CUSTOS LOGÍSTICOS NO BRASIL Logística, Supply Chain e Infraestrutura. Núcleo de Logística, Supply Chain e Infraestrutura
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- Sílvia Monsanto Nobre
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1 CUSTOS LOGÍSTICOS NO BRASIL 2014 Logística, Supply Chain e Infraestrutura Núcleo de Logística, Supply Chain e Infraestrutura
2 Paulo Tarso Vilela de Resende Paulo Renato de Sousa Bolsistas Fapemig Gustavo Alves Caetano André Felipe Dutra Martins Rocha Elias João Henrique Dutra Bueno
3 Estudo realizado com 111 empresas. O faturamento das respondentes equivale a cerca de 17% do PIB brasileiro. O objetivo é avaliar os custos logísticos para as empresas que operam no país.
4 1. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA Logística, Supply Chain e Infraestrutura
5 LOCALIZAÇÃO DAS MATRIZES 3% 1% 4% 25% 67% Norte Nordeste Sul Sudeste Centro-Oeste A região sudeste é predominante na localização de matrizes. 67% das empresas possuem suas matrizes no sudeste brasileiro.
6 100% REGIÕES DE ATUAÇÃO 90% 80% 90% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 15% 17% 36% 31% 0% Norte Nordeste Sul Sudeste Centro-Oeste A região mais expressiva da amostra é a região Sudeste, onde 90% das empresas entrevistadas mantêm atividades.
7 Acima de 10 bilhões VOLUME VENDAS/ANO DAS EMPRESAS ENTREVISTADAS 2-10 bilhões 1-2 bilhões milhões milhões milhões 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% Nota-se que a parte superior do gráfico concentra as maiores porcentagens, denotando o alto faturamento das empresas participantes da pesquisa.
8 A amostra é composta por empresas de diversos segmentos, onde 23% das empresas respondentes pertencem ao setor da Autoindústria.
9 2. RESULTADOS Logística, Supply Chain DA e Infraestrutura PESQUISA
10 CUSTOS LOGÍSTICOS ANÁLISE GERAL E SETORIAL Média do percentual de custos logísticos: 30,00 28,33 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 11,19 7,98 21,33 9,49 16,00 5,00 11,67 9,00 6,60 12,60 11,32 7,43 - Geral Autoindústria Indústria da Construção Química e Petroquímica Mineração Farmacêutico Papel e Celulose Agronegócio Eletroeletrônico Têxtil e Calçados Siderurgia e Metalurgia Bens de Consumo Bens de capital De acordo com a pesquisa, a Indústria de Papel e Celulose apresenta o maior percentual do Custo Logístico na receita, mais especificamente com cerca de 28%. Em contrapartida, as indústrias farmacêutica e têxtil, cujos valores alcançaram uma média menor que 7%, foram as que apresentaram os menores custos logísticos. Em vermelho está destacada a média geral, avaliada em exatamente 11,19%.
11 Água Potável Nível de dependência das empresas Máquinas e Equipamentos Profisionais qualificados Matérias-primas importadas Internet Aeroportos Portos Ferrovias Rodovias Fibra Ótica Energia Elétrica 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0% Muito baixa Baixa Morderada Alta Muito Alta Os itens que as empresas mais apontaram dependência foram: Energia Elétrica, Rodovias e Máquinas e Equipamentos.
12 Os principais fatores de impacto no preço final são Energia, Armazenagem e Transporte.
13 Nota-se que os maiores custos logísticos se referem ao transporte de matéria-prima e do produto acabado.
14 Distribuição modal de transporte das empresas: 5,6 5,5 5,5 14,6 81,7 Rodovia Ferrovia Hidrovia Cabotagem Aeroviário O modal rodoviário é expressivamente predominante nas empresas, representando 81,7% dos transportes.
15 Distribuição de incidência nos custos logísticos: 11,54 9,54 8,79 43,88 17,79 19,06 Transporte de Longa Distânica Distribuição urbana (curtas distâncias) Administrativo Armazenagem Custos Portuários Outros O transporte de longa distância é, com cerca de 44%, o fator mais representativo na estrutura dos custos logísticos das empresas.
16 Percepção do aumento significativo de custos Custos com burocracia Custos Portuários Custos de distribuição nas regiões metropolitanas Custos com mão de obra epecializada Custos de armazenagem Custos de rastreamento e segurança da frota Custos de securitização Custos de Embalagem 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Muito Fraco Aumento Pouco Aumento Moderado Aumento Grande Aumento Muito Forte Aumento As empresas afirmaram a incidência de forte aumento de custos com burocracia, mão de obra especializada e custos de distribuição nas regiões metropolitanas.
17 Fatores importantes na redução dos custos logísticos Maior oferta de plataformas logísticas com armazenagem Melhor acesso portuário Redução no valor do pedágio Maior oferta de caminhões Alteração tribuária de ICMS Menor restrição de carga e descarga nos centros urbanos Gestão de ferroivas com integração multimodal Redução da burocracia portuária Expansão da malha ferroviária Melhoria nas condições rodoviárias 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Nota 5 Nota 6 Nota 7 Nota 8 Nota 9 Nota 10 Nota 11 Nota-se que melhorias no transporte rodoviário e a expansão da malha ferroviária são os elementos essenciais para a redução do custo logístico nas empresas.
18 A formação de mão de obra se mostrou expressiva no aumento extra dos custos logísticos.
19 A amostra nos indica que as empresas demandam uma maior utilização do modal ferroviário, visando a reduzir os custos logísticos.
20 As empresas não demonstraram uma posição clara a respeito dos impactos positivos da privatização das estradas.
21 Medidas para a redução do custo logístico Transferir os custos logísticos para os clientes Solicitar maior tempo de entrega junto aos clientes Reduzir o número de entregas rápidas Alterar operações de CIF para FOB Aumentar o número de centros de distribuição Delocar estoques para próximo do clientes Terceirizar frota e serviços logísticos para outros operadores 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0% Pouco Relativamente pouco Moderadamente Relativamente muito Muito As respostas demonstram que a terceirização dos serviços logísticos tem sido uma tendência para a redução dos custos.
22 Nível de satisfação por regiões 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Sudeste Sul Nordeste Norte Centro-Oeste Bom nível Moderado nível Baixo nível A infraestrutura das regiões norte e nordeste foi classificada com um baixo nível de satisfação por 90% e 80%, respectivamente, das empresas respondentes.
23 100,0% Barreiras logísticas à entrada Sudeste: 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Falta de parceiros locais (operadores logísticos) Segurança nas estradas Valor dos imóveis Infraestrutura precária Baixa oferta de serviços logístcos Questões ambientais Falta de fornecedores Carência de profissionais qualificados Falta de integração modal Muito pouco Impacto Pouco impacto Moderado impacto Grande Impacto Muito grande Impacto O valor dos imóveis e a falta de integração modal têm sido gargalos para as atividades empresariais no sudeste brasileiro.
24 100,0% Barreiras logísticas à entrada Sul: 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Falta de parceiros locais (operadores logísticos) Segurança nas estradas Valor dos imóveis Infraestrutura Baixa oferta de precária serviços logístcos Questões ambientais Falta de fornecedores Carência de profissionais qualificados Falta de integração modal Muito pouco Impacto Pouco impacto Moderado impacto Grande Impacto Muito grande Impacto O valor dos imóveis e a falta de integração modal têm sido gargalos para as atividades empresariais na região sul, assim como na região sudeste.
25 100,0% Barreiras logísticas à entrada Nordeste: 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Falta de parceiros locais (operadores logísticos) Segurança nas estradas Valor dos imóveis Infraestrutura precária Baixa oferta de serviços logístcos Questões ambientais Falta de fornecedores Carência de profissionais qualificados Falta de integração modal Muito pouco Impacto Pouco impacto Moderado impacto Grande Impacto Muito grande Impacto A região nordeste apresenta vários gargalos para as atividades empresariais, se destacando a carência de profissionais e a falta de integração modal.
26 100% Barreiras logísticas à entrada Centro-Oeste: 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Falta de Segurança nas parceiros locais estradas (operadores logísticos) Valor dos imóveis Infraestrutura precária Baixa oferta de serviços logístcos Questões ambientais Falta de fornecedores Carência de profissionais qualificados Falta de integração modal Muito pouco Impacto Pouco impacto Moderado impacto Grande Impacto Muito grande Impacto A região centro-oeste apresenta diversos entraves à atividade empresarial, sendo menos expressivos o valor dos imóveis e as questões ambientais.
27 100,0% Barreiras logísitcas à entrada Norte: 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Falta de parceiros locais (operadores logísticos) Segurança nas estradas Valor dos imóveis Infraestrutura precária Baixa oferta de serviços logístcos Questões ambientais Falta de fornecedores Carência de profissionais qualificados Falta de integração modal Muito pouco Impacto Pouco impacto Moderado impacto Grande Impacto Muito grande Impacto Semelhante ao centro-oeste, a região norte apresenta grandes entraves logísticos à atividade empresarial, sendo menos expressivo apenas o valor do imóveis.
28 Maiores gargalos para o cumprimento das obras de infraestrutura no Brasil: Dificuldades na obtenção de financiamentos Cronogramas não realistas Ineficiência na gestão de projetos Processos judiciais Influência política Transparência nos processos de licitação Licenças ambientais Burocracia Corrupção 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Nota 5 Nota 6 Nota 7 Nota 8 Nota 9 As empresas consideram a corrupção o maior gargalo para o cumprimento das obras de infraestrutura no Brasil.
29 Qualidade da Infraestrutura brasileira Acesso à água Linhas de telefone fixo Subscrições de telefone móvel Infraestrutura elétrica Oferta de transporte aéreo Infraestrutura do transporte aéreo Infraestrutura portuária Infraestrutura ferroviária Rodovias 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0% Muito ruim Ruim Regular Bom Muito bom As empresas consideram a infraestrutura portuária, ferroviária e rodoviária precárias.
30 As empresas consideram a inserção da iniciativa privada extremamente importante em todos os setores indicados.
31 As empresas avaliam bem a eficiência e a participação real do setor privado nos itens listados.
32 Fatores condicionantes para a falta de competitividade do atual ambiente logístico brasileiro Regulações trabalhistas Carência de profissinais qualificados Corrupção Impostos Taxas regulatórias Infraestrutura inadequada 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Nota 5 Nota 6 As respostas indicam que a infraestrutura, os impostos e a corrupção são os principais gargalos para a competitividade no país.
33 Em geral, as empresas concordam com todos os itens, destacando a redução do custo de transporte na distribuição e a maior velocidade na entrega de produtos.
34 Nível de vantagens oferecidas pelo setor privado Padrão de governança Influência política na gestão Investimentos permanentes Profissinais preparados Burocracia no relacionamento fornecedor-cliente Preço das tarifas Nível de serviço 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Nota 5 Nota 6 Nota 7 As empresas consideram o nível de serviço a maior vantagem do setor privado em relação ao setor público.
35 Prioridade de investimento público em infraestrutura Metrôs Construção de redes de transmissão de energia Ampliação das redes de telefonia Ampliação das redes de internet Construção de usinas energéticas Ampliação de terminais aeroportuários Maior oferta de equipamentos portuários Redução da burocracia portuária Maiores canais de acesso portuário Alinhamento operacional do modal ferroviário Ampliação da malha ferroviária Recuperação e ampliação da malha rodoviária 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Nota 5 Nota 6 Nota 7 Nota 8 Nota 9 Nota 10 Nota 11 Nota 12 A ampliação e qualificação das malhas rodoviária e ferroviária são apontadas como prioridades nos investimentos públicos para infraestrutura.
36 O combate à corrupção, bem como a redução da burocracia através do aumento da participação privada, são os itens apontados como os mais relevantes para que se alcance um melhor nível de infraestrutura brasileira.
37 CONCLUSÕES As empresas que têm se defrontado com elevados custos logísticos de transporte de matéria-prima buscam combatê-los por meio de estratégias internas, como reduzir o número de entregas rápidas e terceirizar a frota e serviços logísticos para outros operadores. Ademais, essas empresas também têm trabalhado com operações FOB em substituição ao CIF. Em termos de eficiência logística, essas empresas não transferem as responsabilidades e custos logísticos para clientes (Eficiência logística externa). Para essas empresas, o principal determinante de aumento de custos logísticos é a infraestrutura precária. A precariedade da malha ferroviária do país foi insistentemente apontada como um grande gargalo para o desenvolvimento do país. Não obstante, quando o assunto é competitividade, volta à tona a questão da infraestrutura. A pesquisa demonstra o descrédito do empresariado brasileiro com a capacidade do setor público na gestão da infraestrutura do país. Por isso, atribuem à corrupção e à burocracia os dois principais entraves para o seu desenvolvimento. As empresas demonstraram claramente sua posição favorável em relação à maior participação do setor privado na provisão de bens e serviços atualmente vinculados ao setor público. Isso se evidencia nas soluções mais bem aceitas para a melhoria das condições infraestruturais do país.
O faturamento das respondentes equivale a cerca de 17% do PIB brasileiro.
Autores Paulo Tarso Vilela de Resende Paulo Renato de Sousa Bolsistas Fapemig Gustavo Alves Caetano André Felipe Dutra Martins Rocha Elias João Henrique Dutra Bueno Estudo realizado com 111 empresas. O
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