Bolha Imobiliaria ou Novo Patamar de Preços? Claudio Bernardes



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CORINTHIANS 25% 32,88% SÃO PAULO 21% 22,00% PALMEIRAS 18% 14,63% SANTOS 5% 5,88% FLAMENGO 4% 2,25% NENHUM 24% 19,75%

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Transcrição:

Bolha Imobiliaria ou Novo Patamar de Preços? Claudio Bernardes

BOLHA IMOBILIÁRIA Aumento de preços dirigidos NÃO por fundamentos econômicos, mas por mera expectativa de aumento futuro de preços

INDÍCIOS Regras normais de flutuação do mercado Aumento de preços desvinculados Matriz consistente de custos 3/92

BOLHA IMOBILIÁRIA SITUAÇÕES OBSERVADAS ALTO GRAU DE ENDIVIDAMENTO OFERTA DISSOCIADA DA DEMANDA CRÉDITO MAL CONCEDIDO

PREÇOS DOS IMÓVEIS DUAS PREMISSAS DEVEM SER ANALISADAS: 1. Como o mercado valoriza os imóveis; 2. Os fatores que distorcem o equilíbrio do mercado, provocando desarranjo nos preços. Fonte: Núcleo de Real Estate / Elaboração: Secovi-SP

QUANTO VALE UM IMÓVEL? VALE O QUANTO PAGAM POR ELE! 6/92

QUANTO PAGAM POR UM IMÓVEL? Valor compatível com a capacidade de pagamento Valor que esteja adequado às necessidades, e à percepção dos benefícios que podem ser obtidos 7/92

PREÇOS DOS IMÓVEIS Como o mercado valora os imóveis?

COMO O MERCADO VALORA OS IMÓVEIS EMPREENDEDOR Idealiza o empreendimento e identifica o público-alvo Estuda a demanda e concorrência Formula preço (custos, margem, inflação, sistema de funding, tributação, velocidade de vendas) Ajusta o produto/preço à renda do comprador COMPRADOR Considera anseios e necessidades Identifica a oferta competitiva pelo binômio (qualidade; valor) Comparação das ofertas Capacidade de pagamento Decide pela compra OFERTA X DEMANDA

DISTORÇÃO NO MERCADO Forte presença de investidores desinformados; Crédito imobiliário irresponsável; Incremento transitório de demanda; Incremento de imóveis ofertados independente da demanda; Preços sobem sem fundamentos econômicos, apenas na expectativa do próprio aumento de preços no futuro. Fonte: Núcleo de Real Estate / Elaboração: Secovi-SP

DEMANDA HABITACIONAL NO BRASIL

DEMANDA HABITACIONAL Entre outros, o crescimento da Demanda Habitacional é influenciado principalmente por fatores como: Distribuição etária da população; Os padrões de conjugalidade e a idade média ao casar; Formação de novos arranjos familiares; Níveis de renda e capacidade de pagamento. Fonte: Demanda Habitacional no Brasil CEF 2011

BÔNUS DEMOGRÁFICO Fonte: Demanda Habitacional no Brasil CEF 2011

AUMENTO DO NÚMERO DE CASAMENTOS NO BRASIL 2010 foram registrados 977 mil casamentos Crescimento de 4,5% em relação a 2009 Idade média no primeiro casamento - Brasil 27 28 29 24 25 26 2000 2005 2010 Homens Mulheres Fontes: IBGE / Estatísticas do Registro Civil 2000/2010

NOVOS PADRÕES DE CONJUGALIDADE A DIVERSIFICAÇÃO DOS ARRANJOS FAMILIARES É MAIS UM FATOR QUE INFLUENCIA DIRETAMENTE NO AUMENTO DO NÚMERO DE DOMICÍLIOS A família nuclear vem perdendo relevância para a monoparental e para outros arranjos compostos por vários membros de uma mesma família ou apenas parentes mais íntimos; Aumento do número de divórcios. Fonte: Demanda Habitacional no Brasil CEF 2011 15/92

MUDANÇA NOS ARRANJOS FAMILIARES COM PARENTESCO Part% Var% = -20% 70 60 50 40 30 20 10 0 Var% = 58% Unipessoal Casal c/filhos Casal s/filhos Mulher s/cônjuge com filho 1992 2001 2009 Var% = 35% Var% = 15% Fonte: IBGE

DIVÓRCIOS CRESCEM 36,8% - RECORDE NO PAÍS Em 2010, foram registrados 243 mil divórcios, entre processos judiciais e escrituras públicas Fonte: IBGE / O Estado de S. Paulo

CRESCIMENTO (% ACUMULADO) População Domicílios Particulares - Famílias Fonte: Demanda Habitacional no Brasil CEF 2011 18/92

NECESSIDADES DE HABITAÇÃO EM 2022 Fonte- Construbusiness 2010

2000-45 milhões de domicílios 2010-56 milhões de domicílios 1,1 milhão/ano Até 2022 1,9 milhão/ ano

CRESCIMENTO DA CLASSE MÉDIA

MERCADO IMOBILIÁRIO RESIDENCIAL

LANÇAMENTOS RESIDENCIAIS/ACUMULADO 12 MESES Município de São Paulo 50 Período Pré-Crise Ago/08 = 45,6 EM MILHARES DE UNIDADES 40 30 20 Jul/09 = 25,0 Set/12 = 31,3 10 0 Fonte: EMBRAESP 23

VENDAS IMÓVEIS RESIDENCIAIS/ACUMULADO 12 MESES Município de São Paulo 50 40 Período pré-crise ago/08 = 43,1 Abr/10 = 40,7 EM MILHARES DE UNIDADES 30 20 10 Ago/09 = 27,0 Set/12 = 27,6 0 Fonte: SECOVI-SP 24

LANÇAMENTOS E VENDAS RESIDENCIAIS - UNIDADES Acum. 12 meses Município de São Paulo 50 EM MILHARES DE UNIDADES 40 30 20 10 0 Lançtos 12M Vendas 12M Fonte: EMBRAESP e SECOVI-SP

LANÇAMENTOS E VENDAS RESIDENCIAIS - VGV Acumulado 12 meses -Município de São Paulo 25 20 EM BILHÕES (R$) ATUALIZADO PELO INCC-DI Março/11 Lançamentos superam Vendas VGV Lançtos. set/12 = 15,9 15 10 5 0 Maio/09 Vendas superam Lançamentos VGV Vendas set/12 = 15,0 VGV-LANÇTO VGV-VENDA Fonte: EMBRAESP e SECOVI-SP 26

ESTOQUE DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS NOVOS Município de São Paulo 24 22 20 21,6 21,9 20,0 EM MILHARES DE UNIDADES 19,7 18 16 17,2 18,1 Escassez de Oferta 16,8 Set/12 14 12 10 12,7 12,0 FONTE: SECOVI-SP 27

LANÇAMENTOS DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS Tipologia do Município de São Paulo Participação porcentual segmentado por dormitório e ano 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012* Média 1 dorm 8,6% 11,8% 5,1% 7,0% 3,7% 1,4% 4,2% 6,1% 11,2% 17,2% 11,2% 7,9% 2 dorm 38,1% 36,3% 39,9% 30,1% 28,6% 32,4% 33,7% 45,6% 48,8% 46,3% 53,3% 39,4% 3 dorm 27,9% 33,8% 32,8% 35,8% 30,6% 32,1% 38,4% 33,5% 31,9% 29,2% 25,5% 32,0% 4 dorm 25,4% 18,1% 22,3% 27,1% 37,1% 34,1% 23,7% 14,8% 8,1% 7,3% 10,0% 20,7% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100% 100,0% Maior Participação Menor Participação 2012* Jan a Set Fonte: EMBRAESP 28

LANÇAMENTOS DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS Município de São Paulo Part. (%) de imóveis de 2 dormitórios no período de out/11 a set/12 15% 22% Até R$ 190 mil De R$ 190 a R$ 350 mil 22% De R$ 350 a R$ 500 mil 41% Mais de R$ 500 mil Fonte: EMBRAESP 29

VARIAÇÃO ACUMULADA DE PREÇO X INFLAÇÃO Preço* m² de Área Útil de Imóveis Novos Verticais do Município de São Paulo Base 100 em Dez/2002 Preço M² de Set/12 = R$ 6.976 (Embraesp) Var% Nominal Acumulada do Preço m² = 183% 100 283 215 187 173 118 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012* Preço m² INCC IPCA TR IGP-M 2012* = jan a set Fonte: Embraesp

VARIAÇÃO REAL ACUMULADA DE PREÇO Número Índice do Preço* m² de Área Útil de Imóveis Novos Verticais do Município de São Paulo Base 100 em Dez/2002 Preço M² de Set/12 = R$ 6.976 (Embraesp) Var% Real Acumulada do Preço m² = 32% descontado o INCC 132 100 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012* Preço m² 2012* = jan a set Fonte: Embraesp

COMPARATIVO ÍNDICE 2011 COM 2012 VARIAÇÃO% ACUMULADA - ÍNDICE FIPE/ZAP SÃO PAULO 27% 17% 12,3% 17% 2011 2012 Fonte: Fipe/ZAP Estimativa: Secovi-SP 32

COMPARATIVO DE ÍNDICE 2011 COM 2012 Var% Acumulada Preço* m² de Área Útil de Imóveis Verticais Novos Município de São Paulo 26,6% 6,7% 4,8% 6,5% 2011 2012 * Preço médio ponderado dos imóveis lançados no período de 12 meses Fonte: Embraesp

ESCASSEZ DE COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO A Lei de Zoneamento do Município de São Paulo tornou a Outorga Onerosa de potencial construtivo um elemento essencial na viabilização dos empreendimentos imobiliários Mas o Estoque de Outorga Onerosa de importantes distritos estão zerados, o que vai inviabilizar o lançamento de novos empreendimentos nesses locais até que haja uma revisão da Lei de Zoneamento, concedendo mais potencial construtivo FONTE: GeoSecovi / Prefeitura de São Paulo DISTRITOS Agua Rasa Bela Vista Belém Cambuci Cursino Ipiranga Jaguaré Jaraguá Lapa Liberdade Limão Mooca Morumbi Sacomã Vila Andrade Vila Formosa Vila Guilherme Vila Leopoldina Vila Maria

ESTOQUE DE OUTORGA ONEROSA Do total disponibilizado de 6,9 milhões de m², 51% já foram consumidos FONTE: GeoSecovi

MERCADO IMOBILIÁRIO COMERCIAL

LANÇAMENTOS DE CONJUNTOS COMERCIAIS 8.000 7.000 EM UNIDADES Município de São Paulo 7.259 6.000 5.849 5.000 4.691 4.000 3.489 3.000 2.000 1.000 1.631 1.517 1.133 2.193 2.434 0 * até setembro Fonte: Embraesp

LANÇAMENTOS DE CONJUNTOS COMERCIAIS 2009

LANÇAMENTOS DE CONJUNTOS COMERCIAIS - 2009-2010

LANÇAMENTOS DE CONJUNTOS COMERCIAIS -2009-2011

LANÇAMENTOS DE CONJUNTOS COMERCIAIS - 2009-2012 2012 = Jan a Jul

DENSIDADE DE CONJUNTOS COMERCIAIS 2009-2012 Estoque de Outorga Onerosa nos Distritos com maior densidade de lançto B.Funda = 2,4% comprometido Santana = 99,9% comprometido V. Leopoldina = 100% Comprometido Pinheiros = 15% comprometido Bela Vista = 99,9% comprometido Itaim Bibi = 95% comprometido Sto. Amaro = 99,9% comprometido

CRÉDITO IMOBILIÁRIO

BOLHA IMOBILIÁRIA HÁ ENORMES DIFERENÇAS ENTRE O AMBIENTE QUE GEROU A CRISE IMOBILIÁRIA NORTE-AMERICANA E O MERCADO DE IMÓVEIS BRASILEIRO. BRASIL - Crédito imobiliário ainda é incipiente (5,5% do PIB); - Altamente regulamentado e conservador (Renda, LTV, SAC, Taxa de Juros etc.); - Condições macroeconômicas e demográficas favoráveis (inflação, PIB, emprego, renda etc.); - Demanda da ordem de 9 milhões imóveis para moradia; - Comprometimento de no máximo 30% da renda familiar. LTV = Loan-To-Value SAC = Sistema de Amortização Constante EUA - Crédito imobiliário em torno de 80% do PIB; - Taxas baixas de juros durante longo tempo levaram o sistema bancário a buscar ativos de maior retorno e, consequentemente, de maior risco; - LTV de 95% a 120%; - O mecanismo do subprime permitiu que ativos podres fossem agregados a ativos de melhor qualidade em tranches que formavam derivativos supostamente seguros; - Financiamento heterodoxo acima da capacidade de pagamento das pessoas, além de muitos imóveis por família. Fontes: Abecip / Núcleo de Real Estate / Elaboração: Secovi-SP

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO AQUISIÇÃO LTV (%) Dificulta a especulação no mercado, pois, para financiar o imóvel, é necessário dar entrada na média de 37% do valor total da transação 61,1% 62,0% 63,0% 63,2% 58,6% 56,4% 53,2% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 1º SEM 12 Fonte: ABECIP

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO SALDO DA POUPANÇA (SBPE) R$ BILHÕES 300 331 365 115 127 135 150 188 215 254 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012_08 Fonte: BACEN

PERFIL DA CARTEIRA - CAIXA CARTEIRA INADIMPLÊNCIA 1,4% IDADE ATÉ 45 ANOS 73% ATÉ 35: 44% Nº total de contratos 3.613.942 FGTS Part. 49,6% Primeiro Imóvel FGTS 1º imóvel 1.792.515 FAIXA ETÁRIA Idade Atual 36 A 45: 29% 46 A 65: 26% SBPE Part. 50,3% GARANTIA ACIMA DE 65: 2% SBPE até 35 anos 44% SPBE 1º imóvel 799.837 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA 94,6% HIPOTECA 5,2% OUTRAS 0,2% 1º Imóvel, 71,5% Fonte: Caixa Posição 30/jun/12

CAPACIDADE DE COMPRA DA CASA PROPRIA Nos últimos 10 anos, com o aumento dos preços, o mesmo imóvel comprado em 2002 por R$ 148 mil seria comprado em 2012 por R$ 416 mil l - Mesmo o aumento da renda não tendo alcançado o mesmo percentual, a capacidade de compra permaneceu 50

CAPACIDADE DE COMPRA DA CASA PROPRIA Nos últimos 10 anos, com o aumento dos preços, o mesmo imóvel comprado em 2002 por R$ 148 mil seria comprado em 2012 por R$ 416 mil l - Mesmo o aumento da renda não tendo alcançado o mesmo percentual, a capacidade de compra permaneceu

CRÉDITO IMOBILIÁRIO / PIB Reino Unido 2010 EUA 2010 Portugal 2010 Espanha 2010 Canadá 2010 Alemanha 2010 França 2010 África do Sul 2010 Itália 2010 Chile 2010 China 2007 México 2010 Rússia 2009 Brasil 2012_09 Índia 2011 Argentina 2009 29,0% 22,7% 11,5% 10,0% 9,7% 5,6% 5,9% 3,5% 1,6% 46,5% 41,2% 85,0% 76,5% 66,3% 64,0% 63,9% Brasil = Jun/12 Fonte: Bacen, Hypostat, Felaban e HFN / Elaboração: Abecip

PORQUE NÃO ACREDITAMOS EM BOLHA NO MERCADO IMOBILIÁRIO Demanda no País estimada em 1,9 milhão de moradias por ano; Demografia favorável; Crescimento da classe média também favorece a demanda; LTV conservador inibe a entrada de investidores especuladores, pois a concessão do crédito é conservadora; Financiamento imobiliário pode comprometer, no máximo, 30% da renda familiar na concessão do crédito; Baixo índice de inadimplência, pois renda real cresce, e as taxa de desemprego estão nos níveis mais baixos da série histórica; Financiamento imobiliário representa apenas 5,5% do PIB, com espaço para crescer nos próximos anos; O brasileiro tem a cultura de pré pagar o financiamento do imóvel antes do prazo final, utilizando recursos próprios ou FGTS; 53

PORQUE NÃO ACREDITAMOS EM BOLHA NO MERCADO IMOBILIÁRIO Marco regulatório do setor imobiliário trouxe mais segurança para os bancos, os tomadores de crédito e os empreendedores; Aumento de preço ainda reflete fundamentos econômicos (estoque em níveis normais, vendas fluindo, preço ancorado em matriz realista de custo); Prevalece no mercado a aquisição do 1º imóvel, devido às características da demanda; Oferta em produção equilibrada e ajustando-se à demanda. 54

OBRIGADO Claudio Bernardes presidencia@secovi.com.br