A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DESENVOLVIDAS PELA PRODUÇÃO ENXUTA, NA GESTÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DESENVOLVIDAS PELA PRODUÇÃO ENXUTA, NA GESTÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO"

Transcrição

1 MIGUEL ANGELO MASTELLA A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DESENVOLVIDAS PELA PRODUÇÃO ENXUTA, NA GESTÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO Criciúma, 2004

2 1 MIGUEL ANGELO MASTELLA A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DESENVOLVIDAS PELA PRODUÇÃO ENXUTA, NA GESTÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO Monografia apresentada à Diretoria de Pós- Graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC, para obtenção do título de Especialista em Gerência da Produção. Prof. Orientador: Msc. Silvio Ceroni Criciúma, 2004

3 2 A minha esposa e companheira, Andréia Cristina Antunes Mastella, por sua compreensão e apoio.

4 3 AGRADECIMENTOS A DEUS, acima de todas as coisas, quero agradecer por permitir o meu desenvolvimento durante essa jornada; A minha esposa Andréia e aos meus dois filhos Gustavo e Maria Júlia, que, incansavelmente, não mediram esforços, incentivando-me e colaborando para a consolidação dos meus objetivos; A minha família, pelo incentivo e colaboração em todas as horas; Ao meu orientador M. Eng. Silvio Ceroni, pelo suporte e apoio em todas as fases da elaboração do presente trabalho; Aos amigos e colegas, que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a realização deste trabalho.

5 4 RESUMO Em uma economia globalizada, a sobrevivência das organizações depende da habilidade e da flexibilidade de inovar, e também efetuar melhorias contínuas. Como resultado, as organizações vêm buscando sistematicamente novas técnicas de gerenciamento, para,assim alcançarem uma maior competitividade, através de qualidade e produtividade. O sistema de gestão da produção, desenvolvido na Toyota Motor Company, Nagoya, Japão, ficou mundialmente conhecido como Produção Enxuta, expressão traduzida de "Lean Manufacturing", criada por John Krafcik, pesquisador do Massachusetts Institute of Technology. Das origens desse método de produção aos dias atuais, novos conceitos foram agregados, como o de inteligência de redes e de tecnologia de informação, proporcionando uma melhor compreensão desse sistema de gestão, bem como possibilitou entender a magnitude dos impactos provocados nas organizações, a partir da adoção dos mesmos. A utilização de modernas técnicas na gestão da produção, como o Sistema de Produção Enxuta, é atualmente estudado, copiado e adaptado pelas organizações em todas as partes do mundo. Este trabalho tem por objetivo estudar a implementação dos princípios e técnicas do Sistema de Produção Enxuta, onde será feita uma discussão sobre as origens e o conteúdo de cada uma dessas filosofias e técnicas, bem como uma análise final da integração dessas, relatadas neste estudo por vários autores. As conclusões indicarão a possibilidade de implantação desse método de gestão em vários ramos industriais, observando as características específicas de cada organização. Palavras-chave: Produção Enxuta, Flexibilidade, Melhoria Contínua.

6 5 SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES...07 LISTA DE FIGURAS INTRODUÇÃO A evolução dos modelos produtivos Objetivos do trabalho Objetivo Geral Objetivos Específicos Metodologia Procedimentos metodológicos Justificativa Estrutura do trabalho FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Sistemas de produção Mudanças e inovações na organização A evolução da produção Tipos de sistemas de produção A produção em massa As origens do sistema de produção em massa A organização do processo de trabalho O SISTEMA DE PRODUÇÃO ENXUTA...27

7 6 3.1 Origens do sistema de produção enxuta A estrutura da produção Gerenciamento de processos Indicadores e itens de controle Os desperdícios (perda) no processo de produção O mecanismo do pensamento científico O sistema toyota de produção Just-in-time A autonomação Controle de qualidade zero defeitos e dispositivo poka-yoke A troca rápida de ferramentas (TRF) e o tempo de setup Engenharia de valor Manutenção produtiva total Padronização das operações e a operação-padrão CONSIDERAÇÕES FINAIS...63 REFERÊNCIAS...66

8 7 LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES SPE Sistema de Produção Enxuta STP Sistema Toyota de Produção Just-in-time Fornecimento na quantidade, tipo e prazo definidos Turnover Troca de funcionários Poka-Yoke Detetor de falhas Andon Sinalizador

9 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Dois fluxos da produção A estrutura da produção...30 Figura 2 Estrutura das Operações...32 Figura 3 Melhoria contínua com sistemas de produção enxuta...40 Figura 4 a redução do nível de estoque (água) permite que a gerência (navio) veja os problemas da produção (pedras) e procure reduzi-los...46

10 9 1. INTRODUÇÃO 1.1 A evolução dos modelos produtivos Historicamente tem se observado que, sob o capitalismo, não há uma única forma de organizar os elementos do processo na manufatura. Além disso, o desenvolvimento e o predomínio de um conjunto de práticas, em uma certa época, são condicionados por fatores de naturezas econômica, social, cultural, trazendo consigo a marca de uma dada formação econômico-social. Mas, a partir do momento em que uma nova forma de agir tenha se constituído e se mostrado mais eficiente, ela tende a transferir-se para diferentes regiões e culturas, através da ação da concorrência, indicando, assim, o caráter geral do capitalismo acúmulo de riquezas e poder. Nas primeiras décadas da Revolução Industrial, a produção dava-se de forma praticamente artesanal. O mercado encontrava-se quase que inexplorado, em franca expansão. O grande aumento de produtividade alcançado com a produção mecanizada, em substituição a produção artesanal, garantia uma posição extremamente confortável às empresas em franca expansão, ou seja, às empresas emergentes. A partir da segunda década do século XX, com o advento da administração científica de Taylor e da linha de produção de Ford, a lógica da produção capitalista modificou-se. Houve grandes melhorias na produtividade industrial, devido, principalmente, à especialização do trabalho e à padronização dos produtos. Esse fato se deu porque a demanda era superior à produção e, assim, os

11 10 produtos padronizados e similares encontravam consumidores receptivos àqueles itens. À medida que a oferta de produtos começou a superar a procura, o aumento da concorrência fez com que a padronização dos produtos diminuísse, fazendo com que novos modelos fossem, cada vez mais, lançados no mercado, reduzindo drasticamente a vida útil dos produtos. Gradativamente, a produção não vem mais sendo realizada em linhas rígidas, passando a necessitar de flexibilidade, para a introdução de novos modelos e freqüentes alterações nos mesmos. Outra restrição imposta pela acirrada competição é a redução contínua dos preços de venda, mostrando que as imperfeições e ineficiências precisam obrigatoriamente ser reduzidas. Dessa maneira, a situação apresentada atualmente é de um mercado competitivo, com produtos de baixo preço, boa qualidade, freqüentes modificações em seus modelos à escolha do cliente e vida útil curta. Para obter êxito nesse tipo de mercado, a empresa necessita produzir com maior eficiência, tornando-se uma empresa de fabricação classe universal, nas palavras de Schonberger (1988). O efetivo controle das atividades produtivas é condição indispensável para que qualquer empresa possa competir em igualdade de condições, com seus concorrentes, nos dias atuais. Sem esse controle, como poderemos avaliar o desempenho das atividades e, se preciso, intervir rapidamente para a correção e melhoria dos processos? Certamente isso deixará a empresa em desvantagem frente à competição mais eficiente. Visando a superar essa dificuldade, podemos fazer uma comparação entre o sistema produtivo de uma empresa moderna e o de uma tradicional, para se ter uma idéia das mudanças ocorridas, na busca da competitividade. Enquanto a empresa tradicional não necessitava do aprimoramento

12 11 contínuo da eficiência, pois o mercado com menor concorrência absorvia as ineficiências e conseguia repassar preços razoavelmente mais altos, a empresa moderna tem como uma de suas principais preocupações a busca incessante pela melhoria da produtividade e eficiência. Dessa forma, a produção da empresa moderna deve ser feita de maneira a evitar, ao máximo, ineficiências decorrentes de má qualidade e trabalhos improdutivos que não agregam valor ao produto. As atividades, que não colaboram efetivamente para a agregação de valor ao produto, devem ser reduzidas continuamente, da mesma maneira que não se pode admitir qualquer tipo de perda no processo produtivo. Na verdade, a prática da mudança ainda é muito lenta. Apesar de estarmos no século XXI (ano 2000), muitas organizações, ainda adotam modelos das décadas de 30 e 50, completamente ultrapassados. Quebrar esse paradigma da mudança, nas empresas, é ainda assunto muito difícil, complexo e incerto. Algumas empresas não conseguem entrar em um programa consistente de mudanças e implementá-lo por não terem uma idéia nítida de como implementa-lo de forma estruturada para que ele traga resultados positivos, além do medo da mudança que normalmente as leva para territórios desconhecidos. Ao longo dos anos 80, as empresas buscavam vantagem competitiva por meio da introdução de iniciativas de aumento de produtividade, qualidade total e serviço ao cliente. Normalmente, essas iniciativas ficavam a cargo da cúpula administrativa. Apesar de terem conseguido alguns progressos, na maior parte do tempo, ficavam desapontadas com os resultados. Esses progressos levaram mais à sobrevivência do que a qualquer vantagem concreta. Produtividade, qualidade e bom atendimento ao cliente são necessidades competitivas, e não vantagens. Daí a

13 12 razão de muitas empresas terem introduzido essas iniciativas, obtendo poucos progressos. Sendo assim, observa-se uma crescente necessidade de estruturas organizacionais enxutas e flexíveis como base para se obter vantagem competitiva. Para tanto, é necessário procurar entender todo o contexto em que se desenvolveram culturas de Produção Enxuta, para permitir o desenvolvimento de uma sistemática que assegure sua implantação, não somente uma cópia, mas como uma ferramenta de mudança. 1.2 Objetivos do trabalho Objetivo geral Com base em estudos bibliográficos dos sistemas desenvolvidos pela empresa japonesa, que criou o Sistema de Produção Enxuta, discutir modelos de gestão do ponto de vista da Administração da Produção, para a aplicação dos princípios e técnicas da Produção Enxuta nas organizações Objetivos específicos Efetuar uma análise comparativa entre os diversos sistemas de organização da produção. (Sistemas de Produção em Massa, Sistema de Produção Enxuta);

14 13 Apresentar as origens da Produção Enxuta; Demonstrar que a utilização da Produção Enxuta pode ser aplicada em vários segmentos organizacionais, podendo se constituir em uma ferramenta eficaz, tornando-se uma vantagem competitiva; Identificar novos processos levantados neste estudo; Evidenciar a importância da proposição de um modelo de gestão com base na busca incessante para a eliminação de perdas nas organizações; Apresentar os resultados econômicos e técnicos obtidos nas organizações com a aplicação da Produção Enxuta. 1.3 Metodologia Procedimentos metodológicos As técnicas, que se pretende utilizar, serão a leitura preliminar da bibliografia, procurando a compreensão do contexto das evoluções dos sistemas produtivos, assim como as evoluções do comportamento humano, diante da necessidade de adaptar-se a essas mudanças. A escolha dessas técnicas foi baseada na necessidade da compreensão do papel comportamental das pessoas envolvidas, dentro do contexto estrutural em que estão inclusas, pois, conforme Godoy (1995), não é possível compreender o comportamento humano sem a compreensão do quadro referencial (estrutura) dentro do qual os indivíduos interpretam seus pensamentos e ações.

15 14 Nos tempos modernos, a gestão nas organizações deve levar em consideração tanto os aspectos técnicos, relacionados com a hierarquia, os processos, os custos e a tecnologia, como também os humanos, tais quais a motivação para o trabalho, a criatividade, a liderança, as relações interpessoais e os demais fatores envolvidos no relacionamento humano. Explica que: a metodologia é o estudo dos meios ou métodos de investigação do pensamento correto e do pensamento verdadeiro com o intuito de delimitar um problema, analisando-o e desenvolvendo observações, criticando-o e interpretando-o a partir de suas relações de causa e efeito. A metodologia possibilita ainda que o pesquisador possa encontrar os fenômenos que são objetos de seu estudo, permitindo dar suporte cientifico para a elaboração de uma monografia (OLIVEIRA, 2002, p.56). O ponto de partida de todo processo metodológico de investigação científica é a pesquisa, pois, através dela, o estudioso sobre um determinado assunto poderá verificar, analisar e conhecer todos os aspectos envolvidos em determinado fenômeno, as características de uma certa população ou ainda o comportamento de algumas variáveis envolvidas em seu trabalho. A pesquisa tem por definição oferecer respostas aos problemas. O autor define pesquisa da seguinte forma: Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem por objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema (GIL, 1991, p. 19). Este trabalho é um estudo bibliográfico sobre as questões relativas à produção enxuta, através de um debate com vários autores, no sentido de estruturála como um campo de conhecimentos.

16 15 Este estudo se caracteriza como uma pesquisa de caráter exploratório. Isso porque busca desenvolver conceitos, saciar a curiosidade - causando um melhor entendimento sobre o tema examinar, posteriormente, possibilidades de um estudo mais profundo e prover esclarecimentos sobre um processo ou um problema. 1.4 Justificativa A partir do intenso processo de globalização e internacionalização da economia e do aumento da competitividade nos mercados, as organizações se obrigam a tornarem-se mais competitivas. Isso implica tomar decisões para melhorar o desempenho em relação aos seus custos, qualidade, atendimento, flexibilidade e inovação. Assim, buscar sistematicamente novas formas de gestão, que contribuam para a competitividade empresarial, fez surgir teorias, princípios e técnicas que pensam os sistemas produtivos a partir de uma visão sistêmica, voltada principalmente para a obtenção de resultados econômico-financeiros que assegurem a sua sobrevivência em mercados altamente competitivos. Por isso, surge a necessidade de aplicar a Produção Enxuta nas organizações. Uma das questões importantes para a sobrevivência de qualquer negócio é a capacidade de competir. A Produção Enxuta busca a melhoria dessa capacidade, transformando-se, assim, em uma vantagem competitiva. O princípio da eliminação do desperdício, aplicado primeiro à fábrica, fez nascer a produção enxuta, ou seja, fabricar com o máximo de economia de recursos.

17 16 Peter Drucker (2000, p. 55) dá ao período atual o nome de Revolução do Conhecimento, por ser este o grande diferencial entre as empresas vencedoras deste século. Aquelas que souberem aproveitar melhor seus profissionais do conhecimento, alcançarão os melhores resultados, uma vez que a retenção e o melhor aproveitamento dessas pessoas será fator decisivo para as organizações. 1.5 Estrutura do trabalho O trabalho foi desenvolvido com a seguinte estrutura: no capítulo 1, foi feita a introdução deste trabalho. Nele estão incluídos os objetivos, a metodologia aplicada ao trabalho, a justificativa e a estrutura desta monografia. Nos capítulos 2 e 3, será apresentada a Fundamentação teórica do trabalho para, assim, obter uma plena compreensão do Sistema de Produção Enxuta. Nesses capítulos, abordaremos a evolução dos sistemas produtivos, fazendo-se uma breve retrospectiva sobre os aspectos mais relevantes de cada sistema. No capítulo 4, denominado Considerações Finais, serão relatadas as discussões levantadas neste trabalho monográfico.

18 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Sistemas de produção Mudanças e inovações na organização A experiência histórica tem demonstrado que sob o capitalismo, não há uma única forma de organizar os elementos do processo de trabalho no interior da manufatura. Além disso, o desenvolvimento e o predomínio de um conjunto de práticas, em uma certa época, são condicionados por fatores de naturezas econômica, social, cultural, trazendo consigo a marca de uma dada formação econômico-social. Mas, a partir do momento em que uma forma específica tenha se constituído e se mostrado mais eficiente, ela tende a difundir-se a diferentes regiões e culturas, através da ação das forças coercitivas da concorrência. Indica por outro lado, o caráter geral do capitalismo na sua lógica de acumulação das riquezas e poderes. A idéia de que modos alternativos de organizar o processo de trabalho se desenvolvem em resposta a contextos históricos específicos, parece fundamentar as inovações nessa área que foram introduzidas na manufatura japonesa no pós II Guerra Mundial. Para tratar do relato acima, analisa-se a constituição dos modelos de organização industrial que têm se destacado neste século: a produção em massa e a enxuta ou flexível. O sistema de gestão da produção, desenvolvido na Toyota Motor Company, Nagoya, Japão, ficou mundialmente conhecido como Produção Enxuta,

19 18 expressão traduzida de "Lean Manufacturing", criada por John Krafcik, pesquisador do Massachusetts Institute of Technology. A produção enxuta (essa expressão foi definida pelo pesquisador do IMVP Jhon Krafcik) é enxuta por utilizar menores quantidades de tudo em comparação com a produção em massa: metade do esforço dos operários na fábrica, metade do espaço para fabricação, metade do investimento em ferramentas, metade das horas de planejamento para desenvolver novos produtos em metade do tempo. Requer também bem menos de metade dos estoques atuais no local de fabricação, além de resultar em bem menos defeitos e produzir uma maior e sempre crescente variedade de produtos (WOMACK et al, 1992, p. 03). Das origens desse método de produção aos dias atuais, novos conceitos foram agregados, como o de inteligência de redes e de tecnologia de informação, proporcionando uma melhor compreensão desse sistema de gestão. Isso também possibilitou entender a magnitude dos impactos provocados nas organizações a partir da adoção dos mesmos. Nesse sentido, os princípios e técnicas de gestão da produção, desenvolvidos a partir da segunda metade do século XX, como o Sistema Toyota de Produção (STP), no Japão, atualmente estudados e copiados por organizações do mundo todo, buscam a manutenção de sua competitividade de uma maneira global, e não mais apenas localmente. Essa competitividade, que possibilita a sobrevivência das organizações, passa por uma grande reestruturação das mesmas: não são apenas os métodos de trabalho e as novas tecnologias, mas também uma mudança brusca com relação ao mercado e, principalmente, ao comportamento das pessoas que pertencem à organização. A partir da crise do petróleo, no início da década de 70, houve uma grande mudança no mercado, onde a relação entre a oferta e a demanda sofreram profundas transformações: antes dessa crise as organizações realizavam produção

20 19 em massa com o mercado comprando tudo que se fabricava; após a mesma, o mercado, pelo excesso de oferta, ficou mais exigente, deixando as empresas mais preocupadas. Isso fez com que elas buscassem a sua sobrevivência na oferta de produtos diferenciados e/ou variados. Diversos estudos (WOMACK et al, 1992; TRAINING & DEVELOPMENT, 1995; SHADUR et al, 1995) vêm tratando a Produção Enxuta como uma alternativa para a produção em massa. No Brasil, o sistema de Produção Enxuta (SPE) tem sido aplicado nos setores automobilístico (AMBROS, 2000), de computação (LEVY, 1997), não se restringindo apenas a fabricação de produtos manufaturados, mas também na produção de serviços, como no setor da construção civil (MIRANDA, 2001). O sistema envolve, entre outros fatores, a redução do desperdício, o aumento da qualidade dos produtos, um maior fluxo de informações e flexibilidade. Tal contexto requer funcionários motivados, satisfeitos e comprometidos, uma vez que estes também são responsáveis pelo desenvolvimento da organização. Segundo a afirmação de Womack (1992, p. 4), ele nos diz: A Produção Enxuta exige que se adquira um número bem maior de qualificações profissionais, aplicando-as criativamente num ambiente de equipe, em lugar da hierarquia rígida. 2.2 A evolução da produção A forma de organização industrial que passou a dominar a produção manufatureira no século XX, contribuindo para a obtenção de elevados índices de produtividade e progresso econômico, teve seu formato determinado pelo

21 20 desenvolvimento de um conjunto de inovações industriais que ocorreu a partir da metade do século anterior, na economia norte-americana. Na estrutura industrial, que se tornou predominante, a produção era feita em altos volumes, em empresas de grande porte, verticalmente integradas, burocratizadas e com o emprego de mãode-obra de baixa qualificação na execução de tarefas fragmentadas, repetitivas e especializadas. Porém, até chegar a essa situação, foram necessárias profundas mudanças econômicas e sociais, pois, por volta de 1850, a manufatura, vinculada principalmente ao beneficiamento de produtos agrícolas, era realizada por empresas de pequenas dimensões, utilizando técnicas artesanais e atuando em mercados locais. O caminho em direção à produção em massa e à grande empresa requeria a existência de mercados consumidores de amplas dimensões, em condições de absorver quantidades de produtos em grandes volumes, e que fossem atendidos rapidamente. 2.3 Tipos de sistemas de produção A produção em massa As origens do sistema de produção em massa Henry Ford (1926), pioneiro nesse sistema, considerava que a produção em massa não significava apenas a manufatura em grandes quantidades. Para ele, o verdadeiro traço distintivo desse sistema era o método de fabricação.

22 21 A eficiência desse sistema encontra-se nas economias de tempo, mediante o aumento na velocidade com que os materiais são trabalhados na produção. Essa ampliação, no volume de material a ser transformado, permite reduções nos custos unitários do produto, e não no porte da empresa em si; o maior tamanho da planta é uma resultante desse processo. Não há dúvida de que uma das principais transformações na organização do trabalho no século XX provém dos princípios de administração científica, que Frederick Winslow Taylor vinha desenvolvendo na produção manufatureira dos Estados Unidos, desde fins do século passado. Antes de o trabalho ser arranjado, de acordo com esses princípios, a concepção e a organização da atividade fabril eram de iniciativa dos próprios operários. Taylor (1911) acreditava que a lógica da mecanização, em que determinados movimentos padronizados de fabricação são incorporados a uma máquina especializada e, assim, repetidos de maneira mecânica, poderia igualmente ser estendida à área do trabalho. Segundo Taylor, os tempos e movimentos, que o trabalhador utiliza na execução de uma dada tarefa, poderiam ser estudados e otimizados de acordo com leis científicas, possibilitando elevar, assim, o rendimento do trabalho a níveis nunca antes alcançados. Essa maior eficiência seria atingida pela aplicação do que Taylor denominava de princípios básicos da administração científica. A revolução na organização do trabalho, ao separar a concepção e a execução das tarefas, bem como a sua simplificação, fez com que as atividades a serem realizadas pelos trabalhadores passassem a não lhes exigir grandes qualificações, tornando-os, assim, como peças intercambiáveis. Por exemplo, na fabricação do Modelo T, Ford estabeleceu que, em suas várias etapas de produção,

23 22 o trabalhador deveria executar apenas uma tarefa, no geral bastante simples. Assim, cerca de 43% das atividades a serem efetuadas não requeriam mais de um dia de treinamento, e boa parte da mão-de-obra da empresa era constituída de estrangeiros que não possuíam especialização alguma, conforme relata o próprio Ford (1922). Esse foco, do ponto de vista da administração científica de Taylor, apesar de ser, até hoje, muito aplicado, tem uma desvantagem: o fato de não considerar o homem como um ser pensante e com potencial de desenvolver melhorias. Deixa, assim, de aproveitar todo seu potencial, utilizando-o apenas na execução de tarefas repetitivas, não tendo, então, um importante ganho que poderia surgir com a participação no processo de melhora dos processos. Em abril de 1913, Ford introduziu a linha de montagem móvel na produção de magnetos e, logo após, no motor e no chassi dos automóveis em sua fábrica de Highland Park. Antes de ser adotada essa inovação, os automóveis eram montados em plataformas fixas. O ajustador especializado era responsável por quase toda a montagem do veículo. Esse trabalhador tinha que se deslocar em busca de materiais e ferramentas e, ao transitar entre uma e outra atividade, aumentava o tempo de trabalho. Ford passou, então, a especializar o trabalhador na execução de uma única tarefa na montagem do veículo. Entretanto, isso implicava, ainda, intensa movimentação de operários ao longo do chão de fábrica, pois tinham que se deslocar de veículo em veículo. Esse problema foi contornado mediante a introdução da linha de montagem móvel, onde o material a ser trabalhado chegava ao operário, fixo em seu posto de trabalho, através de esteiras transportadoras. Essa inovação, segundo Ford (1922), foi uma adaptação de uma prática que ele observou nos abatedouros em Chicago, onde a carne era transportada em carretilhas aéreas.

24 23 Um dos pontos que merece referência nesse sistema de produção, é a busca pela independência em relação aos fornecedores, visando a manter a linha de produção em constante funcionamento, com garantia de suprimento dos insumos necessários. Assim, de maneira progressiva, as firmas foram incorporando a produção de insumos-chave à sua própria atividade. A planta verticalmente integrada resultou, portanto, de estratégia empresarial de maximizar a fabricação em massa e reduzir custos. A Ford, de acordo com Womack (1992), ilustra bem essa estratégia de integração, cuja intensidade foi tal que agregou à produção de automóveis desde a plantação de borracha, a fábrica de vidros, as minas de ferro, os navios e as ferrovias para o transporte de matérias-primas até a venda do produto ao consumidor final. Essa empresa fordista, se a podemos chamar assim, de grande porte, integrada verticalmente, apresentando produtos com baixo grau de diferenciação, foi bem-sucedida, enquanto a demanda mantinha-se elevada e expandia-se através da agregação de novos consumidores e de aumento de renda. Contudo, em períodos de crescimento lento e mercados fragmentados, como os observados a partir do início da década de 1970, o sistema de produção em massa defrontou-se com perdas de eficiência, dado que não foi desenhado para atuar em um ambiente econômico com essas características. A inadequação do sistema de produção em massa ao novo quadro econômico de mercados fragmentados e de demanda volátil permitiu o ressurgimento, obviamente sob novas bases, de formas de produção que privilegiam a flexibilidade em seus modos de trabalho e a diferenciação de produtos no atendimento às preferências individualizadas dos consumidores.

25 A organização do processo de trabalho A lógica do sistema de produção em massa requer essencialmente que, em dado tempo, se produza a máxima quantidade de uma mesma mercadoria. Para isso, o processo produtivo é realizado mediante a especialização de máquinas e de mão-de-obra, ou seja, equipamentos e trabalhadores, respectivamente, são dedicados à feitura de peças e à execução de tarefas específicas. Na execução do trabalho, quanto maior o tempo que um operário se dedica a uma mesma tarefa mais elevada tende a ser sua produtividade (princípio de divisão do trabalho de que a prática leva a perfeição ). Nesse caso, o aumento da eficiência produtiva está vinculado ao trabalhador individual, decorrente do fracionamento e da especialização de tarefas (estudos de tempos e movimentos tayloristas), da redução dos movimentos desnecessários e da intensificação do trabalho (linha de montagem móvel fordista). Ainda no plano de produção, para que esse sistema funcione a contento, é necessário minimizar as paradas do processo de fabricação. Isso é feito mediante um rígido controle de tarefas. No chão de fábrica, a especialização e o fracionamento de tarefas requerem, em contrapartida, que sua integração seja recomposta, para que o produto final possa ser obtido. Na organização do processo de trabalho sob a produção em massa, a coordenação geral cabe à gerência, a qual detém a concepção desse processo e o põe em marcha, através de uma estrutura hierárquica (supervisores, mestres e outros) em que as ordens provenientes da administração chegam ao chão de fábrica apenas para serem executadas pelos operários.

26 25 No âmbito da relação com os fornecedores, o sistema de produção em massa estabelece um vínculo distante. A empresa adquire matérias-primas, peças e componentes de vários fornecedores com base no preço. Para contornar instabilidades na entrega de insumos de que necessita, a empresa procura a autonomia nas diferentes etapas de produção mediante a integração vertical. Entretanto, o sistema de produção em massa apresenta também seus limites. No espaço da planta individual os acréscimos de produtividade ou as reduções de custos, obtidos mediante a ampliação da escala de produção, não ocorrem indefinidamente. Do mesmo modo, há limites no fracionamento das tarefas e na intensificação do trabalho. Todavia, não é apenas nas dificuldades em aumentar a produtividade que o sistema encontra suas fronteiras. Visto a partir da perspectiva atual, constata-se que esse método de produção traz embutidas possibilidades de desperdícios. As ineficiências decorrem dos estoques de segurança, que imobilizam materiais e trabalhos não demandados, além de contribuir para que se encubram as fontes de defeitos na fabricação, e se isolem os trabalhadores entre as estações de trabalho, dificultando uma maior integração na busca de possíveis melhorias no processo de manufatura. No âmbito da qualidade, o controle por amostragem admite um certo percentual de peças defeituosas, constituindo-se, por isso, em fonte de elevação de custos. A existência de almoxarifados com estoques de matérias-primas e produtos finais requer imobilização de capital, burocracia administrativa e espaço fabril com seus respectivos custos. Mudanças imprevistas nos gostos dos consumidores podem implicar a inutilidade de matérias-primas e de peças estocadas, bem como a dificuldade em colocar no mercado estoques de produtos acabados.

27 26 Nesse sistema de produção, a relação capital-trabalho tem ocorrido em um ambiente conflituoso, onde a força de trabalho é vista como um custo a ser reduzido mediante uma maior automação da produção. Da mão-de-obra espera-se apenas que obedeça às ordens recebidas da gerência e execute-as. O resultado dessa relação é que a contribuição da força de trabalho ao processo produtivo em termos de acréscimos de produtividade mediante sugestões que levem à inovações incrementais é praticamente nula e nem se espera dos trabalhadores outro comportamento.

28 27 3 O SISTEMA DE PRODUÇÃO ENXUTA 3.1 Origens do sistema de Produção Enxuta Em um quadro de generalizada desaceleração do crescimento econômico, observado no Ocidente a partir do início da década de 1970, considera-se que as elevadas performances que as empresas japonesas então apresentavam e que se mantinham desde a metade dos anos de 1960, principalmente para aquelas empresas pertencentes ao setor automobilístico estejam associadas aos novos conceitos de produção que se desenvolvem naquele setor do Japão, desde o final da Segunda Guerra Mundial. De fato, como mostra Womack (1990), a indústria automobilística foi palco, mais uma vez, para profundas transformações na produção industrial, nesse último quarto de século. Esses novos conceitos de produção referem-se a um conjunto de inovações organizacionais que a Toyota, empresa japonesa produtora de automóveis, vinha desenvolvendo desde a metade da década de De acordo com Taiichi Ohno, (1988), a origem desse sistema de produção encontra-se em uma questão que se colocava à Toyota ao se propor a ser uma empresa viável na fabricação de automóveis: Como produzir carros de maneira eficiente para um mercado de pequenas dimensões como era o do Japão à época do término da II Grande Guerra. O melhor sistema de produção-até então conhecido-era aquele fornecido pela produção em massa, ou seja, a fabricação de altos volumes de produtos padronizados para um mercado de amplas dimensões. Para se ter uma idéia da

29 28 magnitude da diferença quantitativa entre os mercados americano e japonês de automóveis, o produto de apenas um dia e meio de trabalho no primeiro era equivalente a toda produção anual japonesa, conforme relato de Sayer & Walker (1992). Assim, para a Toyota, o nó da questão residia em como produzir, competitivamente, uma maior variedade de modelos em pequenas quantidades. Sob esse aspecto, o problema estava em alcançar a eficiência e a redução de custos não mais com base em economias de escala, mas em outros elementos da produção manufatureira. A Produção Enxuta, também conhecida como produção ágil ou produção de classe mundial, representa uma teoria que ganhou credibilidade ao nascer da sistematização da prática das empresas, sendo desenvolvida intensamente nos últimos anos. Após o estudo da indústria automobilística japonesa, todo o potencial dessa nova forma de administração da produção pôde ser compreendido. Para entender melhor a Produção Enxuta, torna-se necessário defini-la. Nesse sentido, Womack et al (1990) modelam essa nova filosofia de produção da seguinte maneira: a. é um sistema produtivo integrado, com enfoque no fluxo de produção. Esta produção em pequenos lotes segundo a filosofia Just-in-time e em um nível reduzido de estoques; b. envolve ações de prevenção de defeitos, em vez de correção; c. trabalha com produção puxada, em vez da produção empurrada baseada em previsões de demanda; d. é flexível, sendo organizada através de times de trabalho por mão-de-obra polivalente;

30 29 e. pratica um envolvimento ativo na solução das causas de problemas com vistas à maximização da agregação de valor ao produto final; f. trabalha com um relacionamento de parceria intensivo desde o primeiro fornecedor até o cliente final. 3.2 A estrutura da produção O crescimento da indústria japonesa, a partir da segunda metade do século XX, ocasionou uma revolução na Administração da Produção, com a quebra de paradigmas surgidos com a Revolução Industrial no início do século. Do início do século até aproximadamente a metade dos anos 70, o mundo das organizações foi dominado pelos conceitos e técnicas disseminados com a expansão das empresas americanas e européias. Onde quer que fabricassem ou vendessem seus produtos e serviços, essas empresas levavam junto sua tecnologia e seus paradigmas de administração. A partir dos anos 70, porém, começaram a tornar-se conhecidas palavras e nomes vindos do Japão. Desde então, as idéias vindas deste país também começaram a fazer parte do vocabulário e do currículo do estudo de administração. O paradigma da análise da produção, através da análise das operações que compõem um processo produtivo, tornou-se ultrapassado. De acordo com esse paradigma, o processo era visto como um somatório de operações. Dessa forma, melhorar uma operação significava aperfeiçoar o processo como um todo.

31 30 Tabela 1 - Estruturas da Produção IDÉIAS OCIDENTAIS Linha de montagem móvel Verticalização Estruturas divisionadas e hierárquicas Controle de qualidade Administração de estoques Produtos de alto custo e alto preço Fonte: Anônimo. IDÉIAS ORIENTAIS Grupos de trabalho autogerenciados Just in time Produção Enxuta Círculos de qualidade Produtos de alta qualidade e baixo preço Aprimoramento contínuo A partir do surgimento do STP, a análise do fenômeno da produção passou a ser vista de uma forma diferente, surgindo um novo paradigma. Afirma Shingo (1996 a, p. 37) que Antes de estudar o STP, é necessário entender a função da produção como um todo. Produção constitui uma rede de processos e operações, fenômenos que se posicionam ao longo de eixos que se interseccionam. Em melhorias de produção, deverá ser dada prioridade máxima para os fenômenos de processo (SHINGO 1996b, p. 29). Figura 1 Dois Fluxos da Produção A Estrutura da Produção Fonte: SHINGO, 1996, p. 26.

32 31 Com essa afirmação, Shingo revolucionou o conceito do que vem a ser o fenômeno da produção. De acordo com essa (Figura 1), existem dois eixos: o primeiro, corresponde ao fluxo das matérias-primas e dos materiais que se transformam em produtos finais; refere-se ao eixo do processo. O segundo, corresponde ao fluxo de homens e máquinas que interagem sobre as matérias primas e materiais; refere-se ao eixo das operações. Shingo (1996, p. 26) afirma que o processo pode ser entendido como sendo o fluxo de produtos de um trabalhador para outro, ou seja, os estágios pelos quais a matéria-prima se move até se tornar um produto acabado. A operação refere-se ao estágio distinto no qual um trabalhador pode trabalhar em diferentes produtos, isto é, fluxos humanos temporal e espacial, firmemente centrados no trabalhador. A análise da rede de processos e operações revela que um método de otimização da produção deve perseguir a diminuição dos espaços existentes entre os pontos de interseção, tendendo à sua eliminação completa. Cita Ghinato (1996) que: A otimização da produção é o próprio enxugamento da estrutura, através da redução ou eliminação das atividades que não agregam valor ao produto pela implementação de melhorias. Desta forma não só os espaços entre as interseções devem ser diminuídos ou eliminados como também o número de interseções existentes (GHINATO, 1996, p. 69). Ao analisarmos as contribuições das operações e dos processos na produção, podemos constatar que as operações contribuem para a redução dos custos da produção, enquanto que o processo permite o aumento da eficácia do mesmo. Isso, ocorre pela maior agregação de valor ao produto e a eliminação das operações que só aumentam os custos, causando desperdícios.

33 32 Em uma empresa existem operações necessárias, que agregam ou não valor ao produto final. Também encontramos operações desnecessárias, ou seja, aquelas que se constituem em perdas ou desperdícios. Ao analisá-las, Shingo as classificou segundo sua utilidade. O resultado gráfico é apresentado na Figura abaixo: Figura 2 - Estrutura das Operações Fonte: SHINGO, 1996, p Os itens inúteis correspondem às perdas ou aos desperdícios e devem ser eliminados. Os itens úteis subdividem-se, basicamente, em operações principais, operações de preparação e ajustes e folgas.

34 Gerenciamento de processos A análise da Estrutura Organizacional de uma organização, tradicionalmente, sempre foi realizada sob a visão do gerenciamento por departamento, através da análise vertical de seu organograma. Dessa maneira, é distribuído o poder exercido pelas pessoas dentro da organização, através da hierarquia funcional. Hoje, numa visão moderna, a análise do organograma se dá de forma horizontal, possibilitando compreender as inter-relações existentes entre os departamentos da organização, o que vem ao encontro da estrutura do fenômeno da produção que Shingo propôs. Da mesma maneira que a melhoria das operações não significa necessariamente melhoria do processo, podemos dizer que, ao melhorar o desempenho dos departamentos de uma organização, isoladamente, isso não significa necessariamente uma melhoria no desempenho da organização como um todo. De acordo com Hronec (1994, p ), em uma organização existem três tipos de processos: processos primários: aqueles que afetam o cliente. Se houver uma falha num processo primário, o cliente saberá imediatamente; processos de apoio: os que suportam os primários e são necessários para a execução destes. Se houver uma falha num processo de apoio, o cliente não perceberá imediatamente;

35 34 processos de gestão: necessários para coordenar as atividades de apoio e os processos primários. Para manter a sobrevivência da organização, afirma Hronec (1994): É importante identificar os processos críticos, porque esta filtragem mantém todos focalizados naquilo que é verdadeiramente importante para a organização, ajudando a administração a desenvolver, instalar e utilizar as medidas de desempenho primeiramente nas áreas críticas para sobrevivência da organização (HRONEC, 1994, p. 100). No gerenciamento de processos, devem-se utilizar indicadores e itens de controle para o seu controle e monitoração. 3.4 Indicadores e itens de controle Todas as atividades de uma organização só podem ser corretamente avaliadas, se forem feitos controles (índices), que informem como ela está em relação às metas e aos objetivos estabelecidos no seu planejamento. Dessa maneira, a quantificação desses índices deve ser determinada com base em fatos e dados, não sujeitos a julgamentos ou opiniões. Conforme cita Hronec (1994, p. 1) os índices, denominados por ele de medidas de desempenho, são os sinais vitais da organização. Uma vez corretamente planejados e implementados, auxiliam no exame dos processos dentro da organização, auxiliam na identificação de problemas, ajudando, assim, a prever e a evitar a ocorrência dos mesmos.

36 35 Na organização, existem dois tipos de indicadores: os que informam o desempenho geral e também o monitoramento de seus resultados e aqueles que comunicam o desempenho operacional dos seus setores ou postos de trabalho, controlando, assim, o processo e motivando o pessoal. As medidas são o resultado direto da meta escolhida. Não se pode selecionar um conjunto de medidas sem antes ter definido a meta da organização. Goldratt (a síndrome do palheiro) (1997, p. 15) afirma que a meta de uma empresa é ganhar mais dinheiro, agora e no futuro. Para que esse objetivo seja alcançado, Goldratt propõe três medidas fundamentais para saber se a empresa está atingindo esta meta: o lucro líquido, o retorno sobre o investimento e o fluxo de caixa (GORDRATT, 1997, p. 15), aos quais ele chama de indicadores globais, assim definidos: lucro líquido é uma medida absoluta. Mede o quanto de dinheiro a empresa está gerando; retorno sobre o investimento é uma medida relativa, que dimensiona o esforço necessário para atingir um determinado lucro; fluxo de caixa é um demonstrativo financeiro que não representa uma medida, mas uma condição necessária muito importante. Informa sobre a disponibilidade financeira da empresa. Utilizando o conceito desses indicadores, Goldratt (1997, p. 20) afirma que a meta de uma empresa é aumentar o lucro líquido, aumentando simultaneamente o retorno sobre o investimento e o fluxo de caixa. Além desses indicadores, Goldratt (1997, p. 38) fala que a meta de uma empresa é aumentar o lucro líquido, aumentando simultaneamente o retorno sobre o investimento e o fluxo de caixa.

37 36 Goldratt (1997, p ), fala também de outras medidas, as quais denomina de indicadores locais, a saber: Ganho é definido como o índice pelo qual o sistema gera dinheiro através das vendas; Inventário é definido como todo o dinheiro que o sistema investe na compra de coisas que pretende vender; Despesa Operacional é definida como todo o dinheiro, que o sistema gasta transformando o inventário em ganho. As medidas observadas anteriormente são distintas das utilizadas normalmente. Intuitivamente, todos têm um desejo em relação a essas três medidas em uma empresa: Ganho Inventário Despesa Operacional Goldratt (1997, p. 38) afirma que a meta de uma empresa é aumentar o ganho e reduzir, simultaneamente, o inventário e as despesas operacionais. Porém essas medidas não permitem a um funcionário avaliar o seu desempenho no chão-de-fábrica: afirmar que o lucro líquido de sua organização teve um determinado acréscimo percentual ou que as despesas operacionais obtiveram uma determinada redução nada significarão para o mesmo. Para que esse funcionário possa quantificar o seu desempenho, são necessárias outras medidas, denominadas de itens de controle, capazes de identificar, claramente, o seu desempenho na realização de suas tarefas.

38 Os desperdícios (perdas) no processo de produção Ao pensarmos sobre a eliminação total dos desperdícios, precisamos ter em mente que o aumento da eficiência só faz sentido quando está associado à redução de custos. Ohno (1997, p. 38) descreve dois pontos para analisarmos as perdas através do desperdício: 1- O aumento da eficiência só faz sentido quando está associado à redução de custos. Para obter isso, temos que começar a produzir apenas aquilo que necessitamos usando um mínimo de mão-de-obra; 2- Observe a eficiência de cada operador e de cada linha. Observe então os operadores como um grupo, e depois a eficiência de toda a fábrica (todas as linhas). A eficiência deve ser melhorada em cada estágio e, ao mesmo tempo, para a fábrica como um todo. Ao analisar o Mecanismo da Função Produção, sob a ótica de melhorias do processo, Shingo (1996a, p. 39) identificou quatro fenômenos que constituem o fluxo do objeto para a transformação de matérias-primas em produtos acabados: Processamento: é a alteração da forma ou matéria, montagem e desmontagem; Inspeção: é a comparação com um padrão; Transporte: corresponde à mudança de localização; Espera: é o espaço de tempo sem que ocorra alguma mudança. Ela pode ser: espera do processo, quando um lote inteiro aguarda que outro precedente seja processado, inspecionado ou transportado; espera do lote, que é o espaço de tempo sem que ocorra alguma mudança durante as operações de

39 38 um lote. Enquanto há processamento, inspeção ou transporte de uma peça, matéria-prima ou produto, os demais ficam aguardando. A verdadeira melhoria na eficiência acontece quando se consegue produzir com zero desperdício. No Sistema Toyota de Produção, deve-se produzir apenas a quantidade necessária, e a força de trabalho deve ser reduzida para cortar o excesso de capacidade e corresponder à quantidade necessária. Observando esses fenômenos da produção, Ohno (1997, p. 39) fala que o passo preliminar para a aplicação do Sistema Toyota de Produção é identificar completamente os desperdícios, conforme segue: desperdício de superprodução; desperdício de tempo disponível (espera); desperdício em transporte; desperdício do processamento em si; desperdício de estoque disponível (estoque); desperdício de movimento; desperdício de produzir produtos defeituosos. A eliminação completa desses desperdícios pode aumentar a eficiência das operações. Para fazê-lo, devemos produzir apenas a quantidade necessária, liberando, assim, a força de trabalho extra. Os desperdícios por superprodução são aqueles onde acontece a produção antecipada de produtos, imobilizando-se recursos antes do necessário ou devido à produção excessiva, nas quais se produz mais do que a demanda, com o objetivo de compensar a produção de produtos defeituosos ou fazer estoque. Em ambos os casos, há desperdício.

40 39 A falta de balanceamento no processo de produção ocasiona a paralisação de postos de trabalho, resultando em baixa taxa de ocupação de equipamentos e paralisação da atividade humana, caracterizando as perdas por espera. Elas podem ocorrer, também, quando ocorre o setup dos equipamentos. Transportar é uma operação que não agrega valor ao produto, uma vez que este estará da mesma forma, no início e no fim do ciclo. Deve-se, portanto, buscar a eliminação dessa operação pela mudança de layout das instalações. Quando se mecaniza um transporte, ele pode melhorar a eficiência dessa operação, mas, no máximo, ocasionará uma redução dos custos de transporte. No processamento, inúmeras atividades podem ser realizadas sem que contribuam para a melhoria da qualidade do produto, sendo, dessa forma, desnecessárias. É necessário um trabalho de investigação pela agregação de valor para a identificação daquelas e a eliminação desse tipo de perda. Um dos paradigmas derrubados pelo STP é o de que havia necessidade de formação de estoques no processo produtivo ou no almoxarifado. O desenvolvimento do Just-in-time comprovou que a existência de estoques, na realidade, apenas encobre imperfeições, constituindo-se em desperdício. A eliminação de estoques, tanto no almoxarifado, como nos produtos em fabricação ou acabados, deve ser perseguida. As perdas por movimento são aquelas relacionadas aos movimentos feitos pelos trabalhadores sem que estes sejam necessários. A produção de produtos defeituosos não atende as especificações de qualidade projetadas, constitui um desperdício que só faz aumentar os custos de produção. Para sua eliminação, deve-se realizar uma inspeção visando a identificar

41 40 e a prevenir a ocorrência desses produtos. Porém a simples identificação deles não irá resolver o problema, uma vez que isso tenderá a se repetir. Ao focalizar áreas que precisam de melhorias, os sistemas de produção enxuta conduzem a melhorias contínuas em qualidade e produtividade. Por exemplo, a figura 3 caracteriza a filosofia por trás da melhoria contínua, com sistemas de produção enxuta. Na manufatura, a superfície da água representa os níveis de estoque de produtos e as rochas representam os problemas encontrados na execução da manufatura. Quando a superfície da água é suficientemente elevada, o barco navega acima das rochas, porque o índice elevado de estoque ou capacidade mascara os problemas. À medida que o estoque diminui, as rochas ficam expostas. Em última análise, o barco atingirá uma rocha se o nível da superfície da água diminuir muito. Figura 3 - Melhoria contínua com sistemas de produção enxuta Fonte: RITZMAN; KRAJEWSKI, 2004, p. 407.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Departamento de Engenharia. ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção

Departamento de Engenharia. ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia de Produção ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção Prof. Gustavo Suriani de Campos Meireles Faz

Leia mais

DEFINIÇÃO DE LEAN MANUFACTURING

DEFINIÇÃO DE LEAN MANUFACTURING MANUFATURA ENXUTA DEFINIÇÃO DE LEAN MANUFACTURING A ORIGEM DA PALAVRA LEAN O termo LEAN foi cunhado originalmente no livro A Máquina que Mudou o Mundo de Womack, Jones e Roos, publicado nos EUA em 1990.

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção Fascículo 6 Arranjo físico e fluxo O arranjo físico (em inglês layout) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar: Instalações

Leia mais

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas. Módulo: Administração de Materiais. Profª Neuza

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas. Módulo: Administração de Materiais. Profª Neuza FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo: Administração de Materiais Profª Neuza AULA ANTERIOR: Compras O que é??? É uma atividade de aquisição que visa garantir o abastecimento da empresa

Leia mais

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE CHÃO DE FÁBRICA A PRODUÇÃO COMPETITIVA CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE Foco principal das empresas que competem com

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I Curso de Graduação em Administração Administração da Produção e Operações I 22º Encontro - 11/05/2012 18:50 às 20:30h COMO SERÁ NOSSO ENCONTRO HOJE? - ABERTURA - CAPACIDADE E TURNOS DE TRABALHO. 02 Introdução

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO 1.1. INTRODUÇÃO Nos últimos 20 anos a atividade de manutenção tem passado por mais mudanças do que qualquer outra. Estas alterações são conseqüências de: a) aumento, bastante rápido,

Leia mais

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado 2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado Conteúdo 1. Função Produção 3. Administração da Produção 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração Eunice Lacava Kwasnicka - Editora

Leia mais

GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES

GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES CAPÍTULO 1 Gestão da produção: história, papel estratégico e objetivos Prof. Glauber Santos 1 GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 1.1 Gestão da produção: apresentação Produção

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Unidade II FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Prof. Jean Cavaleiro Objetivos Ampliar a visão sobre os conceitos de Gestão Financeira; Conhecer modelos de estrutura financeira e seus resultados; Conhecer

Leia mais

Definição. Kaizen na Prática. Kaizen para a Administração. Princípios do Just in Time. Just in Time 18/5/2010

Definição. Kaizen na Prática. Kaizen para a Administração. Princípios do Just in Time. Just in Time 18/5/2010 Uninove Sistemas de Informação Teoria Geral da Administração 3º. Semestre Prof. Fábio Magalhães Blog da disciplina: http://fabiotga.blogspot.com Semana 15 e 16 Controle e Técnicas de controle de qualidade

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

Módulo 11 Socialização organizacional

Módulo 11 Socialização organizacional Módulo 11 Socialização organizacional O subsistema de aplicação de recursos humanos está relacionado ao desempenho eficaz das pessoas na execução de suas atividades e, por conseguinte, na contribuição

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 16 AS QUATRO FASES DO PCP

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 16 AS QUATRO FASES DO PCP PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 16 AS QUATRO FASES DO PCP Índice 1. As quatro fases do PCP...3 1.1. Projeto de produção... 3 1.2. Coleta de informações... 5 1.3. Relação despesas/vendas...

Leia mais

INTRODUÇÃO objectivo

INTRODUÇÃO objectivo INTRODUÇÃO O tema central deste trabalho é o sistema de produção just-in-time ou JIT. Ao falarmos de just-in-time surge de imediato a ideia de produção sem stocks, inventários ao nível de zero, produção

Leia mais

Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral

Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral Estratégia de negócio, estratégias de segmentação e posicionamento. Análise do potencial de demanda. Definição da missão. liderança.

Leia mais

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 45º SEMINÁRIO DE ACIARIA -ABM PRIMARIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS Cléverson Stocco Moreira PORTO ALEGRE - MAIO/2014 CONCEITO DE MANUTENÇÃO: INTRODUÇÃO Garantir a confiabilidade e a disponibilidade

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA 58 FUNDIÇÃO e SERVIÇOS NOV. 2012 PLANEJAMENTO DA MANUFATURA Otimizando o planejamento de fundidos em uma linha de montagem de motores (II) O texto dá continuidade à análise do uso da simulação na otimização

Leia mais

Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE. Profa. Lérida Malagueta

Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE. Profa. Lérida Malagueta Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES Profa. Lérida Malagueta Planejamento e controle da produção O PCP é o setor responsável por: Definir quanto e quando comprar Como fabricar ou montar cada

Leia mais

Curso de Engenharia de Produção. Noções de Engenharia de Produção

Curso de Engenharia de Produção. Noções de Engenharia de Produção Curso de Engenharia de Produção Noções de Engenharia de Produção Logística: - II Guerra Mundial; - Por muito tempo as indústrias consideraram o setor de logística de forma reativa e não proativa (considera

Leia mais

FIB- Faculdades Integradas de Bauru DISCIPLINA: FUNDAMENTOS E EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO MODERNA. Profº MS. Carlos Henrique Carobino

FIB- Faculdades Integradas de Bauru DISCIPLINA: FUNDAMENTOS E EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO MODERNA. Profº MS. Carlos Henrique Carobino FIB- Faculdades Integradas de Bauru DISCIPLINA: FUNDAMENTOS E EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO MODERNA Profº MS. Carlos Henrique Carobino E-mail: carobino@bol.com.br 1 Pressões Externas MEGATENDÊNCIAS Competição

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Existem três níveis distintos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Alcance

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

Planejamento da produção. FATEC Prof. Paulo Medeiros

Planejamento da produção. FATEC Prof. Paulo Medeiros Planejamento da produção FATEC Prof. Paulo Medeiros Planejamento da produção O sistema de produção requer a obtenção e utilização dos recursos produtivos que incluem: mão-de-obra, materiais, edifícios,

Leia mais

Descrição do processo de priorização para tomada de tempos: Pesquisa ação em uma empresa job shop de usinados aeronáuticos.

Descrição do processo de priorização para tomada de tempos: Pesquisa ação em uma empresa job shop de usinados aeronáuticos. Descrição do processo de priorização para tomada de tempos: Pesquisa ação em uma empresa job shop de usinados aeronáuticos. Tatiana Sakuyama Jorge Muniz Faculdade de Engenharia de Guaratingüetá - Unesp

Leia mais

Conversa Inicial. Olá! Seja bem-vindo à quarta aula de Fundamentos de Sistemas de Informação.

Conversa Inicial. Olá! Seja bem-vindo à quarta aula de Fundamentos de Sistemas de Informação. Conversa Inicial Olá! Seja bem-vindo à quarta aula de Fundamentos de Sistemas de Informação. Hoje iremos abordar os seguintes assuntos: a origem dos sistemas integrados (ERPs), os módulos e fornecedores

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Fábio Pires 1, Wyllian Fressatti 1 Universidade Paranaense (Unipar) Paranavaí PR Brasil pires_fabin@hotmail.com wyllian@unipar.br RESUMO. O projeto destaca-se

Leia mais

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br Gerenciamento de projetos cynaracarvalho@yahoo.com.br Projeto 3URMHWR é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO José Roberto Santana Alexandre Ripamonti Resumo: Com a globalização da economia, as empresas, enfrentam

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR O que é Franquia? Objetivo Esclarecer dúvidas, opiniões e conceitos existentes no mercado sobre o sistema de franquias. Público-Alvo Empresários de pequeno, médio e grande

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo:

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo: Perguntas e respostas sobre gestão por processos 1. Gestão por processos, por que usar? Num mundo globalizado com mercado extremamente competitivo, onde o cliente se encontra cada vez mais exigente e conhecedor

Leia mais

CAPÍTULO 4 Projeto e organização do trabalho e dos recursos físicos

CAPÍTULO 4 Projeto e organização do trabalho e dos recursos físicos ADMINISTRAÇÃO GESTÃO DA PRODUÇÃO CAPÍTULO 4 Projeto e organização do trabalho e dos recursos físicos 4.1 Arranjo físico GESTÃO DA PRODUÇÃO É a maneira segundo a qual se encontram dispostos fisicamente

Leia mais

Administração de Sistemas de Informação. Prof. Paulo Sérgio Ramão

Administração de Sistemas de Informação. Prof. Paulo Sérgio Ramão Administração de Sistemas de Informação Prof. Paulo Sérgio Ramão Temas para os Seminários: CRM Customer Relationship Management OLAP - On-Line Analytical Processing DATAMINING DATA WAREHOUSE e DATA MART

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? Índice 1. O que é planejamento de...3 1.1. Resultados do planejamento de vendas e operações (PVO)...

Leia mais

4. Tendências em Gestão de Pessoas

4. Tendências em Gestão de Pessoas 4. Tendências em Gestão de Pessoas Em 2012, Gerenciar Talentos continuará sendo uma das prioridades da maioria das empresas. Mudanças nas estratégias, necessidades de novas competências, pressões nos custos

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa 1 INTRODUÇÃO 1.1 Motivação e Justificativa A locomoção é um dos direitos básicos do cidadão. Cabe, portanto, ao poder público normalmente uma prefeitura e/ou um estado prover transporte de qualidade para

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E Prof. Marcelo Mello Unidade III DISTRIBUIÇÃO E TRADE MARKETING Canais de distribuição Canal vertical: Antigamente, os canais de distribuição eram estruturas mercadológicas verticais, em que a responsabilidade

Leia mais

LOGO. Sistema de Produção Puxada

LOGO. Sistema de Produção Puxada LOGO Lean Manufacturing Sistema de Produção Puxada Pull Production System 1 Conteúdo 1 Definição 2 Objetivo 3 Sistema Empurrado 4 Sistema Empurrado X Puxado 2 Lean Manufacturing Conteúdo 5 Sistema de Produção

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING 1. Estabelecer a constância de propósitos para a melhoria dos bens e serviços A alta administração deve demonstrar constantemente seu comprometimento com os objetivos

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica Danillo Tourinho S. da Silva, M.Sc. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Estratégia Competitiva é o conjunto de planos, políticas,

Leia mais

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br Sumário Introdução... 3 Amostra... 4 Tamanho do cadastro de materiais... 5 NCM utilizadas... 6 Dúvidas quanto à classificação fiscal... 7 Como as empresas resolvem as dúvidas com os códigos de NCM... 8

Leia mais

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM)

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM) CRM Definição De um modo muito resumido, pode definir-se CRM como sendo uma estratégia de negócio que visa identificar, fazer crescer, e manter um relacionamento lucrativo e de longo prazo com os clientes.

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Análise Estruturada de Sistemas

Análise Estruturada de Sistemas Análise Estruturada de Sistemas Capítulo 3 Estudo de Viabilidade Definição das Necessidades Funcionais O propósito desta etapa é produzir um documento formal que contenha uma descrição detalhada da proposta,

Leia mais

COMO MELHORAR O DESEMPENHO DAS LINHAS DE. Edson Donisete da Silva, Carlos Roberto Sponteado Aquarius Software

COMO MELHORAR O DESEMPENHO DAS LINHAS DE. Edson Donisete da Silva, Carlos Roberto Sponteado Aquarius Software COMO MELHORAR O DESEMPENHO DAS LINHAS DE PRODUÇÃO Edson Donisete da Silva, Carlos Roberto Sponteado Aquarius Software Objetivo Apresentar conceitos e ferramentas atuais para melhorar eficiência da produção

Leia mais

Elétrica montagem e manutenção ltda. AVALIAÇÃO DE COLABORADORES

Elétrica montagem e manutenção ltda. AVALIAÇÃO DE COLABORADORES AVALIAÇÃO DE COLABORADORES RESUMO A preocupação com o desempenho dos colaboradores é um dos fatores que faz parte do dia-a-dia da nossa empresas. A avaliação de desempenho está se tornando parte atuante

Leia mais

Administração das Operações Produtivas

Administração das Operações Produtivas UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS Administração das Operações Produtivas Prof. Rodolpho Antonio Mendonça WILMERS São Paulo 2009 Administração das Operações Produtivas Introdução Nada

Leia mais

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação QP Informe Reservado Nº 70 Maio/2007 Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QP. Este guindance paper

Leia mais

Teoria Geral de Sistemas. Késsia R. C. Marchi

Teoria Geral de Sistemas. Késsia R. C. Marchi Teoria Geral de Sistemas Késsia R. C. Marchi Informação e Sistema Abordagem Sistêmica As pessoas empregam a palavra sistema em muitas situações cotidianas, por exemplo: O sistema eletrônico de votação...

Leia mais

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 Índice 1. Importância do ERP para as organizações...3 2. ERP como fonte de vantagem competitiva...4 3. Desenvolvimento e implantação de sistema de informação...5

Leia mais

3.6 3 A DINÂMICA DAS ORGANIZAÇÕES E AS ORGANIZAÇÕES DO CONHECIMENTO

3.6 3 A DINÂMICA DAS ORGANIZAÇÕES E AS ORGANIZAÇÕES DO CONHECIMENTO Faculdade INED Curso Superior de Tecnologia: Redes de Computadores Disciplina: Dinâmica nas Organizações Prof.: Fernando Hadad Zaidan Unidade 3.6 3 A DINÂMICA DAS ORGANIZAÇÕES E AS ORGANIZAÇÕES DO CONHECIMENTO

Leia mais

Transformando serviços automotivos: o caso de pneus

Transformando serviços automotivos: o caso de pneus Transformando serviços automotivos: o caso de pneus Alexandre Cardoso A Garra Pneus é uma revenda de pneus com prestação de serviços de alinhamento, balanceamento e desempeno de rodas. Fundada em 1994,

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

Engª de Produção Prof.: Jesiel Brito. Sistemas Integrados de Produção ERP. Enterprise Resources Planning

Engª de Produção Prof.: Jesiel Brito. Sistemas Integrados de Produção ERP. Enterprise Resources Planning ERP Enterprise Resources Planning A Era da Informação - TI GRI Information Resource Management -Informação Modo organizado do conhecimento para ser usado na gestão das empresas. - Sistemas de informação

Leia mais

GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE Profa. Adriana Roseli Wünsch Takahashi

GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE Profa. Adriana Roseli Wünsch Takahashi UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA QUALIDADE GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE Profa. Adriana Roseli Wünsch Takahashi MARÇO/2010

Leia mais

A origem latina da palavra trabalho (tripalium, antigo instrumento de tortura) confirma o valor negativo atribuído às atividades laborais.

A origem latina da palavra trabalho (tripalium, antigo instrumento de tortura) confirma o valor negativo atribuído às atividades laborais. 1 Origem do termo O trabalho é o conjunto de atividades por meio das quais o ser humano cria as condições para sua sobrevivência. Por esta característica, sempre foi indispensável na vida dos indivíduos.

Leia mais

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO Sistema de informações gerenciais Sistema de informações gerencial => conjunto de subsistemas de informações que processam dados e informações para fornecer

Leia mais

Abordagem Clássica da Administração

Abordagem Clássica da Administração Abordagem Clássica da Disciplina: Planejamento Estratégico Página: 1 Aula: 05 Principais Personagens Fredeick Winslow Taylor (americano) Escola da Científica: aumentar a eficiência da indústria por meio

Leia mais

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING 1 ÍNDICE 03 04 06 07 09 Introdução Menos custos e mais controle Operação customizada à necessidade da empresa Atendimento: o grande diferencial Conclusão Quando

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 5: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 5.1 Conceito de ARH Sem as pessoas e sem as organizações não haveria ARH (Administração de Recursos Humanos). A administração de pessoas

Leia mais

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani Planejamento Estratégico de TI Prof.: Fernando Ascani BI Business Intelligence A inteligência Empresarial, ou Business Intelligence, é um termo do Gartner Group. O conceito surgiu na década de 80 e descreve

Leia mais

Visão estratégica para compras

Visão estratégica para compras Visão estratégica para compras FogStock?Thinkstock 40 KPMG Business Magazine Mudanças de cenário exigem reposicionamento do setor de suprimentos O perfil do departamento de suprimentos das empresas não

Leia mais

MRP MRP. Módulo 5 MRP e JIT. Demanda de produtos e serviços. Fornecimento de produtos e serviços

MRP MRP. Módulo 5 MRP e JIT. Demanda de produtos e serviços. Fornecimento de produtos e serviços Módulo 5 MRP e JIT Adm Prod II 1 MRP Fornecimento de produtos e serviços Recursos de produção MRP Decisão de quantidade e momento do fluxo de materiais em condições de demanda dependente Demanda de produtos

Leia mais

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 No passado, até porque os custos eram muito baixos, o financiamento da assistência hospitalar

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

Otimizada para Crescimento:

Otimizada para Crescimento: Quinta Pesquisa Anual de Mudança na Cadeia de Suprimentos RESUMO REGIONAL: AMÉRICA LATINA Otimizada para Crescimento: Executivos de alta tecnologia se adaptam para se adequar às demandas mundiais INTRODUÇÃO

Leia mais

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação. ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia

Leia mais

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso:

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso: PLANO DE NEGÓCIOS Causas de Fracasso: Falta de experiência profissional Falta de competência gerencial Desconhecimento do mercado Falta de qualidade dos produtos/serviços Localização errada Dificuldades

Leia mais

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES Janaína Schwarzrock jana_100ideia@hotmail.com Prof. Leonardo W. Sommariva RESUMO: Este artigo trata da importância da informação na hora da tomada de decisão,

Leia mais

GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA

GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA http://www.administradores.com.br/artigos/ GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em Gestão de Negócios

Leia mais

CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA

CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA 1 CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA O Sr. Roberval, proprietário de uma pequena indústria, sempre conseguiu manter sua empresa com um bom volume de vendas. O Sr. Roberval acredita que uma empresa, para ter sucesso,

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

QUALIDADE DE SOFTWARE

QUALIDADE DE SOFTWARE QUALIDADE DE SOFTWARE AULA N.3 Curso: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Disciplina: Qualidade de Software Profa. : Kátia Lopes Silva 1 QUALIDADE DE SOFTWARE Objetivos: Introduzir os três modelos para implementar

Leia mais