Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Não há.

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1 Referência: / Assunto: Restrição de acesso: Ementa: Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Não há. Cidadão solicita informações sobre a regularidade dos atos alienatórios da Licitação relativa ao Edital 2000/ Interesse pessoal - Perda do Objeto. Banco do Brasil - BB. A.J.S.J. Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação pública, com base na Lei nº /2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: RELATÓRIO Data Teor Pedido 04/10/2013 Cidadão solicitou informações sobre a regularidade dos atos alienatórios do Edital 2000/5594 dos imóveis rurais no município de Barra/BA alienados para A.J.S.J. e Resposta Inicial 29/10/2013 Demandado respondeu para o cidadão dirigir-se ao Centro de Serviços de Logística/Recife para dirimir quaisquer dúvidas sobre as vendas. Recurso à Autoridade Superior 29/10/2013 Demandante reiterou a solicitação original. Demandado ratificou a resposta apresentada anteriormente e Resposta do Recurso à solicitou que o requerente fosse ao Centro de Serviços de 01/11/2013 Autoridade Superior Logística/Recife para fazer vistas aos atos praticados e dirimir suas eventuais dúvidas sobre a venda. Recurso à Autoridade Máxima 13/11/2013 Demandante recorreu solicitando que fosse respondido se o leilão obedeceu os regulamentos dos Banco do Brasil e da Lei de Licitação? e informou que reside em Bauru/SP o que 21

2 Resposta do Recurso à Autoridade Máxima 19/11/2013 Recurso à CGU 19/11/2013 Informações Adicionais 28/02/2014 e Negociações implicaria em custos indevidos se deslocar até Recife/PE para fazer vistas aos atos praticados e dirimir suas eventuais dúvidas sobre a venda. Demandado ratificou o posicionamento de que a documentação estava disponível no Centro de Serviços de Logística/Recife. Demandante recorreu à CGU alegando que o Banco do Brasil insiste em dar acesso aos dados da licitação, na forma de vista ao processo licitatório sem produzir documentos. Foi encaminhada a solicitação de esclarecimentos ao órgão com a finalidade de verificar a possibilidade de envio, por meio digital, da cópia do processo relativo ao edital 2000/5594 para o endereço eletrônico do cidadão, tendo em vista que este residia em Bauru/SP e o processo foi disponibilizado no Centro de Serviços de Logística/Recife ou a possibilidade de envio do processo, via malote, a uma agência em Bauru/SP, se não fosse viável encaminhar por ao cidadão. Análise É o relatório. 2. Registra-se que o Recurso foi apresentado à CGU de forma tempestiva e recebido em conformidade com o disposto no caput e 1º, do art. 16, da Lei nº /2012, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 7.724/2012, in verbis: Lei nº /2012 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7724/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso. 3. Quanto ao cumprimento do art. 21 do Decreto n.º 7.724/2012, observou-se que constou da resposta que a autoridade que proferiu a decisão, em primeira instância, era a hierarquicamente 22

3 superior à que adotou a decisão. Todavia, a autoridade que proferiu a decisão de provimento, em segunda instância, não foi o dirigente máximo do órgão/entidade. 4. Em 29/10/2013, o requerente solicitou informações sobre a regularidade dos atos alienatórios do Edital 2.000/5594 dos imóveis rurais no município de Barra do Estado da Bahia alienados para A.J.S.J. e 5. A Instituição apresentou ao cidadão a seguinte resposta em 29/10/2013:... dirigir-se ao Centro de Serviços de Logística/Recife, localizado na rua e falar com o Gerente No dia 29/10/2013, o solicitante considerando que a informação recebida não correspondia com a solicitada ingressou com recurso em 1ª instância e em 01/11/2013, a Unidade ratificou a última informação, solicitando que o cidadão comparecesse ao Centro de Serviços de Logística/Recife para fazer vistas aos atos praticados e dirimir as eventuais dúvidas sobre a venda. 7. O demandante ingressou com recurso em 2ª instância em 13/11/2013, informando que residia em Bauru o que implicaria em custos indevidos se deslocar até Recife para fazer vistas ao processo e questionou se o leilão obedeceu aos regulamentos do Banco do Brasil e da lei de licitação. 8. Em 19/11/2013, o demandado respondeu que: - A lei e o seu Decreto não citam a obrigatoriedade de os órgãos produzirem informações para fornecê-las no âmbito da LAI, mas sim disponibilizar as informações que estão sob sua guarda; - todos os documentos referentes à licitação em questão estão sendo disponibilizados para consulta. 9. Inicialmente, observou-se que o cidadão solicitou informações sobre a regularidade dos atos alienatórios do Edital 2000/5594 dos imóveis rurais no município de Barra/BA alienados para o próprio requerente e quando ingressou com recurso em 2ª instância mencionou que: Com certeza o procedimento licitatório foi regular, assim manifeste-se o Banco do Brasil pela sua regularidade formalmente. Por outro lado, o Banco do Brasil respondeu que:...há legislação específica para a condução de processo licitatório, a qual não prevê a emissão de documento de regularidade sobre seu andamento e...o acesso à informação custodiada está garantido, pois lhe foi oferecida a oportunidade de consultar todo o material referente à licitação em questão. Entretanto, o Decreto 7.724/12, que regulamentou a Lei /11, no parágrafo único do artigo 17 estabelece: Caso a 23

4 informação esteja disponível ao público em formato impresso, eletrônico ou em outro meio de acesso universal, o órgão ou entidade deverá orientar o requerente quanto ao local e modo para consultar, obter ou reproduzir informação. 10. Em 28/02/2014, foi encaminhado ao Órgão solicitando esclarecimentos adicionais com a finalidade de verificar a possibilidade de envio, por meio digital, da cópia do processo relativo ao edital 2000/5594 para o endereço eletrônico do cidadão, tendo em vista que este residia em Bauru/SP e o processo foi disponibilizado no Centro de Serviços de Logística/Recife ou a possibilidade de envio do processo, via malote, a uma agência em Bauru/SP, se não fosse viável encaminhar por ao cidadão. 11. Em 17/03/2014, a Instituição apresentou à CGU o recibo assinado pelo cidadão em 14/03/2014 relativo ao recebimento da cópia do processo licitatório do Leilão Oficial nº 2000/ Ressalta-se que: O ato administrativo, em princípio, goza da presunção de legitimidade e veracidade. Assim, quando nós nos referimos ao Princípio da Presunção de Legitimidade dos Atos Administrativos, tem-se que a lei considera que tais ações são verdadeiras e estão legalmente corretas, até prova em contrário. Nesse caso, em regra geral a obrigação de provar que a Administração Pública agiu com ilegalidade, ou com abuso de poder, é de quem alegar. Dizemos então que o ônus da prova é de quem alega. ( O cidadão solicitou informações sobre a regularidade dos atos alienatórios do Edital 2000/5594 e que o processo contendo toda a documentação relativa a este Edital foi entregue ao mesmo em 14/03/2014. Conclusão De todo o exposto, opina-se pela perda do objeto do recurso interposto, haja vista que o Banco do Brasil forneceu as informações pertinentes à solicitação ao cidadão no decorrer da instrução. Por fim, observou-se que o recorrido descumpriu procedimentos básicos da Lei de Acesso à Informação. Nesse sentido, recomenda-se orientar a autoridade de monitoramento 24

5 competente que reavalie os fluxos internos para assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos legais, em especial recomenda-se que a Autoridade responsável por decidir o recurso de segunda instância seja a Autoridade Máxima do Banco do Brasil S.A. SANDRA INSERTI SIMÃO Analisa de Finanças e Controle D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pela perda do objeto do recurso interposto, nos termos do art. 23 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº / , direcionado ao Banco do Brasil S.A. JOSÉ EDUARDO ROMÃO Ouvidor-Geral da União 25

6 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 972 de 02/04/2014 Referência: PROCESSO nº / Assunto: Parecer em recurso de 3ª instância Signatário(s): JOSE EDUARDO ELIAS ROMAO Ouvidor Assinado Digitalmente em 02/04/2014 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: 6e7cb25d_8d11caa65fccedf