ATUALIZAÇÃO 2014 AUTORIA E COLABORAÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ATUALIZAÇÃO 2014 AUTORIA E COLABORAÇÃO"

Transcrição

1

2 AUTORIA E COLABORAÇÃO Aleksander Snioka Prokopowistch Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia e doutor em Reumatologia pelo HC-FMUSP. Médico assistente da Divisão de Clínica Médica do HU-USP. Hérica Cristiani Barra de Souza Graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Ana Cristina de Medeiros Ribeiro Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Especialista em Reumatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Reumatologista Assistente no Ambulatório de Reumatologia do HC-FMUSP e no CEDMAC (Centro de Dispensação de Medicamentos de Alto Custo), do HC-FMUSP. Renan de Almeida Agustinelli Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). Residente de Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Felipe Omura Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Jozélio Freire de Carvalho Graduado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Especialista e doutor em Reumatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Pós-doutor pela Universidade de Tel Aviv. Professor livre-docente da FMUSP. Membro de Comissões da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Diretor científico da Sociedade Baiana de Reumatologia. Médico do Centro Médico Aliança, Salvador. Rodrigo Antônio Brandão Neto Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em Clínica Médica, em Emergências Clínicas e em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). ATUALIZAÇÃO 2014 Renan de Almeida Agustinelli

3 APRESENTAÇÃO Se a árdua rotina de aulas teóricas e de plantões em diversos blocos é só o primeiro dos desafios que o estudante de Medicina deve enfrentar na carreira, o seguinte é ainda mais determinante: a escolha de uma especialização que lhe traga satisfação profissional em uma instituição que lhe ofereça a melhor preparação possível. Essa etapa, entretanto, é marcada pelo difícil ingresso nos principais centros e programas de Residência Médica, conquistado apenas com o apoio de um material didático objetivo e que transmita confiança ao candidato. A Coleção SIC Principais Temas para Provas de Residência Médica 2014, da qual fazem parte os 31 volumes da Coleção SIC Extensivo, foi desenvolvida a partir dessa realidade. Os capítulos são baseados nos temas exigidos nas provas dos principais concursos do Brasil, enquanto os casos clínicos e as questões são comentados de modo a oferecer a interpretação mais segura possível das respostas. Bons estudos! Direção Medcel A medicina evoluiu, sua preparação para residência médica também.

4 ÍNDICE Capítulo 1 - Osteoartrite Introdução Epidemiologia Classificação Fisiopatologia Manifestações clínicas Achados radiológicos Achados laboratoriais Diagnóstico Tratamento Resumo Capítulo 2 - Artrite reumatoide Introdução Epidemiologia Etiologia Patologia e patogenia Manifestações clínicas articulares Manifestações extra-articulares Achados laboratoriais Avaliação radiológica Diagnóstico Diagnóstico diferencial Evolução e prognóstico Tratamento Síndrome de Felty Resumo Capítulo 3 - Artrite idiopática juvenil Introdução Epidemiologia Achados clínicos Forma sistêmica ou doença de Still Forma oligoarticular Formas poliarticulares (fator reumatoide positivo ou negativo) Forma relacionada à entesite Forma psoriásica Forma indiferenciada Achados laboratoriais e de imagem Diagnóstico diferencial Tratamento Resumo Capítulo 4 - Artrites sépticas Introdução Artrite não gonocócica Artrite gonocócica Artrite viral Micobactérias Fungos Resumo Capítulo 5 - Espondiloartrites soronegativas Introdução Epidemiologia Espondilite anquilosante Artrite reativa Artrite relacionada às doenças inflamatórias intestinais (enteroartrites) Artrite psoriásica Miscelânea Resumo Capítulo 6 - Febre reumática Introdução Epidemiologia Etiopatogenia Quadro clínico Achados laboratoriais Diagnóstico diferencial Tratamento Alergia à penicilina Resumo Capítulo 7 - Gota Introdução Epidemiologia Fisiopatologia Estágios clássicos Associações clínicas Achados radiográficos Achados laboratoriais Diagnóstico Tratamento Tratamento da hiperuricemia isolada Condrocalcinose pseudogota Doença articular por deposição de outros cristais Resumo Capítulo 8 - Síndromes reumáticas dolorosas regionais Introdução Ombro Cotovelo Punho e mão Quadril Joelho Tornozelo e pé Resumo Capítulo 9 - Fibromialgia Introdução Epidemiologia Etiopatogenia Manifestações clínicas Investigação laboratorial e radiológica Critérios diagnósticos Tratamento Resumo Capítulo 10 - Vasculites Introdução Classificação Vasculite predominantemente de grandes vasos Vasculite predominantemente de médios vasos

5 5. Vasculite predominantemente de pequenos vasos Miscelânea Resumo Capítulo 11 - Síndrome de Sjögren Introdução Epidemiologia Etiopatogenia Quadro clínico Achados laboratoriais Outros exames Diagnóstico Tratamento Resumo Capítulo 12 - Lúpus eritematoso sistêmico Definição Epidemiologia Etiopatogenia Manifestações clínicas Avaliação laboratorial Diagnóstico e diagnóstico diferencial Tratamento Prognóstico e sobrevida Situações especiais Resumo Capítulo 13 - Esclerose sistêmica Definição Epidemiologia Etiopatogenia Classificação Manifestações clínicas Exames complementares Tratamento Prognóstico Resumo Capítulo 14 - Síndrome antifosfolípide Introdução Anticorpos antifosfolípides Critérios diagnósticos Quadro clínico Diagnóstico diferencial Tratamento Resumo Capítulo 15 - Dermatopolimiosite e polimiosite Introdução Epidemiologia Patogênese Quadro clínico Exames laboratoriais Outros exames Diagnóstico Diagnóstico diferencial Tratamento Dermatomiosite juvenil Resumo Casos Clínicos QUESTÕES Cap. 1 - Osteoartrite Cap. 2 - Artrite reumatoide Cap. 3 - Artrite idiopática juvenil Cap. 4 - Artrites sépticas Cap. 5 - Espondiloartrites soronegativas Cap. 6 - Febre reumática Cap. 7 - Gota Cap. 8 - Síndromes reumáticas dolorosas regionais Cap. 9 - Fibromialgia Cap Vasculites Cap Síndrome de Sjögren Cap Lúpus eritematoso sistêmico Cap Esclerose sistêmica Cap Síndrome antifosfolípide Cap Dermatopolimiosite e polimiosite Outros temas COMENTÁRIOS Cap. 1 - Osteoartrite Cap. 2 - Artrite reumatoide Cap. 3 - Artrite idiopática juvenil Cap. 4 - Artrites sépticas Cap. 5 - Espondiloartrites soronegativas Cap. 6 - Febre reumática Cap. 7 - Gota Cap. 8 - Síndromes reumáticas dolorosas regionais Cap. 9 - Fibromialgia Cap Vasculites Cap Síndrome de Sjögren Cap Lúpus eritematoso sistêmico Cap Esclerose sistêmica Cap Síndrome antifosfolípide Cap Dermatopolimiosite e polimiosite Outros temas Referências bibliográfi cas O capítulo de Osteoporose encontra-se no livro de Endocrinologia

6 REUMATOLOGIA CAPÍTULO 1 Osteoartrite Rodrigo Antônio Brandão Neto / Ana Cristina de Medeiros Ribeiro / Aleksander Snioka Prokopowitsch / Hérica Cristiani Barra de Souza / Renan de Almeida Augustinelli 1. Introdução A osteoartrite, artrose ou osteoartrose (OA) é a mais comum das afecções reumáticas, pois atinge aproximadamente 1/5 da população mundial, sendo considerada uma das causas mais frequentes de incapacidade laborativa após os 50 anos. Pode ser definida como uma síndrome clínica que representa a via final comum das alterações bioquímicas, metabólicas e fisiológicas que ocorrem, de forma simultânea, na cartilagem hialina e no osso subcondral e compreende uma variedade de subgrupos com fatores etiológicos distintos, tendo, como substrato patológico, a diminuição do espaço articular devido à perda cartilaginosa e à formação de osteófitos. 2. Epidemiologia É uma doença de caráter crônico e evolução lenta, sem comprometimento sistêmico, afetando articulações periféricas e axiais. Na grande maioria dos indivíduos, desenvolve-se de maneira silenciosa. A prevalência está correlacionada com a idade e o sexo, e a incidência predomina no sexo feminino. É incomum quadro franco de OA abaixo dos 40 anos, quando a prevalência entre os sexos é semelhante. A partir daí, entre a 4ª e a 5ª décadas e no período da menopausa, a incidência aumenta bastante com a idade e se torna mais frequente em mulheres. Estima-se que atinge 85% da população até os 64 anos e, aos 85, torna-se praticamente universal. Além disso, constitui importante causa de morbidade e é a principal indicação de cirurgias de próteses de quadril e joelho. Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento são (Tabela 1): Tabela 1 - Fatores de risco mais importantes para desenvolvimento de OA Crescente, principalmente acima dos 40 anos Idade (todos os sítios). A OA é mais frequente em mulheres, principalmente a de joelhos e mãos. Sexo feminino Suscetibilidade Todos os sítios, principalmente a OA de mãos. genética Mulheres obesas têm chance maior, em 4 a 5 vezes, para terem os joelhos acometidos. A Obesidade perda de peso leva à redução da sintomatologia da OA de joelhos. Trauma e ocupação Deformidades preexistentes 3. Classificação As principais injúrias agudas do joelho, lesões de ligamentos e meniscos são causas comuns de OA secundária. Pacientes com anormalidades anatômicas de joelhos e quadris, que estão presentes ao nascimento ou durante o crescimento, podem ter predisposição a OA precoce, como joelho varo, joelho valgo, subluxação congênita do quadril, doença de Legg-Calvé-Perthes e displasia acetabular. A OA pode ser classificada de acordo com a causa do processo e a distribuição anatômica das alterações. De acordo com a presença ou não de causa anatômica subjacente, pode ser: - Primária ou idiopática: sem causa aparente, relacionada com a idade e o sexo, com distribuição característica (mãos, joelhos, quadril e coluna); - Secundária: relacionada a processos traumáticos e/ ou inflamatórios que desencadearam o processo de degeneração da cartilagem, como OA pós-trauma, ou 19

7 artrite infecciosa, doença reumatoide, necrose asséptica, doenças neurológicas etc. (Tabela 2). A localização é variável e vai depender de onde ocorre o processo inicial que lesiona a cartilagem. A ocorrência de OA em articulações não comumente envolvidas pela doença deve chamar atenção para acometimento secundário. Tabela 2 - Doenças associadas à OA secundária Fatores localizados - Trauma articular; - Deformidades articulares preexistentes; - Osteonecrose; - Artrite reumatoide; - Gota; - Condrocalcinose; - Artrite séptica; - Hemofilia; - Neuropatia; - Osteocondrite; - Doença de Paget. Fatores sistêmicos - Hemocromatose; - Ocronose; - Hiperparatireoidismo; - Doença de Wilson; - Gota; - Condrocalcinose; - Acromegalia; - Amiloidose; - Síndrome de hipermobilidade; - Doença de Ehlers-Danlos. Quanto à localização, a OA primária pode ser: - Periférica: acometendo articulações do esqueleto apendicular (membros); - Axial: acometendo a coluna vertebral; - Generalizada: OA primária acometendo 3 ou mais sítios, podendo ser todos periféricos ou 2 periféricos e 1 axial. Tabela 3 - Classificação Quanto à causa - Primária ou idiopática: distribuição característica; - Secundária: distribuição de acordo com o processo que desencadeou a lesão da cartilagem. Por exemplo: trauma, artrite infecciosa, doenças reumáticas, necrose asséptica etc. Quanto à localização (OA primária) - Periférica: articulações do esqueleto apendicular, principalmente mãos, quadris, joelhos e pés; - Axial: articulações da coluna (cervical e lombar); - Generalizada: 3 ou mais sítios de acometimento. 4. Fisiopatologia As características histopatológicas principais da OA são a perda focal e gradual da cartilagem articular e o comprometimento do osso subcondral. A cartilagem normal tem 2 componentes principais: a matriz extracelular, rica em colágeno e proteoglicanos, e os condrócitos, inseridos na matriz. Os componentes da matriz são responsáveis por suas características de elasticidade e resistência. Os condrócitos são responsáveis pela síntese da matriz extracelular e por sua renovação por meio de proteinases, mantendo equilíbrio entre a formação e a degradação de matriz. Com o passar dos anos, os componentes da matriz se alteram: ocorrem irregularidades na rede de colágeno, e os proteoglicanos se alteram qualitativa e quantitativamente, diminuindo sua capacidade de reter água. Ocorre rarefação dos condrócitos em alguns sítios e hipertrofia em outros, mas passam a ser mais catabólicos, desequilibrando o processo de formação e degradação da matriz. A cartilagem envelhecida contém menos água, condrócitos mal distribuídos e desequilibrados, proteoglicanos alterados e colágeno fissurado, o que leva a uma matriz menos resistente e menos elástica, mais suscetível aos traumas mecânicos, com espessura diminuída. A cartilagem começa a apresentar microfraturas e, posteriormente, fissuras verticais, junto ao osso subcondral. Fragmentos de cartilagem se descolam, ficam livres no espaço articular e desencadeiam o processo inflamatório discreto da OA. Esse descolamento provoca também a exposição do osso subcondral, com microcistos. Nesses locais de exposição óssea, os osteófitos provocam neoformação óssea subcondral, com esclerose do osso subcondral. A redução do volume e das propriedades da cartilagem e as suas irregularidades levam a maior atrito entre as estruturas, redução do espaço articular e alteração dos vetores normais de força dentro da articulação. Com isso, ocorrem áreas de maior pressão sobre o osso subcondral, contribuindo para a esclerose subcondral e o crescimento de espículas ósseas, os osteófitos, nas margens articulares por pressão e por tração, levando à tríade radiológica da OA: redução do espaço articular, esclerose óssea subcondral e formação de osteófitos. Somando-se a isso, o envelhecimento provoca frouxidão ligamentar e capsular, hipotrofia muscular e diminuição da sensibilidade proprioceptiva articular, que contribuem para a instabilidade articular com a idade. Tabela 4 - Fatores de risco e processo inicial Fatores de Processo inicial risco Idade crescente Predisposição genética Excesso de peso Irregularidades na rede de colágeno Proteoglicanos Desidratação da cartilagem OA Redução de espaço articular Microfraturas na cartilagem Fragmentos osteocartilaginosos soltos e cistos subcondrais 20

8 REUMATOLOGIA CAPÍTULO 15 Dermatopolimiosite e polimiosite Rodrigo Antônio Brandão Neto / Ana Cristina de Medeiros Ribeiro / Aleksander Snioka Prokopowitsch / Hérica Cristiani Barra de Souza / Renan de Almeida Augustinelli 1. Introdução As miopatias inflamatórias idiopáticas formam um grupo heterogêneo de desordens raras caracterizadas por fraqueza muscular proximal e inflamação não supurativa do músculo esquelético, com achados eletroneuromiográficos característicos e aumento de enzimas musculares. As doenças inclusas nesse grupo estão listadas na Tabela 1. - Dermatomiosite: associada a uma variedade de manifestações cutâneas características (pápulas de Gottron, sinal do xale, sinal do V, heliotropo e eritrodermia generalizada). É mais comumente associada à neoplasia; - Polimiosite: reflete injúria muscular direta mediada por células T. Já a dermatomiosite caracteriza-se pela deposição nos vasos de complexos imunes (vasculopatia imunomediada Figura 1). Tabela 1 - Classificação clínica das miopatias inflamatórias idiopáticas - Polimiosite; - Dermatopolimiosite; - Dermatomiosite juvenil (DMJ); - Miosite associada a neoplasia; - Miosite associada a doença vascular do colágeno; - Miosite por Corpúsculo de Inclusão (MCI). Figura 1 - (A) Vasculopatia da dermatomiosite (infiltrado inflamatório perivascular) e (B) intersticiopatia da polimiosite (infiltrado inflamatório intersticial com degeneração de miócitos) Fonte: UpToDate, Epidemiologia Possuem baixa incidência na população geral, em torno de 0,5 a 8,4 casos/ de pessoas. A incidência parece estar aumentando devido ao diagnóstico mais acurado. De forma geral, são encontradas em todos os grupos etários, mas há distribuição bimodal, com picos nas faixas entre 10 e 15 anos e 45 e 60 anos. Entretanto, de acordo com o tipo de miopatia inflamatória encontrada, a incidência nos grupos etários pode ser bem diferente. Enquanto a distribuição da miosite associada à doença do colágeno segue a da doença de base à qual está associada, a DMJ acomete crianças e adolescentes com menos de 16 anos, tendo algumas características clínicas peculiares. A MCI e a associada a malignidade são mais comuns após os 50 anos. Em todas as formas de miosite inflamatória, as mulhe- 197

9 res são mais afetadas que os homens, a uma relação de 2:1, com exceção da miopatia por corpúsculos de inclusão, que afeta mais o sexo masculino. Quando a miopatia acomete fora do período de menacme, como em crianças e idosos, a distribuição é mais uniforme entre ambos os sexos, refletindo as influências hormonais sobre essas doenças. Tabela 2 - Características de miopatias inflamatórias PM* DM** Miosite (criança) Overlap Malignidade MCI Geral Frequência <5 -- Idade média do diagnóstico >65 45 Gênero F:M 2:1 2:1 1:1 10:1 1:1 1:2 2,5:1 Raça B:N 5:1 3:1 1:1 3:1 2:1 -- 3:1 * PM: polimiosite. ** DM: dermatomiosite. 3. Patogênese A etiologia da doença muscular inflamatória é desconhecida. A hipótese mais aceita sugere a associação de múltiplos fatores. As miopatias idiopáticas inflamatórias são processos imunomediados, em que estão envolvidos vários fatores em pacientes geneticamente suscetíveis. Duas hipóteses têm reforçado o envolvimento autoimune: a associação de outras doenças autoimunes (tireoidite de Hashimoto, miastenia gravis, diabetes mellitus tipo 1, cirrose biliar primária e doenças do tecido conjuntivo) e a presença de autoanticorpos circulantes. A causa específica para desencadear o desenvolvimento de miopatia autoimune é desconhecida, mas a presença de vírus tem sido envolvida, assim como a variação sazonal; dependendo da estação do ano, parece favorecer o desenvolvimento deste ou daquele autoanticorpo. A importância de fatores genéticos foi demonstrada: indivíduos com HLA-DR3 têm risco aumentado para o desenvolvimento de doença muscular inflamatória. Todos os pacientes com anticorpo anti-jo-1 têm HLA-DR52. As alterações patológicas reforçam a hipótese de envolvimento imunomediado. Na polimiosite e na MCI, ocorre imunomediada citotóxica, em que as fibras apresentam invasão de células T. Ao contrário, na dermatopolimiosite, a resposta humoral parece ser o principal evento, ocorrendo invasão de infiltrado celular de localização perivascular. A vasculopatia, tão proeminente na DMJ e ocasionalmente presente na forma adulta, é mediada por mecanismo humoral. Apesar de os mecanismos imunes que envolvem a polimiosite e a MCI serem semelhantes, a patologia é diferente. Na miopatia por corpúsculos de inclusão, têm-se vacúolos, onde se deposita uma substância amiloide. 4. Quadro clínico O quadro clínico varia um pouco com a forma de miopatia. Na polimiosite, a fraqueza muscular geralmente é progressiva, de início insidioso, levando de 3 a 6 meses para se instalar. O acometimento é simétrico e proximal, com comprometimento dos músculos das cinturas escapular e pélvica. O indivíduo se queixa de dificuldade para realizar tarefas específicas que envolvam essa musculatura proximal, como levantar-se da cadeira, subir escadas (cintura pélvica), pentear o cabelo, lavar a cabeça e elevar os braços (cintura escapular). A musculatura do pescoço, principalmente a flexora, também pode estar acometida, e o paciente tem dificuldade de elevar a cabeça quando deitado de costas. É necessário, ao exame, fazer a graduação da força muscular de acordo com a Tabela 3, tanto para o diagnóstico quanto para o acompanhamento do tratamento. Tabela 3 - Graduação da força muscular Forças Definições 0 Ausência de contração muscular 1 Esboço de contração muscular 2 Não vence a gravidade 3 Movimento ativo contra ação da gravidade 4 Movimento ativo contra resistência 5 Força normal Pode haver comprometimento da parede posterior da faringe e do terço proximal do esôfago (músculo esquelético), o que resulta em disfagia de transferência, isto é, dificuldade em deglutir com sincronismo o alimento, resultando, em casos avançados, em broncoaspiração. Pode ocorrer disfonia em alguns casos. Poupam-se as musculaturas facial e ocular. Dores musculares inespecíficas e artralgias leves ocorrem, mas artrite franca e dor muscular específica nas cinturas pélvica e escapular são incomuns. A fraqueza é bem mais proeminente que a dor, e também pode ocorrer fenômeno de Raynaud. Artralgias e, com menor frequência, artrite acompanhada de rigidez matinal podem ser observadas. A distribuição do quadro articular é semelhante ao da artrite reumatoide. Alguns pacientes podem apresentar subluxações e deformidades importantes, entretanto erosão óssea não é encontrada. Pode ocorrer o acometimento intersticial, com alveolite ativa evoluindo com fibrose pulmonar, simétrica, predomi- 198

10 CASOS CLÍNICOS

11 REUMATOLOGIA FMUSP 1. Uma mulher de 68 anos tem diagnóstico de artrite reumatoide há 5 anos e está em uso de metotrexato e cloroquina regularmente. Há 4 dias, refere dor intensa no joelho esquerdo e febre, sem controle com uso de nimesulida e dipirona. Tem antecedente de úlcera gástrica com episódio de sangramento há 2 anos e utiliza omeprazol. Além disso, é hipertensa tratada com enalapril. Ao exame clínico, regular estado geral, consciente, orientada, emagrecida, desidratada (2+/4+), PA = 110x70mmHg, P = 86bpm e Tax = 38 C. Exame do joelho esquerdo: à inspeção (Figura 1), sinal da tecla presente, intensa limitação à movimentação ativa e passiva por dor. Não há sinais inflamatórios nas demais articulações. Restante do exame clínico sem alterações. Os exames laboratoriais colhidos no pronto- -socorro evidenciam Hb = 14g/dL, Ht = 42%, leucócitos = /mm 3 (12% de bastonetes, 80% de segmentados, 8% de linfócitos), U = 120mg/dL, Cr = 1,4mg/dL e K + = 6,5mEq/L. Foi realizado o eletrocardiograma representado na Figura 2. a) Qual é a conclusão diagnóstica para o traçado eletrocardiográfico? b) Cite qual deve ser a conduta diagnóstica fundamental neste momento. Considere que a principal hipótese diagnóstica para o quadro agudo tenha sido confirmada. c) Cite a conduta terapêutica para o quadro agudo. CASOS CLÍNICOS Figura UNICAMP 2. Uma menina de 11 anos apresenta falta de coordenação e movimentos involuntários no membro superior direito há 1 semana ( a caneta cai da mão ), que pioram quando ela está nervosa e melhoram com o sono. Tem como antecedente amigdalite tratada há 4 meses com amoxicilina por 10 dias. Exame físico: FC = 84bpm, FR = 20irpm, Tax = 36,5 C. Ausculta cardíaca: 2 bulhas rítmicas com sopro holossistólico no foco mitral, irradiado para a axila esquerda. Exame neurológico: movimentos involuntários dos membros superiores e inferiores e da língua. a) Qual é a doença que justifica todo o quadro clínico? b) Cite 2 características do caso que permitem o diagnóstico. Figura 2 211

12 REUMATOLOGIA portantes na avaliação complementar do quadro, inclusive para afastar possíveis comorbidades e para que o tratamento possa ser instituído com segurança. Dentre tais exames, os mais relevantes, e cuja solicitação deve ser avaliada caso a caso, são: - Hemograma completo; - Função renal e eletrólitos; - Transaminases hepáticas e provas de função hepática; - Perfil lipídico; - Provas de atividade inflamatória (VHS, PCR, eletroforese de proteínas); - Análise do sedimento urinário; - Sorologias para HIV, hepatite B, hepatite C; - Pesquisa de fator antinúcleo; - Radiografias de mãos, pés e articulações afetadas. Vale ressaltar que, em casos de apresentações atípicas, em indivíduos mais idosos, ou em casos de sinovites francas sem erosões e com FR negativo, é conveniente considerar a pesquisa de neoplasias, uma vez que síndromes paraneoplásicas podem produzir quadros semelhantes aos da AR. No caso de considerar a possibilidade de introdução de terapia biológica, devem-se sempre solicitar PPD e radiografia de tórax, para avaliar a possibilidade de tuberculose latente (que pode ser exacerbada pela terapia em questão). f) A escolha da terapia inicial para AR depende, em grande parte, da intensidade da apresentação clínica e da existência de fatores de pior prognóstico, dentre os quais podem ser citados acometimento de mais de 20 articulações, elevação persistente de provas inflamatórias, início da doença em idade precoce, presença de altos títulos de FR ou anti-ccp, de nódulos reumatoides, de manifestações extra-articulares e de erosões articulares nos 2 primeiros anos de doença. Em qualquer caso, uma vez estabelecido o diagnóstico, deve ser iniciada terapêutica com as denominadas drogas modificadoras de doença o quanto antes, tendo em vista o conceito de janela de oportunidade, período inicial ainda não bem delimitado (usualmente 3 a 6 meses) durante o qual a introdução de tratamento adequado reduz a possibilidade de sequelas articulares futuras. Na maioria dos casos, podem ser utilizados anti-inflamatórios não hormonais como sintomáticos. O uso de corticoterapia em baixas doses (geralmente, prednisona em doses de até 10mg/d) também pode ser instituído. Em casos muito leves, em que a apresentação clínica é muito branda e não há fatores de pior prognóstico, pode-se introduzir inicialmente apenas cloroquina como droga modificadora de doença. No entanto, no seu insucesso ou na presença de doença mais agressiva, com fatores de mau prognóstico presentes, recomenda-se a introdução ou a associação de outras drogas modificadoras de doença, dentre as quais a mais importante (de 1ª escolha) é o metotrexato, em doses que podem variar de 7,5 a 25mg semanais. Outras drogas modificadoras de doença que podem ser tentadas são leflunomida e sulfassalazina. Tais drogas podem ser utilizadas isoladamente ou em associação, dependendo da gravidade do quadro clínico e da experiência do profissional médico, sendo o metotrexato geralmente presente na maioria dos esquemas terapêuticos. Drogas menos utilizadas atualmente nesse contexto são a azatioprina, a ciclosporina e a D-penicilamina. Na falha de tratamento ou na impossibilidade do uso de metotrexato em doses plenas em associação a outras drogas, recomenda-se a chamada terapia biológica, que recebe essa denominação por atuar especificamente em moléculas participantes do processo fisiopatológico da doença. Os agentes biológicos para o tratamento da AR atualmente disponíveis no Brasil são: - Agentes anti-tnf-alfa: bloqueiam os efeitos biológicos do fator de necrose tumoral (TNF). São eles: infliximabe, etanercepte, adalimumabe, certolizumabe e golimumabe; - Anti-IL-6 (interleucina-6): tocilizumabe; - Modulador da coestimulação de células T: abatacepte; - Anti-CD-20 de linfócitos B: rituximabe. Caso 7 a) Artrite reumatoide juvenil em sua forma sistêmica (doença de Still). b) Há sinais de degeneração evidenciando-se principalmente pela diminuição do espaço articular. c) Os critérios diagnósticos são: - Idade de início inferior a 16 anos; - Artrite em 1 ou mais articulações por pelo menos 6 semanas; - Exclusão de outras formas de artrite em crianças; - Tipos de início da doença nos primeiros 6 meses de evolução: Poliarticular: mais de 5 articulações; Pauciarticular: 4 ou menos articulações; Sistêmico: manifestações gerais, viscerais e artrite. Especialmente para doença de Still, caracteriza-se por febre intermitente e presença de rash maculopapular róseo, transitório (duração de minutos a horas) e não pruriginoso em 95% dos casos. d) Tamponamento cardíaco, vasculite severa com coagulopatia e síndrome de ativação macrofágica. Caso 8 a) Tireoidite de Hashimoto. b) É provável que o FAN positivo não tenha nenhum significado clínico neste caso. Até 46% dos pacientes com doença autoimune da tireoide têm anticorpos antinucleares positivos. Assumindo que a paciente permaneça assintomática, não há justificativa para alguma intervenção. Isoladamente, o teste de ANA-IFI não permite pontuar precisamente o antígeno reconhecido nem vincular o resultado encontrado a uma dada doença. CASOS CLÍNICOS 221

13 QUESTÕES

14 REUMATOLOGIA - QUESTÕES Osteoartrite MEDCEL 1. Uma paciente de 70 anos, com o diagnóstico de osteoartrite de joelhos, em uso de diclofenaco de sódio, se necessário, há 5 anos (em média 3 vezes por semana), apresenta Índice de Massa Corpórea (IMC) = 33kg/m 2. Nega atividade física regular. Ao exame físico, PA = 155x70mmHg. Todas as medidas devem ser tomadas, exceto: a) estimular perda de peso b) orientar atividade física regular de baixa intensidade, por enquanto c) orientar analgésico simples e suspender diclofenaco d) iniciar hidroclorotiazida 25mg pela manhã e) orientar dieta hipossódica e de baixa caloria Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder UERJ 2. Além dos desagradáveis óbices de natureza estética que costumam produzir, certas doenças são responsáveis por graves limitações funcionais nos dedos das mãos, tornando difícil até mesmo o desempenho de afazeres comezinhos, como segurar objetos ou manusear o controle remoto da televisão. Quando há comprometimento marcante das articulações interfalangianas distais, dentre as enfermidades a seguir, é prioritário pensar em: a) pseudogota, artrite e artrite psoriásica b) hemocromatose, pseudogota e artrite reumatoide c) artrite psoriásica, osteoartrose e artrite reativa d) artrite reativa, hemocromatose e osteoartrose Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder PUC-PR 3. Qual das articulações não é acometida pela artrose primária? a) coluna cervical b) coluna lombar c) articulação do punho d) joelho e) 1ª metatarsofalangiana Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder SES-SC 4. Assinale (V) para Verdadeiro ou (F) para Falso, para as afirmativas seguintes, referentes à osteoartrose: ( ) O paracetamol é a droga de escolha inicial em pacientes idosos. ( ) Rigidez matinal de 1 hora e nódulos subcutâneos são critérios diagnósticos. ( ) A glicosamina e a condroitina são as drogas de escolha para o tratamento por serem comprovadamente capazes de reduzir as erosões articulares. ( ) Aplicações de corticoides injetáveis intra-articulares são alternativas para alguns pacientes, podendo ser utilizados a cada 3 meses por até 2 anos. A sequência correta é: a) V, V, F, F b) V, F, V, F c) V, F, F, V d) F, F, F, V e) F, V, V, F Tenho domínio do assunto Reler o comentário IOG 5. A rizartrose geralmente acompanha a: a) osteoartrose de coluna vertebral b) osteoartrite nodal das mãos c) coxartrose d) gonartrite Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder UFPE 6. Qual é o fármaco de escolha para o tratamento dos sintomas dolorosos da osteoartrite? a) prednisona b) colchicina c) paracetamol d) naproxeno Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder UNICAMP 7. Um homem, de 60 anos, há 6 meses queixa-se de dor lombar baixa, de ritmo mecânico em faixa, com irradiação para as regiões inguinal e glútea e face anterior da coxa direita. Refere piora vespertina, necessitando do uso diário de analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais, e trabalha em uma distribuidora, caminhando vários quilômetros ao dia sem carregar peso. Exame físico: dor à palpação da região lombar baixa com retração dos músculos isquiotibiais, bloqueio de rotação interna do quadril direito, abdução de 10, sinal de Thomas (+) à direita, ausência de déficit neurológico, Lasègue negativo. O radiograma da coluna não aponta alterações. O diagnóstico e a conduta são: a) osteoartrose do quadril direito; radiograma da bacia e anti-inflamatórios não hormonais b) osteoartrose do quadril direito; radiograma da bacia e artroplastia total do quadril c) hérnia de disco lombar; ressonância nuclear magnética da coluna e laminectomia descompressiva QUESTÕES 225

15 COMENTÁRIOS

16 REUMATOLOGIA - COMENTÁRIOS Questão 20. a) Incorreta. É um anticorpo que pode ser das classes IgM, IgG, IgD ou IgA, dirigido contra a fração Fc de imunoglobulina IgG. b) Incorreta. O anti-ccp é um anticorpo sensível e de alta especificidade para artrite reumatoide e artrite reumatoide juvenil. c) Incorreta. Pacientes com síndrome de Felty caracterizam- -se por leucopenia, marcada neutropenia, esplenomegalia e úlceras de membros inferiores e predisposição a infecções. d) Correta. Além de ser um anticorpo marcador de artrite reumatoide, é um fator prognóstico e está associado à doença mais grave com mais erosões e destruição articular. e) Incorreta. Cerca de 30 a 50% dos pacientes com artrite reumatoide podem apresentar positividade para o fator antinuclear e ele não esta implicado à associação de síndrome de Sjögren secundária. Gabarito = D quaisquer das DMARDs, e o acompanhamento rigoroso é necessário. A falta de resposta a um agente não exclui a troca por outro. Muitas vezes, é usada terapia combinada com mais de 1 DMARD para controle adequado da doença. São comuns as associações de antimaláricos, sulfassalazina e metotrexato (tripla terapia), de antimaláricos, leflunomida e metotrexato, ou de agentes biológicos com metotrexato. Questão 21. Analisando as alternativas: a) Existem a artrite reumatoide ou idiopática juvenil, com suas formas clínicas oligoarticular, poliarticular e sistêmica. b) É uma afecção frequente em crianças e adolescentes dos 5 aos 15 anos. c) Esta doença é bastante rara na infância. d) É caracterizada por púrpura de membros inferiores, elevados níveis de IgA, hematúria e, em alguns casos, dor abdominal. e) Pode apresentar todo o quadro clínico de lúpus semelhante ao do adulto. Gabarito = C Questão 22. Alternativa a : a paciente tem quadro clínico, laboratorial e radiográfico compatível com o diagnóstico de artrite reumatoide, cuja prevalência é estimada em aproximadamente 0,5 a 1% da população mundial adulta. Sua incidência aumenta com a idade, mas há predomínio em mulheres (2 a 3 vezes maior que em homens). Portanto, nesta alternativa o único erro está no percentual de prevalência, que não é de 0,1%, é maior (0,5 a 1%). Alternativa b : atualmente, fazem parte do arsenal terapêutico na artrite reumatoide os antagonistas (e não agonistas, como na alternativa) do TNF-alfa. Há 4 drogas no mercado, hoje, com ação anti-tnf-alfa: infliximabe (aplicação IV), etanercepte (SC), adalimumabe (SC) e golimumabe (SC). São medicações de alto custo, com resposta terapêutica rápida e mantida. Alternativa c : a hidroxicloroquina e a sulfassalazina não são consideradas drogas de 1ª escolha para o início do tratamento da artrite reumatoide, sendo o metotrexato medicamento de eleição. Portanto, o esquema terapêutico proposto não estaria de todo errado, porém não seria a terapia-padrão. Alternativa d : a combinação de drogas de ação lenta está absolutamente indicada para o adequado controle clínico da artrite reumatoide. A toxicidade pode ocorrer com Alternativa e : está totalmente correta. Os anticorpos contra peptídio citrulinado cíclico (anti-ccp) apresentam sensibilidade de 70 a 75% e especificidade de 95%. Seu custo é alto, e sua indicação é esclarecer quadros sugestivos de AR inicial, ainda sem erosão ou doença estabelecida ou para diagnóstico de pacientes com FR negativo. A presença deste anticorpo na artrite reumatoide foi associada a alguns fatores, como doença mais erosiva, portanto de maior agressividade e maior progressão radiográfica, tabagismo (o tabaco induz a uma citrulização não fisiológica), maior risco para manifestações extra-articulares. Gabarito = E Questão 23. Trata-se de Síndrome de Felty (SF). Esta síndrome compreende a tríade de Artrite Reumatoide (AR), neutropenia e esplenomegalia, ocorrendo em menos de 1% dos pacientes com AR. A faixa etária predominante é da 5ª a 7ª década, sendo 2/3 dos pacientes mulheres. Ocorre em pacientes portadoras de AR de longa evolução, com importante destruição articular e pouca ou nenhuma inflamação, além de manifestações extra-articulares exuberantes, como nódulos subcutâneos, úlceras de membros inferiores (MMII), linfadenopatia, vasculites e neuropatia periférica. Encontra-se Fator Reumatoide (FR) em altos tí- COMENTÁRIOS 277

Artrite Psoriásica. 15 Encontro Municipal / 13 Encontro Nacional de Psoríase 10 Encontro de Vitiligo 2017

Artrite Psoriásica. 15 Encontro Municipal / 13 Encontro Nacional de Psoríase 10 Encontro de Vitiligo 2017 Artrite Psoriásica 15 Encontro Municipal / 13 Encontro Nacional de Psoríase 10 Encontro de Vitiligo 2017 Dra. Andrea B. V. Lomonte Reumatologista - Centro Paulista de Investigação Clínica Artrite psoriásica

Leia mais

Semiologia do aparelho osteoarticular. Professor Ivan da Costa Barros

Semiologia do aparelho osteoarticular. Professor Ivan da Costa Barros Semiologia do aparelho osteoarticular Professor Ivan da Costa Barros IMPORTÂNCIA CLÍNICA 10% das consultas médicas Mais de 100 doenças Complicações não articulares Geralmente auto limitado 1 em 5 americanos

Leia mais

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina É uma região anatômica que estabelece a contigüidade entre ossos ou cartilagens, permitindo que o movimento seja direcionado neste sentido. Cápsula sinovial

Leia mais

reumatologia PRINCIPAIS TEMAS PARA PROVAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA

reumatologia PRINCIPAIS TEMAS PARA PROVAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA reumatologia PRINCIPAIS TEMAS PARA PROVAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA AUTORIA E COLABORAÇÃO Aleksander Snioka Prokopowistch Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista

Leia mais

Defeitos osteoarticulares

Defeitos osteoarticulares Osteoartrite Descrição Osteoartrite ou doença articular degenerativa ( artrose ) caracteriza-se pela perda progressiva da cartilagem articular e alterações reacionais no osso subcondral e margens articulares,

Leia mais

A ÉDIC OLOGIA A M IC AT CLÍN CSI REUM

A ÉDIC OLOGIA A M IC AT CLÍN CSI REUM SIC CLÍNICA MÉDICA REUMATOLOGIA Autoria e colaboração Aleksander Snioka Prokopowistch Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia

Leia mais

A ÉDIC OLOGIA A M IC AT CLÍN CSI REUM

A ÉDIC OLOGIA A M IC AT CLÍN CSI REUM SIC CLÍNICA MÉDICA REUMATOLOGIA Autoria e colaboração Aleksander Snioka Prokopowistch Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia

Leia mais

Síntese de Fator Reumatóide (mais sensível) e Anti-Peptídeo Citrulinado Cíclico (anti-ccp mais específico).

Síntese de Fator Reumatóide (mais sensível) e Anti-Peptídeo Citrulinado Cíclico (anti-ccp mais específico). Artrites Artrite Reumatoide Mais prevalente em mulheres, entre 35-55 anos. Possui relação com HLA-DR4. Devido ao estado inflamatório crônico da doença, gera aumento de mortalidade, aumentando o risco cardiovascular.

Leia mais

Doença inflamatória da coluna vertebral podendo ou não causar artrite em articulações periféricas e inflamação em outros órgãos como o olho.

Doença inflamatória da coluna vertebral podendo ou não causar artrite em articulações periféricas e inflamação em outros órgãos como o olho. O termo reumatismo, embora consagrado, não é um termo adequado para denominar um grande número de diferentes doenças que tem em comum o comprometimento do sistema músculo-esquelético, ou seja, ossos, cartilagem,

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Artrose

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Artrose PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Artrose 1 Professora: Acadêmicos: Mateus Pereira, Rodolphe Vieira, Yago Brasil e Sarah

Leia mais

Cópia dos exames: VHS, PCR, hemograma, plaquetas, ALT, AST e creatinina. Cópia do exame de imagem das áreas afetadas pela doença.

Cópia dos exames: VHS, PCR, hemograma, plaquetas, ALT, AST e creatinina. Cópia do exame de imagem das áreas afetadas pela doença. ARTRITE REUMATOIDE Portaria SAS/MS n 710 27/06/2013 Medicamento NAPROXENO SULFASSALAZINA CID 10 M05.0, M05.3, M05.8, M06.0, M06.8, M08.0 Apresentação 500mg (comprimido) 500mg (comprimido) Presc. Máxima

Leia mais

Referenciação à Consulta de Reumatologia

Referenciação à Consulta de Reumatologia Referenciação à Consulta de Reumatologia O Serviço de Reumatologia do HSM é responsável pela assistência em ambulatório de doentes com patologia da sua especialidade. Contudo dada a enorme prevalência

Leia mais

Complementação de Reumatologia

Complementação de Reumatologia - GESEP I-Poliartrites com Repercussões Sistêmicas Complementação de Reumatologia A. R. S. de Sjögren E. S. P. (Esclerodermia) L. E. S. D. M. T. C. (Doença Mista do Tec. Conjuntivo) Vasculites Polidérmatomiosite

Leia mais

Ac. Marina Martinichen Furlaneto 2015

Ac. Marina Martinichen Furlaneto 2015 Ac. Marina Martinichen Furlaneto 2015 A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) - antes denominada artrite reumatoide juvenil (ARJ) - é uma doença inflamatória crônica que afeta crianças com idade igual ou inferior

Leia mais

Artrite Idiopática Juvenil

Artrite Idiopática Juvenil www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Artrite Idiopática Juvenil Versão de 2016 2. DIFERENTES TIPOS DE AIJ 2.1 Existem tipos diferentes da doença? Existem várias formas de AIJ. Distinguem-se principalmente

Leia mais

Glomerulonefrites Secundárias

Glomerulonefrites Secundárias Doenças sistêmicas nfecto-parasitárias Nefropatia da gravidez Medicamentosa doenças reumáticas, gota, mieloma, amiloidose, neoplasias SDA hepatite viral shistossomose Doenças Reumáticas Lupus eritematoso

Leia mais

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS REUMATOLOGIA

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS REUMATOLOGIA 2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS REUMATOLOGIA Questão nº: 21 São associações significativas entre antígeno leucocitário humano (HLA) dos seguintes tipos e doenças, EXCETO: a) HLAB27 e artrite reativa.

Leia mais

Osteoartrite. Dra. Flora Maria DD Andréa a Marcolino

Osteoartrite. Dra. Flora Maria DD Andréa a Marcolino Osteoartrite Dra. Flora Maria DD Andréa a Marcolino Médica Assistente do Grupo de Reumatologia do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC FMUSP 1 Osteoartrite - Introdução Osteoartrite(é a denominação

Leia mais

OSTEOARTRITE PREVALÊNCIA. Acomete aproximadamente 3,5% da população geral e a prevalência aumenta com a idade, atingindo 10% dos indivíduos acima

OSTEOARTRITE PREVALÊNCIA. Acomete aproximadamente 3,5% da população geral e a prevalência aumenta com a idade, atingindo 10% dos indivíduos acima 1 OSTEOARTRITE Doença progressiva das articulações sinoviais, representando reparo defeituoso do dano articular, resultante de estresses que podem ser iniciados por uma anormalidade em qualquer dos tecidos

Leia mais

A ÉDIC OLOGIA A M IC AT CLÍN CSI REUM

A ÉDIC OLOGIA A M IC AT CLÍN CSI REUM SIC CLÍNICA MÉDICA REUMATOLOGIA Autoria e colaboração Aleksander Snioka Prokopowistch Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia

Leia mais

Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues

Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Avaliação do paciente com queixa osteoarticular. Objetivos. Diagnóstico preciso. Terapêutica adequada e sem demora. Não realização de exames desnecessários. Abordagem.

Leia mais

A. Ossos B. Articulações. 2 Letícia C. L. Moura

A. Ossos B. Articulações. 2 Letícia C. L. Moura Ossos e Articulações Profa. Letícia Coutinho Lopes Moura Tópicos da aula A. Ossos B. Articulações 2 B. Articulações Artrites 3 Osteoartrite Doença articular degenerativa mais comum Degeneração cartilagem

Leia mais

Presc. Máxima 372 comprimidos 60 comprimidos,

Presc. Máxima 372 comprimidos 60 comprimidos, ESPONDILITE ANCILOSANTE Portaria SAS-SCTIE/MS n 7 17/07/2017 Medicamento SULFASSALAZINA METOTREXATO NAPROXENO CID 10 M45, M46.8 Apresentação 500mg (comprimido) 2,5mg (comprimido)e 25mg/mL 500mg (comprimido)

Leia mais

AUTORIA E COLABORAÇÃO

AUTORIA E COLABORAÇÃO AUTORIA E COLABORAÇÃO Aleksander Snioka Prokopowistch Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia e doutor em Reumatologia

Leia mais

Centro de Infusão do H9J. Nilton Salles Rosa Neto

Centro de Infusão do H9J. Nilton Salles Rosa Neto Centro de Infusão do H9J Nilton Salles Rosa Neto Introdução O tratamento de doenças reumáticas sofreu mudança notável nos últimos 15 anos: maior compreensão de mecanismos e causas; permitiu tratar a causa

Leia mais

Caso Clínico 5. Inês Burmester Interna 1º ano Medicina Interna Hospital de Braga

Caso Clínico 5. Inês Burmester Interna 1º ano Medicina Interna Hospital de Braga Caso Clínico 5 Inês Burmester Interna 1º ano Medicina Interna Hospital de Braga Apresentação do caso J.M.G.M.F. Homem, 40 anos de idade, psicólogo, casado e com 4 filhos Antecedente de enxaquecas Ex-fumador

Leia mais

Pneumonia intersticial. Ana Paula Sartori

Pneumonia intersticial. Ana Paula Sartori Pneumonia intersticial com achados autoimunes: revisão Ana Paula Sartori ROTEIRO Pneumonia intersticial com achados autoimunes: revisão Ana Paula Sartori Doença Pulmonar Intersticial Consensos/Classificação

Leia mais

Envelhecimento e Doenças Reumáticas

Envelhecimento e Doenças Reumáticas Envelhecimento e Doenças Reumáticas Armando Malcata CHUC XVII Forum de Apoio ao Doente Reumático Envelhecimento e Doenças Reumáticas Variações demográficas e sociais. Impacto crescente; multidimensional.

Leia mais

Espondilite Anquilosante

Espondilite Anquilosante Espondilite Anquilosante Casos Clínicos Dra Ludmila A. Rubin de Celis 30/08/2014 O diabo sabe mais por ser velho do que por ser diabo Caso 1: Masculino, 26 anos Dor em planta do pé D (metatarsos) há 6

Leia mais

Procedimento x CID Principal

Procedimento x CID Principal Ministério da Saúde - MS Secretaria de Atenção à Saúde Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS Procedimento x CID Principal 03.01.07.010-5 ATENDIMENTO/ACOMPANHAMENTO

Leia mais

07/12/2015. Letícia Coutinho Lopes 1. Ossos e Articulações

07/12/2015. Letícia Coutinho Lopes 1. Ossos e Articulações Ossos e Articulações Profa. Letícia Coutinho Lopes Moura Tópicos da Aula A. Ossos B. Articulações 2 A. Ossos Modelagem, Remodelagem Óssea Microscopia da Modelagem Óssea Anormalidades de Desenvolvimento

Leia mais

PROTOCOLO DE ACESSO ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA HCFAMEMA

PROTOCOLO DE ACESSO ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA HCFAMEMA PROTOCOLO DE ACESSO ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA HCFAMEMA 2018 PROTOCOLO DE ACESSO: ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA HCFAMEMA Elaboração: Dr. Eduardo M. Jacob Dr. Tarcisio Adilson Ribeiro Machado Aprovação: Dr.

Leia mais

Imagem 1: destacada em vermelho a redução do espaço articular.

Imagem 1: destacada em vermelho a redução do espaço articular. Radiografia Análise das Imagens Observação: As seguintes alterações estão presentes em todas as imagens, mas foram destacadas separadamente para melhor demonstração. Imagem 1: destacada em vermelho a redução

Leia mais

RESIDÊNCIA MÉDICA SUPLEMENTAR 2015 PRÉ-REQUISITO (R1) / CLÍNICA MÉDICA PROVA DISCURSIVA

RESIDÊNCIA MÉDICA SUPLEMENTAR 2015 PRÉ-REQUISITO (R1) / CLÍNICA MÉDICA PROVA DISCURSIVA RESIDÊNCIA MÉDICA SUPLEMENTAR 0 PRÉ-REQUISITO (R) / CLÍNICA MÉDICA PROVA DISCURSIVA RESIDÊNCIA MÉDICA SUPLEMENTAR 0 PRÉ-REQUISITO (R) / CLÍNICA MÉDICA PROVA DISCURSIVA ) Idosa de 8 anos, ex-tabagista (carga

Leia mais

ARTRITE REMATOIDE ASPECTOS GERAIS

ARTRITE REMATOIDE ASPECTOS GERAIS ARTRITE REMATOIDE ASPECTOS GERAIS RESUMO MIRANDA, Josiana 1 CHAVES, Patricia 1 NANDI, Rubiamara 1 SILVA, Claudinei M. 2 PEDER, Leyde D. 2 Os danos articulares, a funcionalidade e a perda do desenvolvimento

Leia mais

REUMATOLOGIA PRINCIPAIS TEMAS PARA PROVAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA

REUMATOLOGIA PRINCIPAIS TEMAS PARA PROVAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA REUMATOLOGIA PRINCIPAIS TEMAS PARA PROVAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA Autores Aleksander Snioka Prokopowistch Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica

Leia mais

RESIDENCIA MÉDICA UFRJ

RESIDENCIA MÉDICA UFRJ 1. Homem 54 anos, em uso regular de diclofenaco sódico por dor lombar. Há 24h com náuseas, vômitos e soluços. Normocorado, hálito urêmico, pressão arterial (PA) = 140x72mmHg, frequência cardíaca (FC)=

Leia mais

Sessão Televoter Reumatologia

Sessão Televoter Reumatologia 2015 2 de maio Sábado Sessão Televoter Reumatologia Avaliação e investigação do doente com dor osteo-articular Manuela Costa Jaime Branco ARTRITE ARTRALGIA 1. Ritmo mecânico ou inflamatório 2. Agudo (dias)

Leia mais

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende

Leia mais

Espondiloartropatias juvenis/artrite relacionada com entesite (EAJ-ARE)

Espondiloartropatias juvenis/artrite relacionada com entesite (EAJ-ARE) www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Espondiloartropatias juvenis/artrite relacionada com entesite (EAJ-ARE) Versão de 2016 2. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 2.1 Como é diagnosticada? Os médicos diagnosticam

Leia mais

Pubalgia. Fig. 1 fortes grupos musculares que concentram esforços na sínfise púbica.

Pubalgia. Fig. 1 fortes grupos musculares que concentram esforços na sínfise púbica. Pubalgia É uma síndrome caracterizada por dor na sínfise púbica, com irradiação para as regiões inguinais (virilha) e inferior do abdome, podendo estar associada a graus variáveis de impotência funcional

Leia mais

Exame Físico Ortopédico

Exame Físico Ortopédico TAKE HOME MESSAGES! Exame Físico Ortopédico ANAMNESE REALIZAR UMA HISTÓRIA CLÍNICA DETALHADA, LEMBRANDO QUE DETALHES DA IDENTIFICAÇÃO COMO SEXO, IDADE E PROFISSÃO SÃO FUNDAMENTAIS, POIS MUITAS DOENÇAS

Leia mais

LINHA DE CUIDADO MÚSCULO ESQUELÉTICA

LINHA DE CUIDADO MÚSCULO ESQUELÉTICA LINHA DE CUIDADO MÚSCULO ESQUELÉTICA Nome da atividade: Estágio Supervisionado em Fisioterapia em Reumatologia Tipo de atividade: Disciplina de graduação Responsáveis: Profa Jane D arc Brito Lessa Profa

Leia mais

UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO UNI - RIO

UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO UNI - RIO UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO UNI - RIO OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA DEFINIÇÃO É A INFECÇÃO DO OSSO E DA MEDULA ÓSSEA POR AGENTE ETIOLÓGICO INESPECÍFICO COM UM CARACTER DESTRUTIVO FULMINANTE ANATOMIA

Leia mais

Principais temas para provas. Reumatologia SIC CLÍNICA MÉDICA

Principais temas para provas. Reumatologia SIC CLÍNICA MÉDICA Principais temas para provas Reumatologia SIC CLÍNICA MÉDICA 2018 by PRINCIPAIS TEMAS EM REUMATOLOGIA Aleksander Snioka Prokopowistch - Hérica Cristiani Barra de Souza - Ana Cristina de Medeiros Ribeiro

Leia mais

DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA ARTROSE Diagnóstico- Prevenção - Tratamento

DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA ARTROSE Diagnóstico- Prevenção - Tratamento DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA ARTROSE Diagnóstico- Prevenção - Tratamento Carlos Alberto Souza Macedo Professor da Faculdade de Medicina da UFRGS Doutorado em Cirurgia pela Faculdade de Medicina da UFRGS

Leia mais

CASO CASO--CL CLÍNICO

CASO CASO--CL CLÍNICO CASO-CLÍNICOCLÍNICO Thiago da Silva R4 Reumatologia HSPE-FMO Identificação LLA, 51 anos, feminino, policial, natural e procedente de São Paulo, católica. Queixa e Duração Dor no joelho esquerdo há 2 anos.

Leia mais

OSTEOPOROSE: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Bruno Ferraz de Souza Abril de 2018

OSTEOPOROSE: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Bruno Ferraz de Souza Abril de 2018 OSTEOPOROSE: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Bruno Ferraz de Souza Abril de 2018 1. BREVE INTRODUÇÃO A osteoporose (OP) é uma doença osteometabólica sistêmica caracterizada por alterações da quantidade e/ou qualidade

Leia mais

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DO APARELHO LOCOMOTOR DISCIPLINA OPTATIVA REUMATOLOGIA PROGRAMA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DO APARELHO LOCOMOTOR DISCIPLINA OPTATIVA REUMATOLOGIA PROGRAMA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DO APARELHO LOCOMOTOR DISCIPLINA OPTATIVA REUMATOLOGIA PROGRAMA 1º e 2º SEMESTRE CARGA HORÁRIA: 60 (SESSENTA) HORAS CRÉDITO: 04 (QUATRO)

Leia mais

Síndromes de dor nos membros

Síndromes de dor nos membros www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Síndromes de dor nos membros Versão de 2016 10. Osteocondrose (sinônimos: osteonecrose, necrose avascular) 10.1 O que é? A palavra "osteocondrite" significa

Leia mais

Luxação Congênita do Quadril (Displasia Acetabular) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise. Prof André Montillo UVA

Luxação Congênita do Quadril (Displasia Acetabular) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise. Prof André Montillo UVA Luxação Congênita do Quadril (Displasia Acetabular) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise Prof André Montillo UVA Patologia Evolução Fisiológica A Partir dos 4 anos de idade haverá uma Obstrução da

Leia mais

Existem algumas enfermidades ósseas de causas desconhecidas, ou ainda, não muito bem definidas. Dentre essas, vale ressaltar:

Existem algumas enfermidades ósseas de causas desconhecidas, ou ainda, não muito bem definidas. Dentre essas, vale ressaltar: Radiologia das afecções ósseas II Existem algumas enfermidades ósseas de causas desconhecidas, ou ainda, não muito bem definidas. Dentre essas, vale ressaltar: Osteodistrofia Hipertrófica Outras enfermidades

Leia mais

Imunossupressores e Agentes Biológicos

Imunossupressores e Agentes Biológicos Imunossupressores e Agentes Biológicos Imunossupressores Redução da resposta Imune Usos Clínicos Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Doenças autoimunes Transplantes de órgãos

Leia mais

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO REUMATOLOGIA PEDIÁTRICA JUSTIFICATIVA PARA SOLICITAÇÃO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO REUMATOLOGIA PEDIÁTRICA JUSTIFICATIVA PARA SOLICITAÇÃO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO REUMATOLOGIA PEDIÁTRICA JUSTIFICATIVA PARA SOLICITAÇÃO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO A reumatologia pediátrica foi reconhecida como área da

Leia mais

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27 Sumário parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27 1 Terapêutica: estratégia geral... 29 terminologia de doenças... 29 História do caso... 34 Disposição do fármaco... 39 Seleção do fármaco...

Leia mais

Efeitos sobre a saúde da exposição aos agentes ergonômicos

Efeitos sobre a saúde da exposição aos agentes ergonômicos Efeitos sobre a saúde da exposição aos agentes ergonômicos LER/DORT Lesões por esforços repetitivos Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho podem envolver músculo, fáscia, tendão, sinóvia,

Leia mais

número 32 - outubro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

número 32 - outubro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS número 32 - outubro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida

Leia mais

Terapia medicamentosa

Terapia medicamentosa www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Terapia medicamentosa Versão de 2016 13. Medicamentos biológicos Nos últimos anos, foram introduzidas novas perspectivas com substâncias conhecidas como agentes

Leia mais

PCDT / CID 10: M05.0; M05.1**;M05.2**; M05.3; M05.8; M06.0; M06.8; M08.0*

PCDT / CID 10: M05.0; M05.1**;M05.2**; M05.3; M05.8; M06.0; M06.8; M08.0* PCDT / CID 10: M05.0; M05.1**;M05.2**; M05.3; M05.8; M06.0; M06.8; M08.0* 1. Medicamentos DMARDS não Biológicos 1.2. Medicamentos DMARDS Biológicos Azatioprina 50mg, comprimido; Certolizumabe pegol 200mg,

Leia mais

ARTROPATIA DE CHARCOT (NEUROARTROPATIA DE CHARCOT)

ARTROPATIA DE CHARCOT (NEUROARTROPATIA DE CHARCOT) ARTROPATIA DE CHARCOT (NEUROARTROPATIA DE CHARCOT) MAURO FUCHS Rotina / consultório / Pé Diabético: prontuário/dia proprio ex. clínico/art/neuro hemograma glicemia HB glicosilada PT totais creatinina

Leia mais

- Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90

- Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90 INTRODUÇÃO - Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90 - Caracterizada pela infiltração de eosinófilos na mucosa esofágica - Pode ser isolada ou como manifestação

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. CHIKUNGUNYA Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. CHIKUNGUNYA Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Alterações laboratoriais: fase aguda = inespecíficas. Leucopenia com linfopenia menor que 1.000 cels/mm3 é a observação

Leia mais

O exame do líquor mostrou:

O exame do líquor mostrou: 01 Concurso Um lactente de nove meses de idade tem um quadro de febre alta há 48 horas, sem foco de origem definido. Porém, quando a temperatura começou a subir, apresentou uma convulsão tônico-clônica

Leia mais

Profº André Montillo

Profº André Montillo Profº André Montillo www.montillo.com.br Definição: É a causa mais comum de dor musculoesquelética generalizada. É a enfermidade reumática mais frequente Os primeiros relatos datam de 1850, onde os pacientes

Leia mais

ALUNAS: MARIA VITÓRIA SILVA GOMES JULIANA FERREIRA WHIRILENE CASSIANO GINOELY SHIRLEY G. GÁRCIA

ALUNAS: MARIA VITÓRIA SILVA GOMES JULIANA FERREIRA WHIRILENE CASSIANO GINOELY SHIRLEY G. GÁRCIA ALUNAS: MARIA VITÓRIA SILVA GOMES JULIANA FERREIRA WHIRILENE CASSIANO GINOELY SHIRLEY G. GÁRCIA O sistema musculoesquelético é composto pelos ossos, músculos e articulações. Tecido ósseo Os ossos compõem

Leia mais

Profº André Montillo

Profº André Montillo Profº André Montillo Generalidades: É uma Doença Auto Imune em que ocorrerá a produção de Auto-Anticorpos Patogênicos e Complexos Antígeno-Anticorpo que danificam as células e tecidos do organismo Epidemiologia:

Leia mais

número 23- maio/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

número 23- maio/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS número 23- maio/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS TOCILIZUMABE PARA O TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE RELATÓRIO

Leia mais

Data: 20/08/2014. Resposta Técnica 01/2014. Medicamento Material Procedimento X Cobertura

Data: 20/08/2014. Resposta Técnica 01/2014. Medicamento Material Procedimento X Cobertura Resposta Técnica 01/2014 Solicitante: Dr. Renato Dresch Juiz de direito Nº Processo: 9010665.22.2014.813.0024 Ré: Unimed de Belo Horizonte Data: 20/08/2014 Medicamento Material Procedimento X Cobertura

Leia mais

35 solucões. Osteoporose Fibromialgia. que funcionam. Alimentos Fisioterapia Pilates Alongamento

35 solucões. Osteoporose Fibromialgia. que funcionam. Alimentos Fisioterapia Pilates Alongamento Osteoporose Fibromialgia e tudo com Consultoria de especialistas Como amenizar os sintomas das doenças reumáticas Fim da inflamação! Sucos e chás para combater as dores + Exercícios que garantem bem-estar

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS Profª. Tatiane da Silva Campos - Consideradas por muitos profissionais da área da saúde como pouco expressivas. - Porém, são altamente prevalentes na população e algumas como

Leia mais

Principais temas para provas. Reumatologia SIC CLÍNICA MÉDICA

Principais temas para provas. Reumatologia SIC CLÍNICA MÉDICA Principais temas para provas Reumatologia SIC CLÍNICA MÉDICA 2018 by PRINCIPAIS TEMAS EM REUMATOLOGIA Aleksander Snioka Prokopowistch - Hérica Cristiani Barra de Souza - Ana Cristina de Medeiros Ribeiro

Leia mais

ORTOPEDIA.

ORTOPEDIA. ORTOPEDIA Membros Superiores braços Membros Inferiores pernas Atitude: Postura global ou segmentar, REVERSÍVEL, assumida voluntária ou reflexamente Deformidade: Alteração PERMANENTE da forma de um membro

Leia mais

Processo Seletivo para Residência Médica 2010

Processo Seletivo para Residência Médica 2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Comissão de Exames de Residência Médica Processo Seletivo para Residência Médica 2010 3. Prova Escrita Cancerologia Pediátrica, Ano Opcional em Pediatria e Áreas de Atuação

Leia mais

FRAQUEZA MUSCULAR. Diagnóstico

FRAQUEZA MUSCULAR. Diagnóstico FRAQUEZA MUSCULAR Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira A fraqueza muscular é um problema comum, mas, freqüentemente, tem significados diferentes

Leia mais

SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE (SES) 2015 PRÉ-REQUISITO / CANCEROLOGIA PEDIÁTRICA PROVA DISCURSIVA

SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE (SES) 2015 PRÉ-REQUISITO / CANCEROLOGIA PEDIÁTRICA PROVA DISCURSIVA SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE (SES) 05 SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE (SES) 05 Com base no caso clínico abaixo, responda às questões de números e. Paciente do sexo feminino, dez anos, natural e residente

Leia mais

ANEXO 01 (Conteúdo do EXIN Fisioterapia - Campus Mossoró) 3ª série

ANEXO 01 (Conteúdo do EXIN Fisioterapia - Campus Mossoró) 3ª série - Semiologia Geral ANEXO 01 (Conteúdo do EXIN 2016.1 Fisioterapia - Campus Mossoró) 3ª série - Generalidades sobre diagnóstico e avaliação AVALIAÇÃO DIAGNOSTICA EM II - Avaliação da coluna (postura) -

Leia mais

EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE

EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE EXAMES LABORATORIAIS Coerências das solicitações; Associar a fisiopatologia; Correlacionar os diversos tipos de exames; A clínica é a observação

Leia mais

Estudo por imagem do trauma.

Estudo por imagem do trauma. Estudo por imagem do trauma Dr. Ricardo Ferreira Mestre em radiologia UFTP Prof. Assist. Radiologia FEPAR Prof. Assist. Anatomia FEPAR Md radiologista do Centro Diagnostico Água Verde Md radiologista do

Leia mais

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DE ARTRITE REUMATOIDE

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DE ARTRITE REUMATOIDE TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DE ARTRITE REUMATOIDE Kleiton dos Santos Moura*, Suleimy Marinho Fernandes, Stela Ramirez de Oliveira Faculdade Alfredo Nasser *kton_123@hotmail.com RESUMO: A artrite reumatoide

Leia mais

Reunião de casos. LUCAS MERTEN Residente de RDI da DIGIMAX (R1)

Reunião de casos.  LUCAS MERTEN Residente de RDI da DIGIMAX (R1) Reunião de casos www.digimaxdiagnostico.com.br/ LUCAS MERTEN Residente de RDI da DIGIMAX (R1) CASO 1 Identificação: M. D. A.; masculino; 13 anos Queixa principal: Dor no quadril esquerdo há 3 meses, com

Leia mais

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS n. 62 publicado em agosto/2017 RELATÓRIO PARA SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS SECUQUINUMABE PARA O TRATAMENTO DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE

Leia mais

PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS TRATAMENTO DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE MAIO 2011 PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS TRATAMENTO DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE MAIO 2011 GOVERNADOR DO ESTADO

Leia mais

DOR LOMBAR NO TRABALHO. REUMATOLOGISTA: WILLIAMS WILLRICH ITAJAÍ - SC

DOR LOMBAR NO TRABALHO. REUMATOLOGISTA: WILLIAMS WILLRICH ITAJAÍ - SC DOR LOMBAR NO TRABALHO. REUMATOLOGISTA: WILLIAMS WILLRICH ITAJAÍ - SC É MELHOR CONHECER A PESSOA QUE TEM A DOENÇA DO QUE A DOENÇA QUE A PESSOA TEM. Sir William Osler MODELO BIOPSICOSOCIAL Os fatores mais

Leia mais

Cuidados Partilhados Reumatologia / MGF. Alertar para agudizações e complicações graves mais comuns em doenças reumáticas inflamatórias

Cuidados Partilhados Reumatologia / MGF. Alertar para agudizações e complicações graves mais comuns em doenças reumáticas inflamatórias Cuidados Partilhados Reumatologia / MGF Luís Sousa Inês Reumatologia CHUC / FMUC Objetivos Alertar para agudizações e complicações graves mais comuns em doenças reumáticas inflamatórias Indicar como identificar

Leia mais

Portaria n.º 320/92 (II Série), de 21 de Outubro

Portaria n.º 320/92 (II Série), de 21 de Outubro Portaria n.º 320/92 (II Série), de 21 de Outubro As crescentes exigências e responsabilidades postas no exercício das actividades médicas e cirúrgicas especializadas, agora potenciadas pela livre circulação

Leia mais

Região FC especifica Ligação com os leucócitos

Região FC especifica Ligação com os leucócitos Anticorpos Porção FAB se liga ao antígeno (variável) Cadeia Leve Região FC especifica Ligação com os leucócitos Cadeia Pesada Anticorpos apresentam 3 modos de ação: 1- Opsonização: marcação do antigeno.

Leia mais

SandraPais XVII FÓRUM DE APOIO AO DOENTE REUMÁTICO 10 E 11 OUTUBRO DE 2014

SandraPais XVII FÓRUM DE APOIO AO DOENTE REUMÁTICO 10 E 11 OUTUBRO DE 2014 SandraPais XVII FÓRUM DE APOIO AO DOENTE REUMÁTICO 10 E 11 OUTUBRO DE 2014 Uma degeneração focal das cartilagens articulares, com espessamento ósseo subcondral e proliferações osteocondrais marginais Dá

Leia mais

Residência em Ortopedia e Traumatologia

Residência em Ortopedia e Traumatologia tologia NOTÍCIAS INTENSIFICADORES DE IMAGENS... 13 AGÔSTO - 2007 18º NÚMERO FINALMENTE O CONSÊRTO. TELEFONE DA EMERGÊNCIA -TRAUMATOLOGIA - 8401 5210 FINALMEEEEEEENTE O CONSÊRTO... APÓS MAIS DE CINCO MESES

Leia mais

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN ARTRITE REUMATÓIDE: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO BORILLE, Anderson¹ VIDAL, Edivaldo² PEDER, Leyde D.³ SILVA, Claudinei M. 4 RESUMO A artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica crônica, ela

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO DE SELEÇÃO PARA RESIDÊNCIA MÉDICA

CONCURSO PÚBLICO DE SELEÇÃO PARA RESIDÊNCIA MÉDICA CONCURSO PÚBLICO DE SELEÇÃO PARA RESIDÊNCIA MÉDICA 2008 PROVA TIPO C/NP PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA COM ACESSO DIRETO 2 CONCURSO 2008 PARA RESIDÊNCIA MÉDICA UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CCM CENTRO

Leia mais

Osteomielite crónica não-bacteriana (OMCR)

Osteomielite crónica não-bacteriana (OMCR) www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Osteomielite crónica não-bacteriana (OMCR) Versão de 2016 1. O QUE É A OSTEOMIELITE MULTIFOCAL CRÓNICA RECORRENTE (OMCR) 1.1 O que é? A Osteomielite Multifocal

Leia mais

PSORÍASE PALESTRANTE: DR LUIZ ALBERTO BOMJARDIM PORTO MÉDICO DERMATOLOGISTA CRM-MG / RQE Nº 37982

PSORÍASE PALESTRANTE: DR LUIZ ALBERTO BOMJARDIM PORTO MÉDICO DERMATOLOGISTA CRM-MG / RQE Nº 37982 PSORÍASE PALESTRANTE: DR LUIZ ALBERTO BOMJARDIM PORTO MÉDICO DERMATOLOGISTA CRM-MG 54538 / RQE Nº 37982 VISÃO GERAL SOBRE PSORÍASE http://www.dermatologia.net/atlas-de-imagens/psoriase-2/. Acessado em

Leia mais

PERFIL DE EFICÁCIA E SEGURANÇA DO ETANERCEPTE

PERFIL DE EFICÁCIA E SEGURANÇA DO ETANERCEPTE PERFIL DE EFICÁCIA E SEGURANÇA DO ETANERCEPTE PALESTRANTE: DR LUIZ ALBERTO BOMJARDIM PORTO MÉDICO DERMATOLOGISTA CRM-MG 54538 / RQE Nº 37982 CONSENSO BRASILEIRO DE PSORÍASE 2012 VISÃO GERAL VISÃO GERAL

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 52-CEPE/UNICENTRO, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2015. Aprova o Curso de Especialização em Recursos Terapêuticos Manuais: Ênfase em Terapia Manual, modalidade modular, da UNICENTRO. O REITOR DA UNIVERSIDADE

Leia mais