Sistemas lineares. Aula 6 Transformada de Laplace

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Transcrição:

Sistemas lineares Aula 6 Transformada de Laplace

Introdução Transformada de Laplace Convergência da transformada de laplace Exemplos Região de Convergência

Introdução Transformações matemáticas: Logaritmo: transforma um problema de multiplicação em um problema mais simples, de adição ou subtração A = B. C log A = log B. C = log B + log C

Introdução Transformações matemáticas: Fasor: Converte um sinal senoidal em um número complexo, que pode ser manipulado algebricamente y 1 = 20 cos ωt 30 y 2 = 40 cos ωt + 60 y = y 1 + y 2 =? Y = 20 30 + 40 60 = 17,3 + j10 + 20 + j34,6 Y = 44,7 33,4 = 44,7 cos(ωt + 33,4 )

Introdução A Transformada de Laplace (TL) é uma representação alternativa ao domínio do tempo, para sinais e sistemas lineares e invariantes no tempo contínuo (SLITC); Trata-se de um operador linear muito útil à análise e ao estudo dos SLITCs, e à resolução de Equações Diferenciais Lineares de Coeficientes Constantes (EDLCCs); Em circuito lineares usamos a Transformada de Laplace para transformar EDLCCs do domínio do tempo em equações algébricas do domínio da frequência; O papel principal da TL na engenharia é a análise de transitórios e estabilidade de SLITs causais descritos por equações diferenciais.

Transformada de laplace Definição: X s = L x t = x(t)e st dt Transformada de Laplace Funcional s é uma variável complexa: s = σ + jω Integral imprópria O resultado do cálculo da integral é função de s; O sinal x(t) e a sua Transformada de Laplace X(s) (e uma região de convergência) formam um par, expresso por: x(t) L X(s)

Convergência da transformada de laplace Por ser gerada por uma integral imprópria, a Transformada de Laplace não existe para todo sinal x(t); Geralmente, em problemas de engenharia, usa-se o limite inferior da integral igual a zero (sinais causais). Desta forma, a transformada é chamada de Transformada de Laplace Unilateral; A Região de Convergência (RDC) de uma Transformada de Laplace especifica o intervalo de valores da variável complexa s para os quais X(s) converge; A RDC deve ser especificada juntamente com a expressão algébrica da transformada para se garantir a correspondência unívoca entre x(t) e X(s);

Exemplo 1 exponencial decrescente à direita Dado x t = e at u t, a > 0 e a R determine a transformada de Laplace. X s = e at u t e st dt = 0 e (s+a)t dt X s = 1 s + a e s+a t 0 = 1 s + a Sabe-se que lim t e (s+a)t = 0 Re s + a > 0 Se Re s > a, X s = 1 s+a L e at u t = 1 s + a

Exemplo 2 exponencial crescente à direita Dado x t = e at u t, a > 0 e a R determine a transformada de Laplace. X s = e at u t e st dt = 0 e (s+a)t dt X S = 1 0 s+a t e s + a Sabe-se que lim t e (s+a)t = 0 Re s + a < 0 Se Re s < a, X s = 1 s+a L e at u t = 1 s + a

Exemplo 3 exponencial crescente à esquerda Dado x t = e at u t, a > 0 e a R determine a transformada de Laplace. X s = e at u t e st dt = 0 e (s a)t dt X S = 1 0 e s a t s a Sabe-se que lim t e (s a)t = 0 Re s a < 0 Se Re s < a, X s = 1 s a L e at u t = 1 s a

Introdução * Resposta senoidal em estado estacionário

Pólos e zeros Seja X(s) uma função racional de s: X s = N(s) D(s) = b 0s m + b 1 s m 1 + + b m a 0 s n + a 1 s n 1 = b 0 s z 1 (s z m ) + + a n a 0 s p 1 (s p n ) Pólos são raízes do polinômio do denominador, D(s): p 1 pn Zeros são raízes do polinômio do numerador, N(s): z 1 z n A função racional X(s) é dita ser própria se n > m A RDC não contém pólos, pois X(s) não converge nos pólos X(s) pode ser especificada completamente por seus zeros e pólos Graficamente, os pólos são representados por x e zeros por o

Exemplo representação gráfica Raízes: X s = - Numerador (zeros): -2 - Denominador (pólos): -1, -3 2(s + 2) s 2 + 4s + 3 = 2 s + 2 (s + 1)(s + 3) Re s > 1

Região de Convergência (RDC) A RDC não contém pólo(s) A RDC é sempre limitada por uma reta vertical, pois a condição de convergência está na parte real de s, Re(s) Existe pelo menos um pólo na afronteira da RDC de uma X(s) racional A RDC é sempre uma região contígua, isto é, ela ñao pode ser formada por regiões desconexas

Região de Convergência (RDC) - propriedades Se x(t) é: Finito, ou seja, x(t) = 0 para t < t 1 e t > t 2, então a RDC será todo plano s, exceto possivelmente s = 0 ou s ; Unilateral direito, ou seja, x(t) = 0 para t < t 0, então a RDC será da forma Re s > σ máx, ou seja, um semi-plano à direita de σ máx ; Unilateral esquerdo, ou seja, x(t) = 0 para t > t 0, então a RDC será da forma Re s < σ min, ou seja, um semi-plano à esquerda de σ min ; Bilateral, ou seja, duração infinita, então a RDC poderá ser uma faixa vertical entre as linhas verticais σ 1 < Re s < σ 2 ;

Transformada de Laplace Operacional

Transformada de Laplace Funcional

Exemplo 4 calcule a TL X s = L e 2t u(t) + L e 3t u(t) X s = 1 s + 2 + 1 s + 3 2s + 5 X s = (s + 2)(s + 3) x t = e 2t u(t) + e 3t u(t) e 2t u(t) L 1 s+2, Re s > 2 e 3t u(t) L 1, Re s > 3 s+3, Re s > 2 As RDC s se sobrepõem. RDC: [Re s > 2] [Re s > 3]

Exemplo 5 calcule a TL x t = e 2t u( t) + e 3t u(t) e 2t u( t) L 1 s 2, Re s < 2 e 3t u(t) L 1, Re s > 3 s+3 X s = L e 2t u( t) + L e 3t u(t) X s = 1 s 2 + 1 s + 3 5 X s =, 3 < Re s < 2 (s 2)(s + 3) RDC: [Re s < 2] [Re s > 3]

Exemplo 6 calcule a TL x t = e 2t [u t u t 5 ] e 2t u(t) L 1 s+2, Re s > 2 e 2t u(t 5) L e 5s 1, Re s > 2 s+2 X s = L e 2t u(t) L e 2t u t 5 = L e 2t u(t) L e 10 e 10 e 2t u t 5 X s = 1 s + 2 e 10 e 5s s + 2 X s = 1 e 5(s+2) (s + 2), Re s > 2

Exercícios para estudo Livro Haykin Cap. 6: 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 6.7 6.10 6.11 6.12 6.15 6.21 Livro Lathi Cap. 4 (Problemas): 4.1-1 4.1-2 4.1-3 4.2-1 4.2-9 4.3-1 4.3-4 4.4-1 4.4-2

Bibliografia LATHI, B. P. Sinais e sistemas lineares. 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 856 p. ISBN 9788560031139 HAYKIN, Simon S. Sinais e sistemas. Porto Alegre: Bookman, 2001. 668 p.