Prescrição Dietética
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- Luana Bayer Rico
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1 Prescrição Dietética
2 Quantitativo Cálculo de Dietas Cálculo de dietas estimar as necessidades energéticas de um indivíduo (atividade física, estágio da vida e composição corporal) Necessidades energéticas a partir do gasto energético + adicional para crescimento, gestação e lactação.
3 Necessidades Estimada de Energia (NEE) Ingestão energética média suficiente para manter o balanço energético em um adulto, de acordo com a idade, sexo, peso, altura, e NAF (nível de atividade física), consistentes com uma boa saúde.
4 Necessidades Estimada de Energia (NEE) Balanço energético é o resultado entre a ingestão energética (IE) da dieta e o gasto energético total (GET), resultando em equilíbrio quando a ingestão e o gasto se equivalem IE = GET (equilíbrio energético manutenção do peso corpóreo IE > GET (BE positivo) aumento do peso IE < GET (Be negativo) redução do peso
5 Componentes do Gasto Energético (GE) Metabolismo Basal e de Repouso TMB energia necessária para manutenção das atividades metabólicas de células e tecidos, circulação sanguínea, respiração, funções gastrointestinais, renal (após uma noite em jejum de 12 a 14h, estando acordado). TMB é comumente extrapolada para 24hs do dia = GEB (gasto energético basal) TMR (taxa metabólica da repouso) % maior do que a TMB devido ao aumento de energia causado pela ingestão recente de alimento, ou efeito térmico do alimento, ou ainda o efeito remanescente de uma atividade física realizada recentemente.
6 Metabolismo Basal e de Repouso (cont.) GER (TMR extrapolada para 24hs) Gasto energético do indivíduo é dependente do seu conteúdo de massa magra corporal (MMC) A MMC representa 70-80% da TMR entre indivíduos (deve-se considerar também a idade, sexo, composição corporal, estado nutricional, hereditariedade, estado hormonal hipo ou hipertireodismo)
7 Exercício Diferencie TMB x TMR e GEB x GER
8 Componentes do Gasto Energético (GE) Efeito Térmico do Alimento (ETA) ETA refere-se ao aumento do gasto energético causado pelo consumo do alimento (digestão, transporte, metabolismo, estoque). ETA depende da quantidade e composição da dieta (custo metabólico de cada nutriente) O custo energético para metabolizar e digerir a proteína é de 25% (20-30%) da energia estocada, enquanto que para o carboidrato é de 10% (5-10%) e para a gordura é de 3% (0-5%) O custo metabólico para estocar gordura é menor que o custo metabólico para estocar carboidrato
9 TERMOGÊNESE INDUZIDA PELA DIETA Quando o alimento é ingerido, a taxa metabólica aumenta e depois cai em níveis próximos do normal. Este processo pode necessitar de várias horas e durante esse tempo, o aumento no gasto energético aproxima-se de 10 a 15% do valor calórico total do alimento ingerido O ETA está incluído da TMR e no GER
10 Gasto Energético Total (GET) É a soma do gasto energético basal (GEB) + o ETA + Atividade física + Energia de deposição para novos tecidos/lactação Como é definido o nível de atividade física? NAF = GET / GEB GET = gasto energético total NAF é bastante variável entre indivíduos O GET pode ser medido (ADM) ou estimado (equações)
11 Resumindo Gasto calórico = gasto energético basal (70-80%) + gasto energético para digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes (15%)+ gasto energético para manutenção da temperatura corporal (10%) + gasto energético para desempenho das atividades diárias.
12 Como é calculada a NEE para os indivíduos? As equações para cálculo da NEE foram estabelecidas para indivíduos com IMC (18,5-25kg/m2) utilização de dados de estudos de gasto energético diário com metodologia de Água Duplamente Marcada (ADM) Métodos laboratoriais Calorimetria direta e indireta.
13 Como é calculada a NEE para os indivíduos? ADM - utiliza isótopos pesados de hidrogênio e oxigênio para quantificar o GE em vida livre. Calorimetria Direta mensuração da quantidade de calor produzida (todos os processos metabólicos geram calor). Fica isolado em câmara, onde é medido o calor produzido. Calorimetria Indireta - mensuração do consumo de oxigênio e produção gás carbônico. Mensura o GER, verifica-se o quociente respiratório.
14 GET x NEE O NEE sempre é estimado/calculado Qual a diferença entre GET e NEE???? Os dois são calculados/estimados por equações Nas equações preditivas de NEE para bebês, crianças e adolescentes o NEE > GET devido à energia de estoque q é adicionada. P. ex: Crianças (0-2anos) GET (kcal/d) = 89 x peso +100 NEE (kcal/d) = GET + estoque de energia Em adultos NEE = GET
15 NEE / GET São específicas para cada faixa etária (consultar equações) O cálculo das necessidades energéticas é uma ferramenta crucial para elaboração do planejamento dietético de indivíduos e comunidades Verificar que em adultos existem diferenças de equações preditivas para indivíduos sem e com sobrepeso, como também para o NAF.
16 E o que é VET? Valor Energético Total da dieta do indivíduo Consumida: quando avalia-se a contribuição calórica da dieta Planejada: quando elabora-se uma dieta para um indivíduo, que não é necessariamente igual ao GET! Também chamado de VCT (valor calórico total)
17 Fórmulas Gasto Energético Total = GEB x Nível de atividade física (NAF). Equações necessitam de: idade, gênero, atividade física, peso e altura.
18 Fórmulas CUIDADO PODEM SUPERESTIMAR ou SUBESTIMAR. Equações propostas para indivíduos e coletividades sadias FAO/OMS (1985); RDA (1989); FAO/OMS (2001); DRI (2002/2005).
19 Fórmulas FAO/OMS (1985);
20 Fórmulas RDA (1989) manutenção das fórmulas altera os NAF;
21 Fórmulas FAO/OMS (2001);
22 Fórmulas DRI (2002/2005);
23 Fórmulas DRI (2002/2005);
24 Diagnóstico Nutricional Diagnóstico Nutricional traça-se o objetivo da intervenção nutricional, ou seja, manutenção, ganho ou perda de massa corporal, sem excluir a educação nutricional. Estabelecimento do Peso IDEAL ou Peso Teórico baseado no IMC - Cuidado!!! IMC = Peso (Kg) / altura 2 (m).
25 Diagnóstico Nutricional Desnutrição Grave - <16 Kg/m 2 Desnutrição Moderada entre 16 e 16,99 Kg/m 2 Desnutrição leve entre17e18,49 Kg/m 2 Eutrófico entre 18,5 e 24,99 Kg/m 2 Sobrepeso entre 25 e 29,99 Kg/m 2 Obesidade Grau I entre 30 e 34,99 Kg/m 2 Obesidade Grau II entre 35 e 39,99 Kg/m 2 Obesidade Grau III - >40 Kg/m 2
26 Fórmulas Qual fórmula utilizar? Análise crítica de todas as possíveis maneiras Análise crítica de todas as possíveis maneiras de se obter as necessidades energéticas, avaliar o consumo alimentar.
27 Cálculo de Dietas Tendo como base um adulto do sexo feminino de 22 anos, com peso de 55Kg e estatura de 1,61 m, IMC 21,21Kg/m 2, sendo pouco ativa. Obtêm-se como resultado:
28 Estimando VET para perda de peso Para perda de peso é necessário que o indivíduo entre em BE negativo (calorias consumidas < necessidades) Várias são as propostas encontradas na literatura:
29 1. Perda de Peso Meta inicial: redução em 10% do peso corporal (em seguida avaliar a necessidade de aumentar esta perda) Tempo razoável: 6 meses Déficit calórico moderado: kcal (IMC ) kcal (IMC>35) Perda de 0,5 a 1 kg/ semana Maior desafio aumentar a perda (diminuir consumo e/ou aumentar o gasto) ou manter o peso (dieta+exercício+mudança de comportamento) Waden et al (2005)
30 2. Perda de Peso Programada em função da perda de gordura almejada (Bender e Bender, 1997) Algumas considerações importantes: 1kg de gordura = 7300kcal (considerando que 80% é constituído de TG) Se é desejado a perda de 4kg de gordura corporal seria necessária uma restrição calórica de 29200kcal Se esta perda for programada para 1 mês, teria de ser feita uma restrição de 973,33kcal/dia (29200/30)
31 3. Perda de Peso Propor déficit calórico de até 25% das necessidades estimadas ( utilizando o peso atual), considerando, entretanto, o VET habitual do indivíduo. Esta redução pode ser gradativa, ou seja, de acordo com a tolerância do paciente Este método assemelha-se com os dois métodos anteriores
32 Planejamento dietético para perda de gordura corporal informações importantes: 1. Comparar as necessidades calóricas com o consumido. 2. Certificar-se de que o consumo alimentar relatado pelo paciente reflete o habitual Erros comuns: superestimativa das necessidades e/ou subestimativa do consumido
33 Planejamento dietético para perda de gordura corporal informações importantes: 3. Avaliar se o paciente vem apresentando perda, ganho ou manutenção de peso com a alimentação que vem seguindo. 4. Certificar-se de que o déficit calórico não proponha um consumo calórico total menor do que o estimado para as necessidades basais. 5. Geralmente um planejamento dietético sem déficit calórico (manutenção do consumido), porém com melhor qualidade nutricional, pode ser eficiente no processo de perda de gordura corporal.
34 Distribuição dos Macronutrientes Necessidades energéticas em nutrientes. CHO 55% a 75% PTN 10% a 15% LIP 15 % a 30% Planejamento de cardápios mesmas considerações anteriores.
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