Metástases Suprarrenais

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Metástases Suprarrenais"

Transcrição

1 ARTIGO DE REVISÃO Adrenal metastases Assistente Hospitalar de Cirurgia Geral, Hospital dos SAMS, Lisboa Faculdade de Ciências da Saúde Universidade da Beira Interior, Covilhã RESUMO A crescente disponibilidade e definição dos exames complementares de diagnóstico, nomeadamente imagiológico, tem levado ao aumento do número de nódulos suprarrenais detetados. Estes nódulos devem ser objecto de investigação visando o esclarecimento da sua natureza e funcionalidade. A descoberta de um nódulo suprarrenal em doente com história pregressa de neoplasia deve levantar a suspeita de metástase, já que as mesmas são encontradas em 32-72% dos casos. A presença de metástases suprarrenais, apesar de representar um estadio avançado da doença neoplásica, não exclui a possibilidade de tratamento cirúrgico, já que a resseção das mesmas, quando indicada, está associada a um aumento da sobrevida. A adrenalectomia laparoscópica, técnica gold standard no tratamento da patologia benigna desta glândula poderá também ser oferecida a estes pacientes, sem compromisso do prognóstico. Através da revisão da literatura recente, o autor sistematiza a abordagem das metástases suprarrenais na perspectiva do cirurgião relativamente ao diagnóstico, indicação operatória, prognóstico e alternativas terapêuticas Palavras chave: glândula suprarrenal, metástases, cirurgia. ABSTRACT Nowadays, the ever-increasing availability of more and more performing high-quality image diagnostic technologies have definitely prompted for an increased number of adrenal nodules that are being diagnosed. The finding of an adrenal nodule on a patient with a previous history of malignancy should always arouse the suspicion of a metastasis, since these secondary growths have been reported in 32-72% of such cases. Thorough patient evaluation ensues, with the aim of fully elucidating the nodule`s biological and functional properties and significance. Although the presence of an adrenal metastasis always means an advanced stage of the neoplastic process, it nevertheless does not exclude surgery, as metastasis resection, when feasible, has been associated with an increased survival rate. Laparoscopic adrenalectomy, a gold standard technique in the treatment of adrenal benign tumors, can also be performed in metastatic patients without compromising the overall prognosis. A thorough revision and analysis of the relevant recent literature were undertaken. Adrenal metastases` management is critically assessed, at the surgeon`s perspective, as far as diagnosis, surgical indications and approaches, therapeutic options and prognosis. Key words: adrenal gland, metastases, surgery. INTRODUÇÃO O crescente recurso a exames complementares de diagnóstico imagiológico e o aperfeiçoamento técnico dos mesmos têm levado nos últimos anos a um aumento do número de nódulos da glândula suprarrenal detetados, a maioria dos quais em doentes sem sintomatologia atribuível aos mesmos[ 1 ]. A abordagem destas massas suprarrenais clinicamente silenciosas procura o esclarecimento de duas questões fundamentais: 1 A lesão é maligna (primária ou metastática)? 2 A lesão é funcionante? [ 2 ] Revista Portuguesa de Cirurgia (2015) (32):

2 A grande maioria destas massas são benignas, adenomas, sendo as metástases a segunda causa mais frequente.[ 3 ] Se num doente sem antecedentes de patologia maligna a probabilidade de um nódulo suprarrenal ser maligno é muito pequena, o mesmo não acontece no caso de uma massa diagnosticada em doente com história prévia de neoplasia, em que a suspeita de metástase deve ser alta, já que as mesmas são encontradas em % dos casos.[ 4 ] A glândula suprarrenal é um potencial alvo de metastização de várias neoplasias, nomeadamente pulmão, mama, rim, cólon e melanoma.[ 3 ] Raramente as metástases suprarrenais são a forma de apresentação de tumor oculto, ocorrendo a maioria no contexto de neoplasia maligna altamente disseminada.[ 5 ] O conceito de incurabilidade da doença metastática tem vindo a ser posto em causa e, se inicialmente se colocavam dúvidas sobre a capacidade curativa da cirurgia das metástases suprarrenais, vários estudos têm vindo a demonstrar um aumento da sobrevida em doentes submetidos a resseção das mesmas.[ 6 ] Desde o seu aparecimento em 1992 a via laparoscópica transperitoneal[ 7 ] tornou-se o gold standard para a abordagem da patologia benigna da glândula suprarrenal, posição que vem sendo questionada, nos últimos tempos, pela via retroperitoneal[ 8 ]. Ambas as vias parecem também estar indicadas no tratamento das localizações secundárias nesta glândula, ao contrário do que acontece perante o carcinoma adreno-cortical, em que a cirurgia aberta oferece as maiores possibilidades de cura.[ 5 ] PREVALÊNCIA Como já atrás foi referido, as metástases da suprarrenal são a segunda causa mais frequente de nódulos depois dos adenomas.[ 3 ] Em doentes com história de neoplasia maligna, dados de autópsia mostraram metástases suprarrenais em %.[ 5 ] Quando um nódulo suprarrenal é diagnosticado num exame de imagem efetuado para estadiamento ou vigilância de neoplasia a probabilidade de se tratar de metástase aumenta, variando estes números entre os %.[ 4 ] A maioria destas, contudo, só são detetadas post- -mortem ocorrendo bilateralmente em cerca de metade dos casos.[ 9 ] Raramente é a suprarrenal o primeiro local de metastização. No hemisfério ocidental os cancros do pulmão (39%) e mama (35%) são os mais frequentemente associados a metástases suprarrenais (SR), contrastando com a maior prevalência de tumores hepáticos e da árvore biliar e gastroesofágicos no Oriente. No ocidente também os carcinomas coloretais, do rim, melanoma e hepatocarcinoma se associam com frequência a metástases SR.[ 5 ] MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓS- TICO A grande maioria dos doentes com metástases SR estão assintomáticos (95%). Quando sintomáticos, tipicamente, apresentam- -se com dor dorso-lombar (por invasão local ou hemorragia retroperitoneal por necrose tumoral) ou sintomatologia associada à insuficiência suprarrenal.[ 9 ] Excetuando os poucos casos de incidentalomas que se revelam metástases de neoplasia oculta, o processo diagnóstico começa com a descoberta de um nódulo suprarrenal durante o estadiamento ou vigilância de um paciente com neoplasia conhecida. Esta lesão, não podendo em sentido estrito ser considerada um incidentaloma, já que a descoberta não foi incidental (um termo mais apropriado será massa suprarrenal clinicamente inaparente) deve contudo ser avaliada com a mesma metodologia utilizada na avaliação dos verdadeiros incidentalomas, que visa a exclusão da funcionalidade e malignidade dos mesmos. 22

3 Avaliação funcional A exclusão de feocromocitoma é mandatória, através dos doseamentos das metanefrinas e normetanefrinas livres plasmáticas, juntamente com as catecolaminas e metanefrinas urinárias. Estudos recentes sugerem que uma única medição das metanefrinas plasmáticas tem a mesma sensibilidades das análises urinárias, evitando assim o incómodo associado á colheita da urina das 24 horas.[ 4 ] A avaliação deve incluir também a medição do cortisol livre urinário e uma Prova de Supressão com dexametasona (1 mg) para exclusão de hipercortisolismo. Em doentes hipertensos é importante excluir Hiperaldosteronismo primário através das determinações dos electrólitos séricos, renina e aldosteronas plasmáticas Diagnóstico imagiológico A ecografia abdominal tem um papel limitado na avaliação de nódulos suprarrenais, embora seja frequente a sua deteção em exames efectuados por outras razões clínicas. A caracterização imagiológica deve ser efetuada por TAC ou MRI.[ 10 ] A comparação com exame prévios é de grande importância: qualquer nódulo que aumenta de tamanho em seis meses é fortemente suspeito de malignidade. Lesões maiores que 4 cm (particularmente as maiores que 6 cm) têm grande risco de corresponder a uma lesão maligna. A diferenciação morfológica entre lesões malignas e benignas por TAC ou MRI assenta na quase ausência de gordura intracitoplasmática nas lesões malignas, ao contrário das massas benignas que apresentam grande conteúdo de lípidos intracelulares. Há uma relação linear inversa entre a gordura citoplasmática de um adenoma SR e a sua densidade imagiológica.[ 3 ] Lesões não adenomatosas apresentam maior densidade, pois o seu citoplasma é pobre em lípidos. A presença de linfadenopatias regionais e a invasão local são sugestivos de malignidade. A MRI pode fornecer informação adicional útil na distinção das lesões malignas, nomeadamente através de uma melhor definição dos planos tecidulares e da presença de invasão local.[ 10 ] Também a PET pode ter um papel importante na diferenciação entre lesões malignas e benignas, já que a maioria dos adenomas têm baixa atividade metabólica ao contrário da generalidade das lesões malignas.[ 4 ] Este exame tem a vantagem de permitir localizar com maior precisão anatómica as lesões hipermetabólicas.[ 10 ] No contexto de um doente com neoplasia conhecida, a PET permite avaliar a existência de outros focos metastáticos (exceto cerebrais). Alguns falsos negativos podem ocorrer em metástases de tumores primários não PET-ávidos como o carcinoma de células renais, carcinóides e carcinoma pulmonar não de pequenas células tipo brônquio- -alveolar ou na presença de áreas extensas de necrose ou hemorragia.[ 3 ] Processos inflamatórios podem dar falsos resultados positivos.[ 3 ] Se o tumor primitivo for PET ávido uma imagem de características benignas num PET/TC é suficiente para excluir metástase suprarrenal. Caso não o seja, poderá ser necessário realizar biopsia. Do ponto de vista prático, sendo o nódulo suprarrenal suspeito habitualmente por exame de imagem integrado num protocolo de estadiamento ou seguimento de neoplasia conhecida (habitualmente TAC abdominal) a estratégia diagnostica subsequente depende em grande parte da disseminação da doença, já que a presença de outros focos metastáticos poderá tornar desnecessária a caracterização do nódulo. Nesse sentido o PET tem papel relevante, sendo o exame de eleição para a avaliação de possível metastização multifocal. Biopsia percutânea A biopsia percutânea tem escassas indicações na avaliação da patologia suprarrenal, podendo contudo ter papel importante em doentes com malignidade extra- 22

4 Figura 1 Abordagem de nódulo suprarrenal em paciente com antecedentes de neoplasia extra-adrenal -adrenal e nódulo suprarrenal concomitante, sobretudo se os exames de imagem forem inconclusivos. Nestes pacientes a biópsia está indicada se o nódulo suprarrenal tiver diâmetro menor que 4 cm (nódulos maiores têm indicação operatória não necessitando de caracterização histológica), não existirem outros focos de malignidade nem hipersecreção hormonal. Podendo ser efectuada por aspiração com agulha fina ou core biopsy, e atualmente, guiada por TAC, os valores de sensibilidade da biópsia percutân para doença metastática variam muito por autor, encontrando-se séries entre os 57 e os 80%, sendo contudo os valores de especificidade muito elevados (>90%), bem como o valor preditivo positivo, com a ausência quase absoluta de falsos positivos.[ 5 ] Factor limitativo importante é a disponibilidade de um citopatologista com experiência, que possa confirmar a adequabilidade da amostra. As complicações são raras (3-13%), sendo a maioria leves e autolimitadas.[ 5 ] As mais frequentes são a presença de dor abdominal, hematúria, hematoma, abcesso retroperitoneal e pneumotórax. Foram descritos raros casos de pancreatite aguda pós biopsia. A implantação tumoral no trajeto de punção, apesar de descrita, é ainda mais rara, estando o uso de agulhas finas associado a um menor número de complicações. É imperativo excluir feocromocitoma antes da biopsia, evitando assim complicações hemodinâmicas e vasculares graves (hipertensão arterial grave, enfarte de miocárdio ou acidentes vasculares cerebrais), potencialmente mortais.[ 5 ] Na figura 1 apresentamos fluxograma de abordagem de nódulo suprarrenal em doente com antecedentes de neoplasia maligna extra-adrenalec.

5 TRATAMENTO CIRÚRGICO Indicações A resseção de metástases suprarrenais isoladas, apesar de ser efetuada desde há longos anos com a forte convicção de proporcionar um aumento da sobrevida dos pacientes, continua pouco sustentada por estudos efetivamente conclusivos. A quase ausência de estudos prospetivos randomizados, leva a que sejam utilizados estudos retrospetivos com critérios de inclusão díspares e desde logo contaminados pelo efeito do estado do doente, já que invariavelmente foram considerados elegíveis para resseção pacientes com melhor estado geral que os propostos para outras formas de tratamento. Em Maio de 2011 a European Society of Endocrine Surgeons realizou, em Lyon, uma reunião de consenso onde foi sugerido ser considerada a adrenalectomia num doente com suspeita de metástase suprarrenal quando [ 5 ]: a) foi conseguido o controlo da doença extra-adrenal ou existe um plano definido para o mesmo; b) existem metástases isoladas numa suprarrenal, ou nas duas; c) a imagiologia é altamente sugestiva de metástase ou a mesma foi demonstrada por biopsia; d) a metástase está confinada à suprarrenal conforme confirmado em exame de imagem recente (um mês); e) o estado funcional do paciente permite a intervenção cirúrgica. À margem destas conclusões alguns autores consideram a adrenalectomia paliativa para alívio da dor, em pacientes em que este sintoma é o maior incomodo, mesmo assumindo não haver benefício na sobrevida destes doentes.[ 9 ] Cirurgia Aberta ou Laparoscopia Desde o seu início em 1992 a laparoscopia não demorou muito a tornar-se o gold standard da cirurgia suprarrenal por patologia benigna.[ 7 ] Comparada com a cirurgia convencional a adrenalectomia laparoscópica está associada a menos dor no pós-operatório, menores perdas sanguíneas, morbilidade reduzida e menor tempo de internamento.[ 12 ] A abordagem das lesões malignas é mais controversa, levantando-se a questão de ser ou não a laparoscopia equivalente á cirurgia aberta em termos de taxas de recorrência, sobrevida e intervalo livre de doença. A agressividade local do carcinoma adrenocortical torna mandatória uma resseção alargada incluindo linfadenectomia regional, que para muitos contraindica a laparoscopia, não existindo atualmente consenso sobre este assunto. As Guidelines de 2013 da SAGES (Society of American Gastrintestinal and Endoscopic Surgeons) e de 2012 da NCCN (National Compreensive Cancer Network ) advogam a cirurgia aberta nestes casos.[ 6 ] Estando as metástases suprarrenais, habitualmente, confinadas à cápsula da glândula, a laparoscopia pode ter indicação no tratamento das mesmas, devendo a gordura peri-adrenal ser excisada em bloco, para reduzir o risco de recorrência local. São escassas as contra-indicações absolutas (quadro 1) já que algumas situações anteriormente consideradas como tal podem ser abordadas com segurança por via laparoscópica ou retroperitoneoscópica Quadro 1 Para cirurgia laparoscópica/retroperitoneoscópica de RELATIVAS Metástase > 9 cm Presença de adenopatias Aderências Obesidade Mórbida Coagulopatia não corrigida Doença cardio-pulmonar grave CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS Invasão de estructuras adjacentes Trombose da veia cava inferior

6 à medida que a experiência cirúrgica na técnica vai aumentando [ 3 ]. Num estudo comparativo (31 adrenalectomias laparoscópicas transperitoneais por doença metastática versus 63 cirurgias abertas num período de 11 anos) Strong et al não demonstraram diferenças significativas no tempo de sobrevida (mediana 30 meses) e na presença de margens microscópicas positivas entre os dois grupos. O tempo operatório, tempo de internamento, perdas sanguíneas e número total de complicações foram significativamente inferiores nos doentes operados por laparoscopia. Quatro doentes necessitaram conversão para via aberta. Outros estudos de menores dimensões têm mostrado resultados semelhantes.[ 6 ] A maioria dos autores não reportou metástases nas portas cirúrgicas ou recorrências loco-regionais. Adrenalectomia posterior retroperitoneoscópica Em 1994 Walz efectuou a primeira adrenalectomia retroperitoneal por via posterior. Não sendo o primeiro a tentar essa abordagem, foi contudo o grande impulsionador da mesma.[ 6 ] Sustentado em estudos fisiológicos demonstrou a tolerância dos pacientes a pressões de insuflação elevada (>20 mm Hg), essenciais à criação do espaço de trabalho necessário para execução da técnica.[ 13 ] Esta permite um acesso direto e rápido à glândula, mesmo em pacientes com cirurgias abdominais prévias ou com índices de massa corporal elevados. Estudos subsequentes mostraram uma diminuição do tempo operatório, do tempo de recuperação global e da utilização de analgésicos comparados com a via transperitoneal.[ 8 ] A maior limitação da técnica está relacionada com o tamanho do tumor, tornando-se a cirurgia mais difícil em tumores maiores de 6 cm contraindicação relativa. A utilização desta técnica para a resseção de metástases suprarrenais tem resultados comparáveis aos da laparoscopia transperitoneal sendo uma opção válida no tratamento destes pacientes.[ 8 ] PROGNÓSTICO A presença de metástases suprarrenais, ainda que isoladas, é por si um factor de mau prognóstico. O primeiro relato de sobrevida a longo prazo após resseção de metástases SR isoladas remonta a 1982, com a descrição por Twomey de dois casos de pacientes livres de doença seis e 14 anos após a excisão de uma metástase suprarrenal isolada de carcinoma do pulmão.[ 14 ] Desde então várias séries confirmaram que a resseção de metástases adrenais isoladas pode proporcionar uma sobrevida prolongada.[ 6 ] Foram recentemente publicados os resultados de um estudo multicêntrico europeu envolvendo 317 doentes submetidos a adrenalectomia por metástases SR recrutados de 30 centros, entre 1999 e A sobrevida média desses doentes foi de 29 meses, resultados consistentes com os obtidos por outras séries.[ 6 ] Globalmente a sobrevivência média dos doentes submetidos a adrenalectomia por metástases isoladas varia entre os 20 e os 30 meses, valor significativamente maior que os seis a oito atingidos pelos doentes não submetidos a resseção.[ 15 ] A taxa de sobrevivência aos cinco anos para os doentes adrenalectomizados varia entre os 20 e os 45 %.[ 6 ] As metástases de carcinoma de células renais (particularmente metácronas) estão associadas a sobrevidas prolongadas.[ 16 ] O tamanho das metástases parece não influenciar a sobrevida na maioria dos estudos efetuados.[ 16 ] Outros factores que influenciam favoravelmente o prognóstico são o intervalo livre de doença (superior a seis meses = melhor prognóstico), metástase metácrona e a resseção completa (R0).[ 16 ] Casos especiais Carcinoma renal A proximidade com a glândula suprarrenal faz do rim um caso particular, já que o avanço do carcinoma renal pode levar à invasão da mesma (pt3a) ou ao aparecimento de metástases por disseminação hema-

7 togénea (estadio IV) com prognósticos diferentes e desfavoráveis para o segundo caso.[ 5 ] As metástases suprarrenais podem ocorrer de forma síncrona ou mesmo muitos anos após o tumor primário, do mesmo lado ou contralaterais.[ 5 ] A adrenalectomia simultânea não está indicada na ausência de envolvimento local, já que não aumenta a sobrevida nem diminui o risco de metástases metácronas.[ 16 ] Carcinoma do pulmão (não pequenas células) (CPNPC) Sendo o tumor primário mais frequentemente associado a metástases SR, a presença destas parece estar associada a uma maior sobrevida quando comparada com a sobrevida alcançada quando as metástases ocorrem noutros órgãos.[ 5 ] Landry, num estudo envolvendo 6577 doentes com CPNPC dos quais 874 apresentaram metástases suprarrenais, confirmou a vantagem da adrenalectomia na sobrevida se aquelas são isoladas, quando o controle da doença extra-adrenal é conseguido.[ 17 ] TRATAMENTOS NÃO CIRÚRGICOS Ablação por radiofrequência A ablação por radiofrequência tem-se revelado eficaz no tratamento de neoplasias de vários tecidos, nomeadamente fígado, baço, pulmão, mama, próstata e rim. A sua utilização em doentes com metástases suprarrenais irressecáveis ou risco operatório elevado foi reportada em vários estudos, sem grandes complicações e com aceitável controlo local, podendo ser uma opção terapêutica, essencialmente paliativa, quando a cirurgia estiver contraindicada.[ 3 ] Radioterapia corporal estereotáxica A radioterapia tem, tradicionalmente, um papel adjuvante após a terapêutica cirúrgica das metástases suprarrenais, podendo, isoladamente, ter uma ação paliativa por conseguir excelente controlo da dor com toxidade limitada. Recentemente tem sido estudado o potencial curativo da radioterapia corporal estereotáxica em doença metastática limitada, com resultados de sobrevida aos cinco anos entre os 22 e os 56%, a justificar a continuação dos estudos de forma a validar esta alternativa terapêutica.[ 5 ] Outras técnicas ablativas Várias outras técnica ablativas têm sido utilizadas no tratamento de metástases SR crioterapia, injeção de etanol, radiofrequência combinada com quimioembolizacão, etc. contudo a escassa experiência atual para cada uma das técnicas impede a sua correta avaliação.[ 5 ] CONCLUSÕES Apesar da impossibilidade quase absoluta de efetuar estudos prospectivos randomizados comparando a ressecção de metástases suprarrenais com outras formas de tratamento, já que qualquer tentativa seria contaminada por viés de seleção, os dados existentes provenientes de múltiplas séries, favorecem uma abordagem agressiva no seu tratamento, desde que a doença extra-suprarrenal esteja controlada ou exista um plano definido para o tratamento da mesma, sendo expetável uma taxa de sobrevida global acima dos 25 % aos cinco anos nestes pacientes. A via laparoscópica permite resultados oncológicos semelhantes à via aberta, com as vantagens conhecidas (menor tempo de internamento, menos dor, menores perdas sanguíneas, menor taxa de complicações). Para lesões menores de 6 cm a via retroperitoneoscópica parece apresentar ainda melhores resultados em termos de dor e tempo operatório. AGRADECIMENTOS Ao Prof. Doutor Luís Silveira e ao Dr. Rui Tavares Bello, pelo seu contributo para a realização deste trabalho.

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Sundin, A., Imaging of adrenal masses with emphasis on adrenocortical tumors. Theranostics, (5): p Jain, S.M., Adrenal incidentaloma: A puzzle for clinician. Indian J Endocrinol Metab, (Suppl1): p. S59-s Uberoi, J. and R. Munver, Surgical management of metastases to the adrenal gland: open, laparoscopic, and ablative approaches. Curr Urol Rep, (1): p Mitchell, I.C. and F.E. Nwariaku, Adrenal masses in the cancer patient: surveillance or excision. Oncologist, (2): p Sancho, J.J., et al., Surgical management of adrenal metastases. Langenbecks Arch Surg, (2): p Washino, S., et al., Long-term survival after adrenalectomy for asynchronous metastasis of bladder cancer to the bilateral adrenal glands. Case Rep Urol, : p Zheng, Q.Y., et al., Adrenalectomy may increase survival of patients with adrenal metastases. Oncol Lett, (4): p Castillo, O.A., et al., Laparoscopic adrenalectomy for suspected metastasis of adrenal glands: our experience. Urology, (4): p Gagner, M., Laparoscopic adrenalectomy. Surg Clin North Am, (3): p Perrier, N.D., et al., Posterior retroperitoneoscopic adrenalectomy: preferred technique for removal of benign tumors and isolated metastases. Ann Surg, (4): p McLean, K., et al., Management of isolated Adrenal Lesions in Cancer Patients. Cancer Control, (2): p Goh, J. Imaging in Adrenal Metastases July 2013 [cited 2013; Available from: -overview. 13. Mazzaglia, P.J. and J.M. Monchik, Limited value of adrenal biopsy in the evaluation of adrenal neoplasm: a decade of experience. Arch Surg, (5): p Stefanidis, D., et al., SAGES guidelines for minimally invasive treatment of adrenal pathology. Surg Endosc, (11): p NCCN Guidelines Version Adrenal Gland Tumors [cited ]; Available from: Strong, V.E., et al., Laparoscopic adrenalectomy for isolated adrenal metastasis. Ann Surg Oncol, (12): p Sarela, A.I., et al., Metastasis to the adrenal gland: the emerging role of laparoscopic surgery. Ann Surg Oncol, (10): p Walz, M.K., et al., Posterior retroperitoneoscopy as a new minimally invasive approach for adrenalectomy: results of 30 adrenalectomies in 27 patients. World J Surg, (7): p Giebler, R.M., et al., Hemodynamic changes after retroperitoneal CO2 insufflation for posterior retroperitoneoscopic adrenalectomy. Anesth Analg, (4): p Duh, Q.Y., Resecting isolated adrenal metastasis: why and how? Ann Surg Oncol, (10): p Bradley, C.T. and V.E. Strong, Surgical management of adrenal metastases. J Surg Oncol, (1): p Howell, G.M., et al., Outcome and prognostic factors after adrenalectomy for patients with distant adrenal metastasis. Ann Surg Oncol, (11): p Moreno, P., et al., Adrenalectomy for solid tumor metastases: Results of a multicenter European study. Surgery, (6): p Marangos, I.P., et al., Should we use laparoscopic adrenalectomy for metastases? Scandinavian multicenter study. Journal of Surgical Oncology, (1): p Muth, A., et al., Prognostic factors for survival after surgery for adrenal metastasis. Eur J Surg Oncol, (7): p Landry CS, P.N., Karp DD, Xing Y, Lee JE, Grubbs EG, Outcome of patients with adrenal metastasis from lung cancer: Selection criteria for surgery. Journal of Clinical Oncology, 2010 ASCO Annual Meeting Abstracts., (15 Suppl (May 20 Supplement)): p. e Correspondência: CARLOS SERRA caaserra@netcabo.pt Data de recepção do artigo: 10/04/2014 Data de aceitação do artigo: 22/01/2015

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha.

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha. Tumores renais 17/08/2017 - Dra. Marcela Noronha As neoplasias do trato urinário em crianças quase sempre são malignas e localizam-se, em sua maioria, no rim. Os tumores de bexiga e uretra são bastante

Leia mais

Cancro de Pâncreas Tumores localmente avançados /Borderline ressecáveis

Cancro de Pâncreas Tumores localmente avançados /Borderline ressecáveis Cancro de Pâncreas Tumores localmente avançados /Borderline ressecáveis Gil Gonçalves out.2017 Só a Cirurgia pode oferecer cura ou aumento significativo das taxas de sobrevida (Apesar de t. sobrevida

Leia mais

Punção Aspirativa com Agulha Fina Guiada por Ultrassonografia Endoscópica PAAF-USE primeira linha suspeita de neoplasia do pâncreas

Punção Aspirativa com Agulha Fina Guiada por Ultrassonografia Endoscópica PAAF-USE primeira linha suspeita de neoplasia do pâncreas A Punção Aspirativa com Agulha Fina Guiada por Ultrassonografia Endoscópica (PAAF-USE) é utilizada para estudo de lesões pancreáticas Complementa a caracterização imagiológica Método de primeira linha

Leia mais

M.V. Natália Oyafuso Da Cruz Pet Care Centro Oncológico SP

M.V. Natália Oyafuso Da Cruz Pet Care Centro Oncológico SP M.V. Natália Oyafuso Da Cruz Pet Care Centro Oncológico SP 2018 Hiperadrenocorticismo hipófise dependente Hiperadrenocorticismo adrenal dependente Radioterapia para Hiperadrenocorticismo, tem indicação?

Leia mais

Terapêutica Cirúrgica. Cancro do Rim. Fernando Calais da Silva

Terapêutica Cirúrgica. Cancro do Rim. Fernando Calais da Silva Terapêutica Cirúrgica no Cancro do Rim Fernando Calais da Silva HISTÓRIA ERASTUS WOLCOTT (1)DIVULGOU NA LITERATURA, EM 1861, A PRIMEIRA NEFRECTOMIA POR TUMOR EM 1876, KOCHER (1) REALIZOU PELA PRIMEIRA

Leia mais

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Medicina Hospital São Lucas SERVIÇO DE CIRURGIA TORÁCICA José Antônio de Figueiredo Pinto DEFINIÇÃO Lesão arredondada, menor que 3.0 cm

Leia mais

Abordagem dos Nódulos Pulmonares em Vidro Fosco e dos Nódulos Sub-sólidos

Abordagem dos Nódulos Pulmonares em Vidro Fosco e dos Nódulos Sub-sólidos Abordagem dos Nódulos Pulmonares em Vidro Fosco e dos Nódulos Sub-sólidos. Nódulos pulmonares são pequenas alterações esféricas comumente identificadas incidentalmente nas imagens de tórax (Rx e/ou TC)..

Leia mais

FDG PET no Câncer de Pulmão: Influências das doenças granulomatosas

FDG PET no Câncer de Pulmão: Influências das doenças granulomatosas FDG PET no Câncer de Pulmão: Influências das doenças granulomatosas Bruno Hochhegger MD, PhD Médico Radiologista do Pavilhão Pereira Filho e Hospital São Lucas da PUCRS Professor de Radiologia da UFCSPA

Leia mais

CARCINOMA DA ADRENAL, FEOCROMOCITOMA E PARAGANGLIOMA. ANA CAROLINA GUIMARÃES DE CASTRO Faculdade de Medicina da UFMG

CARCINOMA DA ADRENAL, FEOCROMOCITOMA E PARAGANGLIOMA. ANA CAROLINA GUIMARÃES DE CASTRO Faculdade de Medicina da UFMG CARCINOMA DA ADRENAL, FEOCROMOCITOMA E PARAGANGLIOMA ANA CAROLINA GUIMARÃES DE CASTRO Faculdade de Medicina da UFMG Carcinoma do córtex da adrenal Introdução Os carcinomas do córtex da adrenal (CCA) são

Leia mais

Metástase hepática

Metástase hepática Tratamento das metástases hepáticas de origem colo-retal Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Metástase hepática Câncer colo-retal 150.000 novos casos/ano de câncer colo-retal (EUA)

Leia mais

Diagnóstico por Imagem em Oncologia

Diagnóstico por Imagem em Oncologia Diagnóstico por Imagem em Oncologia Jorge Elias Jr Linfoma não-hodgkin 1 Mamografia Sintomático x rastreamento Objetivos Discutir o papel dos métodos de imagem em oncologia Diferenciar o uso na confirmação

Leia mais

Clínica Universitária de Radiologia. Reunião Bibliográfica. Mafalda Magalhães Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves

Clínica Universitária de Radiologia. Reunião Bibliográfica. Mafalda Magalhães Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves + Clínica Universitária de Radiologia Reunião Bibliográfica Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves Mafalda Magalhães 14-03-2016 + Introdução RM Mamária: Rastreio de cancro da mama em populações de alto

Leia mais

Margens menores que 1 centímetro na hepatectomia são insuficientes?

Margens menores que 1 centímetro na hepatectomia são insuficientes? I Congresso da Regional Sul do CB-IHPBA I Jornada ONCO-HSC de Blumenau Blumenau SC 19-21 de outubro de 2011 Margens menores que 1 centímetro na hepatectomia são insuficientes? Orlando Jorge M. Torres Núcleo

Leia mais

CIRURGIA HEPÁTICA MINIMAMENTE INVASIVA. Dr. Fabricio Ferreira Coelho

CIRURGIA HEPÁTICA MINIMAMENTE INVASIVA. Dr. Fabricio Ferreira Coelho CIRURGIA HEPÁTICA MINIMAMENTE INVASIVA Dr. Fabricio Ferreira Coelho Wakabayashi G. J Hepatobiliary Pancreat Surg (2009) 16:403 404 CIRURGIA HEPÁTICA MINIMAMENTE INVASIVA Laparoscopia diagnóstica Biópsia

Leia mais

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa XXIII Jornadas ROR-SUL 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa Estudo de Alta Resolução Tumores Malignos do Pulmão Maria Teresa Almodovar Objetivos 1. Detectar as diferenças na sobrevivência do cancro do pulmão

Leia mais

Manejo de Lesão Cerebral Metastática Única. Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Manejo de Lesão Cerebral Metastática Única. Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Manejo de Lesão Cerebral Metastática Única Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Manejo de Lesão Cerebral Metastática Única Introdução Prognóstico

Leia mais

Diagnóstico de TEV Perspetiva do Laboratório: o papel dos D-Dímeros no diagnóstico. Luísa Lopes dos Santos IPO-Porto

Diagnóstico de TEV Perspetiva do Laboratório: o papel dos D-Dímeros no diagnóstico. Luísa Lopes dos Santos IPO-Porto Diagnóstico de TEV Perspetiva do Laboratório: o papel dos D-Dímeros no diagnóstico Luísa Lopes dos Santos IPO-Porto Tema Impacto do diagnóstico de TEV. Probabilidade pré- teste. Diagnóstico de TEV e formação

Leia mais

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues Hospitais da Universidade de Coimbra Serviço de Ortopedia Diretor: Prof. Doutor Fernando Fonseca Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues História Clínica PRGP Sexo feminino 23 anos Empregada de escritório

Leia mais

Glândulas suprarrenais

Glândulas suprarrenais Estudo Imagiológico gico do Abdómen 16 -Glândulas suprarrenais Meios de estudo Principais aplicações clínicas 17-Aparelho genital Meios de estudo Principais aplicações clínicas Próstata, vesículas seminais

Leia mais

IMAGIOLOGIA NOS TUMORES DE CÉLULAS RENAIS

IMAGIOLOGIA NOS TUMORES DE CÉLULAS RENAIS IMAGIOLOGIA NOS TUMORES DE CÉLULAS RENAIS Tiago Saldanha José Durães Serviço de Radiologia HEM - CHLO Curso de carcinoma de células renais Lisboa 2015 PAPEL DOS MÉTODOS DE IMAGEM Diagnóstico Estadiamento

Leia mais

USG intra-op necessária mesmo com boa Tomografia e Ressonância?

USG intra-op necessária mesmo com boa Tomografia e Ressonância? USG intra-op necessária mesmo com boa Tomografia e Ressonância? Maria Fernanda Arruda Almeida Médica Radiologista, A.C.Camargo Cancer Center TCBC Antonio Cury Departamento de Cirurgia Abdominal. A.C. Camargo

Leia mais

irurgia Revista Portuguesa de Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia II Série N. 16 Março 2011

irurgia Revista Portuguesa de Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia II Série N. 16 Março 2011 Revista Portuguesa de Cirurgia II Série N. 16 Março 2011 Revista Portuguesa de irurgia II Série N. 16 Março 2011 ISSN 1646-6918 Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia ARTIGO ORIGINAL Abordagem

Leia mais

LESÕES MAMÁRIAS BENIGNAS MIMETIZADORAS DE MALIGNIDADE

LESÕES MAMÁRIAS BENIGNAS MIMETIZADORAS DE MALIGNIDADE LESÕES MAMÁRIAS BENIGNAS MIMETIZADORAS DE MALIGNIDADE Pedro Pissarra, Rui Alves Costa, Luís Ferreira, Yessica Costa, Maria Conceição Sanches, Manuela Gonçalo, Filipe Caseiro Alves X Jornadas Temáticas

Leia mais

Tumores da Junção Esófago-Gástrica

Tumores da Junção Esófago-Gástrica Tumores da Junção Esófago-Gástrica Perspetiva do Gastrenterologista João Coimbra Serviço de Gastrenterologia Hospital de Stº António dos Capuchos Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central Tumores

Leia mais

PET-CT NO NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO. Dr. Mauro Esteves -

PET-CT NO NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO. Dr. Mauro Esteves - PET-CT NO NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO Dr. Mauro Esteves - mauro.rad@hotmail.com PET-CT no nódulo pulmonar solitário nódulo pulmonar - definição opacidade nodular 3 cm de diâmetro circundada por tecido pulmonar

Leia mais

ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico

ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico Serviço de Radioterapia Directora de Serviço: Dra. Gabriela Pinto ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico Rita da Costa Lago / Darlene Rodrigues / Joana Pinheiro / Lurdes

Leia mais

06 A 08 DE NOVEMBRO DE 2014 PROGRAMA

06 A 08 DE NOVEMBRO DE 2014 PROGRAMA 06 A 08 DE NOVEMBRO DE 2014 PROGRAMA 06/11/14 QUINTA-FEIRA 08:30 08:37 Cerimônia de Abertura 08:37 08:45 Filme em homenagem ao cirurgião oncologista Fernando Campello Gentil 08:45 09:00 Patologia molecular

Leia mais

DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO DO PET CT ONCOLÓGICO NO PLANSERV.

DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO DO PET CT ONCOLÓGICO NO PLANSERV. DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO DO PET CT ONCOLÓGICO NO MARÇO 2014 GOVERNADOR DO ESTADO JAQUES WAGNER SECRETÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO EDELVINO DA SILVA GÓES FILHO REALIZAÇÃO COORDENADOR GERAL SONIA MAGNÓLIA LEMOS

Leia mais

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética Imagem 01. Ressonância Margnética do Abdomen Imagem 02. Angiorressonância Abdominal Paciente masculino, 54 anos, obeso, assintomático, em acompanhamento

Leia mais

Abordagem cirúrgica das metástases hepáticas: qual o limite?

Abordagem cirúrgica das metástases hepáticas: qual o limite? Abordagem cirúrgica das metástases hepáticas: qual o limite? Dr. Alessandro L. Diniz TCBC/TSBCO/AHPBA Resultados- pacientes ressecados. AUTOR N MORTALIDADE(%) SOBREVIDA MÉDIA (meses) SOBREVIDA 5 ANOS(%)

Leia mais

Hospital de São João, E.P.E. Grupo Oncológico Hepato-Bilio-Pancreático INDICAÇÕES: Carcinoma Hepatocelular. Colangiocarcinoma

Hospital de São João, E.P.E. Grupo Oncológico Hepato-Bilio-Pancreático INDICAÇÕES: Carcinoma Hepatocelular. Colangiocarcinoma Hospital de São João, E.P.E Grupo Oncológico Hepato-Bilio-Pancreático 2008 INDICAÇÕES: Carcinoma Hepatocelular Colangiocarcinoma Carcinoma da Vesícula Biliar Carcinoma do Pâncreas Tumores Endócrinos do

Leia mais

Diagnóstico e classificação de cancro do rim

Diagnóstico e classificação de cancro do rim Informação para Doentes Português 32 Diagnóstico e classificação de cancro do rim Os termos sublinhados estão listados no glossário. Na maioria dos casos o cancro renal é assintomático, o que significa

Leia mais

Linfadenectomia Retroperitonial no Tumor Renal Localmente Avançado Papel Terapêutico ou Somente Prognóstico? Guilherme Godoy

Linfadenectomia Retroperitonial no Tumor Renal Localmente Avançado Papel Terapêutico ou Somente Prognóstico? Guilherme Godoy Linfadenectomia Retroperitonial no Tumor Renal Localmente Avançado Papel Terapêutico ou Somente Prognóstico? Guilherme Godoy TiSBU SP Professor Assistente Divisão de Uro-Oncologia Scott Department of Urology

Leia mais

TABELA DE PROCEDIMENTOS SUS

TABELA DE PROCEDIMENTOS SUS TABELA DE PROCEDIMENTOS SUS QUIMIOTERAPIA PALIATIVA: 03.04.02.015-0 - Quimioterapia Paliativa do Carcinoma de Nasofaringe avançado (estádio IV C ou doença recidivada) C11.0, C11.1, C11.2, C11.3, C11.8,

Leia mais

Importância dos. em Ginecologia Ramon Andrade R2 Prof. Dr. Maurício Magalhães - Orientador

Importância dos. em Ginecologia Ramon Andrade R2 Prof. Dr. Maurício Magalhães - Orientador Importância dos marcadores tumorais em Ginecologia Ramon Andrade R2 Prof. Dr. Maurício Magalhães - Orientador Definição Macromoléculas (principalmente proteínas) Origem Gênese tumoral Resposta do organismo

Leia mais

Indicações e passo-a-passo para realização de SBRT

Indicações e passo-a-passo para realização de SBRT Indicações e passo-a-passo para realização de SBRT Heloisa de Andrade Carvalho heloisa.carvalho@hc.fm.usp.br heloisa.carvalho@hsl.org.br SBRT O que é? Porquê? Para quê? Passo-a-passo SBRT O que é? Stereotactic

Leia mais

3º CURSO de TUMORES do APARELHO LOCOMOTOR PROGRAMA DEFINITIVO. Dia

3º CURSO de TUMORES do APARELHO LOCOMOTOR PROGRAMA DEFINITIVO. Dia 3º CURSO de TUMORES do APARELHO LOCOMOTOR PROGRAMA DEFINITIVO Dia 7.03.2018 8.00 Abertura do Secretariado 8.45 9.00 Apresentação do Curso. Overview and aims. José Casanova Sessão Plenária 1 Clinica e Meios

Leia mais

Câncer Medular de Tireóide Diagnóstico e Tratamento

Câncer Medular de Tireóide Diagnóstico e Tratamento Câncer Medular de Tireóide Diagnóstico e Tratamento Universidade Federal do Ceará Hospital Universitário Walter Cantídio Residência de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Dr. Wendell Leite Fortaleza 2006 Câncer

Leia mais

3º CURSO de TUMORES do APARELHO LOCOMOTOR PROGRAMA DEFINITIVO. Dia

3º CURSO de TUMORES do APARELHO LOCOMOTOR PROGRAMA DEFINITIVO. Dia 3º CURSO de TUMORES do APARELHO LOCOMOTOR PROGRAMA DEFINITIVO Dia 7.03.2018 8.00 Abertura do Secretariado 8.45 9.00 Apresentação do Curso. Overview and aims. José Casanova Sessão Plenária 1 Clinica e Meios

Leia mais

Tratamento do GIST Gástrico ALEXANDRE SAKANO

Tratamento do GIST Gástrico ALEXANDRE SAKANO Tratamento do GIST Gástrico ALEXANDRE SAKANO INTRODUÇÃO: Tumores originários da camada muscular Inicialmente chamados leiomiomas e leiomiossarcomas GIST relacionado a marcadores específicos Histopatologia

Leia mais

TeleCondutas Nódulo de Tireoide

TeleCondutas Nódulo de Tireoide TeleCondutas Nódulo de Tireoide TelessaúdeRS-UFRGS Porto Alegre, 2018 Sumário Introdução Manifestação Clínica Diagnóstico Avaliação Inicial Indicação de PAAF Acompanhamento ecográfico de nódulo não puncionado

Leia mais

Vigilância ativa em câncer de próstata. Marcos Tobias Machado Setor de Uro-oncologia

Vigilância ativa em câncer de próstata. Marcos Tobias Machado Setor de Uro-oncologia Vigilância ativa em câncer de próstata Marcos Tobias Machado Setor de Uro-oncologia Argumentos que justificam a vigilância ativa como opção terapêutica Câncer de próstata na era do PSA Apresentação clínica

Leia mais

Cancro do Pâncreas: a melhor decisão multidisciplinar Como estadiar? Manuela Machado IPO Porto, Oncologia Médica

Cancro do Pâncreas: a melhor decisão multidisciplinar Como estadiar? Manuela Machado IPO Porto, Oncologia Médica Cancro do Pâncreas: a melhor decisão multidisciplinar Como estadiar? Manuela Machado IPO Porto, Oncologia Médica Tumores endócrinos Tumores exócrinos Tumores pancreáticos exócrinos - classificação AFIP

Leia mais

Emergências Oncológicas - Síndrome de. Compressão Medular na Emergência

Emergências Oncológicas - Síndrome de. Compressão Medular na Emergência Emergências Oncológicas - Síndrome de Compressão Medular na Emergência Autores e Afiliação: José Maurício S C Mota. Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ex-médico assistente da Unidade de Emergência,

Leia mais

Algoritmo de condutas para tratamento de câncer de pâncreas

Algoritmo de condutas para tratamento de câncer de pâncreas Algoritmo de condutas para tratamento de câncer de pâncreas Dr. Ernesto Sasaki Imakuma Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Gastroenterologia da FMUSP Serviço de Cirurgia de Vias

Leia mais

Centro de Referência de Cancro do Reto. Carteira de Serviços

Centro de Referência de Cancro do Reto. Carteira de Serviços '11) CENTR0 HOSPITALAR DE l.lsb0a C li,llo D[ ll[f[lllhc'a Centro de Referência de Cancro do Reto Carteira de Serviços 0 Centro de Referência de Cancro do Reto do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC)

Leia mais

Radioterapia de SNC no Câncer de Pulmão: Update Robson Ferrigno

Radioterapia de SNC no Câncer de Pulmão: Update Robson Ferrigno Situações especiais Radioterapia de SNC no Câncer de Pulmão: Update 2014 Robson Ferrigno Esta apresentação não tem qualquer Esta apresentação não tem qualquer conflito de interesse Metástases Cerebrais

Leia mais

TESTE DE AVALIAÇÃO. 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos. Organização NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta.

TESTE DE AVALIAÇÃO. 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos. Organização NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta. TESTE DE AVALIAÇÃO 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta. 1. São indicação para a realização de RM todas as situações, excepto: ( 1 ) Mulher com

Leia mais

Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética qual a melhor opção para cada caso?

Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética qual a melhor opção para cada caso? Abordagem diagnóstica de um nódulo hepático o que o cirurgião deve saber? Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética qual a melhor opção para cada caso? Maria Fernanda Arruda Almeida Radiologia

Leia mais

RM padrão de 1,5T no câncer endometrial: moderada concordância entre radiologistas

RM padrão de 1,5T no câncer endometrial: moderada concordância entre radiologistas Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem RM padrão de 1,5T no câncer endometrial: moderada concordância entre radiologistas Especializanda: Renata

Leia mais

CARLOS ABATH ANGIORAD RECIFE-PE TERAPIA INTERVENCIONISTA TACE E ABLAÇÃO: QUANDO INDICAR

CARLOS ABATH ANGIORAD RECIFE-PE TERAPIA INTERVENCIONISTA TACE E ABLAÇÃO: QUANDO INDICAR CARLOS ABATH ANGIORAD RECIFE-PE TERAPIA INTERVENCIONISTA TACE E ABLAÇÃO: QUANDO INDICAR NENHUM PARA ESTE TÓPICO CONFLITOS DE INTERESSE CARCINOMA HEPATOCELULAR INCIDÊNCIA CRESCENTE COM HEPATITE B, C ESTEATOHEPATITE

Leia mais

ACTA Urológica Portuguesa

ACTA Urológica Portuguesa Acta Urológica Portuguesa. 2015;32(1):34-38 ACTA Urológica Portuguesa www.elsevier.pt/acup ARTIGO ORIGINAL Análise retrospectiva dos primeiros 100 casos de cirurgias por retroperitoneoscopia do Centro

Leia mais

CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA GERAL

CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA GERAL CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA GERAL CÂNCER GÁSTRICO G PRECOCE Prof. Dr. Luiz Roberto Lopes DMAD/FCM/UNICAMP 27/09/08 Definição A Sociedade Japonesa para Pesquisa de Câncer Gástrico, definiu em 1962 o Câncer

Leia mais

Sarcomas de partes moles do adulto Estudo Populacional/Institucional Regiões do Alentejo e Algarve

Sarcomas de partes moles do adulto Estudo Populacional/Institucional Regiões do Alentejo e Algarve Sarcomas de partes moles do adulto Estudo Populacional/Institucional Regiões do Alentejo e Algarve Jornadas do ROR Sul Teresa Alexandre Oncologia Médica IPO Lisboa 17 Fevereiro 2016 Introdução Sarcomas

Leia mais

Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico

Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico Dr Frederico Perego Costa Centro de Oncologia Hospital Sírio Libanês São Paulo - Brasil Merkel cell carcinoma - incidência Carcinoma neuroendócrino bastante

Leia mais

Doença Localizada. Radioterapia exclusiva em estádios iniciais: quando indicar? Robson Ferrigno

Doença Localizada. Radioterapia exclusiva em estádios iniciais: quando indicar? Robson Ferrigno Doença Localizada Radioterapia exclusiva em estádios iniciais: quando indicar? Robson Ferrigno Esta apresentação não tem qualquer conflito Esta apresentação não tem qualquer conflito de interesse Câncer

Leia mais

Estadiamento do câncer de pulmão. Disciplina de Cirurgia Torácica UNIFESP +

Estadiamento do câncer de pulmão. Disciplina de Cirurgia Torácica UNIFESP + Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Estadiamento do câncer de pulmão Carlos Jogi Imaeda Disciplina de Cirurgia Torácica UNIFESP + Hospital Beneficência e c Portuguesa Estadiamento TNM T N M Índice

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantído UFC

Gaudencio Barbosa R3 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantído UFC Gaudencio Barbosa R3 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantído UFC A incidência de carcinoma bem diferenciado da tireoide tem aumentado devido ao diagnóstico incidental

Leia mais

Características endoscópicas dos tumores neuroendócrinos retais podem prever metástases linfonodais? - julho 2016

Características endoscópicas dos tumores neuroendócrinos retais podem prever metástases linfonodais? - julho 2016 A incidência de tumores neuroendócrinos (TNE) retais tem aumentado ao longo dos últimos 35 anos. A maioria dos TNEs retais são diagnosticados por acaso, provavelmente devido ao aumento do número de sigmoidoscopias

Leia mais

Fábio José Haddad. Departamento de Cirurgia Torácica Hospital do Câncer A. C. Camargo. Hospital Sírio-Libanês Cirurgião Torácico

Fábio José Haddad. Departamento de Cirurgia Torácica Hospital do Câncer A. C. Camargo. Hospital Sírio-Libanês Cirurgião Torácico Tratamento t Cirúrgico i das Metástases Pulmonares Fábio José Haddad Departamento de Cirurgia Torácica Hospital do Câncer A. C. Camargo Núcleo Avançado de Tórax Hospital Sírio-Libanês Cirurgião Torácico

Leia mais

PET/CT Potenciais usos no câncer de Próstata. Cristina Matushita

PET/CT Potenciais usos no câncer de Próstata. Cristina Matushita PET/CT Potenciais usos no câncer de Próstata Cristina Matushita Avaliação por Imagem Diagnóstico Localização/Caracterização tu primário (indol. x letal) Invasão extracapsular Guiar e avaliar a terapia

Leia mais

Métodos de imagem. Radiologia do fígado. Radiologia do fígado 12/03/2012

Métodos de imagem. Radiologia do fígado. Radiologia do fígado 12/03/2012 Radiologia do fígado Prof. Jorge Elias Jr Radiologia do fígado Revisão anatômica Métodos de imagem na avaliação do fígado Anatomia seccional hepática pelos métodos de imagem Exemplo da utilização dos métodos:

Leia mais

Lídia Roque Ramos, Pedro Pinto-Marques, João de Freitas SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA

Lídia Roque Ramos, Pedro Pinto-Marques, João de Freitas SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA Lídia Roque Ramos, Pedro Pinto-Marques, João de Freitas SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA Torres Vedras 15 de Novembro de 2014 INTRODUÇÃO NEOPLASIA GÁSTRICA Representa a 4ª causa de morte por cancro a nível

Leia mais

TUMORES NEUROENDÓCRINOS PULMONARES. RENATA D ALPINO PEIXOTO Hospital Alemão Oswaldo Cruz

TUMORES NEUROENDÓCRINOS PULMONARES. RENATA D ALPINO PEIXOTO Hospital Alemão Oswaldo Cruz TUMORES NEUROENDÓCRINOS PULMONARES RENATA D ALPINO PEIXOTO Hospital Alemão Oswaldo Cruz Estadiamento Grupamento por Estadios Estadio 0 Tis N0 M0 Estadio IA T1 N0 M0 Estadio IB T2a N0 M0 T1 N1 M0 Estadio

Leia mais

Relato de Caso. Gabriela Azevedo Foinquinos

Relato de Caso. Gabriela Azevedo Foinquinos Relato de Caso Gabriela Azevedo Foinquinos Relato de Caso Paciente 64 anos, sexo masculino, branco, casado, natural e procedente de João Pessoa, HAS, DM e com diagnóstico de Doença Hepática Crônica por

Leia mais

PEI e Quimioembolização no Rx CHC

PEI e Quimioembolização no Rx CHC PEI e Quimioembolização no Rx CHC R. PARANÁ Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Unidade de Gastro-Hepatologia Carcinoma Hepatocelular Tratamento 1.Tratamento potencialmente curativos -Transplante

Leia mais

Radioterapia para câncer de testículo (seminoma) Quando indicar? ANDREIA CARVALHO R3 Radioterapia Hospital do Servidor Público Estadual São Paulo

Radioterapia para câncer de testículo (seminoma) Quando indicar? ANDREIA CARVALHO R3 Radioterapia Hospital do Servidor Público Estadual São Paulo Radioterapia para câncer de testículo (seminoma) Quando indicar? ANDREIA CARVALHO R3 Radioterapia Hospital do Servidor Público Estadual São Paulo Seminoma Seminoma Mais comum na 3º década de vida Fatores

Leia mais

FEOCROMOCITOMA EM CRIANÇAS Aspectos clínicos e de imagem

FEOCROMOCITOMA EM CRIANÇAS Aspectos clínicos e de imagem Aspectos clínicos e de imagem Introduçã ção ETIOLOGIA Neoplasia de células cromafins do eixo simpático adrenomedular Produtores de catecolaminas e de outros peptídeos vasoativos Localização mais comum

Leia mais

ECOGRAFIA COM CONTRASTE EM PATOLOGIA ABDOMINAL

ECOGRAFIA COM CONTRASTE EM PATOLOGIA ABDOMINAL ECOGRAFIA COM CONTRASTE EM PATOLOGIA ABDOMINAL CASUÍSTICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE COIMBRA Terra, Carolina; Campos, Nuno; Ferreira, Cristina; Oliveira, Pedro Belo; Portilha, Antónia; Caseiro-Alves,

Leia mais

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa XXIII Jornadas ROR-SUL 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa SUDCAN Sobrevivência de Cancro em Países Europeus de Língua Latina Luísa Glória SUDCAN Sobrevivência indicador global de avaliação de qualidade

Leia mais

Carcinoma hepatocelular. Departamento de Cirurgia Hospital das Clínicas FMUSP. Prof. Dr. Marcel Autran C. Machado

Carcinoma hepatocelular. Departamento de Cirurgia Hospital das Clínicas FMUSP. Prof. Dr. Marcel Autran C. Machado Departamento de Cirurgia Hospital das Clínicas FMUSP Prof. Dr. Marcel Autran C. Machado CÂNCER DE FÍGADOF TUMORES MALIGNOS PRIMÁRIOS RIOS DO FÍGADOF Carcinoma Tumores malignos hepatocelular primários Hepatocarcinoma

Leia mais

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Jônatas Catunda de Freitas Fortaleza 2010 Lesões raras, acometendo principalmente mandíbula e maxila Quadro clínico

Leia mais

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2 Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES 1 ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2 ANTONIO PESSOA ANTUNES 3 POLLIANA VILAÇA SILVA RESUMO Introdução: O câncer

Leia mais

INJEÇÃO DE ETANOL. Dr Marcus Trippia INDICAÇÕES E RESULTADOS

INJEÇÃO DE ETANOL. Dr Marcus Trippia INDICAÇÕES E RESULTADOS INJEÇÃO DE ETANOL Dr Marcus Trippia INDICAÇÕES E RESULTADOS Injeção Percutânea de Etanol Introdução Mecanismo de ação: penetração e difusão do álcool no interior das células tumorais, produzindo imediata

Leia mais

Neoplasias. Margarida Ascensão. Teresa Matias

Neoplasias. Margarida Ascensão. Teresa Matias Neoplasias Margarida Ascensão Teresa Matias 01-04-2012 1 Objetivos Identificar as principais dificuldades da codificação da doença Neoplásica Diagnóstico principal Identificar os principais erros na codificação

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cebeça e Pescoço

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cebeça e Pescoço Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cebeça e Pescoço 01-2012 CEC s da maxila oral (palato duro, alveolo e gengiva maxilar) são relativamente raros Poucos trabalhos publicados Duas publicações

Leia mais

XXII WORSHOP UROLOGIA ONCOLÓGICA Março 2017 Hotel Solverde, Espinho

XXII WORSHOP UROLOGIA ONCOLÓGICA Março 2017 Hotel Solverde, Espinho 09h00 10h00 POSTERS Sexta-Feira,Friday, 10 Março 10h00 10h15 coffee-break ANDROLOGIA - ANDROLOGY 10h15 10h30 Como optimizar a terapêutica médica na disfunção eréctil? How to optimize the medical treatment

Leia mais

CONTRASTE EM ULTRASSONOGRAFIA! Detecção e Caracterização de Lesões Hepáticas

CONTRASTE EM ULTRASSONOGRAFIA! Detecção e Caracterização de Lesões Hepáticas CONTRASTE EM ULTRASSONOGRAFIA! Detecção e Caracterização de Lesões Hepáticas Joana Carvalheiro! Dr. Eduardo Pereira Serviço de Gastrenterologia do Hospital Amato Lusitano! Director do Serviço: Dr. António

Leia mais

Ingestão de cáusticos - avaliação de factores preditivos de gravidade. Ver PDF

Ingestão de cáusticos - avaliação de factores preditivos de gravidade. Ver PDF POSTERS I Ingestão de cáusticos - avaliação de factores preditivos de gravidade. Ver PDF Termocoagulação com argon plasma no tratamento da protopatia rádica hemorrágica. Ver PDF Perfil clínico, imagiológico

Leia mais

HIPERADRENOCORTICISMO CANINO ADRENAL- DEPENDENTE ASSOCIADO A DIABETES MELLITUS EM CÃO - RELATO DE CASO

HIPERADRENOCORTICISMO CANINO ADRENAL- DEPENDENTE ASSOCIADO A DIABETES MELLITUS EM CÃO - RELATO DE CASO 1 HIPERADRENOCORTICISMO CANINO ADRENAL- DEPENDENTE ASSOCIADO A DIABETES MELLITUS EM CÃO - RELATO DE CASO ADRENAL-DEPENDENT HYPERADRENOCORTICISM ASSOCIATED WITH DIABETES MELLITUS IN DOG - CASE REPORT 1-

Leia mais

Ressecção vs transplante para Hepatocarcinoma. Como selecionar?

Ressecção vs transplante para Hepatocarcinoma. Como selecionar? Ressecção vs transplante para Hepatocarcinoma. Dr. Mauricio Alves Ribeiro Médico Assistente do Serviço de Emergência e do Grupo de Fígado e Hipertensão Portal do Departamento de Cirurgia da ISCMSP Prof.

Leia mais

Avaliação e Tratamento da Recidiva Loco-regional do Câncer de Próstata

Avaliação e Tratamento da Recidiva Loco-regional do Câncer de Próstata MARÇO 2018 Avaliação e Tratamento da Recidiva Loco-regional do Câncer de Próstata Gustavo Lemos Novas Técnicas no Manejo do Câncer de Próstata PSA supersensível RMM Biópsia com fusão de imagens Seleção

Leia mais

Ecografia Axilar na Detecção de Metástases Ganglionares de Tumores Malignos Primários da Mama - correlação anatomo-patológica.

Ecografia Axilar na Detecção de Metástases Ganglionares de Tumores Malignos Primários da Mama - correlação anatomo-patológica. Serviço de Imagem Médica, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Faculdade de Medicina de Coimbra Direção do Serviço: Professor Doutor Filipe Caseiro-Alves. Ecografia Axilar na Detecção de Metástases

Leia mais

É um nódulo pulmonar?

É um nódulo pulmonar? Avaliação dos Pequenos Nódulos Pulmonares Alexandre Dias Mançano Radiologia Anchieta Hospital Regional de Taguatinga DF É um nódulo pulmonar? Até 20% são imagens que mimetizam nódulos ao RX Fratura de

Leia mais

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva Caderno de Questões Prova Discursiva 2015 01 Mulher de 54 anos de idade, pré-menopausa, apresenta mamografia com lesão sólida de 1,3 cm no quadrante superior externo de mama esquerda e calcificações difusas

Leia mais

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO. 1 Indicações de investigação de hiperaldosteronismo primário (HP) 1 :

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO. 1 Indicações de investigação de hiperaldosteronismo primário (HP) 1 : HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO 1 Indicações de investigação de hiperaldosteronismo primário (HP) 1 : HAS e hipocalemia espontânea ou induzida por terapia com diurético; HAS e incidentaloma de suprarrenal;

Leia mais

Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea

Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea Sérgio Madeira, João Brito, Maria Salomé Carvalho, Mariana Castro, António Tralhão, Francisco Costa,

Leia mais

O que fazer perante:nódulo da tiroideia

O que fazer perante:nódulo da tiroideia 10º Curso Pós-Graduado NEDO 2010 Endocrinologia Clínica ASPECTOS PRÁTICOS EM ENDOCRINOLOGIA O que fazer perante:nódulo da tiroideia Zulmira Jorge Serviço Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. H. Santa

Leia mais

Tratamento de Resgate após. Eu prefiro HIFU ou Crioterapia GUSTAVO CARDOSO CHEFE DO SERVIÇO DE UROLOGIA

Tratamento de Resgate após. Eu prefiro HIFU ou Crioterapia GUSTAVO CARDOSO CHEFE DO SERVIÇO DE UROLOGIA Tratamento de Resgate após Falha da Radioterapia Eu prefiro HIFU ou Crioterapia i GUSTAVO CARDOSO GUIMARÃES CHEFE DO SERVIÇO DE UROLOGIA Câncer da Próstata Estados Unidos Siegel R, CA CANCER J CLIN 2014

Leia mais

Imagiologia Mamária. Manuela Gonçalo. Director: Prof. Doutor F. Caseiro Alves. Serviço de Radiologia HUC

Imagiologia Mamária. Manuela Gonçalo. Director: Prof. Doutor F. Caseiro Alves. Serviço de Radiologia HUC Imagiologia Mamária Manuela Gonçalo Serviço de Radiologia HUC Director: Prof. Doutor F. Caseiro Alves Imagiologia Mamografia (M. Digital) (referência) Diagnóstico Rastreio Ecografia R.M. Galactografia

Leia mais

Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA

Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA Lesões Benignas do FígadoF Tumores Epiteliais Hepatocelular Hiperplasia nodular focal Hiperplasia

Leia mais

Artigo Original TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO IDOSO ACIMA DE 80 ANOS

Artigo Original TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO IDOSO ACIMA DE 80 ANOS Artigo Original TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO IDOSO ACIMA DE 80 ANOS HEAD AND NECK CANCER TREATMENT IN ELDERLY PATIENTS OVER 80 YEARS OLD 1,4,6 TERENCE PIRES DE FARIAS 5 GABRIEL MANFRO 1,2,3

Leia mais

Conceito e Uso do PET/CT em Cabeça e Pescoço. Carlos Eduardo Anselmi

Conceito e Uso do PET/CT em Cabeça e Pescoço. Carlos Eduardo Anselmi Conceito e Uso do PET/CT em Cabeça e Pescoço Carlos Eduardo Anselmi 18F-FDG O 18F-FDG é um radiofármaco O FDG tem biodistribuição semelhante à da glicose O FDG é ligado ao 18F (fluoreto), que é um emissor

Leia mais

TEMA: SORAFENIBE NO TRATAMENTO DO CÂNCER HEPATOCELULAR EM PACIENTE VIRGEM DE TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO

TEMA: SORAFENIBE NO TRATAMENTO DO CÂNCER HEPATOCELULAR EM PACIENTE VIRGEM DE TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO NT 13/2013 Solicitante: Ilmo Dr Alyrio Ramos Desembargador da 8ª Câm. Cível - TJMG Numeração: 1.0000.13.008425-4/000 Data: 09/02/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA: SORAFENIBE NO TRATAMENTO

Leia mais

Up to date da radiologia no câncer de pulmão

Up to date da radiologia no câncer de pulmão Up to date da radiologia no câncer de pulmão Ana Paula Santo Lima Radiologista torácica Med Imagem ÍNDICE Difusão é superior ao PET-CT na detecção e avaliação linfonodal no câncer de pulmão Nódulos pulmonares

Leia mais

Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Integração e Regulação do Sistema

Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Integração e Regulação do Sistema PROTOCOLO DE ACESSO A EXAMES DE ANGIOGRAFIA RADIODIAGNÓSTICA GRUPO 13 SUBGRUPO DEZEMBRO 2007 1 A ANGIOGRAFIA RADIODIAGNÓSTICA CARACTERIZA-SE POR SER EXAME DE ALTA COMPLEXIDADE E ALTO CUSTO, PORTANTO DEVE

Leia mais

Enquadramento e Racional

Enquadramento e Racional LungOS Advanced non-small cell Lung cancer treatment patterns and Overall Survival: real-world outcomes research study from the Southern Portugal Cancer Registry (ROR-SUL). Enquadramento e Racional O cancro

Leia mais

MELANOMAS MALIGNOS DAS MUCOSAS DA CABEÇA E PESCOÇO: EXPERIÊNCIA DO IPO-FG DE COIMBRA

MELANOMAS MALIGNOS DAS MUCOSAS DA CABEÇA E PESCOÇO: EXPERIÊNCIA DO IPO-FG DE COIMBRA Cadernos Otorrinolaringologia. CLÍNICA, INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO 1 17 Janeiro de 2014 ONCOLOGIA MELANOMAS MALIGNOS DAS MUCOSAS DA CABEÇA E PESCOÇO: EXPERIÊNCIA DO IPO-FG DE COIMBRA Silvestre N 1, Nobre

Leia mais

Câncer de Rim. Diagnóstico Escore Biópsia percutânea. João Manzano Prof. Afiliado de Urologia Escola Paulista de Medicina UNIFESP

Câncer de Rim. Diagnóstico Escore Biópsia percutânea. João Manzano Prof. Afiliado de Urologia Escola Paulista de Medicina UNIFESP Câncer de Rim Diagnóstico Escore Biópsia percutânea João Manzano Prof. Afiliado de Urologia Escola Paulista de Medicina UNIFESP 2016 Mortalidade Epidemiologia 2-3 % dos Tumores (Menos frequente no Oriente)

Leia mais