Métodos de avaliação de alimentos para aves

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Métodos de avaliação de alimentos para aves"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS Métodos de avaliação de alimentos para aves Bruno Duarte Alves Fortes Orientador: Prof. Dr. Marcos Barcellos Café GOIÂNIA 2011

2 i BRUNO DUARTE ALVES FORTES Métodos de avaliação de alimentos para aves Seminário apresentado junto à Disciplina Seminários Aplicados do Programa de Pós- Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás. Nível: Doutorado Área de Concentração: Produção Animal Linha de Pesquisa: Metabolismo nutricional, alimentação e forragicultura na produção animal Orientador: Prof. Dr. Marcos Barcellos Café - UFG Comitê de Orientação: Prof. Dr. José Henrique Stringhini - UFG Profª. Drª. Nadja Susana Mogyca Leandro - UFG GOIÂNIA 2011

3 ii SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Composição química dos alimentos Métodos químicos de análises dos alimentos Método de Weende ou sistema de análise proximal Matéria seca (MS) e teor de umidade (U) Matéria mineral (MM) Proteína bruta (PB) Extrato etéreo (EE) Fibra Bruta (FB) Extrativos não nitrogenados (ENN) Método de Van Soest Fibra em detergente neutro (FDN) Fibra em detergente ácido (FDA) Metodologias de avaliação energética dos alimentos Metodologias de avaliação aminoacídica dos alimentos Digestibilidade aparente e digestibilidade verdadeira dos aminoácidos Disponibilidade e digestibilidade dos aminoácidos Métodos para determinar digestibilidade dos aminoácidos com aves Método da alimentação forçada com galos Método da coleta ileal em aves Método da coleta total de excreta com aves Tendências para análises dos alimentos Novas tendências na avaliação de fósforo digestível em aves Novas tendências na avaliação do nível energético... 30

4 iii 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 34

5 iv LISTA DE TABELAS TABELA 1- Diferenças percentuais dos teores de energia digestível para grãos e raízes, quando comparados em seus estados naturais e de matéria seca TABELA 2- Fatores de conversão do nitrogênio para proteína de diversos alimentos TABELA 3- Digestibilidade da fração fibra bruta de diversos alimentos para aves TABELA 4- Conteúdo de carboidratos de alguns ingredientes de origem vegetal (%) TABELA 5- Valores obtidos de energia metabolizável aparente (kcal/kg MS), corrigida para o balanço de nitrogênio (EMAn) e energia metabolizável verdadeira, corrigida para o balanço de nitrogênio (EMVn) pelo método de coleta total e pela técnica de alimentação forçada com galos TABELA 6- Valores de energia metabolizável aparente corrigida (kcal/kg MS) das sojas, determinadas em cada idade das aves TABELA 7- Coeficientes de digestibilidade do fósforo em alimentos para aves (matéria natural, %)... 30

6 v LISTA DE FIGURAS FIGURA 1- Esquema analítico de Weende... 4 FIGURA 2- Comparação entre os métodos de Weende e Soest FIGURA 3- Locais onde são avaliados o aproveitamento dos aminoácidos nos animais monogástricos... 25

7 1 1 INTRODUÇÃO O uso rotineiro de novas tecnologias na alimentação de aves está diretamente relacionado com a disponibilidade de dados de exigência dos animais e também com os valores nutritivos dos ingredientes utilizados nas formulações para as diversas fases de criação. Os programas alimentares utilizados na avicultura têm como finalidade conciliar a nutrição e a fisiologia nos diversos estágios de desenvolvimento das aves. A capacidade digestiva das aves é influenciada pela idade, nota-se que ocorre aumento no aproveitamento dos nutrientes presentes nas dietas com o avanço da idade, em função do desenvolvimento do trato gastro intestinal desses animais. Para atender adequadamente às exigências nutricionais dos animais e para que possam expressar o máximo do seu potencial, é imprescindível que se formulem rações eficientes. Por isso, é necessário conhecer com maior precisão a composição química juntamente com os valores energéticos dos alimentos utilizados nas dietas avícolas. Com o decorrer dos anos os nutricionistas vêm utilizando várias ferramentas, como programas computacionais e tabelas de exigências nutricionais, com o objetivo de conciliar a fisiologia dos animais com a composição bromatológica dos alimentos utilizados nas rações. O desenvolvimento da nutrição está associado ao conhecimento do valor nutricional dos ingredientes que são utilizados nas rações avícolas, sendo o valor nutricional de um alimento diretamente relacionado à sua composição química e energética, entre outros fatores. Em decorrência de inúmeros fatores que interferem na concentração de nutrientes dos ingredientes, como a fertilidade de solo, o clima, a cultivar, o armazenamento, a amostragem, os tipos de processamento e as substâncias antinutricionais, faz-se necessário realizar análises bromatológicas ou físicoquímicas, que têm como principal objetivo a obtenção da composição química dos alimentos, ou seja, a determinação de suas frações nutritivas. Devido às grandes variações na capacidade de utilização dos nutrientes pelos animais, em função das diferenças anatômicas e fisiológicas existentes nos tratos digestório das várias espécies a avaliação da digestibilidade

8 2 dos alimentos é um parâmetro de grande importância, pois para determinar se um alimento é eficientemente utilizado pelo animal, se faz necessário descobrir o seu coeficiente de digestibilidade, servindo como base de cálculo para as exigências das várias espécies. De uma forma geral, pode-se concluir que os processos de avaliação dos alimentos tradicionalmente empregados na avicultura são representados pelos valores obtidos pelas análises bromatológicas, teores de energia e de aminoácidos, sejam eles totais ou digestíveis. Nesse contexto, objetivou-se com a presente revisão, discutir e abordar as principais características dos métodos tradicionais de análises dos alimentos assim como as novas técnicas de avaliação dos nutrientes presentes nos ingredientes utilizados nas dietas avícolas.

9 3 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Composição química dos alimentos Os ingredientes que compõem as rações avícolas representam a porção mais onerosa da produção e o adequado fornecimento dos nutrientes é essencial para o máximo crescimento e deposição de tecido muscular pelos animais. A formulação das rações de aves possui o intuito de atender as exigências nutricionais, para isso, se torna necessário o conhecimento da composição química dos alimentos, bem como suas limitações nutricionais. SANTOS et al. (2005), destacaram que o conhecimento dos dados de composição química, dos valores de digestibilidade e da disponibilidade de nutrientes são extremamente importantes no balanceamento de dietas. Dentre os diversos problemas enfrentados pelos nutricionistas destacase a variação na composição química de um mesmo tipo de alimento. Porém essa variação é normal, principalmente em se tratando de alimentos de diferentes condições de cultivo, solo, regiões, clima e cultivares. O ideal ao se elaborar uma ração seria avaliar a composição dos ingredientes disponíveis, porém isso demanda trabalho, tempo e custo. Com isso, a utilização de tabelas de composição química de alimentos tem sido uma alternativa (CALDERANO, 2008). Tanto nas indústrias como nas instituições de pesquisa, a formulação de rações já baseou-se em informações de composição de alimentos e de exigências nutricionais estabelecidas no exterior, principalmente na Europa e Estados Unidos (ROSTAGNO et al., 2005). Porém, essas tabelas, sob alguns aspectos, deixavam a desejar quanto a sua aplicabilidade em condições brasileiras, o que incentivou pesquisadores a elaborarem suas próprias tabelas (ROSTAGNO et al., 1983; EMBRAPA, 1991). Com isso vários trabalhos (BRUMANO et al., 2006; CAFÉ et al., 2000; CARVALHO et al., 2004), têm sido desenvolvidos gerando dados que são utilizados para atualizar e incluir novos alimentos às tabelas já existentes, como a

10 4 tabela atualizada de ROSTAGNO et al. (2011), possibilitando assim melhor utilização dos alimentos na formulação de dietas. 2.2 Métodos químicos de análises dos alimentos Método de Weende ou sistema de análise proximal O método de Weende, também chamado Sistema de Análise Proximal, foi criado por Henneberg em 1860, na Estação Experimental de Weende, Alemanha. Segundo Henneberg, o alimento é composto de diversos nutrientes conforme o esquema da Figura 1 a seguir: ALIMENTO ÁGUA MATÉRIA SECA MATÉRIA ORGÂNICA CINZA PROTEÍNA EXTRATO ETÉREO FIBRA BRUTA EXTRATO NÃO NITROGENADO FIGURA 1- Esquema analítico de Weende Fonte: Modificado de Teixeira (2003) De acordo com TEIXEIRA (2003), alimento é toda a matéria susceptível de ser transformada e aproveitada pelos animais, sustentando-lhe a vida, a saúde e a produção. São constituídos de elementos chamados nutrientes ou princípios nutritivos que exercem um papel particular no organismo. Não existem alimentos completos, portanto sempre haverá a necessidade de analisá-los visando suprir a deficiência de um ou outro nutriente requerido pelo animal.

11 5 As análises laboratoriais visam separar os componentes dos alimentos em frações de digestibilidade e metabolização previsíveis, com um custo analítico baixo e através de métodos rápidos. Devem ser realizadas para fornecer um valor nutricional aproximado da dieta utilizada, que é a mistura de todos os ingredientes oferecidos a um animal. O método de Weende consiste em fracionar o alimento em matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB), extrativos não nitrogenados (ENN) e cinzas ou matéria mineral (MM). Estes nutrientes compõem as análises clássicas ou comumente feitas visando obter as informações sobre um alimento qualquer. Entretanto, o sistema de análise proximal ou método de Weende ao longo do tempo apresentou-se insatisfatório, por não reconhecer as diversas frações dos carboidratos, com características de solubilidade e degradação distintas e não promover o fracionamento da fibra. No grupo dos extratos nãonitrogenados encontram-se frações de naturezas diversas, como amido, hemicelulose, pectina, lignina solúvel em álcali e os carboidratos solúveis em água (SILVA & QUEIROZ, 2009) Matéria seca (MS) e teor de umidade (U) A obtenção do teor de matéria seca e de umidade é o primeiro passo na determinação bromatológica de qualquer alimento, além de ser de grande importância pois a preservação dos alimentos pode estar condicionada ao teor de umidade do material; além disso, quando se compara o valor nutritivo de dois ou mais alimentos, é necessário levar em consideração os respectivos teores de matéria seca (SILVA & QUEIROZ, 2009). A concentração de matéria seca dos alimentos é determinada por secagem da amostra em estufa com circulação forçada de ar à temperatura de 55 C por 16 a 24 horas (pré-secagem), a 135 C por duas horas, 100 C por 24 horas ou a 105 C por 16 horas (secagem definitiva). Ressalta-se que a présecagem é realizada apenas para alimentos com menos de 85% de matéria seca. A água influencia nos valores nutritivos dos alimentos, ou seja, muitas vezes as diferenças de valores energéticos entre dois alimentos estão em função

12 6 dos seus teores de matéria seca. Na Tabela 1 pode-se comparar os teores de energia contidos em grãos e raízes em seu estado natural, ou seja, com a presença de umidade e depois de secas. Os níveis energéticos das raízes são menores quando comparados aos níveis dos grãos devido as maiores taxas de umidade. A raiz de mandioca em seu estado natural possui 27,33% do valor energético do milho e esta diferença se reduz quando se comparam as duas fontes em base de matéria seca (PEIXOTO & MAIER, 1993). TABELA 1- Diferenças percentuais dos teores de energia digestível para grãos e raízes, quando comparados em seus estados naturais e de matéria seca. Alimento % água Energia Digestível (kcal/kg) Estado natural Estado seco Milho grão Cevada grão Batata doce Mandioca Fonte: adaptado de Peixoto & Maier, Matéria mineral (MM) Matéria Mineral ou Cinzas são os produtos obtidos após o aquecimento da amostra a uma temperatura de 600ºC, ou seja, até seu aquecimento rubro, porém não superior a 600ºC, durante quatro horas ou até a combustão total da matéria orgânica. Se a temperatura da mufla for além 600 C, alguns cátions e ânions são parcial ou totalmente perdidos por volatilização (SILVA & QUEIROZ, 2009). A determinação da cinza fornece apenas uma indicação da riqueza da amostra em elementos minerais, além de permitir uma estimativa da concentração de cálcio e fósforo dos alimentos analisados, por exemplo, produtos de origem animal como farinha de carne e ossos. Todavia, quando se trata de produtos vegetais, a determinação de cinzas tem relativamente pouco valor. Isso porque o teor de cinza oriunda de produtos vegetais fornece pouca informação

13 7 sobre sua composição, uma vez que seus componentes, em minerais, são muito variáveis (SILVA & QUEIROZ, 2009). De acordo com TEIXEIRA (2003), a análise de minerais, tanto os macros como os microminerais, atualmente é realizada com grande precisão pela técnica de absorção atômica. Os macrominerais são expressos % dos ingredientes e os microminerais na base de mg/kg de alimento ou ppm. As análises mais comuns são para determinação de cálcio e fósforo Proteína bruta (PB) As proteínas são nutrientes nitrogenados presentes em todas as células vivas; portanto, são essenciais à vida de todo animal. Todos os animais necessitam ingerir quantidades adequadas de proteína diariamente, além disso, para aves e suínos, a quantidade é tão importante quanto a qualidade. O termo proteína bruta (PB) envolve um grande grupo de substâncias com estruturas semelhantes, porém com funções fisiológicas diferentes. As proteínas dos alimentos vegetais possuem em torno de 16% de nitrogênio (N). Baseado nesta concentração foi desenvolvido o método de determinação da proteína nos alimentos, através da avaliação do conteúdo de N total da amostra. Então, PB significa o nitrogênio total contido em um material analisado, multiplicado pelo fator 6,25 ( = 6,25), segundo o método de Kjeldahl. O método de Kjeldahl foi desenvolvido em 1883 pelo químico dinamarquês, Johan Kjeldahl e é até hoje o método-padrão de determinação do valor de nitrogenado dos alimentos. Este método consiste basicamente em três passos: 1) digestão da amostra em ácido sulfúrico com um catalisador, que resulta em conversão do nitrogênio em sulfato de amônia; 2) destilação da amônia em uma solução receptora; e 3) quantificação da amônia por titulação por volumetria com uma solução padrão. Este método determina o nitrogênio contido na matéria orgânica, incluindo o nitrogênio protéico propriamente dito e outros compostos nitrogenados não-protéicos, como aminas, amidas, lecitinas, nitrilas e aminoácidos (SILVA & QUEIROZ, 2009). No entanto, o teor de nitrogênio presente no alimento pode variar com o tipo de proteína (Tabela 2). Verifica-se que existem diferenças na porcentagem de

14 8 nitrogênio nas diversas fontes de proteína, porém, estes valores não são comumente utilizados. O fator 6,25 é aceito pela comunidade científica que trabalha em nutrição animal (BERTECHINI, 2006). Além do método Kjeldahl existem outras metodologias para determinação de nitrogênio total como o método descoberto por Dumas (1831), que consiste em aquecer a amostra a ºC, e depois medir o volume nitrogênio gasoso. O método de Dumas apresenta vantagens em relação ao método Kjeldahl, pois analisa as amostras (de até quatro gramas) em apenas quatros minutos, sem utilizar reagentes corrosivos, quentes ou ácidos. TABELA 2- Fatores de conversão do nitrogênio para proteína de diversos alimentos. Alimentos Fator Arroz 5,95 Aveia, trigo 5,83 Algodão, girassol 5,30 Farinha de sangue 5,80 Leite 6,38 Milho 6,25 Soja 5,71 Sorgo 6,25 Fonte: adaptado de Bertechini, Extrato etéreo (EE) O extrato etéreo é definido como todas as substâncias extraídas pelo éter (ou clorofórmio): triglicerídeos, ácidos graxos livres, colesterol, lecitina, clorofila, álcoois voláteis, resinas e pigmentos. Os lipídeos pertencem a um grupo de substâncias que são extraídas por solventes orgânicos e são comumente chamados de extrato etéreo. Além de reserva energética, os lipídeos desempenham outras funções, por exemplo, estrutural (componente das membranas celulares) e hormonal (BETERCHINI, 2006).

15 9 As gorduras ou lipídios são substâncias insolúveis em água, porém solúvel em éter, clorofórmio, benzeno e outros solventes orgânicos chamados de extratores. Gorduras, óleos, pigmentos e outras substâncias gordurosas solúveis contidas em uma amostra seca são dissolvidos através da extração com o éter, o qual é evaporado desta solução gordurosa. O éter usado no processo é aquecido até tornar-se volátil e ao condensar-se, circula sobre a amostra em análise, arrastando toda a fração gordurosa e demais substâncias solúveis em éter. Este é recuperado em outro recipiente, enquanto a gordura extraída é calculada por diferença de pesagem (SILVA & QUEIROZ, 2009). Considera-se que um grama de gordura produz 9,35 kcal de energia bruta, quando medida em bomba calorimétrica, o que corresponde à aproximadamente, 9 kcal de energia metabolizável (EM). Os alimentos com maior teor de gordura têm valores energéticos mais altos, pelo fato dos lipídeos fornecerem 2,25 vezes mais energia do que os carboidratos (SILVA & QUEIROZ, 2009). O teor de gordura nos alimentos também influencia no armazenamento dos produtos, uma vez que a gordura dos alimentos constitui uma fração instável e é passível de rancificação Fibra Bruta (FB) De acordo com SILVA & QUEIROZ (2009), o termo fibra bruta (FB) é a parte dos carboidratos resistentes ao tratamento sucessivo com ácido e base diluídos, representando a grande parte da fração fibrosa dos alimentos. TEIXEIRA (2003), cita que a FB é composta principalmente de celulose com pequenas quantidades de lignina e hemicelulose, sendo a celulose a maior fração. Existem vários métodos para a determinação da fibra e da qualidade dos alimentos, porém é necessário avaliar as limitações do método a ser empregado em sua determinação. O método de Weende determina a FB através do uso de uma amostra seca e desengordurada a uma digestão ácida com ácido sulfúrico diluído e uma digestão alcalina com hidróxido de sódio diluído, com isso tenta-se reproduzir o que usualmente ocorre no estômago e intestino dos animais.

16 10 Nesta fase ocorrem à remoção de proteínas, açúcares e amido, deixando como resíduos: celulose e outros componentes polissacarídeos, além da matéria mineral. Na etapa seguinte incinera-se o resíduo restando à matéria mineral. A diferença entre as duas etapas constitui-se no que convencionalmente se chama de fibra bruta (SILVA & QUEIROZ, 2009). Outros métodos surgiram para melhorar as definições das frações obtidas pelo método de Weende e entre elas a fibra bruta foi fracionada por Van Soest e Wine (1967) em fibra detergente neutro (FDN), fibra detergente ácido (FDA) e lignina. Segundo WARPECHOWSKI (1996), tem sido adotado duas definições de fibra da dieta: definição química e fisiológica. A definição química considera a soma de polissacarídeos não amiláceos insolúveis (celulose, hemicelulose), polissacarídeos não amiláceos solúveis (arabinoxilanos, β-glucanos e pectinas) e lignina. A definição fisiológica considera todos os componentes da dieta resistentes a degradação por enzimas endógenas de mamíferos (extensível as aves), considerando esta uma definição mais ampla, pois inclui os oligossacarídeos de reserva e qualquer componente resistentes à digestão enzimática endógena (amido resistente, proteína da parede celular, etc.). O principal problema quando se determina FB é a quantidade variável de lignina que ocorre nos alimentos, a qual não é digestível, e que é removida pela solução alcalina (básica) durante esta determinação. Esta lignina removida juntamente com a hemicelulose vai fazer parte da fração extrato não nitrogenado (ENN), que tem digestibilidade maior que a fibra bruta. No entanto, em vários casos, a digestibilidade do ENN é inferior à da FB face à grande contaminação com lignina, principalmente (SILVA & QUEIROZ, 2009). A fibra da dieta exerce vários efeitos metabólicos e fisiológicos no organismo animal, sendo diferenciados conforme as frações que a constituem, solúvel ou insolúvel. Esses efeitos podem ser decorrentes de alterações em funções fisiológicas, como a taxa de excreção endógena e a passagem do alimento pelo trato gastrintestinal, alterações no bolo alimentar e digesta, tais como a capacidade de hidratação, o volume, o ph e a fermentabilidade ou ainda, por alterações nas populações e na atividade da microbiota intestinal (VAN SOEST, 1994).

17 11 Segundo BERTECHINI (2006), as aves possuem baixa capacidade de digerir materiais fibrosos devido à reduzida microflora existente no trato digestório, sendo que as dietas devem ser concentradas. Estima-se que aves adultas são capazes de digerir até 25% da fibra da ração, principalmente no ceco (Tabela 3). TABELA 3- Digestibilidade da fração fibra bruta de diversos alimentos para aves. Alimento % Fibra Bruta Digestibilidade (%) Aveia 11,3 7 Cevada 5,5 11 Milho 1,9 13 Trigo 2,5 9 Fonte: adaptado de Bertechini, 2006 Segundo HETLAND et al. (2004), a fibra na dieta pode ser considerada um componente diluidor da energia metabolizável, além de possuir efeitos antinutricionais, dependendo de sua solubilidade, relacionados com a diminuição do aproveitamento de nutrientes presentes nas dietas. Outra característica relacionada ao alto nível de fibra nas rações de frangos de corte é o aumento da umidade da cama provocada pela maior produção de excretas pelas aves. As fibras podem ser classificadas de acordo com sua estrutura e solubilidade em água. Quanto à estrutura, grande parte das fibras pertence ao grupo de polissacarídeos, podendo ser carboidrato estrutural, que incluem os constituintes da parede celular, ou carboidratos não estruturais, que incluem os carboidratos presentes no conteúdo celular. Com base na sua solubilidade em água, as fibras podem ser classificadas em solúveis e insolúveis. Na fração insolúvel da fibra encontram-se a lignina, os polissacarídeos não amiláceos (PNA) celulose e hemiceluloses insolúveis, os taninos, as cutinas e outros compostos minoritários, enquanto que na fração solúvel da fibra são encontradas as hemiceluloses solúveis e as substâncias pécticas (VAN SOEST et al., 1991). Geralmente a fibra da dieta é considerada como parte dos componentes remanescentes da extração com solução de detergente neutro,

18 12 conhecida como fibra em detergente neutro (FDN), de acordo com o método descrito por VAN SOEST & WINE (1967). O aumento nos teores de fibra insolúvel na dieta pode provocar diminuição no tempo de passagem da digesta pelo trato gastrintestinal, podendo ser decorrente da estimulação física da fibra insolúvel sobre as paredes do trato gastrintestinal (TGI), que tende a aumentar a motilidade e a taxa de passagem. O aumento dos teores desta fração provoca também diluição da energia da dieta, levando a um aumento compensatório no consumo para que atinja os níveis energéticos exigidos para o crescimento, desenvolvimento e produção (WARPECHOWSKI, 1996). De acordo com LARBIER & LECLERQ (1994), o aumento da fibra insolúvel na dieta aumenta linearmente a excreção endógena de nitrogênio e a massa bacteriana na excreta, deduzindo-se que o consumo de fibra insolúvel pode causar aumento na quantidade de substratos endógenos e exógenos, disponíveis à fermentação bacteriana na região do ceco. O teor de fibra solúvel na dieta está associado a uma maior viscosidade da dieta, o que contribui para um trânsito mais lento da digesta no TGI e com efeitos negativos sobre o desempenho animal (BEDFORD & CLASSEN 1992). Esse aumento da viscosidade dificulta a ação de enzimas e sais biliares no bolo alimentar, reduzindo a digestão e absorção dos nutrientes. A disponibilidade dos nutrientes nos alimentos é freqüentemente limitada pela presença de fatores antinutricionais. De acordo com THORPE & BEAL (2001), trata-se de fatores com efeitos depressivos sobre a digestão e utilização de proteínas, carboidratos, minerais e vitaminas. Estes fatores, por exemplo, podem diminuir ou aumentar a exigência de vitaminas para o animal ou mesmo estimular o sistema imune e causar danos por reação de hipersensibilidade. A maioria das dietas de frangos de corte, no Brasil, são constituídas de alimentos de origem vegetal, entre eles os mais utilizados são o milho e o farelo de soja. Contudo, esses alimentos apresentam constituintes que são indigeríveis pelas aves, entre eles, os polissacarídeos não amiláceos (PNAs) e o ácido fítico que são de grande importância.

19 13 LIMA et al. (2007) afirmam que o termo polissacarídeos não amiláceos (PNAs) vem sendo freqüentemente utilizado para se referir à fibra bruta. Os componentes da fibra dos grãos são basicamente PNA s, no qual fazem parte da estrutura da parede celular e não podem ser digeridos pelas aves, devido à natureza de suas ligações, sendo resistentes à hidrólise no trato digestivo (CONTE et al., 2002). A classificação de carboidratos em estruturais e não estruturais referese à função desempenhada nas plantas. Os carboidratos estruturais são encontrados na parede celular dos vegetais e fornecem o suporte físico necessário para o crescimento das plantas. A parede celular é composta de pectina, celulose, hemicelulose, lignina, complexos fenólicos e proteína (MERTENS, 1996). Os carboidratos não estruturais estão localizados no conteúdo celular e são encontrados em maior concentração nas sementes, folhas e hastes. Representam as reservas de energia usadas para reprodução, crescimento e sobrevivência durante períodos de estresse (MERTENS, 1996) Extrativos não nitrogenados (ENN) Segundo TEIXEIRA (2003), cerca de 75% da energia provém dos carboidratos, sendo que, para os herbívoros, 25% são extrativos não nitrogenados e o restante fibra bruta. Os extrativos não nitrogenados da dieta são constituídos pelos açucares e amido dos alimentos. A divisão dos carboidratos do alimento em fibra bruta e extratos não nitrogenados, pelas análises comuns realizadas em laboratórios, é bastante empírica. Dependendo do tipo de alimento, uma parte da lignina e da celulose podem estar presentes nos extrativos não nitrogenados. A lignina é de natureza puramente estrutural e, se presente nos extrativos não nitrogenados, diminui seu potencial energético. Os ENN são obtidos por meio de cálculos e são constituídos pelos açucares, amidos, dextrinas, hemiceluloses, e variavelmente lignina. Essa fração do esquema de Weende corresponde predominantemente aos carboidratos mais

20 14 digestíveis, ou como se diz comumente, carboidratos solúveis (PEIXOTO & MAIER, 1993). Na maioria dos vegetais, com exceção das sementes oleaginosas, o carboidrato é em geral o principal componente (Tabela 4). Na análise proximal dos alimentos, a fração carboidrato é representada por açúcares solúveis (extrativo não nitrogenado) e fibra bruta que representa os carboidratos estruturais (BERTECHINI, 2006). TABELA 4- Conteúdo de carboidratos de alguns ingredientes de origem vegetal (%). Fontes ENN FDA FDN Farelo de soja 45% 31,50 8,16 13,86 Farelo de trigo 53,50 13,85 40,59 Milho 72,08 3,54 11,75 Soja integral extrusada 24,00 11,40 15,70 Sorgo BT * 71,05 5,90 10,03 * Baixo tanino Fonte: adaptado de Bertechini, 2006 Para obtenção dos valores dos ENN é realizado o seguinte cálculo: ENN = (% umidade + % PB + % FB + % EE + % MM) A determinação do ENN, por seu cálculo, se ressente de todas as imprecisões pessoais e imperfeições inerentes às outras determinações laboratoriais, ou seja, acumula todos os erros que por ventura foram cometidos (SILVA & QUEIROZ, 2009) Método de Van Soest O método de VAN SOEST (1967) divide os componentes da amostra analisada em conteúdo celular, que compreende as frações solúveis em detergente neutro, conforme preconiza o método e se tornou rotina freqüente nos laboratórios de análises de alimentos (BERCHIELLI et al., 2001).

21 Fibra em detergente neutro (FDN) O método para determinação do teor de fibra em detergente neutro dos alimentos foi desenvolvido no início da década de 60, com o trabalho publicado por GOERING & VAN SOEST (1970). Desde então, várias modificações ao longo do tempo foram realizadas (VAN SOEST et al., 1991). Os reagentes usados para análise de FDN (VAN SOEST & WINE, 1967) não dissolvem as frações indigestíveis ou lentamente digestível dos alimentos, sugerindo que esse método mede com mais acurácia as características nutricionais associadas à fibra. A parede celular é chamada de fibra em detergente neutro (FDN) e inclui proteínas insolúveis, hemicelulose e lignocelulose que engloba, principalmente, as frações de lignina e celulose. Sob o aspecto nutricional, o método de Van Soest separa melhor os diversos componentes das frações fibrosas dos alimentos. JERACI & VAN SOEST (1990) consideram a FDN uma medida eficiente da fibra insolúvel da dieta que melhor representa a fração do alimento de digestão lenta ou indigestível, e que esta função poderia ser uma medida importante para caracterização de dietas para aves. Porém, o maior inconveniente do método é a solubilização das substâncias pécticas, pectinas e β- glucanas, que são substâncias freqüentemente presentes na parede celular vegetal. No sistema detergente a amostra é exposta primeiramente ao detergente neutro (ph 7). Após a exposição ao detergente neutro, realiza-se uma filtragem que separa o conteúdo celular, solúvel, da parede celular ou fibra em detergente neutro. O conteúdo celular contém amido, proteínas, lipídeos e outros compostos com alta digestibilidade. Portanto, a fibra em detergente neutro é composta por: hemicelulose, celulose e lignina. A fibra em detergente neutro é uma medida do conteúdo total de fibra insolúvel do alimento e constitui o parâmetro mais utilizado para o balanceamento de dietas uma vez que interfere na qualidade da mesma.

22 Fibra em detergente ácido (FDA) A determinação da fibra em detergente ácido (FDA) foi desenvolvida para evitar a solubilização lignina que ocorre no método da fibra bruta. Esse método não utiliza álcali para isolar a fibra, propondo detergente ácido específico a fim de solubilizar o conteúdo celular e as hemiceluloses, obtendo um conteúdo insolúvel em detergente ácido, denominado fibra em detergente ácido. Desta forma, a FDA isola, principalmente, a celulose e a lignina com contaminação de pectina, cinzas e compostos nitrogenados, principalmente os produzidos pela reação de Maillard, sendo estes resíduos a porção menos digerível pelos microrganismos presentes no trato digestório de alguns animais. A determinação de FDA é importante quando se deseja avaliar a digestibilidade, pois o teor de FDA nos alimentos possui alta correlação positiva com a digestibilidade da matéria seca. Na Figura 2 podem ser observadas as principais diferenças entre determinação de fibra bruta pelo método de Weende e de FDN e FDA pelo método de Van Soest. Método de Weende Fração química Método de Van Soest Matéria mineral (1) * Extrato etéreo Proteína bruta Extrato não nitrogenado Fibra bruta Matéria mineral (2) * Matéria mineral solúvel Lipídeos, pigmentos, etc. Proteínas, aminoácidos Açucares, amido e pectina Álcali solúvel Álcali insolúvel Hemicelulose Celulose Lignina Cinza insolúvel (Sílica) Conteúdo celular (Solúveis em detergente neutro) FDA * Matéria mineral total do método de Weende = MM (1) + MM (2) FIGURA 2- Comparação entre os métodos de Weende e Soest. Fonte: Branco (2006) Parede celular FDN

23 17 3 Metodologias de avaliação energética dos alimentos O conhecimento do valor energético dos alimentos é de fundamental importância nutricional e econômica, para a formulação de rações que resultem em ótimo desempenho dos animais. A energia liberada da oxidação dos alimentos, assim como a oriunda do metabolismo energético como calor produzido, é expressa em caloria (cal) o joule (J). Uma caloria é definida como a quantidade de calor necessária para elevar um grama de água de 14,5 C a 15,5 C, um joule equivale a 0,239 cal, ou seja, uma caloria é igual a 4,18 joules (SAKOMURA & ROSTAGNO, 2007). Todos os alimentos possuem sua fração energética, geralmente representada pelo teor de lipídios e carboidratos presentes, sendo esta denominada de energia bruta dos alimentos. Praticamente todo o metabolismo de energia corpóreo gera o que se denomina de incremento calórico, sendo este o principal responsável pela homeostase da temperatura corpórea (LARBIER & LECLERQ, 1994). A energia bruta (EB) é o produto da oxidação total da matéria orgânica de uma ração ou de um alimento medida em bomba calorimétrica (SAKOMURA & ROSTAGNO, 2007). Os carboidratos fornecem 3,7 kcal/g (glicose) e 4,2 kcal/g (amido); as proteínas 5,6 kcal/g e as gorduras 9,4 kcal/g de EB, respectivamente (NRC, 1998). A energia digestível (ED) representa a energia do alimento que é absorvida após o processo de digestão nos animais. É determinada pela diferença entre a EB do alimento consumido e a energia bruta das fezes. Para aves, essa forma de energia não é usualmente utilizada em virtude da dificuldade de separar as fezes da urina. A energia metabolizável (EM) é a forma mais utilizada para formulação de rações avícolas, sendo obtida pela diferença entre EB do alimento e a EB das excretas (fezes e urina) e dos gases oriundos da digestão (insignificantes em aves). Considerando que a energia perdida na forma de gases nos monogástricos é muito baixa, tem sido desprezada nos cálculos da energia metabolizável (SAKOMURA & ROSTAGNO, 2007).

24 18 Para as aves, a EM pode ser determinada e expressa como energia metabolizável aparente (EMA), energia metabolizável verdadeira (EMV), energia metabolizável aparente corrigida para o balanço de nitrogênio (EMAn) ou energia metabolizável verdadeira corrigida para o balanço de nitrogênio (EMVn). O método mais utilizado para a determinação da EMA é o tradicional de coleta total de excretas, descrito por SIBBALD & SLINGER (1963), que considera a quantidade de energia consumida subtraída da quantidade de energia excretada pelas aves. Porém, existem outras metodologias para determinar a energia dos alimentos em aves como: metodologia da alimentação precisa proposta inicialmente por SIBBALD (1976), uso de indicadores com o intuito de relacionar substâncias indigestíveis presentes nos alimentos e nas excretas proposto por KOBT & LUCKEY (1972), equações de predições (método indireto) e o sistema NIRS (near infrared spectroscopy), sendo que este fornece apenas dados de EB para os ingredientes analisados. O sistema NIRS para determinação dos componentes químicos dos alimentos tem sido usado como rotina nos laboratórios nos últimos anos. O princípio do NIRS foi desenvolvido por Karl Norris no início da década de 70. O sistema tornou-se uma técnica de laboratório ideal por ser rápida, não necessitar de reagentes químicos e não produzir resíduos. Além disso, não há necessidade de preparar as amostras e vários nutrientes podem ser analisados ao mesmo tempo. A técnica é uma integração de espectroscopia de luz, estatística e ciência da computação. Modelos matemáticos são construídos para relacionar a composição dos grupos químicos ativos à absorção de energia na região do espectro do infravermelho próximo ( nm). Nessa região, são medidas vibrações de átomos de hidrogênio ligados ao nitrogênio, oxigênio e carbono (SAKOMURA & ROSTAGNO, 2007). No cálculo da EMA considera que toda energia das fezes e urina é derivada do alimento. Entretanto, a energia fecal é proveniente de resíduos do alimento não digerido e da energia metabólica oriunda da bile, escamações das células da parede intestinal e suco digestivo (SIBBALD & WOLYNETZ, 1984), assim como a energia da urina compreende a energia de origem alimentar que não foi utilizada, energia endógena de subprodutos nitrogenados dos tecidos, e a

25 19 metabólica de subprodutos nitrogenados do metabolismo protéico (SIBBALD, 1987). A EMA pode ser corrigida segundo a quantidade de nitrogênio excretado, objetivando comparar animais em estados fisiológicos distintos, esta se denomina de EMAn. Sabe-se que o balanço de nitrogênio (BN) é obtido quantificando o teor de nitrogênio ingerido versus o excretado, este resultado é multiplicado por uma constante 8,22 kcal/g de nitrogênio retido pelo animal. O fator de 8,22 é utilizado para aves pois representa a energia equivalente do ácido úrico, quando este é completamente oxidado (NRC, 1981). HILL & ANDERSON (1958) relataram que essa correção é usada para contabilizar os efeitos variáveis de crescimento e de deposição de proteína corporal entre as aves. Segundo LOPEZ & LEESON (2007) o valor de correção é acrescentado à energia da excreta por cada grama de N retido, pois se o nitrogênio não tivesse sido retido, teria sido excretado como ácido úrico. Para NUNES (2003) é necessário corrigir os valores estimados de energia pelo BN, pois durante o ensaio de metabolismo é impossível assegurar que todas as aves apresentem a mesma taxa de crescimento. De acordo com NERY (2005) o nitrogênio retido como tecido, se catabolizado, contribuirá para as perdas de energia urinária endógena, portanto, variações na retenção de nitrogênio contribuirão para variações nos valores de EMA. A seguir tem-se as fórmulas para o cálculo da EMA e EMAn: EMA = Ebing - Efec Euri MS ingerida Onde: EMA = Energia Metabolizável Aparente; Ebing = Energia bruta ingerida; Eexc = Energia fecal; Euri = Energia urinária; MS = Matéria seca ingerida.

26 20 EMAn = EMA - (BN x 8,22) Onde: EMAn = Energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio; EMA = Energia metabolizável aparente; BN = Balanço de nitrogênio. A EMV é obtida pela diferença entre a EB do alimento consumido e a energia bruta da excreta (fezes e urina), corrigida pelas perdas de energia fecal metabólica e urinária endógena. A seguir tem-se as fórmulas para o cálculo da EMV: EMV = Ebing - (Ebexc + EFm + EUe) Onde: EMV = Energia metabolizável verdadeira; Ebing = Energia bruta ingerida; Ebexc = Energia bruta excretada; Efm = Energia fecal metabólica; EUe = Energia urinária endógena. Da mesma forma a EMV pode ser corrigida pelo BN gerando a EMVn, tendo como base o cálculo demonstrado para a EMAn. CAFÉ (1993) comparou os sistemas de EMAn e EMVn (Tabela 5) através de ensaios realizados com galos pelo método de coleta total e pela técnica da alimentação forçada ou precisa (SIBBALD, 1976). No método de coleta total, no qual o consumo das dietas experimentais é ad libitum, verificou-se que as diferenças entre os valores de EMAn e EMVn das sojas foram pequenas, o que indica que neste método a correção das perdas endógenas e metabólicas são pequenas ou inexpressivas (Tabela 5). Porém, quando o autor comparou os valores de EMAn e EMVn obtidos pela técnica de alimentação forçada, com o consumo fixo de 30 g, as diferenças foram maiores. Os menores valores de EMAn foram explicados por não se levar

27 21 em consideração as perdas endógenas e metabólicas. Concluindo que quando o consumo de alimento é baixo, a produção de excretas também é menor, o que faz necessários que sejam feitas as devidas correções para as perdas endógenas e metabólicas para a obtenção de dados mais exatos da EM. TABELA 5- Valores obtidos de energia metabolizável aparente (kcal/kg MS), corrigida para o balanço de nitrogênio (EMAn) e energia metabolizável verdadeira, corrigida para o balanço de nitrogênio (EMVn) pelo método de coleta total e pela técnica de alimentação forçada com galos. Sojas Coleta total Alimentação forçada EMAn EMVn Diferença EMAn EMVn Diferença Farelo + óleo Micronizada Tostada Média Fonte: adaptado de Café, 1993 Segundo SIBBALD & WOLYNETZ (1984), com baixos consumos, a EMV superestima a energia dos alimentos, enquanto a EMA os subestima. Entretanto, os valores de EMA e de EMV tendem a ser similares quando o consumo é elevado. A recomendação nutricional do NRC (1994) apresenta um valor único de EM para cada ingrediente. Ou seja, esta recomendação não considera mudanças na digestibilidade das aves nos diferentes estágios de crecimento. A padronização de um único valor de EMAn para todas as categorias de aves tem gerado diversas discussões entre os pesquisadores. Segundo PENZ JR. et al. (1999), independente da categoria da ave utilizada no estudo, os valores de EMA dos alimentos quando corrigidos pelo BN no método tradicional, tendem a ser similares. Porém, de acordo com BATAL & PARSONS (2002), aves jovens são menos eficientes na utilização dos nutrientes dos alimentos, especialmente durante os primeiros 7 a 10 dias pós-eclosão. Estes autores afirmam ainda que a

28 22 partir dos 14 dias de idade, as aves atingem a maturidade fisiológica e conseqüentemente, conseguem utilizar de modo mais eficaz a energia das rações. Fato este comprovado por BRUMANO et al. (2006), que relataram que aves jovens possuem menor capacidade de digestão e absorção dos nutrientes, visto que o sistema digestório encontra-se ainda em desenvolvimento. Com o passar do tempo as aves desenvolvem plenamente o sistema digestório e passam à produzir maior quantidade de enzimas e secreções gástricas, levando a um melhor aproveitamento dos alimentos. Com o intuito de avaliar o efeito da formulação de rações para frangos de corte, utilizando valores de EM dos alimentos determinados por diferentes métodos (coleta total e alimentação forçada) FREITAS et al. (2006) concluíram que as rações para frangos de corte até 21 dias de idade devem ser formuladas considerando-se os valores de EMAn dos alimentos determinada com pintos. Contudo, para frangos de corte com idade acima de 21 dias, deve-se utilizar valores de EMAn ou EMVn determinados com galos na formulação das rações. SAKOMURA et al. (2004a), avaliando o efeito da idade dos frangos sobre a atividade enzimática e digestibilidade da energia, concluíram que o aproveitamento da energia dos alimentos foi afetado pela idade em função da dependência da produção das enzimas digestivas, sendo os valores de EMAn menores na primeira semana de vida das aves (Tabela 6). TABELA 6- Valores de energia metabolizável aparente corrigida (kcal/kg MS) Sojas das sojas, determinadas em cada idade das aves. Idades (dias) Farelo + óleo 3.883a 3.756b 4.151b 3.956b 3.699a Tostada 3.724a 3.749b 3.893b 3.796b 3.659a Extrusada 4.079a 4.149a 4.960a 4.459a 3.975a Ração referência 2.906b 2.957c 3.045c 3.076c 3.077b Média Médias na coluna seguidas de letras diferentes são diferentes (P<0,05) pelo teste de Tukey. Fonte: adaptado de Sakomura et al., 2004a

29 23 4 Metodologias de avaliação aminoacídica dos alimentos O conhecimento preciso da composição de aminoácidos dos alimentos é um dos principais fatores para o êxito da formulação de dietas balanceadas. Os aminoácidos essenciais estão entre os nutrientes que mais impactam o desempenho animal. Por isso, é de fundamental importância o conhecimento da composição aminoacídica dos alimentos, bem como do seu aproveitamento pelos animais (SAKOMURA & ROSTAGNO, 2007). Sabe-se que as quantidades de aminoácidos digestíveis nos alimentos são substancialmente menores que a quantidade total e, associado a isto, o desenvolvimento de ensaios de digestibilidade mais rápidos, bem como o aperfeiçoamento daqueles já existentes, tornou possível a condução de maior número de pesquisas sobre este assunto (PARSONS, 1996). 4.1 Digestibilidade aparente e digestibilidade verdadeira dos aminoácidos A digestibilidade aparente é definida como sendo a diferença entre a quantidade de aminoácido consumida e quantidade destes nas fezes ou digesta ileal. Já a digestibilidade verdadeira é determinada pela diferença entre a quantidade de aminoácido consumida e nas fezes ou digesta ileal, sendo consideradas as perdas endógenas dos aminoácidos que são subtraídas da quantidade total de aminoácidos presentes nas fezes ou digesta ileal (SAKOMURA & ROSTAGNO, 2007). A avaliação da digestibilidade pode ser feita por duas metodologias, pela coleta total (excreta) e pela coleta ileal (digesta). Na coleta total, a excreta é influenciada pela microbiota cecal que modifica o perfil aminoacídico, pela perda endógena e metabólica. A dificuldade em separar urina de fezes sem intervenção cirúrgica torna a determinação da digestibilidade dos aminoácidos mais complexa e com poucas certezas de quanto à digestão cecal contribui para a nutrição (LEESON & SUMMERS, 2001). As perdas endógenas podem ser determinadas utilizando-se animais em jejum (SIBBALD, 1976) ou fornecendo dietas livres de nitrogênio (ROSTAGNO et al., 1973, PAPADOPOULOS et al., 1986). Entretanto, PARSONS

30 24 et al. (1982) ressalta que a produção de aminoácidos, nas aves em jejum, pode ser inferior a das aves alimentadas e essa variação pode levar a erros nos valores de digestibilidade, principalmente quando o alimento possui baixa concentração de aminoácidos. PERTILLA et al. (2002), avaliando a digestibilidade de alimentos protéicos (farelo de soja, colza e farinha de carnes e ossos) e a formulação com base em aminoácidos totais ou digestíveis, observaram que frangos de corte alimentados com dietas formuladas com base na lisina digestível apresentaram melhor ganho de peso e composição de carcaça que as aves alimentadas com aminoácidos totais. 4.2 Disponibilidade e digestibilidade dos aminoácidos A disponibilidade dos aminoácidos inclui os processos de digestão, absorção e metabolismo ou utilização dos mesmos. De acordo com SAKOMURA & ROSTAGNO (2007), a disponibilidade de aminoácidos é definida como sendo a quantidade de aminoácidos absorvidos e utilizados pelos animais. Pode ser determinada em ensaios de crescimento, ou seja, sua utilização é avaliada pelo crescimento dos animais. Já a digestibilidade é determinada pela diferença entre a quantidade de aminoácidos consumida e a excretada nas fezes. Em aves, determina-se os aminoácidos metabolizáveis, pois os aminoácidos da urina estão incluídos no cálculo. A digestibilidade é determinada com base no local em que é realizada a coleta de material, ou seja, pode ser pelo método da coleta de excretas total ou coleta ileal, sendo esta última mais precisa do que a coleta total, visto que o conteúdo da dieta não sofre contaminação dos aminoácidos sintetizados pelas bactérias do ceco, conforme Figura 3. A disponibilidade e a digestibilidade dos aminoácidos podem ser determinadas de diversas maneiras, por meio de métodos de avaliação in vitro e in vivo. No método in vitro, a digestão biológica é simulada e os aminoácidos são avaliados após a ação de enzimas proteolíticas.

31 25 Proteína (AA) do alimento Digestão Aminoácidos não absorvidos Aminoácidos absorvidos Íleo (2) Catabolismo Síntese de proteínas Parte distal do intestino Urina Crescimento (1) Fezes (3) Excretas (4) (fezes e urina) 1- Local para avaliar a disponibilidade dos aminoácidos 2- Local de medida da digestibilidade ileal dos aminoácidos 3- Local para medir a digestibilidade fecal dos aminoácidos 4- Local de avaliação da digestibilidade na excreta FIGURA 3- Locais onde são avaliados o aproveitamento dos aminoácidos nos animais monogástricos Fonte: adaptado de Sakomura & Rostagno, 2007 A maior desvantagem deste método ocorre, pois não é possível reproduzir as condições complexas e dinâmicas que ocorrem no trato digestório do animal. Porém, os ensaios in vivo ou biológicos são considerados mais precisos para avaliar a digestibilidade de aminoácidos dos alimentos, dentre eles se destacam: o método da alimentação forçada com galos inteiros ou cecectomizados, a alimentação ad libitum com galos ou pintos intactos para determinar a digestibilidade ileal e a coleta total de excretas com pintos (BRUMANO et al., 2006).

32 Métodos para determinar digestibilidade dos aminoácidos com aves A determinação da digestibilidade dos aminoácidos é realizada, estimando-se a fração de aminoácidos da ração que é degradada durante a passagem pelo intestino das aves. As técnicas mais utilizadas com aves têm sido uma adaptação daquela descrita por SIBBALD (1976), para determinação da EMV, e o método de coleta ileal com o uso de indicadores Método da alimentação forçada com galos Este método tem sido bastante utilizado pelos pesquisadores para determinar a digestibilidade dos aminoácidos por ser uma técnica precisa, recomenda-se que a utilização de galos cecectomomizados a partir de 20 semanas de idade, de linhagens de corte ou postura conforme a técnica descrita por PUPA et al. (1998). Este ensaio tem a duração de 96 horas, sendo que nas primeiras 48 horas os galos são submetidos a um jejum para a limpeza do trato digestório e nas 48 horas subseqüentes eles são forçados a ingerir 30 gramas do alimento teste, normalmente fracionado em duas vezes (15g + 15g). A ingestão forçada é feita com o auxílio de uma sonda esofágica de dimensões e características específicas descritas por SIBBALD (1987), sendo introduzido diretamente no inglúvio das aves. Após a alimentação, é realizada a coleta de excretas durante 48 horas em intervalos de 12 horas. Recomenda-se a utilização de bolsas plásticas (sacos plásticos) que são presas à região pélvica dos galos para a coleta de excretas. No entanto, alguns problemas podem ocorrer quando são utilizados os ensaios in vivo, pois o período experimental é longo e oneroso e vários fatores podem interferir no resultado, sendo um deles a produção dos chamados aminoácidos exógenos, produzidos pela microflora localizada nos cecos (PUPA et al., 1998). A grande vantagem da utilização de animais cecectomizados é a garantia do resultado da avaliação da digestibilidade dos aminoácidos não ser

Introdução. Conceitos aplicados a alimentação animal. Produção animal. Marinaldo Divino Ribeiro. Nutrição. Alimento. Alimento. Nutriente.

Introdução. Conceitos aplicados a alimentação animal. Produção animal. Marinaldo Divino Ribeiro. Nutrição. Alimento. Alimento. Nutriente. Conceitos aplicados a alimentação animal Introdução Produção animal Marinaldo Divino Ribeiro EMV Depto de Produção ão Animal - UFBA Genética Sanidade Nutrição Alimento Susbstância que, consumida por um

Leia mais

NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO ANIMAL 1. HISTÓRICO E IMPORTANCIA DOS ESTUDOS COM NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO:

NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO ANIMAL 1. HISTÓRICO E IMPORTANCIA DOS ESTUDOS COM NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO: NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO ANIMAL 1. HISTÓRICO E IMPORTANCIA DOS ESTUDOS COM NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO: 1750 Europa com o início do processo da Revolução Industrial houve aumento da população nas cidades, com

Leia mais

Lisina, Farelo de Soja e Milho

Lisina, Farelo de Soja e Milho Lisina, Farelo de Soja e Milho Disponível em nosso site: www.lisina.com.br Veja como substituir uma parte do farelo de soja por Lisina Industrial e milho Grande parte dos suinocultores conhecem a Lisina

Leia mais

FARELO DE SOJA: PROCESSAMENTO E QUALIDADE

FARELO DE SOJA: PROCESSAMENTO E QUALIDADE Data: Janeiro/2001 FARELO DE SOJA: PROCESSAMENTO E QUALIDADE...A soja é uma das mais importantes culturas agrícolas mundiais, sendo sua produção destinada para a obtenção de óleo e farelo, pela indústria

Leia mais

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC FACULDADE DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: BROMATOLOGIA 2º/ 4 O PROFA. IVETE ARAKAKI FUJII. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO

Leia mais

Trato Digestivo do Suíno

Trato Digestivo do Suíno Trato Digestivo do Suíno Monogástrico onívoro com limitada fermentação pós-gástrica Estômago simples, incapaz de utilizar dietas ricas em forragem Incapaz de digerir algumas substâncias presentes em grãos,

Leia mais

3ªsérie B I O L O G I A

3ªsérie B I O L O G I A 3.1 QUESTÃO 1 Três consumidores, A, B e C, compraram, cada um deles, uma bebida em embalagem longa vida, adequada às suas respectivas dietas. As tabelas abaixo trazem informações nutricionais sobre cada

Leia mais

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E VALOR NUTRICIONAL DE ÓLEOS E GORDURAS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E VALOR NUTRICIONAL DE ÓLEOS E GORDURAS Data: Agosto/2003 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E VALOR NUTRICIONAL DE ÓLEOS E GORDURAS Óleos e gorduras são constituintes naturais dos ingredientes grãos usados nas formulações de rações para animais. Podem

Leia mais

Proteína: digestibilidade e sua importância na produção. Fabrizio Oristanio (Biruleibe)

Proteína: digestibilidade e sua importância na produção. Fabrizio Oristanio (Biruleibe) Proteína: digestibilidade e sua importância na produção Fabrizio Oristanio (Biruleibe) Introdução Evolução das estimativas protéicas a partir da década de 80 Método fatorial Manutenção Produção Sistemas

Leia mais

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA NUTRIÇÃO QUÍMICA CELULAR PROFESSOR CLERSON CLERSONC@HOTMAIL.COM CIESC MADRE CLÉLIA CONCEITO CONJUNTO DE PROCESSOS INGESTÃO, DIGESTÃO E ABSORÇÃO SUBSTÂNCIAS ÚTEIS AO ORGANISMO ESPÉCIE HUMANA: DIGESTÃO ONÍVORA

Leia mais

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO Aditivos alimentares são utilizados em dietas para bovinos de corte em confinamento com o objetivo

Leia mais

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE Profª Sandra Carvalho A carne magra: 75% de água 21 a 22% de proteína 1 a 2% de gordura 1% de minerais menos de 1% de carboidratos A carne magra dos diferentes animais de abate

Leia mais

Intestino delgado. Intestino grosso (cólon)

Intestino delgado. Intestino grosso (cólon) As fibras alimentares estão presentes nos alimentos de origem vegetal, englobando um conjunto de compostos que não podem ser digeridos pelas enzimas do nosso sistema gastrointestinal, não sendo por isso

Leia mais

Função orgânica nossa de cada dia. Profa. Kátia Aquino

Função orgânica nossa de cada dia. Profa. Kátia Aquino Função orgânica nossa de cada dia Profa. Kátia Aquino Vamos analisar! Funções Carboidratros (ou Glicídios) Energética: eles são os maiores fornecedores de energia para os seres vivos, principalmente a

Leia mais

O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes. João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal

O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes. João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal Você éo que você come(u)! Esta éuma visão do passado Vamos prever o futuro? Você

Leia mais

REGISTRO: Isento de Registro no M.S. conforme Resolução RDC n 27/10. CÓDIGO DE BARRAS N : 7898171287947(Frutas vermelhas) 7898171287954(Abacaxi)

REGISTRO: Isento de Registro no M.S. conforme Resolução RDC n 27/10. CÓDIGO DE BARRAS N : 7898171287947(Frutas vermelhas) 7898171287954(Abacaxi) Ficha técnica CHÁ VERDE COM CÓLAGENO, VITAMINA C E POLIDEXTROSE Pó para Preparo de Bebida a Base de Chá Verde, com Colágeno hidrolisado, vitamina C e polidextrose Sabor Abacaxi e frutas vermelhas REGISTRO:

Leia mais

Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade

Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade Documento de posição do Comité Consultivo Científico da ENSA Introdução As proteínas são um importante nutriente necessário para o crescimento

Leia mais

Recuperação. Células tecidos órgãos sistemas. - As células são as menores unidades vivas e são formadas por três regiões:

Recuperação. Células tecidos órgãos sistemas. - As células são as menores unidades vivas e são formadas por três regiões: Recuperação Capítulo 01 - Níveis de organização Células tecidos órgãos sistemas - As células são as menores unidades vivas e são formadas por três regiões: A- Membrana Plasmática - Revestimento da célula;

Leia mais

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS ECOLOGIA GERAL Aula 05 Aula de hoje: FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS Sabemos que todos os organismos necessitam de energia para se manterem vivos, crescerem, se reproduzirem e, no caso

Leia mais

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras MEIOS DE CULTURA Associação equilibrada de agentes químicos (nutrientes, ph, etc.) e físicos (temperatura, viscosidade, atmosfera, etc) que permitem o cultivo de microorganismos fora de seu habitat natural.

Leia mais

Efeitos do melhoramento genético e técnicas de processamento na utilização do. farelo de soja por suínos

Efeitos do melhoramento genético e técnicas de processamento na utilização do. farelo de soja por suínos Efeitos do melhoramento genético e técnicas de processamento na utilização do farelo de soja por suínos Ferdinando N. Almeida e Hans H. Stein Department of Animal Sciences, University of Illinois, EUA

Leia mais

Nutrientes. E suas funções no organismo humano

Nutrientes. E suas funções no organismo humano Nutrientes E suas funções no organismo humano O corpo humano necessita de uma série de substâncias básicas indispensáveis para a formação de tecidos, para obtenção de energia, para a realização de atividades

Leia mais

USO DE CONCENTRADOS PARA VACAS LEITEIRAS

USO DE CONCENTRADOS PARA VACAS LEITEIRAS USO DE CONCENTRADOS PARA VACAS LEITEIRAS Ivan Pedro de O. Gomes, Med.Vet., D.Sc. Professor do Departamento de Zootecnia CAV/UDESC. e-mail: a2ipog@cav.udesc.br A alimentação constitui-se no principal componente

Leia mais

CUIDADO NA FORMULAÇÃO DE DIETAS VEGETAIS OU COM SUBPRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL.

CUIDADO NA FORMULAÇÃO DE DIETAS VEGETAIS OU COM SUBPRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL. Data: Junho/2005 CUIDADO NA FORMULAÇÃO DE DIETAS VEGETAIS OU COM SUBPRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL. 1. Introdução Milho e farelo de soja são os principais ingredientes utilizados na formulação de rações para

Leia mais

IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO DESEMPENHO DAS AVES POEDEIRAS

IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO DESEMPENHO DAS AVES POEDEIRAS IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO DESEMPENHO DAS AVES POEDEIRAS ALEXANDRE DA SILVA SECHINATO Médico veterinário Pesquisador Tortuga Cia Zootecnica Agrária INTRODUÇÃO Ovo é um excelente alimento Alimento completo

Leia mais

VALOR NUTRITIVO DA CARNE

VALOR NUTRITIVO DA CARNE VALOR NUTRITIVO DA CARNE Os alimentos são consumidos não só por saciarem a fome e proporcionarem momentos agradáveis à mesa de refeição mas, sobretudo, por fornecerem os nutrientes necessários à manutenção

Leia mais

IESA-ESTUDO DIRIGIDO 1º SEMESTRE 8º ANO - MANHÃ E TARDE- DISCIPLINA: CIÊNCIAS PROFESSORAS: CELIDE E IGNÊS. Aluno(a): Turma:

IESA-ESTUDO DIRIGIDO 1º SEMESTRE 8º ANO - MANHÃ E TARDE- DISCIPLINA: CIÊNCIAS PROFESSORAS: CELIDE E IGNÊS. Aluno(a): Turma: IESA-ESTUDO DIRIGIDO 1º SEMESTRE 8º ANO - MANHÃ E TARDE- DISCIPLINA: CIÊNCIAS PROFESSORAS: CELIDE E IGNÊS Aluno(a): Turma: Querido (a) aluno (a), Este estudo dirigido foi realizado para que você revise

Leia mais

Alimentação da vaca leiteira

Alimentação da vaca leiteira Alimentação da vaca leiteira A exploração leiteira consiste em atividade de converter recursos alimentares em leite, cujo valor agregado é superior a matéria-prima original. Recursos alimentares: Volumosos

Leia mais

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS Porção de 100g (1/2 copo) Quantidade por porção g %VD(*) Valor Energético (kcal) 64 3,20 Carboidratos 14,20 4,73 Proteínas 1,30 1,73 Gorduras

Leia mais

Hidratos de Carbono. Monossacarídeo (Glicose) Polissacarídeo (Glicogénio) Dissacarídeo (Frutose + Glicose = Sacarose)

Hidratos de Carbono. Monossacarídeo (Glicose) Polissacarídeo (Glicogénio) Dissacarídeo (Frutose + Glicose = Sacarose) Hidratos de Carbono Os hidratos de carbono são compostos orgânicos, constituídos por carbono (C), hidrogénio (H) e oxigénio (O). São a principal fonte de energia para o movimento, trabalho e realização

Leia mais

Prescrição Dietética

Prescrição Dietética Prescrição Dietética Quantitativo Cálculo de Dietas Cálculo de dietas estimar as necessidades energéticas de um indivíduo (atividade física, estágio da vida e composição corporal) Necessidades energéticas

Leia mais

( ) Falta de vitamina D. Dificuldades em absorver o cálcio, provocando problemas para a calcificação dos ossos.

( ) Falta de vitamina D. Dificuldades em absorver o cálcio, provocando problemas para a calcificação dos ossos. NOME: ANO: 8º ENSINO: FUNDAMENTAL I TURMA: DATA: / / PROF(ª).:Sandra Medeiros ATIVIDADE DIAGNÓSTICA DE CIÊNCIAS 1. Questão Estabeleça relação entre as colunas. (a) Beribéri ( ) Falta de vitamina D. Dificuldades

Leia mais

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE EQUINOS

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE EQUINOS ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE EQUINOS Prof. Dr. João Ricardo Dittrich Universidade Federal do Paraná Departamento de Zootecnia ROTEIRO Particularidades anatômicas e fisiológicas. Características ambientais.

Leia mais

Utilização de dietas de alto concentrado em confinamentos

Utilização de dietas de alto concentrado em confinamentos Utilização de dietas de alto concentrado em confinamentos FMVZ Unesp Botucatu João Ricardo Ronchesel Henrique Della Rosa Utilização de dietas de alto concentrado em confinamentos Evolução do manejo nutricional

Leia mais

Matéria Orgânica do solo (m.o.s)

Matéria Orgânica do solo (m.o.s) Matéria Orgânica do solo (m.o.s) Objetivos Proporcionar conhecimentos básicos sobre a origem e dinâmica da m.o. do solo; Conhecer suas características e propriedades; Discutir como algumas propriedades

Leia mais

ALIMENTAÇÃO DE CORDEIROS LACTENTES

ALIMENTAÇÃO DE CORDEIROS LACTENTES ALIMENTAÇÃO DE CORDEIROS LACTENTES Mauro Sartori Bueno, Eduardo Antonio da Cunha, Luis Eduardo dos Santos Pesquisadores Científicos do Instituto de Zootecnia, IZ/Apta-SAA-SP CP 60, Nova Odessa-SP, CEP

Leia mais

A Vida no Solo. A vegetação de um local é determinada pelo solo e o clima presentes naquele local;

A Vida no Solo. A vegetação de um local é determinada pelo solo e o clima presentes naquele local; A Vida no Solo A Vida no Solo A vegetação de um local é determinada pelo solo e o clima presentes naquele local; O solo é constituído por alguns componentes: os minerais, o húmus, o ar, a água e os seres

Leia mais

Processos Fermentativos

Processos Fermentativos CONCEITOS Reações químicas x Reações Bioquímicas Processos químicos: Realizado entre compostos químicos usando-se catalisadores químicos. Processos Enzimáticos: Transformação química realizada por catalisadores

Leia mais

NUTRIÇÃO DE GATOS. DUTRA, Lara S. 1 ; CENTENARO, Vanessa B. 2 ; ARALDI, Daniele Furian 3. Palavras-chave: Nutrição. Gatos. Alimentação.

NUTRIÇÃO DE GATOS. DUTRA, Lara S. 1 ; CENTENARO, Vanessa B. 2 ; ARALDI, Daniele Furian 3. Palavras-chave: Nutrição. Gatos. Alimentação. NUTRIÇÃO DE GATOS DUTRA, Lara S. 1 ; CENTENARO, Vanessa B. 2 ; ARALDI, Daniele Furian 3 Palavras-chave: Nutrição. Gatos. Alimentação. Introdução Nutrição veterinária é a ciência que tem por objetivo descobrir

Leia mais

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS O fluxo de energia em um ecossistema é unidirecional e necessita de uma constante renovação de energia, que é garantida pelo Sol. Com a matéria inorgânica que participa dos ecossistemas

Leia mais

TRATAMENTO QUÍMICO DE RESÍDUOS AGRÍCOLAS COM SOLUÇÃO DE URÉIA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES

TRATAMENTO QUÍMICO DE RESÍDUOS AGRÍCOLAS COM SOLUÇÃO DE URÉIA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES TRATAMENTO QUÍMICO DE RESÍDUOS AGRÍCOLAS COM SOLUÇÃO DE URÉIA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES INTRODUÇÃO Onaldo Souza 1 Mariah Tenório de Carvalho Souza 2 Izabele Emiliano dos Santos 3 Cereal é a denominação

Leia mais

Sistemas do Corpo Humano

Sistemas do Corpo Humano Sistemas do Corpo Humano Sistema Digestório consegue energia e matéria prima. Cada órgão tem uma função específica no processo de transformação dos alimentos O QUE É UM SISTEMA????? Sistema Digestório

Leia mais

Os cereais. Trigo Arroz Centeio Milho Aveia Cevada Sorgo

Os cereais. Trigo Arroz Centeio Milho Aveia Cevada Sorgo Trigo Arroz Centeio Milho Aveia Cevada Sorgo O que são Cereais Integrais? São cereais que não foram processados. Consistem no gérmen, endosperma e casca. Endosperma: Constitui aproximadamente 83% do peso

Leia mais

Características da Carne de Frango

Características da Carne de Frango Características da Carne de Frango Katiani Silva Venturini 1 (e-mail: katiani_sv@hotmail.com) Miryelle Freire Sarcinelli 1 (e-mail: miryelle@hotmail.com) Luís César da Silva 2 (website: www.agais.com)

Leia mais

VITAMINAS. COMPOSTOS ORGÂNICOS, NECESSÁRIOS EM QUANTIDADES PEQUENAS -mg, µg/ DIA;

VITAMINAS. COMPOSTOS ORGÂNICOS, NECESSÁRIOS EM QUANTIDADES PEQUENAS -mg, µg/ DIA; VITAMINAS COMPOSTOS ORGÂNICOS, NECESSÁRIOS EM QUANTIDADES PEQUENAS -mg, µg/ DIA; ESSENCIAIS PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE, CRESCIMENTO NORMAL E REPRODUÇÃO. DEFICIÊNCIA VITAMÍNICA em 1987: NPT = MORTE VITAMINAS

Leia mais

2011 Evialis. Todos os direitos reservados uma marca

2011 Evialis. Todos os direitos reservados uma marca Comprometida com a busca constante por soluções e inovações tecnológicas em nutrição animal que melhorem produção e rentabilidade nas produções rurais, a Socil anuncia uma grande novidade. uma marca A

Leia mais

Suplementação de amilase e fitase em dietas a base de milho e farelo de soja e seus efeitos sobre o desempenho de poedeiras leves.

Suplementação de amilase e fitase em dietas a base de milho e farelo de soja e seus efeitos sobre o desempenho de poedeiras leves. Suplementação de amilase e fitase em dietas a base de milho e farelo de soja e seus efeitos sobre o desempenho de poedeiras leves. Tiago Antônio dos SANTOS 1 ; Adriano GERALDO 2 ; Luiz Carlos MACHADO 3

Leia mais

SUMÁRIO MÓDULO 6 ALIMENTOS E NUTRIENTES ATIVIDADE 1 (PÁGINA 221)

SUMÁRIO MÓDULO 6 ALIMENTOS E NUTRIENTES ATIVIDADE 1 (PÁGINA 221) 1 SUMÁRIO Módulo 6 Alimentos e nutrientes... 1 Atividade 1 (página 221)... 1 Atividade 2 (página 228)... 1 Atividade 3 (página 229)... 2 Em Casa (pagina 231)... 3 Módulo 7 O processo de digestão I... 4

Leia mais

Nestas últimas aulas irei abordar acerca das vitaminas. Acompanhe!

Nestas últimas aulas irei abordar acerca das vitaminas. Acompanhe! Aula: 31 Temática: Vitaminas parte I Nestas últimas aulas irei abordar acerca das vitaminas. Acompanhe! Introdução O termo vitamina refere-se a um fator dietético essencial requerido por um organismo em

Leia mais

34 Por que as vacas mastigam o tempo todo?

34 Por que as vacas mastigam o tempo todo? A U A UL LA Por que as vacas mastigam o tempo todo? Nos sítios e fazendas que têm criação de gado, os bois e vacas se espalham pelo pasto e têm hora certa para ir ao cocho receber o trato. O trato pode

Leia mais

CURSO DE GASTRONOMIA Disciplina : matérias primas Conceito e Tipo de Matéria Prima

CURSO DE GASTRONOMIA Disciplina : matérias primas Conceito e Tipo de Matéria Prima CURSO DE GASTRONOMIA Disciplina : matérias primas Conceito e Tipo de Matéria Prima Profª. Nensmorena Preza ALIMENTO Toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer

Leia mais

ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS VISÃO GERAL

ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS VISÃO GERAL ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS VISÃO GERAL Prof. Roberto de Andrade Bordin DMV, M.Sc. Setor de Nutrição e Metabolismo Animal Medicina Veterinária Universidade Anhembi Morumbi São Paulo, Brasil. Várias são

Leia mais

Milho: o grão que vale ouro nas dietas de aves... mas que ainda não recebeu a devida importância do setor produtivo

Milho: o grão que vale ouro nas dietas de aves... mas que ainda não recebeu a devida importância do setor produtivo Milho: o grão que vale ouro nas dietas de aves...... mas que ainda não recebeu a devida importância do setor produtivo Gustavo J. M. M. de Lima 1 1 Eng.Agr o., Ph.D., Embrapa Suínos e Aves, gustavo@cnpsa.embrapa.br.

Leia mais

ARTIGO TÉCNICO Minerthal Pró-águas Suplementação protéica energética no período das águas

ARTIGO TÉCNICO Minerthal Pró-águas Suplementação protéica energética no período das águas ARTIGO TÉCNICO Minerthal Pró-águas Suplementação protéica energética no período das águas A bovinocultura de corte brasileira tem sua produção concentrada em sistemas de pastejo e, portanto, dependente

Leia mais

Utilização do óleo vegetal em motores diesel

Utilização do óleo vegetal em motores diesel 30 3 Utilização do óleo vegetal em motores diesel O óleo vegetal é uma alternativa de combustível para a substituição do óleo diesel na utilização de motores veiculares e também estacionários. Como é um

Leia mais

FERTILIZANTES Fertilizante: Classificação Quanto a Natureza do Nutriente Contido Quanto ao Critério Químico Quanto ao Critério Físico

FERTILIZANTES Fertilizante: Classificação Quanto a Natureza do Nutriente Contido Quanto ao Critério Químico Quanto ao Critério Físico FERTILIZANTES Fertilizante: qualquer substância mineral ou orgânica, natural ou sintética, capaz de fornecer um ou mais nutrientes essenciais às plantas Classificação Quanto a Natureza do Nutriente Contido

Leia mais

Multi Star Adulto 15kg e 5kg

Multi Star Adulto 15kg e 5kg Multi Star Adulto 15kg e 5kg Proteína Bruta Extrato Etéreo (Mín.) 21% (Mín.) 8% Matéria Mineral Matéria Fibrosa (Máx.) 8% (Máx.) 4% Cálcio (Máx.) 1,8% Fósforo (Mín.) 0,8% Carne de Frango e Arroz Extrato

Leia mais

Metabolismo de Lipídios PEDRO LEONARDO DE PAULA REZENDE

Metabolismo de Lipídios PEDRO LEONARDO DE PAULA REZENDE Universidade Federal de Goiás Escola de Veterinária Depto. De Produção Animal Pós-Graduação em Ciência Animal Metabolismo de Lipídios PEDRO LEONARDO DE PAULA REZENDE Zootecnista Especialista em Produção

Leia mais

Nesse sistema de aquecimento,

Nesse sistema de aquecimento, Enem 2007 1- Ao beber uma solução de glicose (C 6 H 12 O 6 ), um corta-cana ingere uma substância: (A) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para movimentar o corpo. (B)

Leia mais

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos SECAGEM DE GRÃOS Disciplina: Armazenamento de Grãos 1. Introdução - grãos colhidos com teores elevados de umidade, para diminuir perdas:. permanecem menos tempo na lavoura;. ficam menos sujeitos ao ataque

Leia mais

Matéria e energia nos ecossistemas

Matéria e energia nos ecossistemas Aula de hoje Matéria e energia nos ecossistemas Matéria e energia nos ecossistemas A forma e funcionamento dos organismos vivos evoluiu parcialmente il em respostas às condições prevalecentes no mundo

Leia mais

Custo Unitário do Nutriente (CUN) = A (B 100 x C 100),

Custo Unitário do Nutriente (CUN) = A (B 100 x C 100), CÁLCULO DE UM SUPLEMENTO PARA BUBALINOS DE CORTE Para se calcular um suplemento é necessário o conhecimento prévio de quatro fatores: o o o o Composição nutricional da pastagem Consumo da pastagem Identificação

Leia mais

RAÇÕES PARA PEIXES: FATORES NUTRICIONAIS IMPORTANTES E IMPACTOS NOS RESULTADOS. Silvia Pastore - M.Sc. V Aquishow Agosto/2014

RAÇÕES PARA PEIXES: FATORES NUTRICIONAIS IMPORTANTES E IMPACTOS NOS RESULTADOS. Silvia Pastore - M.Sc. V Aquishow Agosto/2014 RAÇÕES PARA PEIXES: FATORES NUTRICIONAIS IMPORTANTES E IMPACTOS NOS RESULTADOS Silvia Pastore - M.Sc. V Aquishow Agosto/2014 Perguntas frequentes 1. As rações são todas iguais? 2. Como diferenciar as rações

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA BOVINOS LEITEIROS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA BOVINOS LEITEIROS UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA BOVINOS LEITEIROS Prof. Ricardo Alexandre Silva Pessoa MANEJO DE VACAS SECAS E PERÍODO DE TRANSIÇÃO ponto de vista tecnológico = alimentar

Leia mais

Fazendo a digestão. A voz do professor. A voz do professor. De onde provém a energia necessária para o movimento dos automóveis?...

Fazendo a digestão. A voz do professor. A voz do professor. De onde provém a energia necessária para o movimento dos automóveis?... A U A UL LA Fazendo a digestão Atenção De onde provém a energia necessária para o movimento dos automóveis? Nosso corpo é semelhante a um carro. Como você acha que conseguimos energia para viver? Um corpo

Leia mais

JUSTIFICATIVA OBJETIV OS:

JUSTIFICATIVA OBJETIV OS: JUSTIFICATIVA Para termos um corpo e uma mente saudável, devemos ter uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, carnes, cereais, vitaminas e proteínas. Sendo a escola um espaço para a promoção

Leia mais

VEGESOY FIBER. Fibra de soja: extrato insolúvel de soja em pó. Informações Técnicas

VEGESOY FIBER. Fibra de soja: extrato insolúvel de soja em pó. Informações Técnicas Informações Técnicas VEGESOY FIBER Fibra de soja: extrato insolúvel de soja em pó INTRODUÇÃO A soja é uma leguminosa cultivada na China há mais de 5 mil anos. Ao longo do tempo passou a ser consumida por

Leia mais

95% de água, 3% de substâncias orgânicas e 2% de sais minerais. uma secreção serosa outra secreção mucosa

95% de água, 3% de substâncias orgânicas e 2% de sais minerais. uma secreção serosa outra secreção mucosa SISTEMA DIGESTÓRIO SALIVA A saliva é um líquido claro, viscoso, alcalino (ph entre 6 e 7), que contém em sua composição: 95% de água, 3% de substâncias orgânicas e 2% de sais minerais. Além disso, também

Leia mais

95% de água, 3% de substâncias orgânicas e 2% de sais minerais. uma secreção serosa outra secreção mucosa

95% de água, 3% de substâncias orgânicas e 2% de sais minerais. uma secreção serosa outra secreção mucosa SISTEMA DIGESTÓRIO SALIVA A saliva é um líquido claro, viscoso, alcalino (ph entre 6 e 7), que contém em sua composição: 95% de água, 3% de substâncias orgânicas e 2% de sais minerais. Além disso, também

Leia mais

DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO Provas 2º Bimestre 2012 CIÊNCIAS DESCRITORES DESCRITORES DO 2º BIMESTRE DE 2012

Leia mais

TUTORIAL - 3. Sistema digestivo comparado. Disciplina: Nutrição Animal Professora responsável: Izabelle Auxiliadora Molina de Almeida Teixeira

TUTORIAL - 3. Sistema digestivo comparado. Disciplina: Nutrição Animal Professora responsável: Izabelle Auxiliadora Molina de Almeida Teixeira UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE JABOTICABAL FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA TUTORIAL - 3. Sistema digestivo comparado. Disciplina: Nutrição Animal Professora

Leia mais

Bebida constituída de frutos de açaí e café: Uma alternativa viável

Bebida constituída de frutos de açaí e café: Uma alternativa viável Bebida constituída de frutos de açaí e café: Uma alternativa viável O açaí constitui-se a base da alimentação cotidiana de diversas famílias da região Norte do Brasil e oferece grande disponibilidade de

Leia mais

Julia Hoçoya Sassaki

Julia Hoçoya Sassaki Certifico e dou fé, para os devidos fins, que nesta data me foi apresentado um documento em idioma japonês, com a seguinte identificação: ARTIGO, o qual traduzo para o vernáculo, no seguinte teor: Coletânea

Leia mais

A Importância dos Alimentos. Prof.: Andrey Oliveira Colégio Sete de Setembro Disciplina: Educação Física

A Importância dos Alimentos. Prof.: Andrey Oliveira Colégio Sete de Setembro Disciplina: Educação Física A Importância dos Alimentos Prof.: Andrey Oliveira Colégio Sete de Setembro Disciplina: Educação Física saciar a fome Para que serve o alimento? combustível para viver, proporcionando o bem-estar e a

Leia mais

treinofutebol.net treinofutebol.net

treinofutebol.net treinofutebol.net Alimentação do Desportista A alimentação pode influenciar positiva ou negativamente o rendimento dum atleta, devendo consequentemente ser orientada no sentido de não só melhorar a sua capacidade desportiva,

Leia mais

Biologia. 8 o ano. Caderno 2

Biologia. 8 o ano. Caderno 2 Biologia 8 o ano Caderno 2 Módulos 7 e 8 1 A atividade das enzimas no organismo humano varia em função do grau de acidez do meio. Observe o gráfico e responda: Qual curva representa o local da ação da

Leia mais

Nutrição completa para equinos. Linha Equinos. Rações Suplementos Minerais

Nutrição completa para equinos. Linha Equinos. Rações Suplementos Minerais Nutrição completa para equinos Linha Equinos Rações Suplementos Minerais Confiança, Tecnologia, Qualidade e Resultado Estes são os ingredientes que fazem a diferença dos produtos Fanton. Há mais de 25

Leia mais

Nutrição. tica (SND) Disciplina:Nutrição para Enfermagem Curso: Enfermagem Semestre: 4º. Profa. Dra. Andréia Madruga de Oliveira Nutricionista

Nutrição. tica (SND) Disciplina:Nutrição para Enfermagem Curso: Enfermagem Semestre: 4º. Profa. Dra. Andréia Madruga de Oliveira Nutricionista A Enfermagem e o Serviço de Nutrição e Dietética tica (SND) Disciplina:Nutrição para Enfermagem Curso: Enfermagem Semestre: 4º Profa. Dra. Andréia Madruga de Oliveira Nutricionista 1 A enfermagem e o Serviço

Leia mais

Proteínas na alimentação de monogástricos

Proteínas na alimentação de monogástricos Proteína - Composição: C, H, O e N - Proteína Bruta: 16% FC: 6,25% - Composta de aminocácidos com grupamento amínico, carboxílico e outros. Professor Luciano Hauschild 1 Classificação nutricional dos aminoácidos

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 INTRODUÇÃO: A água nunca está em estado puro, livre de

Leia mais

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA ÂNGELA MENDONÇA LIGA DE DIABETES A intervenção nutricional pode melhorar o controle glicêmico. Redução de 1.0 a 2.0% nos níveis de hemoglobina

Leia mais

FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA

FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA Todos os organismos necessitam de energia para realizar as suas funções vitais. A energia necessária para a vida na Terra provém praticamente toda do sol. Contudo,

Leia mais

PROGRAMA NUTRICIONAL PARA SUÍNOS. "Seu resultado é o nosso compromisso." EXCELÊNCIA EM NUTRIÇÃO ANIMAL. www.guabi.com.

PROGRAMA NUTRICIONAL PARA SUÍNOS. Seu resultado é o nosso compromisso. EXCELÊNCIA EM NUTRIÇÃO ANIMAL. www.guabi.com. PROGRAMA NUTRICIONAL "Seu resultado é o nosso compromisso." PARA SUÍNOS EXCELÊNCIA EM NUTRIÇÃO ANIMAL www.guabi.com.br 0800 16 90 90 s para as fases de Maternidade e Creche A linha Nutriserviços para nutrição

Leia mais

O uso de concentrado para vacas leiteiras Contribuindo para eficiência da produção

O uso de concentrado para vacas leiteiras Contribuindo para eficiência da produção Leite relatório de inteligência JANEIRO 2014 O uso de concentrado para vacas leiteiras Contribuindo para eficiência da produção Na busca da eficiência nos processos produtivos na atividade leiteira este

Leia mais

conteúdo de energia dos alimentos

conteúdo de energia dos alimentos Capítulo2Metodologias para avaliar o conteúdo de energia dos alimentos 1. Introdução...41 2. Utilização da energia dos alimentos pelos monogástricos... 41 3. Sistemas de energia para aves... 44 3.1. Relação

Leia mais

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Último Encontro: Vila Velha 1 Escolha dos temas a serem trabalhados. Tema de hoje: Oficina sobre alimentação saudável 1) Alimentos Alimentos construtores: fornecem proteínas

Leia mais

e avaliar alimentos 1. Introdução... 262 2. Composição dos alimentos... 262

e avaliar alimentos 1. Introdução... 262 2. Composição dos alimentos... 262 Capítulo7Métodos para formular rações e avaliar alimentos 1. Introdução... 262 2. Composição dos alimentos... 262 3. Métodos de balanceamento de rações... 263 3.1. Breve histórico sobre a formulação de

Leia mais

NUTRIÇÃO DE OVELHAS GESTANTES

NUTRIÇÃO DE OVELHAS GESTANTES NUTRIÇÃO DE OVELHAS GESTANTES Acadêmicas: Caroline Wrague e Luiza P. Nunes INTRODUÇÃO: A produção ovina ocorre predominantemente em sistemas de criação extensiva no Sul do Brasil. A quantidade e qualidade

Leia mais

TIPOS DE SUJIDADES O QUE É SUJIDADE?

TIPOS DE SUJIDADES O QUE É SUJIDADE? TIPOS DE SUJIDADES O QUE É SUJIDADE? A sujidade é um residual físico, químico ou biológico considerado estranho ao produto original, que pode ser capaz de provocar efeitos deterioráveis, detectados visualmente

Leia mais

5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS

5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS 5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS Auno(a) N 0 6º Ano Turma: Data: / / 2013 Disciplina: Ciências UNIDADE I Professora Martha Pitanga ATIVIDADE 01 CIÊNCIAS REVISÃO GERAL De

Leia mais

Profa. Joyce Silva Moraes

Profa. Joyce Silva Moraes Alimentação e Saúde Profa. Joyce Silva Moraes saciar a fome Para que serve o alimento? combustível para viver, proporcionando o bem-estarestar e a disposição para realizar todas as atividades. demonstrar

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO: Uma das formas mais empregadas para produção

Leia mais

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano Projeto 1 Onde existe Vida? Tempo Previsto: 4 quinzenas (do 1ºPeríodo) Ciências Naturais A ÁGUA, O AR, AS ROCHAS E O SOLO MATERIAIS TERRESTRES 1.ª Fase: Terra um planeta com vida 2.ª Fase: A importância

Leia mais

Vida saudável. Dicas e possibilidades nos dias de hoje.

Vida saudável. Dicas e possibilidades nos dias de hoje. CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO- Vida saudável. Dicas e possibilidades nos dias de hoje. Profa. Dra. Valéria Batista O que é vida saudável? O que é vida saudável? Saúde é o estado de complexo bem-estar físico,

Leia mais

Profª Marília Varela

Profª Marília Varela Profª Marília Varela Por que um Técnico em Enfermagem estudar Nutrição e Dietética? Para quê??? Reconhecer o estado nutricional adequado Diferenciar grupos alimentares Compreender como os nutrientes são

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA. 09/abril de 2014

PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA. 09/abril de 2014 PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA 09/abril de 2014 Considerações Estatísticas para Planejamento e Publicação 1 Circularidade do Método

Leia mais

é a quebra física dos alimentos através da mastigação e dos movimentos peristálticos.

é a quebra física dos alimentos através da mastigação e dos movimentos peristálticos. SISTEMA DIGESTIVO Digestão Digestão mecânica: é a quebra física dos alimentos através da mastigação e dos movimentos peristálticos. Digestão química é a transformação das moléculas mais complexas em moléculas

Leia mais

Análise de Proteínas. Prof. Eduardo Purgatto Depto. de Alimentos e Nutrição Experimental FCF USP. Curso de Graduação Disciplina de Bromatologia Básica

Análise de Proteínas. Prof. Eduardo Purgatto Depto. de Alimentos e Nutrição Experimental FCF USP. Curso de Graduação Disciplina de Bromatologia Básica Análise de Proteínas Prof. Eduardo Purgatto Depto. de Alimentos e Nutrição Experimental FCF USP Curso de Graduação Disciplina de Bromatologia Básica 2013 Proteínas Macromoléculas compostas de AMINOÁCIDOS

Leia mais

Armazenamento de energia

Armazenamento de energia Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica 3 º. trimestre, 2015 A energia solar é uma fonte de energia dependente do tempo. As necessidades de energia

Leia mais