CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

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1 Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação PARECER Referência: / Assunto: Restrição de acesso: Ementa: Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição. Empresa solicita informações relativas a procedimento de avaliação técnica por parte do INMETRO. Inspeção. Procedimento administrativo. Veículo. Licença. A empresa permanece insatisfeita com as respostas enviadas pela instituição. Informação incorreta. Apesar da omissão em 2ª instância no prazo regulamentar, o recorrido envia respostas intempestivas por mensagem eletrônica, após a interposição do recurso à. Tentativa de franqueamento de acesso. Análise : Informação disponibilizada. Perda do objeto. Recomendações. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia INMETRO/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC. E.E. Ltda. Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação com base na Lei nº /2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: RELATÓRIO Ação Data Teor Pedido 28/08/ 2015 A empresa solicita informações sobre procedimento de avaliação técnica de equipamento: Venho por meio deste canal, solicitar informações relacionadas ao procedimento de avaliação técnica mencionado no Art. 5 da Portaria INMETRO 269 publicada em 02 de Julho de Na referida Portaria é definido que a partir de 31 de Março de 2016, para se utilizar outro tipo de equipamento e dispositivo para embarque de pessoas com deficiências, que não sejam plataformas elevatórias veiculares, será necessário que tais equipamentos ou dispositivos sejam submetidos à avaliação técnica pelo INMETRO, com foco na segurança, operacionalidade e acessibilidade.

2 Reclamação 02/10/ 2015 Resposta Inicial 09/10/ 2015 Sendo assim busco por meio deste canal as seguintes informações: - Em que endereço e data devem ser feitos os pedidos para que o INMETRO avalie estes outros dispositivos? - Oque deve ser apresentado junto ao pedido para a avaliação técnica pelo INMETRO? - Quantos dias o INMETRO tem para emitir um parecer quanto ao pedido de avaliação? - Oque deve ser apresentado para viabilizar a avaliação técnica? - Quantos dias o INMETRO tem para agendar a avaliação técnica? - As avaliações pelo INMETRO acontecerão em que local/sede? - Quantos dias o INMETRO tem para emitir um parecer sobre a avaliação técnica do dispositivo? - Quais são os pré requisitos de segurança, operacionalidade e acessibilidade utilizados para a avaliação destes equipamentos? - Haverá custo ou taxa para a realização da avaliação e emissão do parecer técnico? Se sim, qual o custo? Diante da omissão do recorrido, o requerente interpõe reclamação: Com a finalização do prazo e o não recebimento de nenhuma notificação ou resposta sobre meus questionamentos, venho por meio deste, manifestar reclamação ao não cumprimento das ações de resposta no prazo máximo estipulado pela legislação brasileira. Contando com vossa compreensão, agradeço e fico no aguardo de parecer sobre o assunto. O recorrido responde ao requerente: (...) Em resposta à sua solicitação encaminhada ao SIC do Inmetro, consultamos à Divisão de Regulamentação Técnica e Programas de Avaliação da Conformidade do Inmetro, que formulou a seguinte resposta: Prezado Sr., Em atenção a vossa consulta, esclarecemos que a regulamentação dos aspectos relacionados ao tema acessibilidade são de competência da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), tendo a atuação do Inmetro neste campo caráter suplementar. Neste sentido, estamos em articulação com a referida Secretaria no sentido de estabelecer as condições para a que seja conferido a tratamento adequado ao seu pleito. Tão logo tenhamos um posicionamento da referida Secretaria retornaremos com orientações sobre o tema. Esclareço que, em função de o SIC do Inmetro só ter recebido a resposta em 09 de outubro de 2015, somente agora estamos encaminhando a resposta à sua solicitação. Atenciosamente, 2

3 Recurso à Autoridade Superior 15/10/ 2015 SIC Inmetro (...). O cidadão insiste: Prezado Sr., Venho por meio deste, solicitar vossa compreensão e registrar minha notificação de insatisfação quanto ao parecer emitido a nosso pedido de informação efetuado via LAI (Prot ). Obtive parecer do referido órgão 8 dias após o prazo determinado pela legislação brasileira, estando o mesmo incompleto e não condizente com as informações solicitadas. Analisado que: - A indústria envolvida com a fabricação e comercialização de ônibus no território nacional está investindo tempo, recursos e buscado realizar todas as ações necessárias ao atendimento da Portaria Inmetro 269/15 até 31/03/2016; - Fabricantes de ônibus do Brasil e associadas FABUS já estão adotando nossos equipamentos e instalando os mesmos em suas carrocerias; - O projeto de revisão da ABNT NBR já contempla nossos equipamentos, sendo que os requisitos técnicos de segurança, acessibilidade e operacionalidade já foram avaliados e listados pela CE40; - A CE- 40: Comissão de Estudo de Transporte com Acessibilidade, acrescentou e detalhou por meio do item 5.1 c) e 8 o Dispositivo de poltrona móvel (DPM), uma nova classe de elevador, classe onde nossos equipamentos se enquadram; - Os equipamentos que buscamos receber a aprovação do Inmetro já possui parecer favoráveis pelos principais órgãos gestores do sistema de transportes do Brasil (ANTT, DAER RS, DETRO RJ, ARTESP, EMTU,...); - Existem vários testes que precisaremos fazer em laboratório acreditado pelo Inmetro e se não conseguirmos parecer quanto ao procedimento, não haverá tempo hábil para a conclusão de tais testes até 31/03/2016; - O atendimento ao processo de avaliação destes equipamentos está sendo prejudicado pela ausência de procedimento de avaliação; - Nossa empresa possui membros integrantes nas CE04 e CE40 e protocolou documento junto ao Inmetro, colocando seus técnicos a disposição para a colaboração nos trabalhos necessários sobre este assunto. Reforço nosso pedido, quanto à necessidade de parecer do INMETRO, quanto aos procedimentos a serem adotados nas avaliações técnicas com foco na segurança, acessibilidade e operacionalidade. Avaliações que podem ter como base os requisitos do projeto de revisão da ABNT NBR Objetivando atender a legislação brasileira e fortalecendo as ações necessárias a inclusão das pessoas com deficiências ao sistema de transportes coletivos no Brasil, agradecemos vossa atenção e aguardamos atendimento a nossas solicitações. 3

4 Resposta do Recurso à Autoridade Superior Recurso à Autoridade Máxima 23/10/ /11/2 015 O INMETRO responde ao cidadão: (...) Em resposta ao seu recurso interposto em 15/10/2015, consultamos a Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro, que encaminhou a seguinte resposta: Considerando a previsão legal estabelecida no Artigo 5º da Portaria Inmetro 269/2015, que transcrevo abaixo: Art. 5 Determinar que a utilização de outros equipamentos e dispositivos para embarque e desembarque de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, nos veículos acessíveis, de características rodoviárias, destinados ao transporte coletivo de passageiros, poderá ser considerada, desde que sejam submetidos à avaliação técnica pelo Inmetro, com foco na segurança, operacionalidade e acessibilidade. Considerando demanda encaminhada ao Inmetro no sentido de dar tratamento a um pleito para reconhecimento e aceitação de um equipamento alternativo às plataformas elevatórias veiculares como forma de acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, nos veículos acessíveis, de características rodoviárias, destinados ao transporte coletivo de passageiros. Considerando, ainda, o estágio avançado das discussões no âmbito da comissão de estudo (CE-40) pertinente da ABNT, com vistas a incluir na ABNT NBR os requisitos técnicos de segurança, acessibilidade e operacionalidade para o Dispositivo de Poltrona Móvel (DPM), classe de produto onde se enquadrariam os equipamentos objeto da consulta encaminhada ao Inmetro. Esclarecemos que a empresa deve adotar as seguintes providências: 1) A empresa deverá elaborar um memorial descritivo contemplando os requisitos relacionados à segurança, acessibilidade e operacionalidade previstos na norma técnica para o produto; 2) A empresa interessada deve buscar um Organismo de Certificação de Produtos acreditado pelo Inmetro para o escopo em questão; 3) Este Organismo de Certificação de Produtos deverá elaborar um procedimento de avaliação da conformidade que ateste a conformidade do produto aos requisitos previstos na norma técnica para o produto; 4) Uma vez certificado o produto estará apto à obtenção da autorização do Inmetro para utilização na fabricação de ônibus rodoviários. Por fim, questões relacionadas a prazos e preços do processo de certificação devem ser dirimidas junto ao Organismo de Certificação de Produtos selecionado para conduzir o processo de certificação. A empresa recorre à autoridade máxima: Prezados, Em resposta a nossa reclamação, nos foram repassadas 4

5 Resposta do - Recurso à Autoridade Máxima Recurso à 11/11/2 015 informações relacionadas a um procedimento para homologação/certificação de produto que possua OCP- Organismo Certificador de Produto, com escopo acreditado pelo INMETRO para o referido produto. Porém nosso pedido de informação não é relacionado a este procedimento, o que buscamos são informações relacionadas aos procedimentos a serem adotados para uma avaliação técnica de produto que não possui um procedimento para a avaliação de sua conformidade dentro de um PAC nem escopo de OCP para a certificação. Relato que os dois OCP's, acreditados pelo INMETRO para produtos similares e plataformas elevatórias veiculares, foram procurados para a realização das atividades relacionadas na resposta do INMETRO do dia 23/10/15, e ambos nos responderam que não poderão executar os serviços, pois são atividades relacionadas a uma homologação de produto e não uma avaliação técnica, conforme é mencionado no Art. 5 da Portaria 269/15. Abaixo relato palavras que o responsável pelo OCP, acreditado pelo INEMTRO para plataformas elevatórias veiculares, me envio sobre o assunto: A resposta que você precisa é o caminho que o DQUAL adota para a Avaliação Técnica do produto que não são passíveis de avaliação da conformidade, conforme o tal artigo 5º. Diante dos fatos e objetivando contribuir para a mudança necessária ao sistema de embarque de pessoas com deficiências, reitero nosso pedido de informações sobre os procedimentos, passíveis de imediata realização, necessários para que dispositivos alternativos atendam ao Art. 5 da Portaria INMETRO 269/2015. Menciono que a falta de informações dos procedimentos para a autorização de nossos dispositivos irá prejudicar a acessibilidade no sistema de transporte rodoviário do Brasil e demais ações que os fabricantes de ônibus estão realizando. Não foi postada resposta tempestiva em sede de 2ª instância. O recorrente interpõe recurso à Controladoria-Geral da União (): Prezados, Com a finalização do prazo e o não recebimento de notificação ou resposta, pelo MDIC/INMETRO, sobre meus questionamentos, venho por meio deste, recorrer para que o referido processo seja concluído e eu receba as informações necessárias para a realização do procedimento determinado no Art. 5 da Portaria Inmetro 269/15. Relato que a falta de tais informações impossibilitam o atendimento a referida Portaria em tempo do prazo final de 31 de Março de 2016, gerando uma inconsistência na legislação, pois está se obrigando algo que não se tem como executar ou 5

6 Instrução do processo 12 a 16/11/2 015 realizar. O Art. 5 da referida Portaria menciona que os equipamentos devem ser submetidos a uma avaliação técnica pelo Inmetro, com foco na segurança, operacionalidade e acessibilidade., mas até o momento as respostas do MDIC/INMETRO não apresentam as informações dos procedimentos necessários a este tema. Diante dos fatos e objetivando contribuir para a mudança necessária ao sistema de embarque de pessoas com deficiências, reitero nosso pedido de informações sobre os procedimentos, passíveis de imediata realização, necessários para que dispositivos alternativos venham a atender ao Art. 5 da Portaria INMETRO 269/2015. Para demonstrar nosso comprometimento e buscando auxiliar nas ações necessárias a estes procedimentos, em Março de 2015, protocolamos um documento junto à sede do INMETRO no Rio de Janeiro, onde nossa equipe técnica foi colocada à disposição para auxiliar na elaboração de tais procedimentos. Até o momento a entidade não manifestou interesse de nossa participação. Informo que os equipamentos, que hora buscamos submeter a avaliação técnica pelo INMETRO, é uma inovação Brasileira, já adotada por cinco dos seis grandes fabricantes de carrocerias de ônibus do Brasil, exportada para Costa Rica e Panamá, em processo de exportação para Estados Unidos, África do Sul e China, avaliada e aprovada pela Comissão Especial da ABNT CE- 40: Comissão de Estudo de Transporte com Acessibilidade e com parecer favorável pelos principais órgão gestores do sistema de transportes rodoviários do Brasil. Agradeço vossa atenção e espero que a Controladoria Geral da União me auxilie neste processo e consigamos resolver este assunto em tempo hábil ao cumprimento da legislação brasileira. Em 16/11/2015, o INMETRO encaminhou informações ao requerente. No Ofício 150/PRESI, de 13 de novembro de 2015, foram respondidas as perguntas da empresa, conforme abaixo. Em 16/11/2015, o requerente acusou o recebimento da mensagem, destacando a qualidade das informações prestadas pelo recorrido, conforme colacionado abaixo também. Ofício 150/PRESI, de 13 de novembro de (...) Seguem as respostas ao seu pleito: Questionamento 1 (...): Em que endereço e data devem ser feitos os pedidos para que o INMETRO avalie estes outros dispositivos? Resposta 1 do Inmetro: Ratificamos que a avaliação técnica do Inmetro será feita com base em um atestado de conformidade emitido por um organismo designado pelo Inmetro atestando a conformidade do produto aos requisitos estabelecidos no memorial descritivo elaborado pelo fornecedor. Da mesma 6

7 forma, o processo de atestação da conformidade por meio de organismo de certificação terá início com a avaliação de um memorial descritivo, apresentando as especificações do produto no que diz respeito à acessibilidade, segurança e operacionalidade. Em levantamento feito no dia 11 de novembro de 2015, o Inmetro identificou 03 (três) potenciais organismos de certificação para o escopo em questão, visto que os mesmos já são acreditados para escopo similar. São eles: (...). Em contato recente com um dos organismos em questão, foi informado ao Inmetro a total disponibilidade técnica para a realização do processo de atestação de conformidade mencionado acima. Neste sentido, solicitamos que mantenha contato com os referidos organismos no sentido de dar início às tratativas visando a certificação do produto em questão. Questionamento 2 (...): O que deve ser apresentado junto ao pedido para a avaliação técnica pelo INMETRO? Resposta 2 do Inmetro: A empresa interessada deve encaminhar um Memorial Descritivo do produto ao Inmetro, devendo este memorial contemplar requisitos de admissibilidade, segurança e operacionalidade. Em seguida, o Inmetro irá avaliar o memorial descritivo com vistas à aprovação dos requisitos propostos no mesmo. Após a autorização do Inmetro aos requisitos propostos no memorial a empresa interessada deve procurar um Organismo de Certificação de Produtos (OCP) designado pelo Inmetro para conduzir o processo de certificação do equipamento em questão. O OCP deve estabelecer um procedimento de avaliação da conformidade, observado o prescrito na Portaria complementar a ser publicada pelo Inmetro, e submete-lo à análise do Inmetro para efeitos de aprovação do mesmo. Em seguida, o OCP deve conduzir o processo de certificação do equipamento. De posse do certificado de conformidade, a empresa deve solicitar o Registro de Objeto junto ao Inmetro, tendo assim o direito para uso do Selo de Identificação da Conformidade. Informamos que o Inmetro está elaborando e pretende tornar público ainda no mês de novembro de 2015 uma portaria complementar, com vistas a operacionalizar o previsto no Artigo 5º da Portaria Inmetro 269/2015, uma vez que não existe no país norma estipulando os requisitos técnicos de segurança, acessibilidade e operacionalidade do produto em questão (o que deve ser apresentado junto ao pedido para avaliação técnica do Inmetro). Tal portaria complementar também irá dar publicidade à designação de organismos para condução dos processos de certificação. Questionamento 3 (...): Quantos dias o INMETRO tem para 7

8 emitir um parecer quanto ao pedido de avaliação? Resposta 3 do Inmetro: Prazo do Inmetro para avaliar o memorial descritivo apresentando as especificações do produto no que diz respeito à acessibilidade, segurança e operacionalidade será de no máximo 30 dias úteis após o recebimento do mesmo. Conforme mencionado na resposta 1, a avaliação técnica do Inmetro será feita com base em um atestado de conformidade emitido por um organismo designado pelo Inmetro atestando a conformidade do produto aos requisitos estabelecidos no memorial descritivo elaborado pelo fornecedor. De posse do certificado de conformidade, a empresa deve solicitar o Registro de Objeto junto ao Inmetro. O registro do objeto deve ocorrer dentro dos prazos previstos na legislação. ( Questionamento 4 (...): O que deve ser apresentado para viabilizar a avaliação técnica? Resposta 4 do Inmetro: O atestado de conformidade emitido por um organismo designado pelo Inmetro. Questionamento 5 (...): Quantos dias o INMETRO tem para agendar a avaliação técnica? Resposta 5: Conforme mencionado na resposta 1, avaliação técnica do Inmetro será feita com base em um atestado de conformidade emitido por um organismo designado pelo Inmetro. Os prazos do processo de certificação são definidos pelo solicitante em conjunto com o Organismo de Certificação de Produtos, por meio de um contrato. Questionamento 6 (...): As avaliações pelo INMETRO acontecerão em que local/sede? Resposta 6 do Inmetro: O local/sede do processo de certificação é definido pelo Organismo de Certificação de Produtos selecionado para conduzir o processo de certificação. Questionamento 7 (...): Quantos dias o INMETRO tem para emitir um parecer sobre a avaliação técnica do dispositivo? Resposta 7 do Inmetro: Conforme mencionado na resposta 1, a avaliação técnica do Inmetro será feita com base em um atestado de conformidade emitido por um organismo a empresa deve solicitar o Registro de Objeto junto ao Inmetro. O registro do objeto deve ocorrer dentro dos prazos previstos na legislação ( Questionamento 8 (...): Quais são os pré-requisitos de segurança, operacionalidade e acessibilidade utilizados para a avaliação destes equipamentos? Resposta 8 do Inmetro: São aqueles propostos pelo interessado no memorial descritivo a ser avaliado pelo OCP designado. Para tanto, a empresa poderá se basear nos requisitos que 8

9 encontram-se em fase de discussão no âmbito da revisão das normas sobre o tema na ABNT. Questionamento 9 (...): Haverá custo ou taxa para a realização da avaliação e emissão do parecer técnico? Se sim, qual o custo? Resposta 9 do Inmetro: O custo do processo de certificação é definido pelo Organismo de Certificação de Produtos selecionado para conduzir o processo de certificação e deve ser acordado entre as partes por meio de um contrato. O custo do registro de objetos consta na página eletrônica Mensagem eletrônica enviada pelo requerente em 16 de novembro de 2015: (...) Gostaria de lhe agradecer pelo atendimento à nossa solicitação e parabenizar a equipe técnica, que expôs claramente as ações necessárias ao processo em questão, que busca a avaliação técnica de dispositivos alternativos às plataformas elevatórias veiculares. Estaremos realizando as ações que são de nossa responsabilidade, para concluirmos tais processos, em tempo necessário, à industria de fabricação das carrocerias de ônibus do Brasil. (destaque nosso). É o relatório. Análise 2. Registre-se que o recurso foi apresentado perante a de forma tempestiva e recebido na esteira do disposto no caput e 1º do art. 16 da Lei nº /2011, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 7.724/2012: Lei nº /2011 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7.724/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à 9

10 Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso. 3. Quanto ao cumprimento do art. 21 do Decreto nº 7.724/2012, observa-se que não consta da resposta que a autoridade que proferiu a decisão, em primeira instância, era hierarquicamente superior à que adotou a decisão, e não consta resposta tempestiva em sede de 2ª instância. Importante destacar que o INMETRO encaminhou ofício ao requerente em 16/11/2015, com a assinatura da autoridade máxima da instituição, alegando que problemas técnicos impediram a postagem da resposta no e-sic durante o prazo regulamentar. Contudo, como tal envio ocorreu após o início da instrução do presente recurso pela, a documentação será considerada esclarecimento adicional, nos termos do art. 23, parágrafo 1º, da Lei nº / O presente recurso tem por objeto informações relativas a procedimento de avaliação de equipamento por parte do INMETRO, com vistas a permitir sua comercialização no mercado brasileiro de transporte coletivo. Considerando que as perguntas realizadas pelo cidadão foram aparentemente respondidas pelo recorrido, e, além disso, que o requerente sinalizou sua satisfação com as informações recebidas, conforme supradestacado no relatório, resta prejudicado o prosseguimento da análise do caso. Conclusão 5. De todo o exposto, opina-se pela perda do objeto, uma vez que a informação disponível foi entregue ao requerente durante a instrução do processo. 6. Por fim, observamos que o recorrido descumpriu procedimentos básicos da Lei de Acesso à Informação. Nesse sentido, recomenda-se orientar a autoridade de monitoramento competente para que reavalie os fluxos internos, de modo a assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos legais. Em especial, recomenda-se: a) Rever os fluxos internos com vistas a responder o pedido de informação (e/ou) os recursos no prazo determinado em Lei; b) Não se omitir nas respostas ao pedido e aos recursos; c) Garantir que a autoridade responsável por julgar o recurso em primeira instância seja diferente e hierarquicamente superior àquela que adotou a decisão inicial; 1 0

11 d) Indicar a autoridade que tomou a decisão em instância recursal. LUIZA GALIAZZI SCHNEIDER Analista de Finanças e Controle D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pela perda do objeto do recurso interposto, nos termos do art. 23 do Decreto nº 7.724/2012, no âmbito do pedido de informação nº / , direcionado ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia INMETRO/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC. Gilberto Waller Júnior Ouvidor-Geral da União - Substituto 1 1

12 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 4000 de 20/11/2015 Referência: PROCESSO nº / Assunto: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Signatário(s): GILBERTO WALLER JUNIOR Ouvidor Assinado Digitalmente em 20/11/2015 Relação de Despachos: aprovo. GILBERTO WALLER JUNIOR Ouvidor Assinado Digitalmente em 20/11/2015 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: 5fedbc3f_8d2f1d5cf4d367c