INSS Economia Macroeconomia Keynesiana Fábio Lobo
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- João Henrique Canto Dinis
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1 INSS Economia Macroeconomia Keynesiana Fábio Lobo 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.
2 MACROECONOMIA KEYNESIANA Nesta aula, estudaremos que variáveis determinam a nível de renda e como atuar sobre elas. Será discutido que instrumentos de política fiscal são mais adequados para permitir que a economia atinja uma situação de pleno emprego, sem inflação. Trata-se do chamado modelo Keynesiano básico, que se caracteriza por preocupar-se mais com políticas de estabilização da economia a curto prazo, principalmente com a questão do desemprego, que era o problema principal nos anos 30, quando foi escrita a Teoria Geral de Keynes. Hipóteses do Modelo Básico o Preços são mantidos constantes e as variáveis consideradas em valores reais; o O modelo é discutido no curto prazo; o A curva de Oferta Agregada (OA) é fixada no curto prazo; OA = Renda Agregada (RA) = Produto Agregado (Y) o No curto prazo, apenas a Demanda Agregada (DA) provoca variações no nível de equilíbrio da renda nacional. Onde: C Consumo Agregado I Investimento Agregado G Gastos do Governo X Exportação M Importação No equilíbrio, temos que: DA = OA Assim: DA = C + I + G + X - M OA = DA = RA = Y = C + I + G + X - M Hipóteses sobre o comportamento das variáveis 1. Função Consumo ( C ) Uma das principais contribuições de Keynes foi estabelecer que o consumo agregado é uma função crescente do nível de renda nacional (por simplificação, supõe-se que o consumo é uma função linear da renda agregada), assim: C = f (Y) Prof. Fábio Lobo 2
3 C = Co + cy Onde: Co Consumo autônomo c propensão marginal a consumir (0 < c < 1) Y renda agregada ou produto agregado o c = ΔC / ΔY o PMeC = C / Y Onde: PMeC Propensão média a consumir 2. Função Poupança ( S ) A poupança S é a parcela da renda agregada não consumida, em dado período: S = Y - C Substituindo o valor da função de C em S, temos: S = - Co + (1-c)Y Onde: Co Consumo autônomo (1-c) = s propensão marginal a poupar (0 < s < 1) Y renda agregada ou produto agregado o s = ΔS / ΔY o PMeS = S / Y Prof. Fábio Lobo 3
4 Onde: PMeS Propensão média a poupar Obs.: Atenção para os seguintes detalhes!!!! o c + s = 1 o PMeC + PmeS = 1 3. Função Investimento ( I ) O investimento agregado talvez seja a mais importante variável macroeconômica, tanto no modelo keynesiano, devido à influencia das expectativas, tipicamente de curto prazo, como nos modelos de crescimento e desenvolvimento econômico, em que é o principal determinante do crescimento do produto e do emprego. Ele desempenha duplo papel na teoria macroeconômica: o Visto como elemento de DA: fase que se gata com instalações, equipamentos,...(curto prazo) o Visto como elemento de OA: ocorre quando aumenta a capacidade produtiva, aumentando a produção. Hipóteses sobre o Investimento: Hipótese 1: a curto prazo, o investimento afeta apenas a Demanda Agregada; Hipótese 2: o investimento é autônomo ou independente da Renda Agregada. 4. Função Gastos do Governo ( G ) I = Io ou I f (Y) Prof. Fábio Lobo 4
5 Também se supõe que os gastos do governo sejam autônomos em relação a Renda Agregada. 5. Função Impostos ou Tributação ( T ) G = Go ou G f (Y) No modelo simplificado, a tributação também é suposta autônoma, não induzida pela Renda Agregada. T = To ou T f (Y) A introdução do governo, e particularmente da tributação, altera as funções consumo e poupança, que passam a ser funções da renda disponível do setor privado e não da Renda Agregada. 6. Função Exportação ( X ) YD = Y - T No modelo básico, as exportações também são autônomas, em relação a Renda Agregada. 6. Função Importação ( M ) X = Xo ou X f (Y) No modelo básico, as importações também são autônomas, em relação a Renda Agregada. M = Mo ou M f (Y) Obs.: Algumas vezes, poderemos (matematicamente) supor que as importações são dependentes da Renda Agregada! Assim: M = Mo + my Onde: m propensão marginal a importar Multiplicador Keynesiano de Gastos O funcionamento do multiplicador supõe economia em desemprego. O processo é iniciado por uma variação da DA, isto é, um deslocamento da DA devido a variação de algum de seus elementos (C, I, T, G, X, M). após uma variação autônoma, os efeitos subseqüentes são derivados de variações do consumo em Prof. Fábio Lobo 5
6 cada etapa, em função do aumento de renda de cada setor, ou seja, num primeiro momento há um deslocamento da curva de DA (variação autônoma); os passos seguintes representam movimentos ao longo da curva de DA, e mais especificamente da função consumo, induzidos pelas variações da Renda Agregada. Matematicamente temos: Da seguinte equação: Y = C + I + G + X M E substituindo os valores já descritos acima, podemos obter os seguintes multiplicadores: 1. Multiplicador do consumo + investimento 1 Y = ( Co+ Io) 1-c 2. Multiplicador dos gastos do governo Y 1 = ( Co+ Io Go ) 1-c(1-t ) + 3. Multiplicador para uma economia aberta Y 1 = ( Co+ Io+ Go + Xo Mo) 1-c(1-t ) + m - QUESTÕES 01. (NCE/UFRJ IBGE/2001) Para uma economia fechada, os dados das contas nacionais são: Y = (produto agregado) G = (gastos de governo) T = (total do imposto) C = ,75(Y-T) (consumo do setor privado) I = r (investimentos) Para esta economia a taxa de juros de equilíbrio será dada por: a) 5% b) 7,5% c) 10% d) 15% Prof. Fábio Lobo 6
7 e) 17,5% 02. (Agente PF/2000) Julgue o item seguinte. No tocante à utilização de políticas fiscais contracionistas, o efeito multiplicador de uma redução das transferências governamentais é superior àquele que seria obtido por meio de um aumento equivalente da tributação. 03. (ACE MDIC/2001) Julgue os itens que se seguem. Na função de consumo keynesiana, a propensão média a consumir diminui linearmente com a renda disponível dos indivíduos. A decisão de manter o orçamento equilibrado elimina a função contra cíclica da política fiscal. Se a função for C = ,8 (Y T), em que C, Y e T representem, respectivamente, o consumo, a renda e a tributação, e o governo aumentar os impostos e a despesa pública no mesmo montante, então o nível de renda da economia não será afetado. 04. (ACE MDIC / 2008) A teoria macroeconômica analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos. Com base nessa teoria, julgue os itens a seguir. No Brasil, as elevadas alíquotas que incidem sobre os bens de consumo duráveis reduzem o multiplicador keynesiano e tornam, portanto, a curva agregada da economia mais inclinada. A idéia de que a propensão média ao consumo deveria se reduzir à medida que a renda das nações aumenta não se sustenta quando se levam em conta as expectativas dos agentes econômicos. 05. (SEGER ES / 2007) Com base na teoria macroeconômica, que analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos, julgue o item abaixo. No longo prazo, uma expansão da produção sem que haja pressões inflacionárias é consistente com o modelo keynesiano, no qual a oferta agregada de longo prazo é horizontal. 06. (Economista PETROBRÁS/2004) A teoria macroeconômica estuda o comportamento e a mensuração dos grandes agregados econômicos e aborda temas como inflação, desemprego, desequilíbrios externos e crescimento econômico. Utilizando os conceitos fundamentais dessa teoria, julgue os itens subseqüentes. Quando um cliente da Caixa Econômica utiliza seus haveres em caderneta de poupança para comprar um imóvel residencial usado, na contabilidade Prof. Fábio Lobo 7
8 nacional, essa transação é registrada, simultaneamente, como poupança e investimento. Na função de consumo keynesiana, a propensão média a consumir diminui linearmente com a renda disponível dos indivíduos. Políticas tributárias e de transferências afetam a despesa agregada pelo fato de esses instrumentos fiscais, além de afetarem a renda disponível, influenciarem, também, as taxas de juros. 07. (Economista PETROBRÁS/2004) A teoria macroeconômica estuda o comportamento e a mensuração dos grandes agregados econômicos. Utilizando os conceitos básicos dessa teoria, julgue os itens subseqüentes. Quando um consumidor compra um automóvel usado em uma revendedora, contribui para elevar o Produto Interno Bruto (PIB) porque isso representa um aumento do consumo de bens duráveis. A função de investimento mostra, para cada nível da taxa de juros de mercado, o valor total do investimento. A curva de demanda agregada é negativamente inclinada porque preços mais elevados reduzem as taxas de juros reais conduzindo, pois, à contração da produção e dos investimentos. No curto prazo, em virtude de os salários serem determinados contratualmente e, portanto, relativamente rígidos, a curva de oferta agregada é positivamente inclinada. Os adeptos da teoria keynesiana afirmam que aumentos no estoque monetário podem conduzir a aumentos da produção e da renda. 08. (BASA / 2006) Julgue os próximos itens, relativos a um país com uma função poupança S = ,4y e com Investimento Autônomo I = 10 unidades monetárias. A função consumo será C = ,6y. O multiplicador de investimentos (K) dessa economia será igual a 2,5. Caso os empresários aumentarem os investimentos em 1 unidade monetária, a nova renda de Equilíbrio será igual a 55 unidades monetárias. Se os empresários aumentarem os investimentos em 1 unidade monetária o novo consumo de equilíbrio será igual a 41,5 unidades monetárias. GABARITO A; 02. Errado; 03. Certo, Certo, Errado; 04. Certo, Certo; 05. Certo; 06. Errado, Errado, Certo; 07. Errado, Certo, Errado, Certo, Certo; 08. Certo, Certo, Errado, Certo. Prof. Fábio Lobo 8
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