8. Estratégia geral, ações necessárias e previsão de investimento nos setores portuário, ferroviário e rodoviário

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1 Logística

2 8. Estratégia geral, ações necessárias e previsão de investimento nos setores portuário, ferroviário e rodoviário Dalmo dos Santos Marchetti* Introdução Pode-se afirmar que investir na ampliação e no aperfeiçoamento da infraestrutura logística vem sendo encarado nos últimos anos pelo governo federal como uma ação prioritária e que o custo logístico de movimentação de cargas no Brasil tornou-se um custo a ser minimizado, de forma a elevar a competitividade sistêmica e enfrentar as flutuações no crescimento econômico brasileiro causadas por efeitos de crises externas. No entanto, as empresas brasileiras já vêm há mais tempo encarando a logística como um elemento de sustentabilidade de longo prazo para o negócio: a terceirização da logística nas firmas é prática recorrente que visa, por um lado, reduzir os custos industriais de produção de bens e, por outro, transferir a terceiro, mais capacitado, a gestão de negócio complexo de per si, que pode ser mais bem gerenciado quando tratado de forma específica, por agente especializado. A consequência desse procedimento, no âmbito da indústria brasileira, é a expansão do número e do porte dos prestadores de serviço logístico, verificado no país nos últimos anos. 1 * Gerente do Departamento de Transportes e Logística do BNDES. 1 Análise realizada pelo Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS) mostra o crescimento médio de 5% a.a., nos últimos 10 anos, do número de prestadores de serviços logísticos (PSLs) no país, com uma taxa média de crescimento da receita de 34% a.a. no período e um faturamento médio de R$ 221 milhões em

3 Para o período , estão previstos investimentos firmes de R$ 107 bilhões nos setores rodoviário, ferroviário e portuário. Como projetos firmes, consideram-se os projetos maduros, já apresentados ao BNDES para pleitos de financiamento ou de participação por meio de instrumentos de renda variável,2 acrescidos da estimativa de investimentos privados correntes, das aplicações diretas do setor público, notadamente no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-1) do governo federal, e dos projetos que envolvam procedimentos de concessão de serviços públicos já iniciados ou em vias de implementação.3 Caso se inclua nessa previsão a perspectiva, até o momento, menos provável, o montante de investimento nos segmentos de logística analisados poderá se elevar em mais 22%, alcançando até R$ 130 bilhões. O montante de R$ 107 bilhões é expressivo, sem dúvida, notadamente se comparado a outros segmentos da economia que sofreram mais fortemente os impactos da crise financeira internacional do fim de 2008 ou mesmo ao investimento dos segmentos em foco ocorrido no passado recente. É, entretanto, suficiente para as necessidades brasileiras? Ainda não se pode dizer que sim. Parte dos investimentos de ampliação da infraestrutura logística considerados fundamentais para o país ainda depende de desenvolvimento de modelo institucional. Esse modelo institucional deve: (i) incentivar o investimento e a participação da iniciativa privada no setor; (ii) proporcionar visibilidade, credibilidade e sustentabilidade de longo prazo; (iii) definir claramente as funções dos agentes envolvidos; e (iv) garantir, de forma sustentável, os recursos públicos complementares, em montante suficiente para aplicação na infraestrutura complementar não privada, caso a tarifa real da prestação do serviço não possa ser inteiramente absorvida pelos usuários.4 Esse é o caso, principalmente, dos corredores estruturantes hidroviários, ainda sem uma diretriz de longo prazo que indique como se dará o equacionamento do 2 Participação acionária ou aquisição de títulos públicos ou privados (debêntures). Estão excluídos deste levantamento os investimentos públicos federais além dos previstos no PAC-1 e os dos Estados que não contam com a contrapartida do BNDES. Caso a tarifa seja superior à capacidade de pagamento dos usuários, uma das alternativas é a parceria 4 público-privada (PPP), ainda muito pouco utilizada no país.

4 investimento,5 da regulamentação da navegação fluvial, da gestão operacional6 e do financiamento dos ativos, inclusive a participação pública direta no investimento.7 A utilização do potencial hidroviário em prol do transporte de granéis agrícolas, de combustíveis e de passageiros, principalmente, é fator fundamental para o equacionamento da questão logística brasileira. O desenvolvimento dinâmico da regulamentação dos modais de transportes também é aspecto fundamental na maximização da atratividade de recursos para investimento, e esse papel, intrínseco ao setor público, deve ser sistematicamente posto em prática e cobrado pela sociedade.8 A taxa de investimento agregado em logística está associada diretamente a esse desenvolvimento dinâmico, superando os entraves que ocorrem, de forma recorrente, na infraestrutura operacional. Assim como já havia acontecido no setor rodoviário com a iniciativa federal do Programa de Concessões Rodoviárias que depois se ampliou aos estados da federação,9 os setores ferroviário e portuário, nos anos recentes, têm desenvolvido regulamentação que permitirá avançar na atração do investimento privado, inclusive externo, e na aplicação complementar de recursos públicos. Como resultado desse desenvolvimento e de seus efeitos, é que se pôde dimensionar o montante do investimento previsto nesses setores para o próximo quadriênio. Ressalte-se que, no setor ferroviário, os orientadores do investimento são: a modernização das ferrovias existentes; e a expansão da rede, tanto as expansões ferroviárias já em implantação ou a executar pelo setor privado,10 quanto as 5 Em eclusas e/ou canais hidroviários navegáveis; dragagem e remoção das interferências físicas; sinalização e balizamento das hidrovias; aquisição de equipamentos; e construção de terminais de transbordo hidroviários. 6 Por meio da definição de desempenho operacional mínimo. 7 Esse conjunto de incertezas se traduz no principal motivo para a postergação dos investimentos hidroviários. Adicionam-se as restrições ambientais para as intervenções físicas nos rios e a falta de garantia de uso múltiplo das águas (previsto na Lei 9.433/97). 8 É papel do Estado promover transparência e diálogo com a sociedade na tomada de decisões, apresentar os cenários de longo prazo, organizar os investimentos, evitar a superposição na alocação de recursos, regulamentar eficientemente e acompanhar os resultados operacionais. Notadamente no Estado de São Paulo, mas também no Rio Grande do Sul, no Paraná, no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, em Minas Gerais e na Bahia. Por exemplo, a construção da ferrovia Nova Transnordestina, com km, a expansão da Ferronorte até 10 Rondonópolis, com 260 km, e a implantação do ferroanel em São Paulo, com 66 km

5 expansões da rede a serem realizadas diretamente pelo setor público.11 Adiciona-se, paralelamente, pela magnitude do investimento e pela complexidade da solução econômica, financeira e jurídica, o projeto TAV.12 No setor rodoviário, os orientadores do investimento são: a retomada do Programa de Concessões Rodoviárias, tanto no nível federal quanto no dos estados, e o investimento público direto, entre eles a conservação, a manutenção e a pavimentação de rodovias federais previstas no PAC. Por fim, no setor portuário, o principal orientador dos investimentos futuros é a possibilidade de outorga da gestão de portos públicos à Autoridade Portuária privada, conforme previsto na Lei 6.620, de 29 de outubro 2009, que permitirá o surgimento de portos públicos administrados inteiramente pelo setor privado, seja no modelo fully privatized port,13 seja no atual modelo landlord port.14 Adiciona-se, no mesmo grau de importância, o investimento na expansão dos terminais de contêineres, clara infraestrutura a ser expandida para o atendimento da demanda dos próximos anos.15 Como visto, o desenvolvimento da regulamentação é muito relevante para a atratividade de recursos na logística brasileira. Nesse sentido, cabe ressaltar a importância da visão de complementaridade dos sistemas de transporte. Cada modal de transporte exerce o seu papel na rede logística e sua integração física e operacional garante o funcionamento dos sistemas no atendimento aos usuários e donos de carga. Além da infraestrutura de grande capacidade (porte) denominada estruturante,16 os 11 Por exemplo, a construção da Ferrovia Norte-Sul, primeira e segunda fases (1.801 km), e a ferrovia OesteLeste na Bahia (1.527 km). 12 Implantação do trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e Campinas. Definição do Banco Mundial. Significa que tanto a propriedade da terra quanto a operação portuária são 13 detidas/realizadas pelo setor privado, ainda que, no caso brasileiro, em que a operação de movimentação portuária se constitui num serviço público, não deixe de se tratar de um porto público, administrado e operado pelo setor privado. Definição do Banco Mundial. Significa que a propriedade da terra é do setor público, enquanto a operação 14 portuária é realizada pelo setor privado. É o modelo predominante no Brasil, no qual a União detém a propriedade das terras e as Companhias Docas são as principais administradoras portuárias públicas. 15 Segundo a Associação Brasileira de Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), apesar da queda de 14,3% da movimentação de contêineres ocorrida no país em 2009, há perspectiva de recuperação em 2010, com o aumento de 18,3% em relação a 2009, retomando a trajetória de crescimento ininterrupto do setor nos últimos 12 anos. Ferrovias, hidrovias e dutovias. Ressaltam-se, nessa definição, os alcooldutos em fase de estruturação para 16 distribuição interna e externa de álcool no país. 262

6 terminais intermodais de movimentação e de transbordo de carga são também essenciais para o funcionamento do sistema. É a cadeia de suprimentos vista como um todo, integrada. Atendimento ao usuário significa atendimento tempestivo, a preço e prazo competitivos. Mas também são importantes a redução de custos sistêmicos, a lucratividade setorial e a qualidade do serviço prestado. A primeira palavra-chave em logística é integração. A seguinte é complementaridade. Essa visão é a que permite a redução de custos dos sistemas, a melhor distribuição interna de cargas, a expansão do comércio e o aumento da competitividade do país. Onde estará localizada a competição? Os projetos de implantação de infraestruturas de grande porte devem competir entre si no atendimento ao usuário? A competição deverá estar concentrada nos seguintes pontos: na aquisição do direito de operar, regulado pelo poder concedente em processos licitatórios competitivos; na concorrência existente entre sistemas de transporte alternativos,17 já que a integração modal nunca abrangerá a totalidade da capacidade ofertada pelos modais individualmente; e, por fim, no nível operacional de cada modal entre os diversos operadores, observado o tamanho do mercado. É menos eficiente o conceito de (novos projetos de) infraestruturas de grande porte, estruturantes, em competição no atendimento ao usuário, no intuito de, por meio de uma sobreoferta agregada, obtida com a implantação de vários corredores alternativos, reduzir o valor final do frete cobrado do usuário.18 Incorre-se no risco de perda de economias de escala pela utilização não plena das respectivas infraestruturas, de operação subótima19 e de desequilíbrio financeiro de longo prazo. Num país onde há uma enorme carência de capital físico a construir, o conceito de integração racionaliza a necessidade de capital para o desenvolvimento Por exemplo, rodoviário e rodoferroviário, ou hidroferroviário. 18 Ideia em desenvolvimento no setor ferroviário, por meio da criação de vários corredores ferroviários competindo por carga de uma mesma origem (revista Conjuntura da Infraestrutura, março de 2010), como Nova Transnor- 19 Abaixo do ponto de equilíbrio, onde todos os custos são remunerados. 20 As infraestruturas devem ser plenamente utilizadas, o investimento, público ou privado, deve ser amortizado no longo prazo, e o capital investido remunerado. destina, Oeste-Leste e Ferrovia Norte-Sul, no atendimento à carga agrícola da região do oeste da Bahia. 263

7 O ideal é que, em havendo mecanismos concorrenciais, seja na obtenção do direito de prestar o serviço público, seja no âmbito operacional,21 se garantam preços de frete competitivos,22 ainda que se trate de infraestrutura integrada, multimodal, e que busque o aumento da quantidade transportada na intenção de obter as desejadas economias de escala advindas da exploração de monopólios naturais. Principais vetores orientadores do desenvolvimento da logística brasileira Um plano estratégico de logística para o Brasil deve estar orientado a dar resposta a vetores que dão consistência a uma ação institucional de longo prazo e integrada entre os agentes públicos e privados. Destacam-se a seguir alguns desses vetores, segundo a ótica de desenvolvimento e de sustentabilidade de longo prazo. Redução dos custos logísticos dos sistemas A matriz modal brasileira é baseada no transporte rodoviário para grandes distâncias, o que acaba por conferir custos logísticos excessivos ao país. Cerca de 58% da movimentação de cargas é realizada pelo modal rodoviário. Esse, por sua vez, assume a função que seria destinada aos modais de maior eficiência energética e ambiental: os modais ferroviário, hidroviário e dutoviário. Como se verá a seguir, a oferta do sistema de transporte rodoviário de cargas é atomizada, há sobreoferta e a idade média da frota é elevada. Esse conjunto de características acaba por promover uma redução artificial de preços de fretes e uma concorrência predatória entre o modal rodoviário e os demais modais do sistema logístico. Segundo o Centro de Estudos em Logística da Coppead, 21 Conceito de interoperacionalidade: operadores atuando na mesma infraestrutura, maximizando seu desem- 264 penho (por exemplo, vários operadores atuando num mesmo corredor ferroviário). 22 Aqueles praticados em mercados competitivos, nos quais há equilíbrio entre poder de vendedores (ofertantes) e compradores (demandantes) e não há poder de monopólio.

8 os principais impactos da concorrência predatória de um transporte rodoviário com baixas barreiras à entrada, sobreoferta, baixo valor dos fretes e déficit de manutenção e renovação são o elevado índice de acidentes e a excessiva emissão de poluentes e consumo de combustível. As consequências da não regulamentação (operacional) são sentidas pela sociedade na forma de menor segurança nas estradas, poluição e engarrafamentos nas cidades [Coppead/ CNT (2002)]. Países de dimensões continentais, como o Brasil, devem ter participação majoritária de modais estruturantes no transporte de cargas, reduzindo o custo unitário. Esse é o desafio brasileiro. Sustentabilidade ambiental das propostas A sustentabilidade ambiental do sistema logístico no longo prazo é objetivo estratégico. O nível de emissão de poluentes23 dos modais hidroviário e ferroviário são significativamente menores do que o do sistema rodoviário. Segundo S. Ribeiro, a emissão estimada de monóxido de carbono (CO) pelo modal hidroviário é nove vezes menor do que a do modal rodoviário. Quanto à do óxido de nitrogênio (NO), é 19 vezes menor. O mesmo ocorre na comparação do modal ferroviário com o modal rodoviário: o nível de emissão proveniente do transporte ferroviário é muito inferior. A emissão estimada de monóxido de carbono pelo modal ferroviário é 3,3 vezes menor do que a do modal rodoviário, enquanto a de óxido de nitrogênio é 5,5 vezes menor. A eficiência energética concorre para a mesma conclusão: a relação entre a distância percorrida por uma tonelada de carga com um litro de combustível equivalente é de 1:3:9 entre os modais rodoviário, ferroviário e hidroviário. O 23 Quilogramas emitidos por t/km transportada. desafio é novamente reequilibrar a matriz de transportes. 265

9 Aumento da competitividade brasileira O melhor desempenho do sistema logístico é associado a uma distribuição interna mais eficiente de produtos, à expansão do comércio exterior do país, à diversificação de exportações, à atratividade de capital para investimento, enfim, ao crescimento econômico [Iedi (2010)]. É claro que um plano estratégico para logística, com a repercussão conjunta desses vetores, aumentará a competitividade brasileira. Promoção de desenvolvimento regional Há um conflito entre o aumento da disponibilidade de infraestrutura e a alteração incondicional das características locais influenciadas por essa mesma infraestrutura expandida. O desafio posto é atender à demanda crescente de escoamento da produção, que empurra as decisões por ampliação da oferta, e manter os aglomerados pequenos e médios sustentáveis, sem a destruição da cultura local. A comunidade atingida pela infraestrutura em expansão deve, em contrapartida, ser beneficiada pelo crescimento econômico advindo do aumento da acessibilidade promovida por essa infraestrutura, notadamente pelo compromisso quanto à ocupação dos novos empregos pela população local, respeito a competências locais e à melhoria da qualidade de vida na região. Trata-se do desenvolvimento regional moderno, obtido por meio das boas práticas socioambientais.24 Todavia, há carência de metodologia mais apropriada na escolha dos projetos prioritários em logística que incluam o conceito de desenvolvimento regional moderno. A análise das opções de ampliação da infraestrutura de transporte deve levar em conta a redução dos impactos gerados pela maior disponibilidade de acesso sobre a localidade, buscando, tanto quanto possível, beneficiar os agentes locais, sem sobrepujá-los. O custo da redução do impacto gerado deve estar associado (e ser adicionado) ao custo do projeto da nova infraestrutura. Esse é um enfoque necessário na definição dos próximos projetos prioritários brasileiros Conceito apresentado ao BNDES pelo pesquisador Renato G. Flôres Jr.

10 Desenvolvimento do conteúdo tecnológico dos sistemas É necessário o desenvolvimento tecnológico dos sistemas de transporte com vistas ao aumento da eficiência e à redução de impactos socioambientais, notadamente quando no ambiente urbano. O modelo de transporte com base na matriz concentrada no modal rodoviário em breve será insustentável, pois não conseguirá dar conta do aumento da demanda de longo prazo e se tornará um limitador ao crescimento econômico, ao bem-estar e à qualidade de vida notadamente urbana. O uso de novas tecnologias alternativas, mais eficientes energeticamente e de menor impacto ambiental (menor nível de emissões aéreas e de ruído, menor utilização de espaço etc.), é o que deve nortear a nova infraestrutura, especialmente urbana. Nesse contexto, ganham força os sistemas eficientes energeticamente que utilizam combustível ambientalmente sustentável, os que reduzem as emissões e o uso do escasso espaço disponível e os que atendem às exigências de rapidez, conforto e preço determinadas pela demanda. É o caso, por exemplo, da média e alta velocidade ferroviária no transporte de passageiros, opção já tomada em diversos países desenvolvidos e mesmo naqueles em desenvolvimento pela maior eficiência ambiental e energética relativa, e das novas tecnologias em desenvolvimento que eliminam o atrito roda-trilho no transporte ferroviário (pela levitação magnética).25 Eficiência operacional Na medida em que o modelo institucional prevê a operação da infraestrutura majoritariamente executada pelo setor privado, a garantia de eficiência dos operadores lato sensu é fundamental. Nesse sentido, é relevante o papel das agências reguladoras de transporte, na função fiscalizadora, controlando, sistematicamente, o desempenho operacional e a atuação dos concessionários, garantindo ao usuário a 25 No Brasil, encontra-se em desenvolvimento no Laboratório de Aplicação de Supercondutores (Lasup), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a tecnologia de levitação supercondutora para transporte de passageiros. boa prestação do serviço público. 267

11 Existência de funding de longo prazo para o investimento A existência de mecanismos financeiros que permitam o financiamento do investimento na infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento da logística brasileira. Identificar bem os usos é importante, mas é estratégico conhecer e desenvolver as fontes necessárias à expansão da infraestrutura logística, no intuito de, ao dimensioná-las, discutir sua suficiência e sua permanência no longo prazo. O plano de equacionamento da questão logística brasileira deverá demandar um longo período de implementação e será imprescindível o equacionamento das fontes e das garantias creditícias necessárias à sua execução. Transcende uma ação governamental, é um pacto do Estado brasileiro. É, pois, tão importante a definição criteriosa dos usos, com a utilização de metodologia abrangente e consistente, conforme comentado anteriormente, quanto o desenvolvimento e a sustentabilidade das fontes requeridas à viabilização dos projetos. Apresentam-se, a seguir, exemplos de mecanismos de garantia capazes de viabilizar crédito para financiar o investimento em logística. No segmento rodoviário, a cessão das receitas de pedágio, firmes e estáveis, constitui um recebível capaz de garantir a tomada de crédito para o investimento e, também, viabilizar a emissão de títulos de longo prazo no mercado de capitais.26 No segmento ferroviário, o estabelecimento de contratos de longo prazo com clientes de porte, que detêm classificação de risco de crédito adequada,27 também é instrumento alavancador de recursos financeiros. No segmento portuário, notadamente o de movimentação de contêineres, a existência de contratos de longo prazo com clientes é menos usual, em função da própria organização do setor, no qual é menor o poder de barganha dos terminais portuários frente ao dos armadores.28 Todavia, as vantagens comparativas de um porto ou de um terminal, a qualidade e a credibilidade do gestor e a Em estruturas de project finance, nas quais a cessão das receitas dos projetos, entre outras, é a principal 26 garantia na obtenção de créditos, acompanhadas de seguros e contratos Na ótica do credor. Diante de um mercado competitivo ou contestável, é reduzida a capacidade de formar preços e estabelecer regras 28 contratuais pelos terminais portuários.

12 escassez de oferta em segmentos desse mercado são elementos que tornam mais estáveis as receitas de longo prazo e são, enfim, redutores do risco de crédito para o investimento, ainda que num ambiente no qual não existam regras rigidamente definidas por meio de contratos. Desempenho recente, metas a alcançar e ações necessárias O desempenho recente da logística brasileira é comentado a seguir. Sistema portuário A carga total movimentada pelos portos brasileiros atingiu 733 milhões de toneladas em Desse total, 35% (260 milhões de toneladas) foram movimentados nos portos públicos, e 65% (473 milhões de toneladas) nos terminais de uso privativo.29 O sistema portuário brasileiro cresceu a uma taxa de 5% a.a. no período Caso se analise o desempenho por tipo de carga, pode-se reparar que o crescimento não foi homogêneo: a carga geral (inclusive contêineres) cresceu a uma taxa de 9% a.a.,30 os granéis sólidos, a uma taxa de 5% a.a., e os granéis líquidos, a uma taxa de 2% a.a. Se for retirado desse desempenho o ano de 2009, em que houve redução de 5% na movimentação portuária com relação a 2008, em função do impacto da crise financeira internacional no comércio exterior brasileiro,31 o desempenho portuário mais representativo dos últimos anos é o que se segue: 29 Os terminais públicos são aqueles que prestam serviços públicos e atendem, indiscriminadamente, todos os usuários. Os terminais privativos movimentam carga própria, no conceito de verticalização da produção. Podem, entretanto, no intuito de maximizar a competição, movimentar carga de terceiros, conforme previsto na Lei 8.630/93 (Lei dos Portos). A carga geral é majoritariamente movimentada nos portos públicos. 30 A movimentação de granéis sólidos entre 2008 e 2009 decresceu 5% (em função, notadamente, da redução da exportação de minério de ferro); na carga geral, houve decréscimo de 11% (redução da movimentação de produtos siderúrgicos, principalmente); e na movimentação de contêineres, decréscimo de 15% (carga de maior valor agregado). Somente na movimentação de granéis líquidos houve pequeno crescimento, de 1%

13 movimentação de granéis sólidos, crescimento de 8% a.a.; granéis líquidos, 2% a.a.; carga geral, 12% a.a.; e contêineres, 13% a.a. A taxa de crescimento da movimentação portuária consolidada no período foi representativa: 6% a.a. Reconhece-se que os portos crescem de forma diferenciada na disputa por cargas. As vantagens comparativas de cada porto são o que define, por fim, a tendência de crescimento de longo prazo e fazem pender a movimentação portuária para um ou outro porto ou terminal. Características físicas convenientes são fundamentais, como calado do canal de acesso e do píer de atracação, número de berços de atracação, área de armazenagem e produtividade dos equipamentos de transbordo. Mas são também consideradas vantagens comparativas de um porto a proximidade do mercado demandante, o preço da movimentação e a capacidade operacional do terminal (credibilidade e eficiência da gestão). A capacidade de gestão do administrador portuário na definição de tarifas públicas competitivas, na manutenção da infraestrutura portuária, na manutenção dos acessos terrestres e marítimos e no tratamento dos impactos ambientais de toda a área portuária também constitui vantagem comparativa de um porto no longo prazo. Transporte aquaviário O transporte de longo curso representa 72% do total de movimentação portuária (531 milhões de toneladas). A movimentação do transporte de longo curso cresce a uma taxa de 5% a.a. (desconsiderando o ano de 2009, 7% a.a.), superior à da cabotagem. Por esse motivo, a participação relativa da navegação de longo curso cresceu de 69% para 74% do total da movimentação portuária ocorrida em Foram movimentadas 170 milhões de toneladas na cabotagem, em O transporte de cabotagem representou 23% da movimentação portuária 270 total. Esse percentual vem decrescendo: em 2001 representava 27% de toda a movimentação. A taxa de crescimento médio do período foi de apenas 3% a.a.

14 O Brasil tem um grande potencial a desenvolver no transporte de cabotagem. Porém, para maior inserção do transporte de contêineres e de carga geral por via marítima, alguns empecilhos devem ser enfrentados. O transporte de carga geral por via marítima deve ser integrado ao rodoviário, que é flexível, tem oferta abundante e entrega porta a porta; o setor deve lançar mão de operadores logísticos para o transporte multimodal porta a porta que garantam a entrega do produto da mesma forma que acontece no transporte rodoviário. O tempo total do ciclo marítimo (tempo de viagem ida e volta) deve ser competitivo com o transporte rodoviário: a redução do tempo do ciclo marítimo é fundamental e o tempo de viagem desse transporte multimodal32 não pode diferir do tempo de viagem oferecido pelo modal rodoviário. Escalas portuárias de 15 em 15 dias, mesmo as de longas distâncias,33 são insuficientes para o atendimento das necessidades da cadeia de suprimentos industrial; a redução do tempo total do ciclo marítimo, por fim, eleva a frequência do sistema (eleva a frequência da escala dos navios nos portos), que é o real objetivo a alcançar, para reduzir os estoques industriais. O investimento em novos navios, mais eficientes, deve aumentar. Por sua vez, o impacto do custo de capital de uma embarcação de contêineres pode elevar o custo total da operação marítima e postergar a decisão por investir. A redução dos custos de movimentação portuária é elemento de vantagem comparativa do modal aquaviário; a tarifa do serviço de cabotagem (serviço feeder, de alimentação) cobrada pelos terminais portuários deve ser minimizada nos principais portos brasileiros; ocorre que grande parte da margem operacional desses terminais é obtida no transporte de longo curso, movimento majoritário e de atendimento estratégico; a movimentação de cabotagem é, na maioria dos casos, marginal. Existe, pois, uma oportunidade, ou, de outra forma, um desafio sistêmico a ser desenvolvido no país, integrando logística operacional, investimento (capital) e 32 Transporte marítimo mais transbordo portuário mais transporte rodoviário. 33 Como Rio-Manaus-Rio ou Porto Alegre-Recife-Porto Alegre. gestão portuária, a fim de alavancar a cabotagem no Brasil. 271

15 Transporte ferroviário A produção do sistema ferroviário brasileiro cresceu 7% a.a. no período Em 2009, foram produzidos no sistema 286,1 bilhões de TKU (toneladas por km útil). A inserção do modal no transporte de carga geral, entretanto, não evoluiu: em 2000, o modal ferroviário produziu 23% do total de TKUs no transporte de carga geral (incluindo produtos siderúrgicos) e 77% no transporte de minério de ferro e carvão, cargas consideradas cativas34 da ferrovia. Em 2009, esse percentual foi de 21% para a carga geral e 79% para as cargas consideradas cativas. O investimento no período cresceu 15% a.a.,35 apesar da queda verificada nos anos de 2006 e 2007 em relação a 2005, quando o investimento atingiu o montante de R$ 3,2 bilhões. Em 2009, o investimento atingiu o pico de R$ 4,6 bilhões, 95% destes oriundos de investimentos de concessionários. A tonelagem transportada cresceu 7% a.a. entre 2000 e 2009, atingindo 581 milhões de toneladas em Entretanto, a distância média foi de 581 km, pouco superior à distância média de 2000, de 534 km (crescimento de cerca de 1% a.a.).36 A receita bruta do sistema cresceu 22% a.a., no período A tarifa média (R$/TKU) aumentou 13% a.a. em , acima do crescimento em TKU no período (8% a.a.). O resultado financeiro, entretanto, foi em grande parte transferido para investimento, por meio da fonte de geração interna de caixa dos concessionários. A velocidade média do sistema está estabilizada em cerca de 25 km/h. Isso é resultado da interface do sistema ferroviário brasileiro no ambiente urbano, nas dificuldades de acesso aos portos e no desenho antigo da rede, sinuoso. Para o aumento da produtividade, obtida com a redução do ciclo dos trens, é importante: 34 Cargas em que a ferrovia tem grande vantagem comparativa frente ao transporte rodoviário. 35 Valores correntes. Há ainda um grande trabalho a realizar no transporte ferroviário de longas distâncias no Brasil, notada mente no sentido norte-sul, que, invariavelmente, é majoritariamente realizado pelo modal rodoviário. A Ferrovia Norte-Sul, atualmente em implantação, abre perspectivas para o aumento da distância média de transporte ferroviário no país.

16 implantar contornos ferroviários nas cidades com grandes interferências com a rede existente; melhorar os acessos ferroviários aos portos que enfrentam até invasões da faixa de domínio, com presença de famílias que habitam a via permanente, com elevado risco de vida;37 reduzir o grande número de passagens em nível existentes; e retificar os trechos menos eficientes. Transporte rodoviário Quanto à infraestrutura, a malha pavimentada brasileira é de 211 mil km (13%), de um total de mil km. As rodovias avaliadas em ótimo ou bom estado pela pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) representam apenas 31% do total, enquanto as rodovias em estado ruim ou péssimo ainda representam 24%. As rodovias em estado regular representam 45% do total [CNT (2009)]. Foi concedida ao setor privado a gestão de cerca de 15 mil km, que representam as principais rodovias brasileiras em volume de tráfego, as de maior importância econômica e os principais acessos portuários. As rodovias concedidas introduziram os serviços de apoio aos usuários, como guincho mecânico, atendimento médico de emergência, telefonia, sinalização e controle centralizado. Contribuíram para geração de empregos locais e situam-se, predominantemente, nas regiões Sudeste e Sul. Para sua expansão para as regiões menos ricas do país, a limitação da capacidade de pagamento dos usuários poderá conduzir à necessidade de utilização de mecanismos de parceria público-privada para atrair novos investimentos por meio de processos de concessão. Há, pelo menos, mais 6 mil km a conceder nos próximos anos, seja no âmbito da terceira fase do Programa Federal, seja no âmbito da terceira etapa do Programa de Con- 37 Estimam-se 327 invasões no sistema ferroviário brasileiro. É mister o equacionamento dessa situação. cessões Rodoviárias do Estado de São Paulo. 273

17 Ao todo, o Brasil tem 51 concessões rodoviárias, destacando-se no cenário mundial como um país que desenvolveu metodologia própria para conceder rodovias, respeitando a capacidade de pagamento de pedágio pelos usuários e melhorando a qualidade do serviço prestado. Quanto à operação do transporte rodoviário de carga, existem cerca de 1,0 milhão de transportadores autônomos e 189 mil empresas de transporte de carga rodoviário registradas no país. O número de veículos de carga rodoviários em circulação é de cerca de 2,0 milhões.38 A idade média da frota é elevada: 16,9 anos.39 A oferta do transporte rodoviário é atomizada e há uma tendência à sobreoferta e à competição por preços, o que acaba por reduzir a qualidade do serviço prestado.40 Registra-se, ainda, que o setor carece de regulamentação que delimite sua atuação e atenue a concorrência predatória41 que acaba por exercer sobre os outros modais, como a limitação do número de horas trabalhadas por dia pelos motoristas (disciplinamento do tempo de direção) e a manutenção mínima veicular. No caminho inverso da não regulamentação (operacional) ainda praticada no país, a capacidade de inserção do modal rodoviário seria menor, o que viabilizaria a expansão economicamente viável mais acelerada dos demais modais e deixaria o transporte rodoviário com as funções nobres de: (i) prestação de serviço logístico na indústria (operação dedicada); (ii) alimentação dos modais de alta capacidade; (iii) distribuição urbana; e (iv) complementação dos vazios de oferta deixados pelos modais estruturadores. Esse deve ser um processo gradual e estratégico, orientado pela regulamentação paulatina do setor. 38 Incluem-se caminhão, caminhão-trator, semirreboque, reboque, caminhonete e furgão. A idade média da frota de autônomos é de 22,2 anos, enquanto a das empresas é de 10,5 anos. 39 Segundo o Centro de Estudos em Logística da Coppead, existem baixas barreiras à entrada (facilidade de se tornar autônomo) no mercado de transporte rodoviário de cargas, mas barreiras à saída, geradas pelo desemprego e pela baixa escolaridade dos transportadores autônomos. 41 Operação com preço abaixo do custo operacional.

18 Metas a alcançar Analisando o desempenho conjuntural do sistema logístico brasileiro, podem-se apresentar, resumidamente, as metas brasileiras no equacionamento da questão logística: reequilíbrio da matriz modal; integração dos modais de transporte; fortalecimento dos sistemas de menor custo unitário de transporte; promoção de regulamentação econômica eficiente e estratégica; aperfeiçoamento sistemático da gestão (nas esferas pública e privada); definição dos usos (projetos) com metodologia abrangente que valorize os aspectos econômicos, ambientais e de eficiência energética; utilização da ótica da necessidade da cadeia de suprimentos por tipo de carga, quando da priorização dos investimentos (visão de supply-chain no agronegócio, na movimentação de contêineres, na carga geral fracionada, no transporte de combustíveis etc.); maximização da concessão de serviços públicos ao setor privado; e utilização ampliada do mecanismo de PPP. Ações necessárias por modal O detalhamento mais apurado das metas socioeconômicas e financeiras apresentadas anteriormente conduz às iniciativas necessárias por modal, que estão dispostas a seguir. estruturação de modelo institucional para o desenvolvimento da infraestrutura hidroviária, que permita a operação de comboios eficientes em novas hidrovias competitivas; Para o modal aquaviário, podem ser destacados: 275

19 melhoria dos acessos portuários terrestres (rodoviário e ferroviário) e marítimos, isto é, dragagem do canal de acesso e do cais de atracação;42 ampliação da infraestrutura portuária para contêineres na carga geral, cuja demanda se aproxima da oferta existente;43 ampliação da infraestrutura portuária para granéis líquidos;44 apoio ao desenvolvimento da cabotagem, que demanda, de um lado, novas embarcações, mais velozes, com aumento da frequência de navios aos portos, e, de outro, portos eficientes no manuseio da carga, com custos competitivos; e implantação das hidrovias integradas às ferrovias e aos portos (com ampliação dos ativos em terminais de integração). Para o modal ferroviário: sustentação da expansão do crescimento da rede ferroviária brasileira integrada às hidrovias, rodovias e portos; apoio à indústria ferroviária, no papel estratégico de suprimento de insumos;45 redução do ciclo dos trens por meio dos investimentos em gargalos logísticos;46 e apoio aos investimentos destinados à ampliação e ao descongestionamento dos acessos portuários. 42 Em implantação por meio do Programa Nacional de Dragagem Portuária, objeto da Lei , de , que institui o referido programa. 43 Apenas no ano de 2009, houve redução da movimentação de contêineres dos principais terminais do país em relação ao ano de 2008, em função dos impactos da crise financeira internacional do fim de Em 2010, entretanto, está prevista a recuperação de toda a movimentação de contêineres nos portos. No plano de expansão do Porto de Santos, prevê-se um aumento expressivo na movimentação de granéis 44 líquidos, em função das perspectivas com o transporte de combustíveis, notadamente o etanol. A produção anual média da década passada foi de vagões/ano [Abifer (2010)] Melhoria do acesso aos portos, inclusive com a realocação das famílias que habitam na faixa de domínio; eliminação das passagens em nível, com a construção de passarelas e muros de vedação da faixa de domínio nos ambientes urbanos; e implantação de contorno de cidades. Trata-se de investimentos de cunho econômico e social.

20 No modal rodoviário: apoio aos investimentos destinados à ampliação e ao descongestionamento dos acessos portuários; ampliação da infraestrutura concedida ao setor privado; aperfeiçoamento da regulamentação, buscando a melhoria da qualidade do serviço prestado pelos transportadores de carga rodoviários, com a redução da abrangência de atuação; e estruturação dos prestadores de serviço logístico nacionais, com a consolidação setorial no apoio à terceirização da logística na indústria. Na infraestrutura de integração: apoio à expansão da infraestrutura de integração de menor porte, mas de grande importância logística, pelo papel de conexão intermodal que desempenham: - centros de distribuição; - terminais de integração multimodal; e - terminais de transbordo e armazenagem de cargas. Na tecnologia dos sistemas de transporte: apoio ao desenvolvimento do conteúdo tecnológico dos sistemas de transporte, visando à melhoria do serviço prestado, ao aumento da eficiência energética47 e à redução do impacto socioambiental da ampliação da infraestrutura; e desenvolvimento da tecnologia de informação dos prestadores de serviço logístico, demandada pelos donos de carga (rastreamento de carga, informações on-line, 47 Energia consumida/passageiro. via internet, definição prévia do trajeto urbano, redirecionamento de entregas etc.). 277

21 E, além disso, no modal aeroviário:48 apoio ao desenvolvimento da aviação regional, com a utilização da indústria nacional consolidada mundialmente;49 apoio à expansão das companhias aéreas na aquisição de equipamentos na indústria nacional; e ampliação da infraestrutura aeroportuária que atenda ao rápido crescimento da demanda nos aeroportos da rede nacional e à estruturação da rede regional competitiva. Por fim, no modal dutoviário: implementação de dutovias para o transporte de grandes volumes, como grandes eixos vertebradores de menor impacto socioambiental (para o transporte de combustíveis e minério de ferro).50 Gestão pública na logística Apresenta-se a seguir a estrutura institucional que dá suporte aos setores de logística no Brasil, com a criação das agências reguladoras e a utilização do instrumento da concessão para alavancar o investimento setorial. O modelo institucional brasileiro prevê como definidores das políticas públicas o Ministério dos Transportes e a Secretaria de Portos, no que envolve os portos marítimos. A Lei /01 criou o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (Conit), na função de propor políticas nacionais de integração dos diferentes modos de transporte aéreo, aquaviário e terrestre (de cargas e passageiros). 48 Os comentários a seguir referem-se a uma visão mais abrangente da logística, além dos setores objeto do artigo. 49 É fundamental o fortalecimento do mercado dito regional, atendido por aeronaves de menor porte menos de 150 lugares, para o atendimento das regiões em franco desenvolvimento e naquelas em que a opção aérea é a única competitiva. É uma opção natural para produtos da indústria aeronáutica brasileira Essas vias estruturadoras poderiam ser concedidas como elementos vertebradores que seriam dimensionados para fornecer serviço público, alternativamente à opção atual de serviço privado autorizado. É a solução econômica mais eficaz.

22 A referida lei instituiu também as agências reguladoras setoriais, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), englobando as ferrovias, o transporte rodoviário interestadual e internacional, o transporte rodoviário de cargas e o transporte multimodal, e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), englobando a navegação fluvial, de cabotagem e de longo curso, os portos organizados e os terminais portuários. As agências reguladoras têm a função de, entre outros: administrar contratos de concessão e fiscalizar o seu atendimento; implementar as políticas formuladas pelo Conit; e harmonizar os interesses de usuários e concessionários e o interesse público. A intenção do modelo foi promover estabilidade de longo prazo, incentivar investimentos com o ingresso de novos capitais nos setores e dar garantia da universalidade e da qualidade dos serviços públicos prestados pela iniciativa privada. Finalmente, a Lei /01 criou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), na função de, entre outros, administrar as rodovias não concedidas. Na verdade, a esfera de atuação do DNIT corresponde à infraestrutura do Sistema Federal de Viação, sob a jurisdição do Ministério dos Transportes, constituída de: vias navegáveis; ferrovias e rodovias federais; instalações e vias de transbordo e de interface intermodal; e instalações portuárias fluviais e lacustres, excetuadas as outorgadas às Companhias Docas. No setor ferroviário não concedido, uma série de funções foi recentemente delegada à Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes. À empresa foi atribuída a nova função pública de investir em ativos ferroviários, antes sob responsabilidade principal de concessionários. O acompanhamento de sua governança e de seus resultados será, pois, importante na avaliação desse novo modelo.51 O modelo de empresa pública gestora de ativos ferroviários não é novidade brasileira. Na Espanha, por exemplo, há empresas públicas gestoras da infraestrutura ferroviária Administrador de Infraestructuras Ferroviárias (Adif) e aeroportuária Aeropuertos Españoles e Navegación Aérea (AENA). A operação ferroviária é pública, por meio da Red Nacional de Ferrocarriles Españoles (Renfe) e privada

23 A Valec tem a atribuição de, entre outras: construir e explorar a infraestrutura ferroviária pública; desenvolver estudos e projetos de obras de infraestrutura ferroviária; e construir, operar e explorar estradas de ferro, sistemas acessórios de armazenagem e transbordo de cargas e, ainda, instalações e sistemas de interligação de estradas de ferro com outras modalidades de transportes. A Valec tem concessão para a construção e a operação da Ferrovia Norte-Sul (EF-151), cujo traçado, com extensão de km, é iniciado em Belém, no Pará, e segue até o município de Panorama, em São Paulo. Além disso, nos termos previstos na Lei , de 17 de setembro de 2008, estão outorgados à empresa a construção, o uso e o gozo de várias ferrovias (ver Figura 1). Figura 1: Concessões ferroviárias da Valec definidas na Lei Belém Boqueirão da Esperança EF 151 EF 334 Ilhéus Figueirópolis Porto Murtinho EF 354 EF 267 Panorama Litoral do Rio de Janeiro Fonte: Site Valec. O modelo requer que a empresa pública gestora de ativos tenha mecanismos de governança corporativa eficientes para garantir a melhor aplicação de recursos e a obtenção dos resultados esperados no longo 280 prazo. Esse é, por exemplo, fazendo um paralelo, um desafio do setor portuário brasileiro, que tem as Companhias Docas como administradoras de ativos públicos, mas que são empresas, até o momento, dependentes da União e que enfrentam dificuldades de investimento e de gestão.

24 EF-267: de Panorama, em São Paulo, a Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, com 750 km; EF-334: Ferrovia da Integração Bahia-Oeste, de Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, no Tocantins, onde se liga à Ferrovia Norte-Sul, num total de km; e EF-354: Ferrovia Transcontinental, do litoral norte fluminense, passando por Muriaé, Ipatinga e Paracatu, em Minas Gerais; por Brasília, no Distrito Federal; por Uruaçu, em Goiás; por Cocalinho, Ribeirão Castanheira e Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso; por Vilhena e Porto Velho, em Rondônia; por Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre; até chegar à localidade de Boqueirão da Esperança, na fronteira do Brasil com o Peru. A Transcontinental terá, depois de concluída, um percurso de km. Do ponto de vista operacional e regulatório, com o investimento fixo em expansão sob a responsabilidade do setor público, está aberta a possibilidade de uma operação ferroviária desatrelada do investimento fixo na via permanente, permitindo o desenvolvimento do conceito de operação em open-access.52 Conforme haja interesse dos operadores, não existindo barreiras à entrada, aumenta-se a competição na operação, beneficiando o usuário. Trata-se da separação da gestão da infraestrutura da prestação do serviço. A questão que fica para o setor público, que passará a arcar com o investimento na expansão da rede, é reconhecer se o sistema a ser construído terá volume agregado de carga suficiente que amortize o investimento realizado, por meio 52 Eliminação de barreiras à entrada (mercado competitivo na operação). Possibilita, ainda, o rateio total ou parcial do custo da infraestrutura, pública, entre diversos operadores. da cobrança de direito de passagem na via aos operadores. 281

25 quadro 1: modelo institucional de transportes Rodoviário/ ferroviário Portuário Setor Ministério dos Transportes Secretaria de Portos Definição de políticas públicas Conit 2001 Conit 2001 Proponente de políticas de integração e ordenação Defesa; Justiça; Defesa; Justiça; Fazenda; Fazenda; Planejamento; e Planejamento; e Cidades Cidades Valec 2001 Companhias Docas Representantes do Poder Concedente Investimento direto Antaq 2001 Aplicação de políticas públicas DNIT ANTT 2001 Fonte: BNDES. O Quadro 1 mostra uma síntese do modelo institucional de transporte de carga e de passageiros. Há participação direta de recursos públicos nos investimentos das Companhias Docas, da Valec e do DNIT.53 Como visto, importantes avanços regulatórios foram obtidos no período recente, ainda que haja desenvolvimentos fundamentais a realizar nos diversos modais de transporte, notadamente no modal hidroviário e no transporte rodoviário, conforme explicitado ao longo deste artigo. Busca-se, por fim, um ambiente institucional, regulatório e jurídico bem definido, redutor do risco na aplicação de recursos privados na operação da infraestrutura concedida No setor aéreo, ainda há a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), empresa pública administradora dos principais aeroportos brasileiros, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

26 Perspectiva de investimento em logística Para o quadriênio , foram estimados investimentos firmes nos setores rodoviário, ferroviário e portuário no montante total de R$ 107 bilhões. Como projetos firmes, foram considerados os projetos maduros, já apresentados ao BNDES para pleitos de financiamento ou de participação por meio de instrumentos de renda variável, acrescidos da estimativa de investimentos privados correntes, das aplicações diretas do setor público, notadamente no âmbito do PAC-1, e dos projetos que envolvam procedimentos de concessão de serviços públicos já iniciados ou em vias de implementação. Estão excluídos desse levantamento os investimentos públicos federais, além dos incluídos no PAC-1, e os dos estados que não contam com a contrapartida do BNDES. Do investimento agregado de R$ 107 bilhões, o setor ferroviário deverá contar com cerca de 52% desse total no período, ou seja, R$ 56 bilhões, incluindo nesse montante o projeto TAV, que atinge 56% desse valor (Tabela 1). O setor rodoviário deverá contar com 34% (cerca de R$ 36 milhões) e o setor portuário, com 14% dos investimentos previstos (cerca de R$ 15 bilhões). Tabela 1: investimentos em logística ( ) Projetos firmes % Setor portuário Setor ferroviário Projeto TAV Setor rodoviário Total Fonte: BNDES. R$ bilhões 283

27 Sem contar o projeto TAV, que representa a retomada dos investimentos ferroviários em transporte interestadual de passageiros no país, o modal rodoviário passa a ser o mais representativo no período, com 48% do total (Tabela 2), seguido dos investimentos no sistema ferroviário, com 33% da previsão, e as aplicações na expansão portuária, com 19% do total previsto para o período analisado (de R$ 76 bilhões). Tabela 2: Investimentos em logística ( ), excluindo o TAV Projetos firmes sem TAV R$ bilhões % Setor portuário Setor ferroviário Setor rodoviário Total Fonte: BNDES. Considerando-se os demais investimentos que poderão ocorrer caso se acelerem os processos licitatórios de serviços públicos concedidos atualmente em fase de estudos ou de estruturação e, ainda, caso não haja restrições ambientais e/ou financeiras para a implantação de novos projetos, o investimento nos setores analisados poderá superar a estimativa anterior em até 22%, alcançando até R$ 130 bilhões. O Gráfico 1 mostra as prováveis contribuições das diferentes fontes de recursos para o financiamento dos investimentos considerados firmes. A participação do setor privado na infraestrutura analisada no período é prevista em cerca de 37% (R$ 39,4 bilhões). São considerados recursos próprios privados a participação direta dos controladores no equity das empresas prestadoras de serviços públicos, a geração de caixa reinvestida e os recursos de terceiros não provenientes do BNDES obtidos no mercado, sejam de curto ou de longo 284 prazo. Estima-se a alavancagem de recursos no BNDES em 43% do total dos investimentos firmes (R$ 46,0 bilhões), complementados por recursos de investimento público direto da ordem de 20%.

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