Acreditamos nos jovens
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- Valentina Barreiro
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1 SETEMBRO DE 2017 Acreditamos nos jovens Estudo elaborado pela Trendsity especialmente para a Arcos Dorados KEY F I NDINGS BRASIL
2 O q u e é c o n f i a r p a r a o s j o v e n s? E n v o l v e n ã o a p e n a s p a l a v r a s, m a s a ç õ e s! E l e s c o n f i a m e m s i m e s m o s, m a s n ã o s e n t e m q u e a s o c i e d a d e c o n f i e e m s u a s c a p a c i d a d e s e t a l e n t o s Para os jovens, confiar está associado a acreditar (dimensão emocional). No entanto, eles também relacionam com uma ação (não apenas depositar um desejo à espera de que algo aconteça ). Confiar não é apenas acreditar, mas agir em direção a alguma coisa (acompanhar, orientar, dar, apostar que algo acontecerá). Os jovens confiam em si mesmos como um mecanismo compensatório pela falta de apoio externo que recebem da sociedade. 8 em cada 10 confiam em seus próprios talentos e habilidades, no entanto, apenas um terço dos jovens considera que a sociedade confia nas capacidades e talentos de sua geração. O s j o v e n s d e m a n d a m q u e a s o c i e d a d e c o n f i e m a i s n e l e s Os jovens consideram a falta de confiança na geração deles como uma dívida da sociedade para com eles. 90% consideram necessário que a sociedade confie nas habilidades e talentos dos jovens. E e l e s e s p e r a m q u e e s t e a p o i o e c o n f i a n ç a a c o n t e ç a m H O J E Eles esperam e reconhecem a necessidade de se sentir apoiados. Exigem do restante da sociedade um impulso que lhes permita ser protagonistas da mudança. 78% dizem precisamos que apostem em nós agora.
3 Eles não se sentem identificados com a imagem que a sociedade tem deles O que pensam deles não os representa: apenas 3 em cada 10 se sentem identificados com o que a sociedade e a mídia dizem de sua geração. Q u a i s e l e s a c r e d i t a m q u e s e j a m s e u s p r ó p r i o s p o n t o s f o r t e s? E b u s c a m e s p a ç o s q u e p r o p i c i e m e c a p i t a l i z e m t o d o s e u p o t e n c i a l Os jovens destacam sua capacidade criativa e empreendedora. Eles são ágeis, sabem chegar a soluções com domínio da tecnologia e acesso a informações. Eles destacam a própria capacidade de trabalho em equipe, transparência na comunicação e flexibilidade. Os jovens de hoje são mais criativos e inovadores 77% Precisamos nos sentir cercados de energia/vibrações positivas, em um espaço que favoreça as ideias inovadoras 73% Os jovens de hoje precisam de chefes flexíveis e inspiradores 72% Os jovens de hoje vieram para desafiar a ordem e buscar maneiras diferentes de fazer as coisas 68% Os jovens valorizam muito a possibilidade de fazer propostas e participar 65%
4 E l e s t a m b é m r e c o n h e c e m a l g u n s p o n t o s f r a c o s d e s u a g e r a ç ã o Identificam uma certa dose de baixa tolerância à frustração, além de uma atitude egoísta, preocupada apenas com os resultados. A busca por igualdade e o questionamento de ordens confirma o alto nível de exigência dos jovens, que não ficam calados quando não estão de acordo com algo. Os jovens de hoje são mais exigentes e difíceis de satisfazer 64% Não toleramos a injustiça e a desigualdade 62% Os jovens de hoje se frustram ou se desmotivam mais rápido se não conseguem resultados rápidos no trabalho ou nos estudos 62% Os jovens de hoje detestam receber ordens sem saber qual é o propósito delas 56% Os jovens se sentem empoderados por seu dinamismo e energia criativa, embora não sejam hábeis em moderar essa energia para se articular com outros ritmos e modelos de trabalho. E l e s p r o j e t a m s e u f u t u r o o l h a n d o m a i s p a r a o p r e s e n t e e d e s e j a n d o a p r o v e i t á - l o a c a d a p a s s o Os jovens buscam um equilíbrio justo entre sacrifício e bem-estar. Eles têm um conceito diferente do das gerações anteriores, que adiavam o prazer em prol de metas de longo prazo. Acredito no esforço para alcançar metas, contanto que existam momentos de prazer. NEM tudo é sacrifício. 78%
5 A o m e s m o t e m p o, e l e s s ã o o t i m i s t a s e m r e l a ç ã o a o s e u f u t u r o : p r o j e t a m - s e c o m o i n d e p e n d e n t e s o u e m p r e e n d e d o r e s. Os jovens são otimistas: quase 7 em cada 10 ficam bastante ou totalmente otimistas em relação ao seu futuro. E têm tendência a empreender ou se projetar como profissionais independentes: quase 6 em cada 10 se imaginam como independentes ou empreendedoras dentro de 10 anos. E, e n q u a n t o e s s e f u t u r o i n d e p e n d e n t e n ã o c h e g a, e x i g e m m a i s a c e s s o a o m e r c a d o d e t r a b a l h o A t r a n s i ç ã o e n t r e o s m u n d o s e d u c a c i o n a l e l a b o r a l é d i f í c i l p a r a e l e s Sobram requisitos, faltam oportunidades. Exigem mais oportunidades, poder entrar no mercado de trabalho com mais facilidade, com menos barreiras. O Brasil tem menor intensidade de reclamações em relação a Rest of Latam. É um paradoxo exigir experiência aos jovens como requisito para um primeiro emprego. 77% Faltam oportunidades de trabalho para os jovens da minha geração. 69% Os jovens têm a percepção de que a transição deles é mais difícil, que enfrentam mais dificuldades que as gerações anteriores na passagem da escola para o primeiro emprego. 58% acreditam que a transição do ensino médio para o mundo do trabalho é difícil ou difícil
6 O s j o v e n s t ê m a i m a g e m d e u m p r i m e i r o e m p r e g o c o m b a i x o t r e i n a m e n t o e a l g u m a r i g i d e z Na maioria, as propostas de trabalho para um primeiro emprego não têm boa imagem entre os jovens. Mesmo assim, têm expectativas altas, esperam que as empresas contribuam para um futuro melhor e se adaptem a eles. No Brasil, o preconceito é menor em relação às propostas de trabalho para jovens. As empresas têm o poder de fazer a diferença para um melhor futuro 80% Os empregos para jovens oferecem poucos benefícios e capacitação 69% As empresas precisam se adaptar às expectativas trabalhistas da minha geração 64% P r i m e i r o e m p r e g o : o q u e e s p e r a m, o q u e d e s e j a m e o q u e v a l o r i z a m? Aprendizagem, capacitação e desafios Bons chefes Capacitação Crescimento Menos requisitos OS E S S E N C I A I S Remuneração O espaço dos aspectos essenciais, mais racional e autocentrado, é onde os jovens inserem atributos relacionados à inclusão e ao desenvolvimento, ao sentimento de valorização, ao desejo de que apostem no crescimento deles. No Brasil, há mais interesse por menores barreiras ou requisitos e um alto interesse pelos benefícios e pelo tipo de trabalho a ser desempenhado.
7 P r i m e i r o e m p r e g o : O q u e é D I F E R E N C I A L? Tipo de trabalho Clima bom Participação Trabalho jovem Flexibilidade COMO EU ME SINTO? dentro da empresa Inovação Bem-estar e equilíbrio Benefícios COMO EU ME SINTO? fora da empresa OS D I F E R E N C I A I S P r i m e i r o e m p r e g o : O q u e é C O M P L E M E N TA R? Propósito Comprometimento social Autonomia OS C O M P L E M E N TA R E S O espaço dos diferenciais é uma dimensão mais emocional, que inclui atributos de equilíbrio profissional-pessoal. Para esta geração, é fundamental se sentir à vontade no trabalho, poder desenvolver a criatividade, participar e estar imerso em um clima que promova esse dinamismo, sem esquecer o equilíbrio que precisam encontrar para poder combinar trabalho, estudo e prazer. O tipo de trabalho, ou seja, a atividade que deve ser desenvolvida, é tão importante quanto o restante desses atributos, mas não é essencial para essa etapa da vida. Por último, temos os atributos complementares (embora aspiracionais), voltados a crescimento, identificação com o propósito da empresa, responsabilidade social/ ambiental dela e grau de autonomia que os jovens podem desenvolver. São aspectos da empresa que os jovens avaliam, mas que, no caso do primeiro emprego, ficam em segundo plano em relação ao desenvolvimento próprio. A autonomia é o atributo de menor relevância para um primeiro emprego, pois os jovens entendem que ainda têm muito a aprender, não se sentem suficientemente preparados para trabalhar de forma autônoma, sem rede de proteção. No entanto, é um aspecto ao que eles aspiram em médio prazo.
8 I n t e r e s s e s e m t e r m o s de c a p a c itação: o q u e gostariam d e aprender em u m p r i m e i r o e m p r e g o? T O P 5 Trabalho em equipe 44% Idiomas 44% Inovação / Criatividade 40% Liderança / Coaching 35% Chaves para empreender 28% Além de idiomas, os jovens buscam se capacitar em termos de habilidades, o que não podemos aprender nos livros, reconhecendo, assim, o valor da primeira experiência de trabalho. Trabalho em equipe, liderança, negociação, metodologias de trabalho, entre outros, são aspectos em que os jovens sabem que têm lacunas a preencher em relação às outras gerações. E l e s q u e r e m e s t a r m a i s b e m p r e p a r a d o s p a r a h o j e, m a s t a m b é m p a r a A M A N H Ã A tecnologia não ocupa um lugar entre os principais interesses deles (sentem que já dominam). Por outro lado, em busca de independência em médio prazo, eles se interessam em aprender as chaves do empreendedorismo. Especialmente no Brasil, há mais interesse por idiomas, trabalho em equipe e inovação.
9 Conclusões O significado de confiança deixa implícito algo muito interessante: para poder confiar, é preciso amar e acreditar. Os jovens exigem confiança por parte dos adultos (e das empresas). Até o momento, nosso distanciamento fez com que eles criassem mundos paralelos, sem a presença de adultos, apenas entre pares. Para confiar, precisamos estar presentes para demonstrar afeto com os jovens, mostrando nosso interesse por eles para poder entrar no mundo deles. Precisamos criar espaços para que aquilo que acontece entre os jovens (sua motivação, paixão, interesse) também se apresente quando estiverem entre e diante dos adultos. Além disso, devemos aprender a ler e decodificar seus modos de se motivar e participar das situações, buscando ânimo para dar um passo adiante dos preconceitos geracionais. Nesse sentido, os adultos devem mudar seu enfoque para apreciar os pontos fortes dos jovens, estando presentes para eles, interessados em e por eles, com boa comunicação, abertura e tolerância. Para acreditar e confiar neles não apenas no discurso, se não que na ação: estando, acompanhando, orientando, motivando.
10 Em síntese É preciso reconhecer essa etapa da vida, que tem alta produtividade, mas também necessidades de equilíbrio e expectativas de participação, flexibilidade, protagonismo, mas, sobretudo, de INCLUSÃO em um primeiro emprego. No mundo do trabalho, os atributos diferenciais de um primeiro emprego precisam reconhecer essas características para que seja possível propor alternativas de trabalho que conciliem os tempos e ritmos dos jovens. Favorecer o equilíbrio dentro e fora da empresa será fundamental e permitirá que se capitalize tudo o que os jovens têm para aportar (e vice-versa). É preciso acreditar neles hoje, atuando no presente, em vez de projetar o lugar da juventude no futuro.
11 Obrigado!
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