Logística: Manuseio de materiais, armazenagem, estoque, embalagens; A unitização e o Container; Histórico do comércio internacional e sistemática de
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- Miguel Andrade de Sá
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2 Logística: Manuseio de materiais, armazenagem, estoque, embalagens; A unitização e o Container; Histórico do comércio internacional e sistemática de importação e exportação, documentos exigíveis e suas principais características; Modais de transporte. INCOTERMS 2010 e aplicabilidade em contratos internacionais. Contratos internacionais e principais cláusulas.
3 Logística Marítima e Portuária: planejamento de carga e sistemas portuários integrados. O papel da SEP e da ANTAQ. Lei 8.630/93 (Lei dos Portos), Lei 9.611/98 (Lei do OTM). A Economia de escala e desdobramentos no sistema portuário. Gerenciamento de análise jurídica de cenários logísticos referentes ao transporte internacional de cargas, com ênfase no transporte marítimo de mercadorias
4 Manuseio de materiais, armazenagem, estoque, embalagens A Logística, como definição primária e inicial, é a ciência que trata da estruturação de um plano específico de ação.
5 Visualizando a logística num caráter militar, que é o ponto inicial desta ciência em suas utilizações primárias, usa-se assim o nome como lhe é conhecida hoje. Assim, em uma operação militar, é o saber de como posicionar e controlar as tropas, armamentos e provisões, elaborar alianças e estratégias.
6 Na execução de tarefas, no comando de agrupamentos ou empresas, no desenvolvimento de idéias, a logística faz-se necessária para a prevenção de contratempos, para a execução do plano de ação, e para a busca de solução em eventuais problemas ou empecilhos que possam aparecer. A origem da palavra vem do grego LOGISTIKOS, do qual o latim LOGISTICUS é derivado, ambos significando cálculo e raciocínio no sentido matemático.
7 Podemos então definir a logística como a capacidade de planejar e prever uma situação antes da execução da mesma.
8 Alexandre o Grande foi o primeiro a empregar uma equipe especialmente treinada de engenheiros e contramestres, além da cavalaria e infantaria.
9 O exército de Alexandre o Grande consumia diariamente cerca de 100 toneladas de alimentos e litros de água! O exército de homens de Alexandre o Grande não podia carregar mais do que 10 dias de suprimentos, mas mesmo assim, suas tropas marcharam milhares de quilômetros, a uma média de 32 quilômetros por dia. Seu exército percorreu km, na marcha do Egito à Pérsia e Índia, a marcha mais longa da história. Outros exércitos se deslocavam a uma média de 16 ou 17 quilômetros por dia, pois dependiam do carro de boi, que fazia o transporte dos alimentos.
10 O termo LOGISTIQUE, depois traduzido para o inglês LOGISTICS foi desenvolvido pelo principal teórico militar da primeira metade do século XIX, o Barão Antoine Henri Jomini. Ele dividiu a arte da guerra em 5: Estratégia; Grande Táticas; Logística; Engenharia e Táticas Menores. Definiu a logística como a arte de movimentar exércitos.
11 A palavra logística, do francês logistique ou do verbo loger ( = alojar ) é derivada do grego logos ( razão ) significa a arte de calcular ou a manipulação dos detalhes de uma operação.
12 A EVOLUÇÃO LOGÍSTICA NO BRASIL Durante a II Guerra Mundial : O conjunto de atividades relativas à previsão e à provisão de todos os meios necessários à realização de uma guerra,... à provisão dos meios necessários à realização das ações impostas pela estratégia nacional. Esta citação data das décadas de 40 e 50, após a II Guerra, quando ocorreu uma notável reestruturação dos procedimentos industriais
13 ... à provisão dos meios necessários à realização das ações impostas pela estratégia nacional. Esta citação data das décadas de 40 e 50, após a II Guerra, quando ocorreu uma notável reestruturação dos procedimentos industriais
14 Os anos 50 até a década de 60, representaram a época de decolagem pra a teoria e prática da Logística, uma vez que o ambiente era propício para novidades no pensamento administrativo e os empreendedores voltaram suas atenções para as áreas de marketing e distribuição física que ocorria após a produção dos bens.
15 Na década de 70, os custos de distribuição aumentaram vertiginosamente, assim como a pressão dos mercados consumidores por variedade de produtos, melhoria nos níveis de serviços e elevada produtividade. Crise do petróleo em 1973, que elevou o preço dos combustíveis ( os preços quadruplicaram nos 7 anos seguintes ) e de seus derivados, racionamento de energia e a escassez de muitas matérias primas, somando a isto o aumento dos custos de mão-de-obra, juros e dos fretes.
16 No Brasil, a história da Logística é ainda muito recente, e podemos destacar os seguintes fatos: Anos 70 a-) Desconhecimento do termo e da abrangência da Logística; b-) Informática ainda era um mistério e de domínio restrito; c-) Iniciativas no setor automobilístico, principalmente nos setores de movimentação e armazenagem de peças e componentes em função da complexidade de um automóvel que envolvia mais de diferentes itens;
17 e-) Em são criadas a ABAM Associação Brasileira de Administração de Materiais e a ABMM Associação Brasileira de Movimentação de Materiais, que não se relacionavam e nada tinham de sinérgico; f-) Em é criado o IMAM Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais.
18 Anos 80 Os anos 80 trouxeram a revolução da informação precisa em tempo hábil, estimulado pelo uso acelerado de computadores e de sistemas de apoio e decisão e gerenciamento, o que torna os processos operacionais mais ágeis e curtos. Surge o conceito de Logística integrada. Nasce o conceito de EDI troca eletrônica de dados. a-) Em surge o primeiro grupo de Estudos de Logística, criando as primeiras definições e diretrizes para diferenciar Transportes de Distribuição e de Logística; b-) Em é trazido do Japão o primeiro sistema moderno de logística integrada, o JIT Just in Time e o KANBAN, desenvolvidos pela Toyota;
19 c-) Em é criado o primeiro Grupo de Benchmarking em Logística; d-) Em a ABRAS Associação Brasileira de Supermercados cria um departamento de logística para discutir e analisar as relações entre Fornecedores e Supermercados; e-) É criado a Pálete Padrão Brasileiro, conhecido como PBR e o projeto do Veículo Urbano de Carga; f-) Em é criada a ASLOG Associação Brasileira de Logística; g-) Instalação do primeiro Operador Logístico no Brasil ( Brasildock's )
20 Anos 90 a-) Estabilização da economia a partir de com o plano Real e foco na administração dos custos; b-) Evolução da microinformática e da Tecnologia de Informação, com o desenvolvimento de softwares para gerenciamento de armazéns como o WMS Warehouse Management System, códigos de barras e sistemas para Roteirização de Entregas;
21 c-) Entrada de 6 novos operadores logísticos internacionais ( Ryder, Danzas, Penske, TNT, McLane, Exel ) e desenvolvimento de mais de 50 empresas nacionais; d-) Privatização de rodovias, portos, telecomunicações, ferrovias e terminais de contêineres; e-) Investimentos em monitoramento de cargas; f-) Ascenção do e-commerce;
22 Logística - conceito A definição oficial da Aslog Associação Brasileira de Logística é: O Gerenciamento do fluxo de material e de informação, ou seja, da cadeia de abastecimento Segundo o presidente da entidade, José Adenildo da Silva, 1992 :... o papel da logística é colocar o produto certo no lugar certo no momento certo a um preço justo e com qualidade assegurada.
23 Conjunto de atividades direcionadas a agregar valor, otimizando o fluxo de materiais, desde a fonte produtora até o distribuidor final, garantindo o suprimento na quantidade certa, de maneira adequada, assegurando sua integridade, a um custo razoável, no menor tempo possível, atendendo as necessidades do cliente.
24 MANUSEIO DE MATERIAIS O fluxo de movimentação de materiais é um fator que se bem administrado dentro da empresa pode ser um diferencial competitivo, gerando reduções de custos e ganhos em produtividade. Todas as vezes que são feito movimentos desnecessários, estamos perdendo tempo, produtividade e qualidade.
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26 PRINCÍPIOS DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS Existem 19 princípios básicos que orientam a movimentação de materiais. Adaptados pelo Instituto IMAM do Material Handling Institute USA, esses princípios não são regras rígidas, mas resultam da experiência prática e aplicação do bom senso.
27 Princípio da Simplificação: Devemos procurar sempre reduzir, combinar ou eliminar movimentação e/ou equipamentos desnecessários. Princípio de Fluxo de Materiais: É fundamental planejar o fluxo contínuo e progressivo dos materiais. Princípio do Planejamento: É necessário determinar o melhor método do ponto de vista econômico, para a movimentação de materiais, considerando-se as condições particulares de cada operação.
28 Princípio da Utilização dos Espaços ( Princípio da Verticalização ): O aproveitamento dos espaços verticais contribui para o descongestionamento das áreas de movimentação e a redução dos custos da armazenagem. Princípio do Tamanho da Carga ( Unitização ): A economia em movimentação de materiais é diretamente proporcional ao tamanho da carga movimentada. Princípio da Segurança: A produtividade aumenta conforme as condições de trabalho tornam-se mais seguras. Princípio de Mecanização ( Automação ): Usar equipamento de movimentação mecanizado ou automático sempre que possível e viável.
29 ARMAZENAGEM O objetivo da armazenagem é utilizar o espaço nas três dimensões da maneira mais eficiente possível. Ela deve proporcionar a movimentação rápida e fácil dos suprimentos desde o recebimento até a expedição. Alguns cuidados primordiais devem ser tomados, como: a determinação do local, a definição do layout, a definição das embalagens, constantes arrumações, limpeza e ordem, além da preocupação com a segurança do local, dos produtos e do pessoal. Assim, tais medidas acarretarão na máxima utilização do espaço e na efetiva utilização dos recursos, bem como automaticamente propiciando uma boa organização.
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31 UTILIZAÇÃO DE PALETES A paletização vem sendo utilizada cada vez mais em empresas que envolvam grandes quantidades de mercadorias. Consistem na combinação de peças pequenas e isoladas, resultando numa movimentação mais rápida de um número maior de unidades, e favorecendo uma armazenagem racional.
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33 Define-se palete (pallet) como uma plataforma disposta horizontalmente para carregamento, que permite o manuseio, a estocagem, a movimentação e o transporte numa só movimentação. Pode ser constituído de vigas, blocos ou simples face sobre apoio, cuja altura é compatível com a introdução de garfos de empilhadeira, paleteira ou outro sistema de movimentação, e que permite o arranjo e agrupamento dos materiais.
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37 ESTOQUE O controle de estoques é a parte vital do composto logístico, pois este pode absorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. Portanto, é importante a correta compreensão do seu papel na logística e de como devem ser gerenciados.
38 A armazenagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimento por parte da organização. O ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária. É impossível conhecer exatamente a demanda futura e nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, logo deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição.
39 Finalidades do estoque Melhorar o Nível de Serviço Incentivar Economias na Produção Permitem Economias de Escala nas Compras e no Transporte Agem como Proteção Contra Aumentos de Preços Protegem a Empresa de Incertezas na Demanda e no Tempo de Ressuprimento
40 EMBALAGEM A embalagem tem como obrigação cumprir quatro funções vitais que são: proteção conservação informação utilização e consumo final do produto
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42 LOGÍSTICA REVERSA Pensamos em logística como o gerenciamento do fluxo de materiais desde seu ponto de aquisição até o seu ponto de consumo. No entanto, existe também um fluxo logístico reverso, do ponto de consumo até o ponto de origem, que precisa ser gerenciado. Esse fluxo logístico reverso é comum para uma boa parte das empresas. Por exemplo, fabricantes de bebidas têm que gerenciar todo o retorno de embalagens ( vasilhames ) dos pontos de venda até seus centros de distribuição.
43 As iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas. Economias com a utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para produção têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas. Além disso, os reforços em desenvolvimento e melhorias nos processos de logística reversa podem produzir também retornos consideráveis, que justificam os investimentos realizados.
44 Por trás do conceito logístico reverso está um conceito mais amplo, que é o do ciclo de vida. A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e devem retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados.
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46 BENCHMARKING Benchmarking é o processo contínuo de medição de produtos, serviços e práticas, em relação aos mais fortes concorrentes ou em relação a empresas reconhecidas como líderes em seus segmentos Nasceu na década de 70, com a Xerox enviando executivos ao Japão para a Canon ;
47 a-) Cópia por excelência, Lógica da Replicação ; b-) Focar em empresas que tenham necessidades de negócios semelhantes; c-) Encarado como etapa final de um processo e não como um meio para desenvolvimento de projetos.
48 BENCHMARKING é: Um processo contínuo; Um investigação que fornece informações valiosas; Um processo de aprendizado com outros; Um trabalho intensivo, consumidor de tempo, que requer disciplina; Uma ferramenta viável a qualquer organização e aplicável a qualquer processo.
49 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT É o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matérias-primas, estoques durante a produção e produtos acabados, e as informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos do cliente.
50 A UNITIZAÇÃO E O CONTAINER A unitização consiste na operação de união de mercadorias de peso, tamanho e formato distintos em cargas de volumes unitários, possibilitando uma racionalização do espaço útil e maior agilidade e segurança em processos de desembarque e embarque. As cargas unitárias devem possuir o maior tamanho possível, desde que este tamanho seja compatível com os equipamentos de movimentação.
51 Os tipos mais comuns de unitização de cargas são as seguintes: Cargas paletizadas Cargas pré-lingadas Contêineres ou containers Tipos especiais de unitização
52 Conteinerização - consiste na alocação de cargas em um receptáculo em forma de baú chamado contêiner, que proporciona maior segurança e facilidade de manuseio e transporte. Devido a sua característica intermodal, ou seja, sua capacidade de fácil e ágil transferência entre várias embarcações (terrestre, marítima ou aérea), sem prejuízo da carga, proporcionada por sua padronização a nível mundial, a conteinerização á a unitização de carga mais largamente utilizada no transporte internacional.
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55 Bibliografia: CONTINUA AMANHÃ 1. LUDOVICO, Nélson. Logística Internacional. São Paulo: Saraiva SOUSA, José Meireles de. Fundamentos do Comércio Internacional. Vol. 2. São paulo: Saraiva, KEEDI, Samir. Transportes, Unitização e Seguros Internacionais de Carga. São Paulo: Aduaneiras, CASTIGLIONI, José Antonio de Mattos. Logistica Operacional, Guia Prático. São paulo: Érica, gerson.ramos@adv.oabsp.org.br
2 A Logística História da Logística
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