TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009

Documentos relacionados
3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Modelos de orçamento de capital: uma proposta para decisão de investimento

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos

FINANÇAS EMPRESARIAIS I

4 O modelo econométrico

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

CERNE ISSN: Universidade Federal de Lavras Brasil

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

4 Modelo teórico Avaliação tradicional

2.6 - Conceitos de Correlação para Sinais Periódicos

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

A CULTURA DA PINHA COMO ALTERNATIVA ECONÔMICA PARA A AGRICULTURA FAMILIAR DA REGIÃO NORTE FLUMINENSE

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Contrato Futuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lastro em Títulos Públicos Federais

Contabilometria. Séries Temporais

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL,

Custo de Produção de Mandioca Industrial, Safra 2005

Tabela: Variáveis reais e nominais

Viabilidade econômica da cultura da soja na safra 2012/2013, em Mato Grosso do Sul

Viabilidade econômica da cultura do milho safrinha, 2015, em Mato Grosso do Sul

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 2ª Época (V1)

3 Metodologia 3.1. O modelo

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas.

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística

CORREIOS. Prof. Sérgio Altenfelder

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

GERAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS FINANCEIROS E SUA UTILIZAÇÃO PELO MODELO DE BLACK AND SCHOLES

4 Método de geração de cenários em árvore

5 Método dos Mínimos Quadrados de Monte Carlo (LSM)

Escola Secundária da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Matemática Ano Lectivo de 2003/04 Funções exponencial e logarítmica

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

Voo Nivelado - Avião a Hélice

5 Solução por Regressão Simbólica 5.1. Introdução

Critérios e Metodologia de Apuração de Superfície de Volatilidade

Hidrograma Unitário Sintético

MATEMÁTICA. Prof. Favalessa REVISÃO GERAL

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lectivo 2015/16-1ª Época (V1) 18 de Janeiro de 2016

GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA - GCQ

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel

MERCADO DE CÂMBIOS E TAXAS DE CÂMBIO. Margarida Abreu EMF - ISEG 1. MERCADO DE CÂMBIOS e TAXAS de CÂMBIO

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

5 MERCADO FUTURO DE ENERGIA ELÉTRICA

O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

COMPARAÇÃO DE ESTIMADORES DE VOLATILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO DE CARTEIRAS DE INVESTIMENTO UMA ABORDAGEM ATRAVÉS DO MODELO DE MARKOWITZ

[MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO]

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica

Viabilidade econômica da cultura da soja na safra 2013/2014, em Mato Grosso do Sul

Cap. 6 - Análise de Investimentos em Situação de Risco

Introdução aos multivibradores e circuito integrado 555

Movimento unidimensional 25 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL

4 Cenários de estresse

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

Análise da viabilidade econômica e financeira em cultivos de rosas com diferentes dosagens de nitrogênio

MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA ESTUDO ECONÔMICO DE TRATORES

4 Metodologia R P. = cotação da ação i no final da semana t. 1 Maiores detalhes no ANEXO - 1

Professor: Danilo Dacar

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995

Professor: Danilo Dacar

Antes de mais nada, é importante notar que isso nem sempre faz sentido do ponto de vista biológico.

Viabilidade econômica da cultura da soja na safra 2015/2016, em Mato Grosso do Sul

Lista de Função Exponencial e Logarítmica Pré-vestibular Noturno Professor: Leandro (Pinda)

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON)

VIABILIDADE ECONÔMICA DE CONTRATOS DE INTEGRAÇÃO NA CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE NA MICRORREGIÃO DE VIÇOSA MG

Confiabilidade e Taxa de Falhas

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

A entropia de uma tabela de vida em previdência social *

DISCIPLINA SÉRIE CAMPO CONCEITO

1) Verifique quais das sentenças dadas correspondem à lei de uma função exponencial. x

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1)

Otimização da Curva de Gatilho de uma Opção Americana de Compra através de Algoritmos Genéticos

3. Garantias governamentais em projetos de infraestrutura

Fluxos de Caixa Independentes no Tempo Média e Variância do Valor Presente Uso da Distribuição Beta Fluxos de Caixa Dependentes no Tempo Fluxos de

Impulso fiscal e sustentabilidade da dívida pública

MODELAGEM ESTOCÁSTICA DE SÉRIES FINANCEIRAS PARA APLICAÇÃO EM PROJETOS DE INVESTIMENTO DO SETOR ELÉTRICO

1 2 hours ago and started questioning his colleagues. (Van Heuven et al., 1999, p. 150)

Modelo de Solow com Memória

O potencial eléctrico de um condutor aumenta à medida que lhe fornecemos carga eléctrica. Estas duas grandezas são

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS 12º ANO DE ESCOLARIDADE DE MATEMÁTICA A Tema II Introdução ao Cálculo Diferencial II

INF Técnicas Digitais para Computação. Conceitos Básicos de Circuitos Elétricos. Aula 3

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6]

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Influência dos incêndios na disponibilidade de madeira em Portugal Graça Louro, Luís Constantino, Francisco Rego

GABARITO CURSO DE FÉRIAS MATEMÁTICA Professor: Alexandrino Diógenes

Transcrição:

TIR Taxa Inerna de Reorno LCF 685-Economia de Recursos Floresais 2009

TIR: Taxa Inerna de Reorno AT Taxa Inerna de Reorno (TIR)de um projeo é aquela que orna o valor presene das receias menos o valor presene dos cusos igual a zero, ou seja VLP=0. O criério de decisão esabelece ece preferência por projeos apresenando TIR superior à Taxa Mínima Aceiável (TMA) de reorno esabelecida pelo invesidor.

Fórmula R C TIR) (1 = n n = = (1+ + = 0 0 TIR) Vale lembrar que uma TIR é única ( ou inerna ) e exclusiva do projeo sendo analisado e não deve ser confundida com a TMA.

Cálculo da TIR

Cálculo da TIR

Exemplo A axa de juro mínima aceiável por uma empresa é de 12 % a.a. A empresa decide aumenar o uso de ferilizane mineral no planio de eucalipo, com o objeivo de aumenar a produção. A produção de madeira com a nova dose de ferilizane é de 310 m 3 /ha e o preço da madeira no mercado é de R$ 60,00/m 3. A decisão de invesir em ferilizanes é correa sob o pono de visa

Fluxo de caixa uilizado

PROGRAMA SAS

Resulado TIR calculado = 30% TIR de referência = 12% Inerpreação: O uso de ferilizanes minerais para o aumeno geral da produção não afea a axa de reorno do capial invesido.

VALOR ATUAL DA PRODUÇÃO (VAP) LCF 685-ECONOMIA DE RECURSOS FLORESTAIS

VALOR ATUAL DA PRODUÇÃO (VAP) Úil quando se compara o valor da produção e o valor de mercado. Uiliza uma Taxa Mínima Aceiável (TMA) de juros. Também chamado de Cuso Financeiro da Produção (CFP).

Reinerpreando a Razão B/C B/C R n (1+ = = 0 n T0 (1 + = 0 R i) T0 = C C T i) Expressa receias em relação aos cusos

VAP (II) n C C (1 i) T 0 + = = 0 n R R T0 (1 + i) = 0 Expressa gasos em relação à receia

VAP (III) Para o desenvolvimeno do conceio de valor aual da produção (VAP), iremos assumir que a produção será vendida ao valor p' que resula na igualdade enre cusos (R$ gasos) e receias (R$ recebidos). Iso é, a produção será vendida pelo cuso de produção. Porano, em ermos auais e a uma TMA de juros i.

VAP (IV) n C 0 = 0 = 0 = 0 R n R n p,.v n T, 0 p. + i) (1 i) = 0 + = 0 = n C C C (1 i) (1 i) (1 i) T + + + 0 = = = = V n (1 (1+ i) 0 1

VAP (V) Como p' represena um preço de cuso, podemos defini-lo como o valor aual da produção (VAP) aravés da seguine fórmula: n C (1 + i) p, = VAP = = 0 n V (1+ i) + = 0

Exemplo do uso do VAP Projeo de Projeo de refloresameno Pinus aeda Tramandaí - RS

PROGRAMA SAS PARA CÁLCULO DO VAP (I)

PROGRAMA SAS PARA VAP (PARTE II)

PROGRAMA SAS PARA VAP (PARTE III)

PROGRAMA SAS PARA VAP (FINAL)

RESULTADO PROGRAMA SAS PARA CÁLCULO DO VAP

Criérios de Avaliação de Projeos com Horizones Irregulares LCF 685 ECONOMIA DE RECURSOS FLORESTAIS

Horizones Irregulares

Caracerísicas É comum, principalmene na área floresal, avaliarmos projeos que apresenam fluxos de caixa com horizones diferenes. Neses casos, os projeos precisam ser ajusados quano à duração do horizone. A escolha do méodo de ajuse pode se basear na possibilidade do projeo poder ser repeido ao longo do empo ou não. Caso o projeo não possa ser repeido após o seu encerrameno, considera-se se que os recursos líquidos auferidos no projeo de mais cura duração permanecerão aplicados à TMA (axa mínima aceiável) de juros usada para avaliar o projeo aé que o horizone ainja o final do projeo de mais longa duração. Desa forma, ambos os projeos serão comparáveis sob uma mesma base emporal de análise. Se os projeos puderem ser repeidos, o mais conveniene é considerar criérios i que uniformizam i o horizone de empo.

Valor Líquido Presene Anualizado (VLPA) O VLPA, ambém conhecido como Pagameno Anual Equivalene (PAE), pode ser inerpreado como o valor que se repee em uma série anual finia de valor presene exaamene igual ao VLP do projeo. Projeos mais araenes apresenariam um maior VLPA. Ese criério i ambém é úil para comparar invesimenos que produzam reornos periódicos (p.ex. culuras floresais) s) com invesimenos e que produzam reornos os anuais (p.ex. a maioria das culuras agrícolas). A sua uilização como criério de análise de projeos com diferenes horizones é válida porque o VLPA é uma "anuidade", e iso orna o ano a unidade de empo comum a odos os projeos.

Fórmula para calcular VLPA VLPA = i(1+ VLP. (1+ i) i) 1 = duração do ciclo ou roação QUANTO MAIOR O VALOR MAIS ATRAENTE O INVESTIMENTO

Exemplo Em um hecare de erra no agrese Paraibano gasa-se R$ 625 para implanar o culivo da Algaroba. Os cusos anuais de manuenção são considerados desprezíveis. A parir do 8o. ano de idade espera-se uma reirada anual de 25 s/ha de lenha. No 12o. ano é feio o core raso do planio com produção de lenha esimada em 300 s/ha. Um produor da região, acosumado a rabalhar com uma axa de reorno de 10% sobre os seus invesimenos, e que esima que o preço de venda da lenha irá se maner inalerado em orno de R$ 8,20/s, já desconado o cuso do core e ranspore, deseja saber se o planio da Algaroba é um invesimeno araene.

Fluxo de Caixa do Planio da ALGAROBEIRA

PROGRAMA SAS PARA CALCULAR VLPA PARTE I

PROGRAMA SAS (PARTE II)

PROGRAMA SAS (PARTE FINAL)

RESULTADO

COMPARAÇÃO DE DOIS PROJETOS

VALOR ESPERADO DA TERRA (VET) LCF 685 ECONOMIA DE LCF 685 ECONOMIA DE RECURSOS FLORESTAIS

VET O Valor Esperado da Terra (VET) ou do Solo (VES) ou ainda Valor da Terra Nua (VTN) é o nome dado ao valor presene líquido do fluxo de receias e cusos resulane da uilização perpéua de uma deerminada área aravés de ciclos de culivo periódicos idênicos e consanes. Qual o valor máximo da erra nua? Quano maior o valor calculado mais araivo o invesimeno. Represenemos aravés da linha de empo uma série perpéua de ciclos floresais consecuivos, cada um com duração de k anos:

VET Também conhecido com o fórmula de Fausmann: Fausmann, M. (1849) On he deerminaion of he value which fores land and immaure sands pose for foresry. In: Gane,M. (ed.) Marin Fausmann and he evoluion of discouned cash flow. Oxford: Oxford Insiue, 54 p. (Paper 42). Qual o valor máximo da erra nua? Quano maior o valor calculado mais araivo o invesimeno. Represenemos aravés da linha de empo uma série perpéua de ciclos floresais consecuivos, cada um com duração de k anos:

SÉRIE PERPÉTUA DE K ANOS CADA RLF = RECEITA LÍQUIDA FINAL

Duas fórmulas para calcular VET (mesmo resulado) RLF 1) VET = [(1+ i) k -1] VLP 2) VET = VLP + [(1 + i) k -1] RLF = receia líquida final ou fuura k = duração do projeo ou ciclo da floresa VLP = valor líquido presene

Exemplo de VET Qual a melhor alernaiva de invesimeno enre eses Q 4 projeos? Taxa de juros de 4% a.a.

RESULTADO

FLUXO DE CAIXA PROJETO A

PROGRAMA SAS PARA CALCULAR VET (I)

PROGRAMA SAS (PARTE II)

FLUXO DE CAIXA PROJETO B

PROGRAMA SAS (PARTE III)

FLUXO DE CAIXA PROJETO C

PROGRAMA SAS (PARTE IV)

FLUXO DE CAIXA PROJETO D

PROGRAMA SAS (PARTE V)

PROGRAMA SAS (PARTE VI)

PROGRAMA SAS (FINAL)

RESULTADO