Tumores da Junção Esófago-Gástrica
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- Ana Sofia Delgado Aleixo
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1 Tumores da Junção Esófago-Gástrica Perspetiva do Gastrenterologista João Coimbra Serviço de Gastrenterologia Hospital de Stº António dos Capuchos Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central
2 Tumores da Junção Esofago-Gástrica (TJEG) Conceito / Definição Junção Esófago-Gástrica (dificuldades): Anatómica - Hiato diafragmatico Histológica Transição do epitélio esofágico escamoso para o epitélio gástrico colunar Tumores da proximidade da JEG: CLASSIFICAÇÃO DE SIEWERT: LOCALIZAÇÃO DO EPICENTRO DO TUMOR Okereke I, et al. Surg Clin N Am 2017:97: Ann. N.Y. Acad. Sci.(2018) 1 7 C 2018 New York Academy of Sciences
3 Tumores da Junção Esofago-Gástrica (TJEG) Epidemiologia I Os Tumores do Esófago, da Junção EG e do Estômago são um problema de Saúde Global major. No Mundo Cancro do Estomago - 5º + frequente - 3º como causa de morte por neoplasia Cancro do Esófago - 8º + frequente - 6º como causa de morte por neoplasia Cancro esófago proximal e gástrico distal diminuição relativa ao da JEG O cancro da JEG aumentou cerca de 10 % nos últimos 40 anos NCNN guidelines version ; Esophageal and Esophagogastric Junction Cancers
4 Tumores da Junção Esofago-Gástrica (TJEG) Epidemiologia II
5 Tumores da Junção Esofago-Gástrica (TJEG) Epidemiologia III
6 Tumores da Junção Esofago-Gástrica (TJEG) Epidemiologia IV Aumento da incidência e prevalência Mundial do TJEG > 5-10 % desde 1970 > 90 % adenocarcinomas Diagnostico em estádios avançados Terapêutica com intenção curativa (R0) em menos 50 % dos casos Mau prognóstico; sobrevida aos 5 anos é inferior a 30 % Classificação de Siewert é considerada no estadiamento e abordagem Okereke I, et al. Surg Clin N Am 2017:97: Ann. N.Y. Acad. Sci.(2018) 1 7 C 2018 New York Academy of Sciences
7 Epidemiologia V Factores de risco Doença do refluxo gastroesofágico Esófago de Barrett (> risco no longo; 30-60x) Idade - 50 e 60 anos Obesidade (IMC > 30 Kg/m2 risco relativo 2,34) Sexo masculino, Caucasianos Dieta rica em gordura e carnes vermelhas Dieta pobre em vegetais e fruta fresca Tabagismo (risco relativo 2,32) Short MW, et al. Am Fam Physician 2017;95: Okereke I, et al. Surg Clin N Am 2017:97:265-75
8 Esófago de Barrett (EB) I Conceito: Substituição do epitélio escamoso do esófago distal por epitélio glandular ou colunar metaplásico com predisposição para desenvolvimento de adenocarcinoma. Prevalência (biopsias EDA): 9-21 % EB curto, 1-8 % longo (> 3 cm) EB: > risco de adenocarcinoma do que população geral (0,12% /ano) EB -> Displasia de Baixo Grau -> D. Alto Grau -> Adenocarcinoma Factores de risco: Idade, sexo masculino, duração da DRGE, dimensão HH, extensão do EB. DAG -> aneuploidia e perda da heterozigotia P53 NCNN guidelines version ; Esophageal and Esophagogastric Junction Cancers
9 Esófago de Barrett (EB) II Diagnostico DRGE, Historia familiar de EB e/ou neoplasia Esófago-Gástrica Endoscopia Digestiva Alta: Localização, Extensão longitudinal e circunferencial -> Classificação de Praga NCNN guidelines version ; Esophageal and Esophagogastric Junction Cancers
10 Esófago de Barrett (EB) III Endoscopia Digestiva Alta Biopsias -> Histologia : 4 quadrantes cm/cm WATS amostra trans-epitelial alargada Brushing abrasivo da mucosa do EB com obtenção de células + profundas e analise tri-dimensional assistida por computador Aumenta a capacidade deteção de DAG e adenocarcinoma Estudo: n=160 aumento de 14,4% de deteção NCNN guidelines version ; Esophageal and Esophagogastric Junction Cancers
11 Esófago de Barrett (EB) IV Terapêutica DRGE PPIs, cuidados dietéticos, perda de peso cirurgia HH e anti-refluxo EB com DBG e DAG Ressecção mucosa endoscópica (EMR), Dissecção Sub-mucosa Endoscópica (ESD), ablação por radiofrequência, Cirurgia -> DAG (extensão e localização) EB com adenocarcinoma EMR, ESD Cirurgia NCNN guidelines version ; Esophageal and Esophagogastric Junction Cancers
12 Esófago de Barrett (EB) V Terapêutica Endoscopica
13 Esófago de Barrett (EB) VI Programas de vigilância Endoscopia digestiva alta e biopsias EB sem displasia: 3 / 3 anos DBG: 6/6 meses -> se 2 EDA consecutivas sem displasia -> anual DAG: 3/3 meses até terapêutica de ressecção Avaliação histológica e diagnostico de displasia patologistas experientes NCNN guidelines version ; Esophageal and Esophagogastric Junction Cancers
14 Diagnostico I Manifestações Clinicas TARDIAS 80% dos doentes diagnosticados com doença localmente avançada e/ou metastática Disfagia Perda ponderal Hemorragia digestiva alta Chevallay M, et al. Ann N Y Acad Sci doi: /nyas Okereke I, et al. Surg Clin N Am 2017:97:
15 Diagnóstico II Endoscopia Digestiva Alta (EDA)
16 Estadiamento I DaVee T, et al. World J Gastroenterol 2017;23:
17 Estadiamento II TNM T e N: Loco-Regional -> Eco-endoscopia -> M: TC, PET-TC ->
18 Estadiamento III - loco-regional ( T e N ) Ecoendoscopia T - sensibilidade 81 a 92 %; especificidade 94 a 97 % - exceto na estenose T1 a - T1 b relação com camada muscularis mucosa T2 T3 muscularis própria T4 a T4 b estruturas adjacentes N gg > 5 mm, centro hipoecoico, bordo, superficie citologia/biopsia 92 % sensibilidade, 93 % especificidade 100 % vpp, 86 % vpn Ecoendoscopia complementada - TC e FDG-PET (mediastino e abdómen) Annals of Oncology Volume 27 Supplement 5 September 2016 J Thorac Dis 2018;10(Suppl 22):S2671-S2681
19 Estadiamento IV
20 Estadiamento V ESMO Guidelines. rannals of Oncolgy 2016;27:v50-7.
21 Estadiamento VI
22 Classificação Siewert e implicações de abordagem
23 Algoritmo de trabalho aplicável
24 Tratamento I Decisão equipa multidisciplinar Estadioe localização do tumor Histologia Performance Status Co-morbilidades Nutricional status melhorar (alimentação entérica PEG ou SNG) Annals of Oncology Volume 27 Supplement 5 September 2016 J Thorac Dis 2018;10(Suppl 22):S2671-S2681
25 Tratamento II ESMO Guidelines. rannals of Oncolgy 2016;27:v50-7.
26 Tratamento III
27 Tratamento IV
28 Tratamento V Short MW, et al. Am Fam Physician 2017;95:22-28.
29 Tratamento Endoscópico VI RESSECÇÃO MUCOSA ENDOSCÓPICA Shah PM, et al. J Gastrointest Oncol 2015;6(1):20-30.
30 Tratamento Endoscópico VII Prótese esófago-gástrica
31 Tratamento Endoscópico VIII Prótese esófago-gástrica
32 Comentários I Os Tumores do Esófago, da Junção EG e do Estômago são um problema de Saúde Global major. Tumores da Junção Esófago-Gástrica, entidade distinta, algumas dificuldades na classificação. Fatores de risco e lesões pré-neoplásicas características Diagnostico habitualmente tardio, Terapêutica com intenção curativa (R0) em menos 50 % dos casos Mau prognóstico; sobrevida aos 5 anos é inferior a 30 %
33 Comentários II Classificação de Siewert (TJEG tipo I, II e III) permite estabelecer uma abordagem no estadiamento e na terapêutica Os TJEG exigem abordagem multisciplinar - Oncologistas, Gastrenterologistas, Cirurgiões, Anátomo-Patologistas, Nutricionistas, A Gastrenterologia tem papel preponderante: Diagnostico endoscópico e histológico (obtenção de biopsias) Estadiamento loco-regional ( T e N) ecoendoscopia Terapêutica endoscópica Lesões pré-neoplásicas (Esófago de Barrett) ressecção (EMR e ESD), ablação por radiofrequência - Neoplasia Ressecção T1 N0 M0 - Paliação T3 e T4 (obstrução) proteses
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36 Tratamento Endoscópico Sv de Gastrenterologia CHULC 2017 Tumores do esófago: 43 d. 33 H idade média 63 a. Colocaram-se 19 próteses em 13 d. 10 M - 73 a. Tumores Gastricos : 71 doentes 39 H idade média 67 a. Colocaram-se 16 próteses em 11 d. 32 M - 74 a.
37 Diagnóstico e estadiamento ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA NARROW BAND IMAGING
38 Diagnóstico e estadiamento TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TC) E PET/TC
39 Esófago de Barrett (EB) Tratamento Endoscópico ABLAÇÃO POR RADIOFREQUÊNCIA Shah PM, et al. J Gastrointest Oncol 2015;6(1):20-30.
Resposta reparadora decorrente da exposição progressiva da mucosa do esôfago ao conteúdo gástrico (refluxo ácido, alcalino ou misto).
DEFINIÇÃO Substituição do epitélio escamoso estratificado do esôfago pelo epitélio colunar com células intestinalizadas (metaplasia intestinal). Resposta reparadora decorrente da exposição progressiva
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