Prof. Danilo Igliori Lista 2 (1) João está com muita sede em um dia de calor. Ele valora cada garrafa de agua da seguinte maneira: Primeira garrafa $7 Segunda garrafa $5 Terceira

Leia mais

Monopólio. Varian cap. 24

Monopólio. Varian cap. 24 Monopólio Varian cap. 24 Introdução Definição: Uma empresa produz uma mercadoria sem substitutos próximos. Monopolista pode obter lucro econômico puro, mesmo no longo prazo. Mas, e novas empresas não são

Leia mais

MERCADO: OFERTA X DEMANDA EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR

MERCADO: OFERTA X DEMANDA EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR MERCADO: OFERTA X DEMANDA EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR 2º SEMESTRE 2011 Excedente do Consumidor e Curva de Demanda Excedente do consumidor individual é o ganho líquido que o comprador individual

Leia mais

Capítulo 10 Externalidades

Capítulo 10 Externalidades Capítulo 10 Externalidades Lista de Exercícios: 1. A diferença entre o custo social e o custo privado é uma medida do(a): a. perda de lucro pelo vendedor como resultado de uma externalidade negativa. b.

Leia mais

Prova de Microeconomia

Prova de Microeconomia Prova de Microeconomia 1) Acerca do comportamento do consumidor pode-se afirmar que: I. O formato das curvas de indiferença pode significar diferentes graus de desejo de substituir uma mercadoria por outra.

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Disciplina de Direito e Economia Professor Rodrigo Nobre Fernandez. Regras

Universidade Federal de Pelotas Disciplina de Direito e Economia Professor Rodrigo Nobre Fernandez. Regras Universidade Federal de Pelotas Disciplina de Direito e Economia Professor Rodrigo Nobre Fernandez Regras - A avaliação deverá ser preenchida com caneta esferográfica preta ou azul. - Os grupos devem conter

Leia mais

Gabarito da Lista VI - Microeconomia II Professor: Rodrigo Moura. um consumidor i, sua restrição orçamentária (sempre esgotada) é:

Gabarito da Lista VI - Microeconomia II Professor: Rodrigo Moura. um consumidor i, sua restrição orçamentária (sempre esgotada) é: Gabarito da Lista VI - Microeconomia II Professor: Rodrigo Moura Monitor: Je erson Bertolai. Lei de Walras: Para qualquer vetor de preços p, temos que pz(p) 0, onde z(p) é o vetor de excesso de demanda.

Leia mais

Microeconomia. 1. Procura, Oferta, Mercados e Organizações. Francisco Lima

Microeconomia. 1. Procura, Oferta, Mercados e Organizações. Francisco Lima Microeconomia 1 Procura, Oferta, Mercados e Organizações Francisco Lima 1º ano 2º semestre 2015/2016 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Modelo da Procura e Oferta Objetivo: determinar os preços

Leia mais

Microeconomia I. Bibliografia. Mercado. Arilton Teixeira Mankiw, cap 4. Pindyck and Rubenfeld, caps. 2 e 4

Microeconomia I. Bibliografia. Mercado. Arilton Teixeira Mankiw, cap 4. Pindyck and Rubenfeld, caps. 2 e 4 Microeconomia I Arilton Teixeira arilton@fucape.br 2012 1 Bibliografia Mankiw, cap 4. Pindyck and Rubenfeld, caps. 2 e 4 2 Mercado Definição: É o conjunto de agentes, compradores e vendedores, que negociam

Leia mais

Introdução à Microeconomia

Introdução à Microeconomia Introdução à Microeconomia Marcelo Pessoa de Matos Aula 14 PARTE II: PRODUÇÃO BIBLIOGRAFIA DA PARTE II: Krugman & Wells, cap. 7, 8 e 9 Varian, caps. 18,19,21,22,23 BIBLIOGRAFIA DESTA AULA: Krugman & Wells,

Leia mais

Excedente do Consumidor

Excedente do Consumidor Excedente do Consumidor Instituto de Economia Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero (notas de aula) Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Excedente do Consumidor Outra abordagem

Leia mais

Introdução à Microeconomia

Introdução à Microeconomia Introdução à Microeconomia Marcelo Pessoa de Matos Aula 15 PARTE II: PRODUÇÃO BIBLIOGRAFIA DA PARTE II: Krugman & Wells, cap. 7, 8 e 9 Varian, caps. 18,19,21,22,23 BIBLIOGRAFIA DESTA AULA: Krugman & Wells,

Leia mais

Finanças Públicas. Provisionamento Público: SAÚDE CAP. 12 STIGLITZ

Finanças Públicas. Provisionamento Público: SAÚDE CAP. 12 STIGLITZ Finanças Públicas Provisionamento Público: SAÚDE CAP. 12 STIGLITZ 1. INTRODUÇÃO Saúde não é um bem público puro No contexto de economia do bem estar, governo pode intervir em determinador setor por duas

Leia mais

ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL (EAE 508)

ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL (EAE 508) ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL (EAE 508) Prof. Dr. Eduardo Luzio eluzio@usp.br Blog: h>p:/eduardoluzio.wordpress.com 2S2015 Cap. 2 CABRAL DEMANDA X OFERTA: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR, DO PRODUTOR E EFICIÊNCIA 1 Quanto

Leia mais

Concorrência Perfeita

Concorrência Perfeita UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS Disciplina: Teoria Microeconômica II Professor: Sabino da Silva Porto Junior Lista 1-2007/01 Concorrência Perfeita (ANPEC 97)

Leia mais

Microeconomia. 9. O Estado e a Empresa. 1º ano 2º semestre 2011/2012

Microeconomia. 9. O Estado e a Empresa. 1º ano 2º semestre 2011/2012 Microeconomia 9 O Estado e a Empresa Francisco Lima 1º ano 2º semestre 2011/2012 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Limites ao poder de mercado Objetivos Conhecer objeções sociais ao poder

Leia mais

Teoria da firma: produção e custos de. produção. Técnico em Logística. 05_Sistemas Econômicos_Teoria da Produção e Custos

Teoria da firma: produção e custos de. produção. Técnico em Logística. 05_Sistemas Econômicos_Teoria da Produção e Custos Teoria da firma: e custos de Teoria da firma: e custos de Introdução Considerações preliminares Uma economia de mercado é orientada pelas forças da oferta e da procura. Consumidores Firmas Unidades do

Leia mais

Introdução à Microeconomia

Introdução à Microeconomia Introdução à Microeconomia Marcelo Pessoa de Matos Aula 7 PARTE I: O MERCADO COMPETITIVO BIBLIOGRAFIA DA PARTE I: Krugman & Wells, apêndice cap. 2 e caps. 3 a 6 Varian, caps. 1, 14,15 BIBLIOGRAFIA DESTA

Leia mais

TEORIA MICROECONÔMICA I N

TEORIA MICROECONÔMICA I N CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA ECO 1113 TEORIA MICROECONÔMICA I N PROFESSOR: JULIANO ASSUNÇÃO TURMA: 2JA Monopólio 1. Indique se as afirmações a seguir são verdadeiras ou falsas e

Leia mais

Economia de Trocas Pura

Economia de Trocas Pura Economia de Trocas Pura Caracterização Estamos de volta às questões colocadas por Adam Smith na Riqueza das Nações. Seria um sistema de trocas, baseado em indivíduos auto interessados, com propriedade

Leia mais

Capítulo Introdução à Economia Mankiw, N.G. Copyright 2001 by Harcourt, Inc.

Capítulo Introdução à Economia Mankiw, N.G. Copyright 2001 by Harcourt, Inc. Monopólio. Introdução à Economia Mankiw, N.G Capítulo 15 Copyright 2001 by Harcourt, Inc. All rights reserved. Requests for permission to make copies of any part of the work should be mailed to: Permissions

Leia mais

Monopólio Puro. Capítulo 24 (Varian) Monopólio Puro. Porque Monopólios? Monopólio

Monopólio Puro. Capítulo 24 (Varian) Monopólio Puro. Porque Monopólios? Monopólio Monopólio Puro Monopólio Capítulo 24 (Varian) Um mercado monopolizado tem um vendedor único. A curva de demanda do monopolista é a curva de demanda do mercado (inclinação negativa). Então o monopolista

Leia mais

a) Monte a situação acima na forma de um jogo, escrevendo a tabela de payoffs b) Encontre todos os equilíbrios de Nash em estratégias puras

a) Monte a situação acima na forma de um jogo, escrevendo a tabela de payoffs b) Encontre todos os equilíbrios de Nash em estratégias puras Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Ciências Econômicas Ecop 26 - Teoria Microeconômica II Prof. Sabino Porto Junior Teoria dos jogos 1 - Apresente os conceitos de: a) Equilíbrio em

Leia mais

TP043 Microeconomia 23/11/2009 AULA 21 Bibliografia: PINDYCK capítulo 12 Competição monopolística e oligopólio.

TP043 Microeconomia 23/11/2009 AULA 21 Bibliografia: PINDYCK capítulo 12 Competição monopolística e oligopólio. TP043 Microeconomia 3//009 AULA Bibliografia: PINDYCK capítulo Competição monopolística e oligopólio. Características da competição monopolística:. Muitas empresas. Livre entrada e saída 3. Produtos diferenciados

Leia mais

Consumidores, Produtores e a Eficiência dos Mercados

Consumidores, Produtores e a Eficiência dos Mercados Consumidores, Produtores e a Eficiência dos Mercados Introdução à Economia Mankiw, N.G. Capítulo 7 Copyright 2001 by Harcourt, Inc. All rights reserved. Requests for permission to make copies of any part

Leia mais

Economia do Setor Público

Economia do Setor Público Externalidades É um impacto das ações de uma pessoa sobre o bem-estar de outras que não participam da ação. a) gases que são produzidos pelos veículos automotores (externalidade negativa); b) imóveis antigos

Leia mais

Teoria dos Bens Públicos Prof. Giácomo Balbinotto Neto. Slide 1

Teoria dos Bens Públicos Prof. Giácomo Balbinotto Neto. Slide 1 Teoria dos Bens Públicos Prof. Giácomo Balbinotto Neto Slide 1 Bens públicos Pergunta Sob que circunstâncias o governo deve substituir as empresas como produtor de bens e serviços? Slide 2 Bem Público

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia REC110 MICROECONOMIA II EXERCÍCIOS SOBRE MONOPÓLIO, MONOPSÔNIO E DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS. ROBERTO GUENA DE OLIVEIRA 1. Uma empresa vende seu produto em dois mercados distintos. A demanda por esse produto

Leia mais

Monopólio. Copyright 2004 South-Western

Monopólio. Copyright 2004 South-Western Monopólio 15 Copyright 2004 South-Western Definição Enquanto a firma competitive é tomadora de preço (price taker), o monopólio é um fazedor de preço (má tradução para price maker). A firma é um monopólio

Leia mais

Monopólio. Roberto Guena de Oliveira. 11 de outubro de 2013 USP. Roberto Guena de Oliveira (USP) Monopólio 11 de outubro de / 39

Monopólio. Roberto Guena de Oliveira. 11 de outubro de 2013 USP. Roberto Guena de Oliveira (USP) Monopólio 11 de outubro de / 39 Monopólio Roberto Guena de Oliveira USP 11 de outubro de 2013 Roberto Guena de Oliveira (USP) Monopólio 11 de outubro de 2013 1 / 39 Sumário 1 Uma classificação 2 Maximização de lucro sem discriminação

Leia mais

SUMÁRIO. Prefácio XXI

SUMÁRIO. Prefácio XXI SUMÁRIO Prefácio XXI CAPÍTULO 1 O Mercado 1 A Elaboração de um Modelo 1 Otimização e Equilíbrio 3 A Curva de Demanda 3 A Curva de Oferta 5 O Equilíbrio de Mercado 7 A Estática Comparativa 9 Outras Formas

Leia mais

TP043 Microeconomia 01/12/2009 AULA 24 Bibliografia: PINDYCK capítulo 18 Externalidades e Bens Públicos.

TP043 Microeconomia 01/12/2009 AULA 24 Bibliografia: PINDYCK capítulo 18 Externalidades e Bens Públicos. TP043 Microeconomia 01/12/2009 AULA 24 Bibliografia: PINDYCK capítulo 18 Externalidades e Bens Públicos. EXTERNALIDADE: São é conseqüência de algo que um agente realiza e afeta outro. Pode ser positiva

Leia mais

10 princípios da economia

10 princípios da economia 10 princípios da economia Podemos dividir os 10 princípios da economia em: Como as pessoas interagem Como a economia como um todo funciona 2 1 1) Pessoas enfrentam o problema da escolha 2) O custo de algo

Leia mais

Introdução à Microeconomia. As forças de mercado: oferta e demanda. Danilo Igliori

Introdução à Microeconomia. As forças de mercado: oferta e demanda. Danilo Igliori Introdução à Microeconomia As forças de mercado: oferta e demanda Danilo Igliori (digliori@usp.br) As Forças de Mercado de Oferta e Demanda Oferta e demanda estão entre as palavras que os economistas utilizam

Leia mais

Aula 6 14/09/ Microeconomia. Comportamento do Consumidor. PINDYCK (2007) Capítulo 3

Aula 6 14/09/ Microeconomia. Comportamento do Consumidor. PINDYCK (2007) Capítulo 3 Aula 6 14/09/2009 - Microeconomia. Comportamento do Consumidor. PINDYCK (2007) Capítulo 3 MAPA DE INDIFERENÇA - Um mapa de indiferença é um conjunto de curvas de indiferença que descrevem as preferências

Leia mais

TEORIA MICROECONÔMICA I N

TEORIA MICROECONÔMICA I N CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA 2016.1 ECO 1113 TEORIA MICROECONÔMICA I N PROFESSOR: JULIANO ASSUNÇÃO TURMA: 2JA LISTA 1 1. Um consumidor dispõe de R$ 320 para gastar com maçãs nacionais

Leia mais

Economia e Finanças Públicas Aula T5

Economia e Finanças Públicas Aula T5 Economia e Finanças Públicas Aula T5 Cap. 2 - Despesas públicas: teoria e prática 2.1 Enquadramento normativo do papel do sector público 2.1.1 Os fracassos do mercado 2.1.2 As injustiças do mercado 2.2

Leia mais

Parte III Mercados. Concorrência Perfeita. Roberto Guena de Oliveira 28 de abril de 2017 USP

Parte III Mercados. Concorrência Perfeita. Roberto Guena de Oliveira 28 de abril de 2017 USP Parte III Mercados Concorrência Perfeita Roberto Guena de Oliveira 28 de abril de 2017 USP Sumário 1 Hipóteses 2 A demanda de mercado 3 Equilíbrio de curto prazo Oferta de curto prazo 4 Oferta da indústria

Leia mais

INSS Economia Macroeconomia Keynesiana Fábio Lobo

INSS Economia Macroeconomia Keynesiana Fábio Lobo INSS Economia Macroeconomia Keynesiana Fábio Lobo 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. MACROECONOMIA KEYNESIANA Nesta aula, estudaremos que variáveis determinam

Leia mais

preço das matérias primas e dos fatores de

preço das matérias primas e dos fatores de Oferta Individual versus Oferta de Mercado A oferta de determinado bem depende de vários fatores: preço do próprio bem preço das matérias primas e dos fatores de produção tecnologia utilizada Oferta Individual

Leia mais

Produção e o Custo da Empresa. Conceitos básicos; Função de produção; Lei dos rendimentos decrescentes; Equilíbrio da firma; Custos de Produção.

Produção e o Custo da Empresa. Conceitos básicos; Função de produção; Lei dos rendimentos decrescentes; Equilíbrio da firma; Custos de Produção. Produção e o Custo da Empresa Conceitos básicos; Função de produção; Lei dos rendimentos decrescentes; Equilíbrio da firma; Custos de Produção. 1. Conceitos básicos A economia é formada por diversas empresas

Leia mais

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5.1. Definição de Externalidades. Isabel Mendes

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5.1. Definição de Externalidades. Isabel Mendes Microeconomia II Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5. Definição de Externalidades Isabel Mendes 007-008 7-04-008 Isabel Mendes/MICROII 5. Definição de Externalidades.

Leia mais

Conceitos Fundamentais

Conceitos Fundamentais Cesta de bens A cesta de bens, do ponto de vista econômico, é o conjunto de bens que está disponível para o consumidor. Outros conceitos surgem a partir daí, como cesta básica: conjunto de bens que satisfazem

Leia mais

Prova de Microeconomia

Prova de Microeconomia Prova de Microeconomia 1) Acerca do comportamento do consumidor pode-se afirmar que: I. A relação de preferência é dita racional se ela é completa e transitiva; II. Somente a relação de preferência racional

Leia mais

Economia Pública. Economia Pública

Economia Pública. Economia Pública 2º Semestre 2010/11 Falha de mercado e indivisibilidade O preço de equilíbrio do bem público não pode ser P=Cmg: A não compraria o bem público e B compraria a quantidade g B

Leia mais

Notas de Aula 5: MONOPÓLIO (Varian cap.23) Uma firma em uma indústria Não há substitutos próximos para o bem que a firma produz Barreiras à entrada

Notas de Aula 5: MONOPÓLIO (Varian cap.23) Uma firma em uma indústria Não há substitutos próximos para o bem que a firma produz Barreiras à entrada TEORIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL UFRGS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DISCIPLINA: TEORIA MICROECONÔMICA II Primeiro Semestre/2001 Professor: Sabino da Silva Porto

Leia mais

Exercícios Exames dos anos anteriores: Exercício Exercício s Exames dos anos s Exames dos anos anteriores: s Exames dos anos anteriores:

Exercícios Exames dos anos anteriores: Exercício Exercício s Exames dos anos s Exames dos anos anteriores: s Exames dos anos anteriores: Exercícios Exercícios Exames Exames dos anos dos anteriores: anos anteriores: Monopólio anteriores: Concorrência e Concorrência Perfeita Perfeita Monopolística Exame Junho 2005 Num dado país o mercado

Leia mais

Qdx= Px, que é a simples multiplicação da função para mil indivíduos.

Qdx= Px, que é a simples multiplicação da função para mil indivíduos. Aula 9 Microeconomia 29/03/2010 Mankiw (2007) Cap 4 e Pinho; Vasconcellos (2006) cap 4 Continuação da teoria elementar da demanda: Exercício: Imagine que a demanda de uma pessoa pelo bem x é dada por:

Leia mais

PRO Introdução à Economia

PRO Introdução à Economia Introdução à Economia Aula 13 Monopólio Monopólio Uma empresa é considerada um monopólio quando: É a única produtora de um bem ou serviço O bem ou serviço não tem substitutos próximos Em um monopólio,

Leia mais

Economia Ambiental. económico na presença de uma externalidade

Economia Ambiental. económico na presença de uma externalidade Economia Ambiental Formas de atingir o óptimo económico na presença de uma externalidade Soluções que levam a um equilíbrio eficiente - Internalização Fusão de gestão Negociações coasianas Taxas de Pigou

Leia mais

Esalq/USP Curso de Ciências Econômicas les Introdução à Economia Custos de Produção

Esalq/USP Curso de Ciências Econômicas les Introdução à Economia Custos de Produção Esalq/USP Curso de Ciências Econômicas les 101 - Introdução à Economia Custos de Produção Os custos de produção Nos capítulos anteriores, usamos a curva de oferta para sumariar as decisões de produção

Leia mais

PRINCÍPIOS DE ECONOMIA

PRINCÍPIOS DE ECONOMIA PRINCÍPIOS DE ECONOMIA OBJETIVO GERAL Apresentar de forma geral os fundamentos e objetivos do estudo de sistemas econômicos, bem como os tópicos a serem abordados durante os cursos de economia do IFMG

Leia mais

Universidade Federal de Roraima Departamento de Economia

Universidade Federal de Roraima Departamento de Economia Universidade Federal de Roraima Departamento de Economia Última Atualização: 03/06/03 ) Avalie, com análise gráfica, a variação do Excedente do Consumidor e/ou Excedente do Produtor para as seguintes situações:

Leia mais

PRO 2208 Introdução à Economia

PRO 2208 Introdução à Economia PRO 2208 Introdução à Economia Introdução Prof. Regina Meyer Branski Slides cedidos pelo Professor David Nakano 2015 Objetivos Apresentar Princípios básicos de Economia Alguns Modelos Econômicos Princípios

Leia mais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011 COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011 1 Os países envolvem-se no comércio internacional por dois motivos básicos: Os países diferem quanto aos recursos ou à tecnologia.

Leia mais

Notas de Economia do Setor Público Aula 3: Externalidades. Carlos Eugênio da Costa Fundação Getulio Vargas - EPGE/FGV

Notas de Economia do Setor Público Aula 3: Externalidades. Carlos Eugênio da Costa Fundação Getulio Vargas - EPGE/FGV Notas de Economia do Setor Público Aula 3: Externalidades Carlos Eugênio da Costa Fundação Getulio Vargas - EPGE/FGV Rio de Janeiro, Agosto-Dezembro de 200 Conteúdo Externalidades 2. Introdução..............................

Leia mais

EXERCICIOS SOBRE: TEORIA DO CONSUMIDOR VI Procura, oferta e equilíbrio de mercado

EXERCICIOS SOBRE: TEORIA DO CONSUMIDOR VI Procura, oferta e equilíbrio de mercado EXERCICIOS SOBRE: TEORIA DO CONSUMIDOR VI Procura, oferta e equilíbrio de mercado Exercício Nº 1 Defina e caracterize os seguintes conceitos: a) Procura individual de um bem. Descreve as quantidades alternativas,

Leia mais

3 Mercados e Bem-Estar Econômico

3 Mercados e Bem-Estar Econômico 3 Mercados e Bem-Estar Econômico Eficiência e 7 Bem-Estar Revendo o Equilíbrio de Mercado O equilíbrio de mercado maximiza o bem-estar total de compradores e vendedores? O equilíbrio reflete a alocação

Leia mais

FGV Direito Rio. Finanças Corporativas & Economia do Direito Prof. Edson Gonçalves. Assimetria de Informação, Sinalização, Screening & Moral Hazard

FGV Direito Rio. Finanças Corporativas & Economia do Direito Prof. Edson Gonçalves. Assimetria de Informação, Sinalização, Screening & Moral Hazard FGV Direito Rio Finanças Corporativas & Economia do Direito Prof. Edson Gonçalves Assimetria de Informação, Sinalização, Screening & Moral Hazard Assimetria de Informação O que acontece quando os agentes

Leia mais

Microeconomia. Bibliografia. Teoria da Produção. Arilton Teixeira Mankiw, cap 13; Pindyck e Rubinfeld, caps 6 e 7.

Microeconomia. Bibliografia. Teoria da Produção. Arilton Teixeira Mankiw, cap 13; Pindyck e Rubinfeld, caps 6 e 7. Microeconomia Arilton Teixeira arilton@fucape.br 2012 1 Bibliografia Mankiw, cap 13; Pindyck e Rubinfeld, caps 6 e 7. 2 Teoria da Produção As firmas operam no mercado. O objetivo das firmas é maximização

Leia mais

Monopólio. 15. Monopólio. Porque Surgem os Monopólios. Porque Surgem os Monopólios. Economias de Escala. Monopólio Natural

Monopólio. 15. Monopólio. Porque Surgem os Monopólios. Porque Surgem os Monopólios. Economias de Escala. Monopólio Natural 15. Enquanto uma firma compettitiva é tomadora de preço, a firma monopolista é fazedora de preço Uma firma é considerada monopolista se: É a única vendedora de um produto O produto não tem um substituto

Leia mais

Teoria do Consumidor: Equilíbrio do Consumidor

Teoria do Consumidor: Equilíbrio do Consumidor Teoria do Consumidor: Equilíbrio do Consumidor Roberto Guena de Oliveira 16 de março de 2012 Roberto Guena de Oliveira () Equilíbrio 16 de março de 2012 1 / 36 Sumário 1 Restrição orçamentária 2 Restrição

Leia mais

Microeconomia. Mercados Competitivos e Eficiência Econômica. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Microeconomia. Mercados Competitivos e Eficiência Econômica. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Microeconomia Mercados Competitivos e Eficiência Econômica Prof.: Antonio Carlos Assumpção Análise de Mercados Competitivos A análise de mercados competitivos Os excedentes do produtor e consumidor Calculando

Leia mais

Capítulo 6. Informação Assimétrica

Capítulo 6. Informação Assimétrica Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Ciências Econômicas Departamento de Economia Disciplina: Teoria Microeconômica II Autores: Luciano Marchese Silva e Camila Steffens Capítulo 6 Informação

Leia mais

Mercado de Fatores de Produção

Mercado de Fatores de Produção C H A P T E R 18 Mercado de Fatores de Produção Microeonomics P R I N C I P L E S O F N. Gregory Mankiw Premium PowerPoint Slides by Ron Cronovich 2009 South-Western, a part of Cengage Learning, all rights

Leia mais

Teoria Microeconômica I. Prof. Marcelo Matos. Aula Introdutória

Teoria Microeconômica I. Prof. Marcelo Matos. Aula Introdutória Teoria Microeconômica I Prof. Marcelo Matos Aula Introdutória Ementa do Curso Teoria do consumidor: escolha do consumidor; preferência revelada; efeitos-renda e efeito-substituição: equação de Slutsky

Leia mais

Módulo 8 Teoria da Produção

Módulo 8 Teoria da Produção Módulo 8 Teoria da Produção Numa economia de mercado, consumidores e empresas representam respectivamente as unidades do setor de consumo e de produção, que se interrelacionam através do sistema de preços

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais. Organização Industrial

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais. Organização Industrial UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Organização Industrial Discriminação de Preços Exercício 1 Um monopolista vende o seu produto a clientes cujas procuras

Leia mais

Economia Pública. Economia Pública

Economia Pública. Economia Pública Economia Pública 1º Semestre 2010/11 Programa Base: Economia Pública 0 Revisões de Microeconomia 0. Revisões de Microeconomia 1. Intervenção do Estado na Economia 1.1 Objectivos 1.2 Bens Públicos 1.3 Externalidades

Leia mais

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA 1 INTRODUÇÃO DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA Economia A palavra economia vem do grego aquele que cuida da casa : oposição à política. Chamaremos aquele que cuida da casa de indivíduo ou família. Dez Princípios

Leia mais

Quando o mercado não permite atingir a eficiência económica: falhas de mercado - as externalidades

Quando o mercado não permite atingir a eficiência económica: falhas de mercado - as externalidades Quando o mercado não permite atingir a eficiência económica: falhas de mercado - as externalidades LEOPOLDINA MARIA SILVA A B R I L D E 2 0 1 3 Lição a que se refere a alínea b) do nº 10 do art.º 3º da

Leia mais

Aula 4A - Introdução a Política Macroeconômica

Aula 4A - Introdução a Política Macroeconômica From the SelectedWorks of Jorge Amaro Bastos Alves August, 2010 Aula 4A - Introdução a Política Macroeconômica Jorge Amaro Bastos Alves, Faculdade de Campina Grande do Sul Available at: http://works.bepress.com/jorgeab_alves/16/

Leia mais

Introdução à Microeconomia

Introdução à Microeconomia Introdução à Microeconomia Marcelo Pessoa de Matos Aula 18 PARTE III: CONSUMO BIBLIOGRAFIA DA PARTE III: Krugman & Wells, cap. 10 e 11 Varian, cap. 2,3,4,5 BIBLIOGRAFIA DESTA AULA: Krugman & Wells, cap.10

Leia mais

ISCTE- INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA MICROECONOMIA

ISCTE- INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA MICROECONOMIA ISCTE- INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA MICROECONOMIA Exame 2ª Época, 1º Semestre 2012-2013 Tempo de duração: 2h30 Nome: Nº Turma PARTE I: Fundamentos de Economia (2,5) 1. (1,5 v) Na atual conjuntura

Leia mais

Sumário. Gestão Empresarial e Economia. Economia. Microeconomia. Mercado e concorrência perfeita Procura. Oferta. Equilíbrio de mercado

Sumário. Gestão Empresarial e Economia. Economia. Microeconomia. Mercado e concorrência perfeita Procura. Oferta. Equilíbrio de mercado Gestão Empresarial e Economia Economia Microeconomia Sumário Mercado e concorrência perfeita Procura o Procura individual o Procura de mercado Oferta o Oferta individual o Oferta de mercado Equilíbrio

Leia mais

Comportamento do consumidor Parte Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor

Comportamento do consumidor Parte Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor Comportamento do consumidor Parte 1 1. Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor Comportamento do consumidor Há 3 etapas no estudo do comportamento do consumidor.

Leia mais

Expectativas: ferramentas básicas

Expectativas: ferramentas básicas Expectativas: ferramentas básicas C A P Í T U L O 14 slide 1 Introdução Muitas decisões econômicas dependem não apenas do que acontece hoje, mas também das expectativas em relação ao futuro. Qual seria

Leia mais

Gabarito - Lista de Exercícios - Introdução à Economia 1 - FCE/UERJ Primeira parte da matéria

Gabarito - Lista de Exercícios - Introdução à Economia 1 - FCE/UERJ Primeira parte da matéria Gabarito - Lista de Exercícios - Introdução à Economia 1 - FCE/UERJ - 2017.1 rimeira parte da matéria 1) Dena Ciência Econômica, tradeo e custo de oportunidade. Dê exemplos de escolhas que precisam ser

Leia mais

Lista de Exercícios 1 - Otimização Linear Prof. Silvio Alexandre de Araujo. Construção de Modelos e Solução Gráfica

Lista de Exercícios 1 - Otimização Linear Prof. Silvio Alexandre de Araujo. Construção de Modelos e Solução Gráfica Lista de Exercícios 1 - Otimização Linear Prof. Silvio Alexandre de Araujo Construção de Modelos e Solução Gráfica 1) - Estudar Capítulo 1 do livro texto; - Estudar Capítulo 2 do livro texto (seções 2.1,

Leia mais

Sistema de preços. Prof. Regis Augusto Ely. Agosto de Revisão Novembro de Oferta e demanda. 1.1 Curva de demanda

Sistema de preços. Prof. Regis Augusto Ely. Agosto de Revisão Novembro de Oferta e demanda. 1.1 Curva de demanda Sistema de preços Prof. Regis Augusto Ely Agosto de 2011 - Revisão Novembro de 2012 1 Oferta e demanda 1.1 Curva de demanda A curva de demanda descreve a relação entre preço e quantidade demandada. Aumentando

Leia mais

Exemplo: Monopólio de segundo grau

Exemplo: Monopólio de segundo grau Notas de Aula - Teoria dos Jogos - FCE/UERJ 2016.2 (Versão preliminar - favor não circular) Professor Pedro Hemsley Horário: xxxx Sala: xxxx Ementa e informações relevantes: página do curso 1 Seleção Adversa

Leia mais

Estatística Aplicada I

Estatística Aplicada I Estatística Aplicada I ESPERANCA MATEMATICA AULA 1 25/04/17 Prof a Lilian M. Lima Cunha Abril de 2017 EXPERIMENTO RESULTADOS EXPERIMENTAIS VARIÁVEL ALEATÓRIA X = variável aleatória = descrição numérica

Leia mais

Conceitos Básicos. Prof. Regis Augusto Ely. Agosto de Revisão Novembro 2012

Conceitos Básicos. Prof. Regis Augusto Ely. Agosto de Revisão Novembro 2012 Conceitos Básicos Prof. Regis Augusto Ely Agosto de 2011 - Revisão Novembro 2012 1 Metodologia da ciência econômica Teoria: conjunto de idéias sobre a realidade (Ex: teoria macroeconômica). componentes

Leia mais

Teoria da Firma. Capítulo VI. Introdução. Introdução. Medição de custos: quais custos considerar?

Teoria da Firma. Capítulo VI. Introdução. Introdução. Medição de custos: quais custos considerar? Introdução Teoria da Firma A tecnologia de produção representa a relação entre os insumos e a produção. Dada a tecnologia de produção, os administradores da empresa devem decidir como produzir. Capítulo

Leia mais

Análise de Mercados competitivos Parte 1

Análise de Mercados competitivos Parte 1 Análise de Mercados competitivos Parte 1 1. Avaliação de Ganhos e Perdas Resultantes de Políticas Governamentais: Excedentes do Consumidor e do Produtor 2. Eficiência do Mercado Competitivo 3. Preços Mínimos

Leia mais

Teoria da Firma. Discriminação de preços tarifa em duas partes e concorrência monopolística. Roberto Guena de Oliveira USP. 28 de julho de 2014

Teoria da Firma. Discriminação de preços tarifa em duas partes e concorrência monopolística. Roberto Guena de Oliveira USP. 28 de julho de 2014 Teoria da Firma Discriminação de preços tarifa em duas partes e concorrência monopolística Roberto Guena de Oliveira USP 28 de julho de 2014 Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014

Leia mais

Fundamentos de Microeconomia

Fundamentos de Microeconomia Fundamentos de Microeconomia Prof. Danilo Igliori Lista 1 1. Existem dois conceitos similares muito utilizados em Economia. Eles são a Fronteira de Possibilidade de Produção e a Restrição Orçamentária.

Leia mais

Microeconomia 1 - Teoria da Firma

Microeconomia 1 - Teoria da Firma Microeconomia - Teoria da Firma Rodrigo Nobre Fernandez Pelotas, 05 DECON/UFPEL Rodrigo Nobre Fernandez Microeconomia / 37 Conjunto de Possibilidade de Produção Uma firma é uma entidade que transforma

Leia mais