UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - LINHA DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA EM COMÉRCIO EXTERIOR SABRINA OLIVO



Documentos relacionados
Supply Chain Game. EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS Autor: Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS Cidade Universitária de Limeira

Capítulo VII Projetos de eficiência energética em iluminação pública Por Luciano Haas Rosito*

Anexo 03 Recomendação nº 3: estatuto padrão, estatuto fundamental e contrato social

Plano de curso Planejamento e Controle da Manutenção de Máquinas e Equipamentos

Vensis PCP. Rua Américo Vespúcio, 71 Porto Alegre / RS (51) comercial@vensis.com.br

PADRÃO DE RESPOSTA. Pesquisador em Informações Geográficas e Estatísticas A I PROVA 3 FINANÇAS PÚBLICAS

Novas Salvaguardas Ambientais e Sociais

GUIA DE RELACIONAMENTO MT-COR: 001 Revisão: 000

Anexo V. Software de Registro Eletrônico em Saúde. Implantação em 2 (duas) Unidades de Saúde

Regulamento para realização do Trabalho de Conclusão de Curso

Os novos usos da tecnologia da informação nas empresas Sistemas de Informação

CONCORRÊNCIA AA Nº 05/2009 BNDES ANEXO II PROJETO BÁSICO: JORNADA AGIR

GESTÃO DE LABORATÓRIOS

ISO 9001:2008 alterações à versão de 2000

Universidade Luterana do Brasil Faculdade de Informática. Disciplina de Engenharia de Software Professor Luís Fernando Garcia

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ. PROJETO OTIMIZAR Plano do Programa

DIRETORIA DE UNIDADE COORDENAÇÃO DE CURSOS

Modelo de Negócios. TRABALHO REALIZADO POR: Antonio Gome // Jorge Teixeira

Proposta. Treinamento Lean Thinking Mentalidade Enxuta. Apresentação Executiva

Florianópolis, 25 de janeiro de 2016 EDITAL PARA CANDIDATURA À SEDE DO 6º ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE ENGENHARIA CIVIL 2017

PM 3.5 Versão 2 PdC Versão 1

Boletim Técnico. CAGED Portaria 1129/2014 MTE. Procedimento para Implementação. Procedimento para Utilização

Agenda: 2015 Sage Software, Inc. All rights reserved. 2/1/ Sage Software, Inc. All rights reserved. 2/1/2016 5

Passo 1 - Conheça as vantagens do employeeship para a empresa

Relatório de Gerenciamento de Riscos

DIRETRIZES E CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DOS RECURSOS

Relatório de Gerenciamento de Riscos

CONTROLE INTERNO NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA: Um Estudo de Caso

Banco Industrial do Brasil S.A. Gerenciamento de Capital

CIRCULAR. Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007. Gestão do Currículo na Educação Pré-Escolar. Contributos para a sua Operacionalização

METAS DE COMPREENSÃO:

é a introdução de algo novo, que atua como um vetor para o desenvolvimento humano e melhoria da qualidade de vida

REP REGISTO DOS PROFISSIONAIS DO EXERCICIO

Unidade 7: Sínteses de evidências para políticas

Novas Salvaguardas Ambientais e Sociais

Perguntas frequentes sobre o Programa Banda Larga nas Escolas

PRINCIPAIS REQUISITOS: Regra final sobre Programas de Verificação do Fornecedor Estrangeiro Em resumo

EIXO 3 CONECTIVIDADE E ARTICULAÇÃO TERRITORIAL AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO N.º 2

Sua hora chegou. Faça a sua jogada. REGULAMENTO. Prêmio de Empreendedorismo James McGuire 2016

3 Aplicações dos Modelos de Análise de Crédito

Versões Todos os módulos devem ser atualizados para as versões a partir de 03 de outubro de 2013.

Promover a obtenção de AIM (Autorização de Introdução no Mercado) no estrangeiro de medicamentos criados e desenvolvidos em Portugal.

Agenda. A interface de Agendamento é encontrada no Modulo Salão de Vendas Agendamento Controle de Agendamento, e será apresentada conforme figura 01.

ALTERAÇÕES NO SISTEMA ORION

Desempenho de Vendas 1º Trimestre/2015

Para você que procura o máximo em atendimento!

Proposta. Projeto: VENSSO. Data 25/05/2005. Andrade Lima Damires Fernandes Andrade Lima Damires Fernandes. Responsável. Autor (s)

CAPÍTULO IV. Valores, Crenças, Missão, Visão.e Política da Qualidade. Waldemar Faria de Oliveira

Consulta Serviços de conceção e desenvolvimento criativo, produção e montagem do Fórum PORTUGAL SOU EU

WORKSHOPS SOBRE AS POSSIBILIDADES DE COOPERAÇÃO / CONCENTRAÇÃO NO SECTOR AUXILIAR NAVAL

GESTÃO DE PROJETOS. Uma visão geral Baseado nas diretrizes do PMI

Pessoal, vislumbro recursos na prova de conhecimentos específicos de Gestão Social para as seguintes questões:

CURSO COMPLETO SOBRE O NOVO SISTEMA TESOURO GERENCIAL

5. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO:

Semana 3: Distribuição em Serviços

Guia Prático do Estágio. Seu Estágio em 5 Passos

OBJECTIVO. Ligação segura às redes públicas de telecomunicações, sob o ponto de vista dos clientes e dos operadores;

Projetos, Programas e Portfólios

Software Utilizado pela Contabilidade: Datasul EMS 505. itens a serem inventariados com o seu correspondente registro contábil;

ALTOS DIRIGENTES VISEU (PORTUGAL), - 2/ DEZEMBRO

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC UNIDADE DE CHAPECÓ Aviso Público Nº 08/Unoesc/2012

Gestor de Inovação e Empreendedorismo (m/f) GIE /15 P

DISSERTAÇÃO NOS MESTRADOS INTEGRADOS NORMAS PARA O SEU FUNCIONAMENTO

Orientações e Recomendações Orientações relativas à informação periódica a apresentar à ESMA pelas Agências de notação de risco

Edital de Chamada Pública nº 01/2012 SEBRAE 2014

O SIMPLES Nacional, realmente, reduz a carga tributária das empresas? Um estudo de caso

VI A ACELERAÇÃO DA EVOLUÇÃO E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Antropologia do Consumo no Marketing

Processo/Instruções de Pagamento para Aplicação no Programa de Sustentabilidade de Pequenas Empresas

MANUAL DO USUÁRIO EVENTOS

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Escrituração Contábil Digital ECD

Este documento tem como objetivo definir as políticas referentes à relação entre a Sioux e seus funcionários.

A nova metodologia de apuração do DI propõe que o cálculo seja baseado em grupos de taxas e volumes, não mais em operações.

PREGÃO ELETRÔNICO AA Nº 30/2009 BNDES ANEXO I - INTRODUÇÃO

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica

A SUPERINFLAÇÃO BRASILEIRA EM 1989: NOTAS E COMENTÁRIOS

REGULAMENTO DE ESTÁGIO DE INICIAÇÃO PROFISSIONAL

PLD (Preço de Liquidação das Diferenças)

Software Para Controle de Acesso e Ponto

Supply Chain Game. EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS Autor: Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves

Pesquisa Oficial de Demanda Imobiliária SINDUSCON Grande Florianópolis. NÃO ASSOCIADOS Apresentação

Objetivos. A quem se destina. Programa. Comportamento de Compra do Shopper. Natureza da compra. Lógica de escolha. Compras planejadas e não planejadas

Manual de Procedimentos

PROJETO 22ª MOSTRA ESTUDANTIL TECNOLÓGICA Dias 22 e 23 DE OUTUBRO CURSOS: Eletrônica, Informática, Mecânica, Mecatrônica, Química e Petróleo e Gás

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Modelagem, qualificação e distribuição em um padrão para geoinformações

Vensis Manutenção. Rua Américo Vespúcio, 71 Porto Alegre / RS (51) comercial@vensis.com.br

MENSAGEM Nº 458, DE 30 DE JUNHO DE 2008.

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO SEMESTRAL DE GEOGRAFIA

Resumo Executivo - Funcionalidades 1 INTRODUÇÃO

Copyright GrupoPIE Portugal, S.A. Manual Utilizador

Apresentação do Curso

PM 3.5 Versão 1 PdC Versão 1

CURSO DE ENFERMAGEM Reconhecido pela Portaria nº 270 de 13/12/12 DOU Nº 242 de 17/12/12 Seção 1. Pág. 20

TEXTO AULA 9: Técnicas de apresentação / Apresentação do Projeto.

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte Vox Mercado Pesquisa e Projetos Ltda. Dados da organização

GUIA RÁPIDO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM EVENTOS

Transcrição:

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - LINHA DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA EM COMÉRCIO EXTERIOR SABRINA OLIVO O REGIME ADUANEIRO DRAWBACK NAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DAS EMPRESAS EXPORTADORAS DO SUL DE SANTA CATARINA CRICIÚMA 2014

1 SABRINA OLIVO O REGIME ADUANEIRO DRAWBACK NAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DAS EMPRESAS EXPORTADORAS DO SUL DE SANTA CATARINA Mngrafia apresentada para a btençã d grau de Bacharel em Administraçã, n Curs de Administraçã Linha de Frmaçã Específica em Cmérci Exterir da Universidade d Extrem Sul Catarinense UNESC. Orientadr: Prf. Msc. Júli Cesar Zilli CRICIÚMA 2014

2 DEDICATÓRIA As meus querids pais, que estã presentes em tdas as esclhas de minha vida, nã hesitand em fazer pssível e impssível para que meus snhs se trnem realidade.

3 AGRADECIMENTOS Agradeç primeiramente a Deus, pelas graças cncedidas a lng de minha trajetória acadêmica e prfissinal. Sem Ele, s ganhs e prtunidades nã seriam pssíveis, bem cm términ de minha graduaçã a fim de td trabalh e dedicaçã depsitads. As meus pais, Nelsn Oliv e Cleusa Barli Oliv, que desde minha infância prprcinaram melhr ambiente pssível para que eu pudesse seguir ns estuds. Agradeç sua paciência, carinh, amr e atençã para cmig mesm ns mments difíceis, em tds esses ans de faculdade, apiand-me nas minhas esclhas e acreditand n meu ptencial. Minha gratidã a rientadr, Júli Cesar Zilli, prfessr que as pucs fi ganhand minha admiraçã pr sua paciência, dedicaçã e inteligência. Pessa que ajudu para que este estud virasse realidade, cntribuind cm suas sábias ideias. Alguém que se trnu para mim um grande amig. Agradeç à crdenaçã d curs de Administraçã cm Habilitaçã em Cmérci Exterir, pr ferecer as aluns as melhres cndições de estud pssíveis, ns envlvend em events direcinads à nssa área, cm viagens, wrkshps e visitas de camp. Pr fim, gstaria de agradecer a grup de empresas exprtadras d Sul de Santa Catarina, que prntamente acataram às minhas necessidades, atendendme pr telefne e respndend a questinári, prprcinand cm que esta pesquisa se trnasse viável.

4 RESUMO OLIVO, Sabrina. O regime aduaneir Drawback nas perações lgísticas das empresas exprtadras d Sul de Santa Catarina. 2014. 75 páginas. Mngrafia d Curs de Administraçã Linha de Frmaçã Específica em Cmérci Exterir, da Universidade d Extrem Sul Catarinense UNESC. O Drawback é um regime aduaneir especial que permite a isençã, suspensã u restituiçã d pagament de impsts na imprtaçã de matéria-prima empregada na prduçã de bens destinads à exprtaçã. Atualmente, as empresas buscam cada vez mais atender cliente de frma eficiente, reduzind s custs lgístics, agregand valr a prdut e à imagem da empresa. Diante diss, presente estud teve cm bjetiv analisar a utilizaçã d regime aduaneir Drawback nas perações lgísticas das empresas exprtadras d Sul de Santa Catarina. Cm relaçã à metdlgia utilizada, trabalh caracterizu cm uma pesquisa descritiva quant as fins de investigaçã e pesquisa bibligráfica e de camp, quant as meis de investigaçã. A ppulaçã alv fi delimitada pr empresas exprtadras prdutras d Sul de Santa Catarina, caracterizadas pr 13 empresas usuárias e 31 empresas nã usuárias d regime aduaneir Drawback. O estud caracterizu-se pr cleta de dads primáris e técnica de cleta de dads quantitativa. O instrument de cleta de dads fi um questinári aplicad via Ggle Dcs, enviad diretamente para s prfissinais ds departaments de exprtaçã e imprtaçã. A análise ds dads fi essencialmente qualitativa. Verificu-se que a mairia das empresas exprtadras da regiã Sul de Santa Catarina ainda nã utiliza regime aduaneir Drawback, caracterizand empresas de pequen, médi e grande prte cm mens de 10 ans de atuaçã cm mercad extern. Em cntrapnt, as usuárias u que já utilizaram regime, empresas de médi e grande prte cnslidadas cm cmérci exterir e em sua mairia d setr químic e cerâmic, garantem a reduçã ds seus custs lgístics, api perante as vendas cm mercad extern e aquisiçã de matériaprima mais barata cm relaçã à nacinal, prém destacam a falta de prfissinais capacitads e alt cntrle fiscal empresarial, cm entraves na sua utilizaçã. Palavras-chave: Drawback. Lgística. Imprtaçã. Exprtaçã.

5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Evluçã d pensament lgístic... 22 Figura 2 - Supply Chain Management e lgística integrada.... 25 Figura 3 - Sequência de perações para a mdalidade suspensã.... 30 Figura 4 - Pass a pass d Drawback Integrad Suspensã.... 32 Figura 5 - Sequência de perações para a mdalidade isençã... 33 Figura 6 - Pass a pass d Drawback Integrad Isençã.... 34 Figura 7 - Sequência de perações para a mdalidade restituiçã.... 35 Figura 8 - Mdalidades de Drawback utilizadas pelas empresas.... 48 Figura 9 - Temp de trabalh cm Drawback.... 48 Figura 10 - Frequência ds embarques de imprtaçã e exprtaçã sb Drawback.... 50 Figura 11 - Origem e destin de material adquirid cm a vinculaçã d Drawback.... 50 Figura 12 - Mdais utilizads na imprtaçã e exprtaçã sb Drawback.... 51

6 LISTA DE QUADROS Quadr 1 - Elements relevantes na cadeia prdutiva.... 14 Quadr 2 - Fases da evluçã lgística.... 14 Quadr 3 - Mdels de integraçã lgística.... 20 Quadr 4 - Operações que envlvem a cadeia glbal.... 21 Quadr 5 - Passs para a implementaçã d SCM.... 24 Quadr 6 - Operações de industrializaçã para pedid de Drawback.... 28 Quadr 7 - Submdalidades de Drawback.... 36 Quadr 8 - Estruturaçã da ppulaçã-alv.... 39 Quadr 9 - Fórmula para cálcul d tamanh mínim da amstra.... 40 Quadr 10 - Perfil das empresas que utilizam u já utilizaram Drawback.... 44 Quadr 11 - Perfil das empresas que nã utilizam Drawback.... 45 Quadr 12 - Matérias-primas vinculadas à imprtaçã sb Drawback.... 49 Quadr 13 - Opiniã das empresas à respeit da peracinalizaçã d Drawback. 53

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 9 1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA... 10 1.2 OBJETIVOS... 11 1.2.1 Objetiv geral... 11 1.2.2 Objetivs específics... 11 1.3 JUSTIFICATIVA... 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 13 2.1 LOGÍSTICA... 13 2.1.1 Operações lgísticas n mercad intern... 16 2.1.2 Operações lgísticas n mercad extern... 19 2.2 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS... 22 2.2.1 Cnceit... 23 2.2.2 Abrangência d Supply Chain Management... 24 2.3 REGIME ADUANEIRO DRAWBACK... 26 2.3.1 Cntext históric... 27 2.3.2 Drawback Integrad e suas mdalidades... 29 2.3.2.1 Drawback Integrad Suspensã... 30 2.3.2.2 Drawback Integrad Isençã... 32 2.3.2.3 Drawback Integrad Restituiçã... 34 2.3.3 Submdalidades... 35 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 37 3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA... 37 3.2 DEFINIÇÃO DA ÁREA OU POPULAÇÃO-ALVO... 38 3.3 PLANO DE COLETA DE DADOS... 40 3.4 PLANO DE ANÁLISE DE DADOS... 42 4 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA... 43 4.1 PERFIL DAS EMPRESAS... 43 4.2 UTILIZAÇÃO DO DRAWBACK... 47 4.3 IMPACTO DO DRAWBACK NAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS... 52 5 CONCLUSÃO... 57 REFERÊNCIAS... 60 APÊNDICE... 66

8 APÊNDICE A - Questinári aplicad às empresas exprtadras.... 67 ANEXO... 73 ANEXO A - Fragment d Decret-Lei nº 37, de 18 de nvembr de 1966.... 74

9 1 INTRODUÇÃO N âmbit d cmérci exterir, pensar glbalmente para definir estratégias de cresciment resulta em uma aprximaçã cmercial entre s países. Optar pel desafi de exprtar trnu-se para muitas empresas uma frma de nã manter-se limitadas à cmercializaçã apenas n mercad dméstic. O prcess de intrduçã de um prdut u serviç n mercad extern é alg que necessita ser cautelsamente estudad pela empresa que pretende atuar cm negciações internacinais. Diante desta mudança, as rganizações tendem a desenvlver cmpetências gerenciais adequadas a ambiente pel qual estarã se inserind. Para Araúj e Sartri (2003) desenvlviment das exprtações está diretamente relacinad as mecanisms cmpetentes pr parte d gvern, n sentid de prmver uma plítica de prmçã às exprtações e incentivar setr exprtadr a se ajustar às exigências d mercad internacinal. Atualmente, gvern dispnibiliza algumas frmas de incentiv à atividade exprtadra, nde se criu uma série de regimes especiais para pequenas, médias u grandes empresas cm bjetiv de reduzir s gasts da peraçã, suspendend u isentand as beneficiárias d pagament de determinads impsts. Criad em 1966, pela publicaçã d Decret-Lei nº 37, regime aduaneir Drawback já passu pr diversas alterações em seus aspects administrativs, chegand a mdel atual de Drawback Integrad. É basicamente um regime aduaneir que permite a isençã, suspensã u restituiçã d pagament de impsts na imprtaçã de matéria-prima empregada na prduçã de bens destinads à exprtaçã (BRASIL, 1966). Dads d Brasil (2011) apntam que us desse regime pde prvcar uma reduçã de até 71,6% sbre valr de uma imprtaçã. Apesar diss em 2010, fram exprtads aprximadamente US$ 45 bilhões pr esse regime, que representa mens de 25% das exprtações brasileiras. O Estad de Santa Catarina mantém déficit na balança cmercial a lng de alguns ans, ficand entre s cinc primeirs maires imprtadres d país. Nas exprtações, cupa 10º lugar n ranking (FIESC, 2012). Cntud, há um grande ptencial de exprtaçã n estad, uma vez que as empresas catarinenses

10 vêm adquirind knw-hw ns mais diverss segments e pr sua vez muitas delas utilizam s mecanisms necessáris para garantir uma ba peraçã. Desta frma, presente estud tem cm bjetiv analisar a utilizaçã d regime aduaneir Drawback nas perações lgísticas das empresas exprtadras d Sul de Santa Catarina. A mngrafia fi estruturada em cinc capítuls, nde primeir destaca a situaçã prblema, s bjetivs geral e específics e a justificativa para desenvlviment da pesquisa. N segund capítul encntra-se a fundamentaçã teórica, bjetivand destacar s autres e suas publicações mais relevantes em relaçã a tema em estud. Os prcediments metdlógics utilizads para a aplicaçã da pesquisa junt às empresas exprtadras d Estad de Santa Catarina estã apresentads detalhadamente n terceir capitul. N quart capítul destacam-se s dads cletads cm a pesquisa de camp e a sua análise cm bjetiv de respnder a pergunta de pesquisa apresentada n estud. Finalizand trabalh, encntram-se a cnclusã, as referências, s anexs e apêndice cntend instrument de cleta de dads. 1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA A exprtaçã depende de investiments pr parte da empresa em tds s sentids. Deixar a prvável segurança d cmérci intern para alcançar nvs mercads fra d país requer planejament e cnheciment das frmas mais viáveis para se realizar prcess. Cm citad anterirmente, gvern brasileir ferece às empresas que destinam sua prduçã a mercad internacinal regime aduaneir Drawback, que está entre s principais incentivs à exprtaçã. Em 2010, fi instituíd Drawback Integrad, prtunizand as empresas a utilizarem este regime também na cmpra de insums dentr d país para industrializaçã de prdut a ser exprtad. Entretant, as estatísticas revelam que apesar ds benefícis nem tdas as empresas peram neste sistema. O Drawback em sua mdalidade mais utilizada (suspensã) vem desde 2006 representand uma parcela média de 27% d ttal das exprtações brasileiras (BRASIL, 2011).

11 Em Santa Catarina, segund diagnóstic d setr exprtadr realizad pela FIESC (2011), aprximadamente 58% das empresas d estad empregam regime aduaneir Drawback, send que d ttal 7% descnhecem e 16% nã cnseguem utilizá-l. Cnsiderand esse aspect, é precis cmpreender cm empreg deste regime pde prmver a melhria da cmpetitividade na exprtaçã, bem cm as dificuldades enfrentadas na administraçã lgística ds recurss, cnsiderand-se perfil das empresas exprtadras da regiã em questã. Basead em tais premissas, presente estud busca respnder a seguinte pergunta de pesquisa: Qual a utilizaçã d regime aduaneir Drawback nas perações lgísticas das empresas exprtadras d Sul de Santa Catarina? 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetiv geral Analisar a utilizaçã d regime aduaneir Drawback nas perações lgísticas das empresas exprtadras d Sul de Santa Catarina. 1.2.2 Objetivs específics a) Identificar perfil empresarial das empresas usuárias e nã usuárias d regime aduaneir Drawback; b) Apresentar a utilizaçã d regime aduaneir Drawback; c) Destacar impact d regime aduaneir Drawback cm fatr cmpetitiv nas perações lgísticas das empresas em estud. 1.3 JUSTIFICATIVA Este estud tem pr bjetiv analisar a utilizaçã d regime aduaneir Drawback nas perações lgísticas das empresas exprtadras d Sul de Santa Catarina.

12 Desta frma, estud é imprtante vist que a pesquisa junt às empresas exprtadras da regiã Sul apresenta a leitr valr de cmpreender s variads prcesss enfrentads pr elas na utilizaçã d regime Drawback e qual a necessidade diss para manterem-se cmpetitivas n mercad. A relevância destaca-se em uma análise em nível estadual, que pde servir de pesquisa a acadêmics, demnstrand cenári atual deste regime aduaneir e tda a sua dinâmica. Além diss, é um instrument as empresáris de qualquer ram industrial que pretendem atuar neste regime, entretant descnhecem prcess. O trabalh prtuniza a identificaçã d prte e perfil das empresas que se beneficiam cm regime Drawback, a fim de trazer uma percepçã sbre nível de dificuldade que as mesmas enfrentam na peracinalizaçã desse regime, assim cm as principais vantagens de sua utilizaçã. Tratand-se de uma pesquisa que nã englba cas de uma determinada empresa u ram em específic, independe mment da aplicaçã da análise, mas sim as respstas d questinári enviad às empresas. O trabalh é viável, pis fram cletads dads de leis, decrets e prtarias acerca d tema Drawback, grande parte d Regulament Aduaneir em sua versã mais atual, artigs, além das infrmações frnecidas pel cnjunt de empresas exprtadras d Sul de Santa Catarina pr mei de um questinári, a temp de estabelecer-se a análise.

13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segund Vianna (2001), a fundamentaçã teórica busca a análise de autres que já escreveram sbre tema em que se deseja pesquisar, prtant direcina a leitr um referencial teóric de acrd cm a pesquisa. Desta frma, s próxims títuls d capítul prcuram relacinar infrmações acerca d prpósit da pesquisa, assim cm entendiment d tema em estud cm base em utrs autres. 2.1 LOGÍSTICA A utilizaçã da lgística em um primeir mment estava basicamente ligada às perações militares, nde precisava-se de uma equipe que cuidasse d deslcament na hra certa, munições, equipaments e scrr médic para as batalhas. Iss também cmeçu a acntecer em empresas que necessitavam estcar matéria-prima para suprir uma futura necessidade e levar seus prduts manufaturads para depósits u para s clientes (NOVAES, 2001). Os diverss setres ligads a uma empresa cm frnecedres, cmpras, distribuiçã e administraçã de materiais eram vists de frma islada, sem levar em cnsideraçã s cmpnentes ds quais faziam parte. Até a década de 1980 era a frma de sbrevivência das empresas, prém cm a rápida evluçã da tecnlgia, principalmente na área de infrmaçã, prcess passu a ser tmad de uma frma mais cmpetitiva (LARRAÑAGA, 2003). Para Ballu (2006, p. 25) A lgística é a essência d cmérci. Cmpletand sua explanaçã sbre sistemas lgístics eficazes, autr ainda cita que aperfeiçament da lgística resulta em uma separaçã gegráfica pssível desde que a prduçã excedente pssa ser enviada a áreas cnsumidras e s artigs escasss sejam imprtads. O que nã acntecia antigamente, nde s pvs eram brigads a viver pert da prduçã limitand seu cnsum. As perações lgísticas eram cnsideradas atividades de api que nã agregavam valr a prdut, simplesmente eram inevitáveis n prcess. Nvaes (2001) também fala sbre distanciament entre a indústria e s mercads cnsumidres, apresentand elements que passaram a fazer parte de uma cadeia prdutiva n sistema lgístic, de acrd cm Quadr 1.

14 Quadr 1 - Elements relevantes na cadeia prdutiva. Valr de lugar ELEMENTO CONSIDERAÇÕES Depende d transprte d prdut da fábrica a depósit, à lja u a cnsumidr final. Valr de temp Valr de qualidade Valr de infrmaçã Fnte: Nvaes (2001). Precupaçã cm a reduçã de estques e custs, em funçã d cumpriment ds prazs buscand a satisfaçã d cliente. A qualidade deve ser cnsiderada tant n mment de saída fábrica quant n decrrer d prcess, pr ser um pnt decisiv para a imagem da empresa. Máxim de infrmações incrpradas de frma gratuita a cliente, rapidez e agilidade de rastreament, bem cm prevençã de pssíveis atrass de entrega. Em uma empresa, a lgística envlve a gestã de prcessament de pedids, transprtes, estques, armazenament e embalagem, unificads pr mei de uma rede de instalações cm desafi de crdenar as funções vltadas para a satisfaçã d cliente (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2008). A evluçã desse prcess é definid pr Nvaes (2001) em quatr fases, segund Quadr 2. Quadr 2 - Fases da evluçã lgística. ATUAÇÃO SEGMENTADA Os prduts ficavam em estque e peridicamente eram revists cnfrme necessidade, buscand-se uma ecnmia n transprte cnfrme mair capacidade. Fnte: Nvaes (2001). INTEGRAÇÃO RÍGIDA Busca pela racinalizaçã da cadeia de supriments de frma rígida, pis nã permitia a crreçã d planejament a lng d temp. INTEGRAÇÃO FLEXÍVEL Manter uma mair relaçã entre empresa, frnecedr e elements intermediáris, mantend uma precupaçã também cm a satisfaçã d cliente. SUPPLY CHAIN MANAGEMENT As empresas passaram a buscar nvas sluções, usand a lgística para ganhar cmpetitividade, reduzind s custs e desperdícis, além de td prcess anterir. Sbre s custs gerads n empreg da administraçã lgística Bwesx, Clss e Cper (2008, p. 24) definem que: A lgística refere-se à respnsabilidade de prjetar e administrar sistemas para cntrlar transprte e a lcalizaçã gegráfica ds estques de materiais, prduts inacabads e prduts acabads pel menr cust ttal. Alcançar menr cust ttal significa que s ativs financeirs e humans aplicads na lgística devem ser mínims. [...] As cmbinações de recurss,

15 habilidades e sistemas necessáris para cnseguir uma lgística enxuta representam um desafi na hra de serem integrads [...]. Entre tdas as atividades lgísticas que cmpõem um prcess prdutiv, Larrañaga (2003) elenca uma listagem das principais que influenciam n cicl de distribuiçã, send: armazenagem, cmpras, dispsiçã de refugs, distribuiçã física, embalagem, prcessament de pedids, faturament, gestã de inventáris, lcalizaçã industrial, mvimentaçã de materiais, previsã de demanda, serviç a cliente, suprte de serviçs e transprte. A timizaçã da lgística garante a entrega em cndições reais para cliente n mment desejad, peraçã prmetida a cnsumidr que muitas vezes nã é cumprida pr deficiências de infrmaçã, n depósit e transprte. Tdas sã situações que acarretam efeits psitivs u negativs para a imagem da empresa (NOVAES, 2001). Christpher (2007) salienta que há várias maneiras de se definir cnceit de lgística, mas ideal seria dizer que ela é prcess de gerenciament de cmpra, armazenagem e transprte pr parte da empresa e seus canais de marketing, de md que a lucratividade atual e futura da empresa seja elevada a partir das entregas ds prduts a um menr cust pssível. E cntinua frisand aspect de cust narrand que [...] em qualquer setr, cncrrente que mais lucra tende a ser prdutr de cust mais baix u frnecedr que entrega prdut cm a mair diferenciaçã percebida (CHRISTOPHER, 2007, p. 6). Segund Cavanha Filh (2001), a falta determina um cust lgístic negativ para a empresa. Pr exempl, quand há a falta de algum insum para a prduçã de um prdut, iss pderá significar a parada na prduçã d mesm, bem cm atras na entrega e pssível nã venda. Sã fatres que reduzem a receita e geram despesas pssivelmente maires que s estques. Ballu (2006) acredita que s custs gerads pela lgística sã dividids em custs peracinais e de capital. Os custs peracinais acntecem peridicamente e variam cm nível de atividades, cm saláris, despesas administrativas e armazenament. Já s custs de capital sã investiments em transprte, cnstruçã de armazéns própris, cmpra de equipament, entre utrs gasts que nã variam cm as atividades d dia-a-dia. Alguns autres a abrdar tema enfatizam s valres envlvids, planejament estratégic e s benefícis btids a se aplicar uma ba gestã

16 lgística. Para Christpher (1997) a vantagem cmpetitiva surge da maneira cm as rganizações realizam as atividades dentr da cadeia de valr. Segund autr, uma empresa deve gerar valr para seus clientes de uma frma mais eficiente que seus cncrrentes e que traga um diferencial a ser percebid pel cmpradr. 2.1.1 Operações lgísticas n mercad intern A lgística n Brasil tem evluíd muit rapidamente ns últims ans. Há resultads btids pel CEL (Centr de Estuds em Lgística) em 2003 citads pr Figueired, Fleury e Wanke (2003) ds quais indicam que grandes empresas na área industrial brasileira gastam cerca de R$ 39 bilhões pr an cm perações lgísticas, que representa 7% de seu faturament. Além de detectar-se diferenças em empresas na área de aliments, bebidas e materiais de cnstruçã para um percentual mair, estima-se que país gasta aprximadamente R$ 160 bilhões pr an. Um pnt negativ detectad nas empresas brasileiras é a limitaçã de estrutura rganizacinal, que segund Nvaes (2001), é causada pela divisã em setres de uma empresa girand em trn de atividades cm finanças, vendas, manufatura u armazenagem, restringind tratament sistemátic e pr prcess das perações lgísticas. N Brasil, muitas vezes a invés de se reestruturarem adequadamente, as empresas buscam sluções sem um fim cndizente, nde nã encntram a devida resluçã para prblema. Para Pntes, D Carm e Prt (2009) também bserva-se que existem dificuldades na implantaçã de sistemas lgístics de qualidade e cnfiabilidade n Brasil. Acreditam que a resluçã ds prblemas lgístics aumentará a cmpetitividade internacinal brasileira, reduzind s custs da ineficiência n prcess de exprtaçã; e que é grande a perspectiva de melhria da lgística prque há uma demanda de expansã d setr prdutiv. Para que s plans de melhrias tragam ganhs cmpetitivs para a sja em grã nacinal frente a mercad internacinal, pr exempl, bjet de estud de Pntes, D Carm e Prt (2009), sã necessáris que s setres d sistema tenham investiments cm planejament sem que haja favreciments para um determinad, cm acnteceu a um temp atrás cm transprte rdviári.

17 Já para Figueired, Fleury e Wanke (2003) a lgística n país passu pr diversas transfrmações e sfisticaçã. Os autres acreditam que elas sã evidenciadas em diferentes aspects relacinads à estrutura rganizacinal, atividades peracinais, relacinament cm s clientes e questões financeiras. É imprtante ressaltar [...] impact da lgística nã apenas na lucratividade das empresas, influenciada pels custs, mas também na criaçã de nvas prtunidades de mercad, através de serviç de valr adicinad (FIGUEIREDO; FLEURY; WANKE, 2003, p. 49). Nvaes (2001) alega que a infrmaçã é precupante n país. O investiment em prgramas deve ser bem pensad, para que nã haja falhas de cmunicaçã entre a integraçã das atividades rtineiras de peraçã e cntrle. Iss requer um acmpanhament real time, que é muit imprtante a lng da cadeia de supriment. Ferreira e Ribeir (2003) cncluíram em sua análise sbre Intercâmbi Eletrônic de Dads (EDI) nas perações lgísticas de uma empresa autmbilística brasileira, que a tecnlgia da infrmaçã é essencial à integraçã das atividades lgísticas e para que esta garanta a dispnibilidade de prduts, materiais u serviçs n mercad e pnts cnsumidres, n temp aprpriad e na cndiçã esperada a menr cust pssível. Cm base n estud em um hspital da regiã Nrdeste brasileira, Medeirs et al (2009) cnstataram que a lgística vem passand pr transfrmações e se faz necessári implement de técnicas de gestã de estques sem diminuir a qualidade d serviç de saúde. Espera-se que [...] prfissinais da área de saúde que nã detêm dmíni das infrmações sbre lgística, despertem um interesse sbre suas atividades, [...] permitind, assim, que tda a cmunidade hspitalar pssa avançar na resluçã desses prblemas (MEDEIROS et al, 2009, p. 77). Neste e em utrs hspitais, entende-se haver prblemas cm as especificações técnicas de cmpras que pdem acarretar prejuízs n cas de cmpra de materiais de nã serã utilizads u materiais de má qualidade. Um ds principais pnts nde Brasil deixa a desejar é quesit transprte. A infraestrutura d sistema de transprtes fica abaix se cmparad cm utrs países, nde nã se cnsegue utilizar da intermdalidade cm fatr cmpetitiv. Alguns prblemas sã a ineficiência ds prts, terminais para

18 integraçã entre mdais e regulamentaçã de perações de transprte pr mais de um mdal (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2000). Os estuds de Kussan e Batalha (2012) sbre custs lgístics agrindustriais demnstraram que nem sempre a intermdalidade é vantajsa, vist que n Brasil a infraestrutura é precária, cm citad anterirmente. Cncluíram que em nss país escament de prduts agríclas, em especial a sja, pel mdal rdviári acaba send a melhr pçã, uma vez que a mairia da prduçã agrícla brasileira está nas regiões interires e a exprtaçã de grandes vlumes cntinuará viajand grandes distâncias até chegar a prt. O desafi é manter a cmpetitividade, reduzir cust lgístic ttal, sabend que país tem um cresciment vltad para estas regiões d interir d Brasil (KUSSANO; BATALHA, 2012, p. 631). Administradres de rganizações de diferenciads rams entendem que hje a lgística é a principal estratégia de marketing. Em entrevista n prgrama Gestã & Negócis sbre Lgística Empresarial, diretres de uma indústria de mbiliári e de uma distribuidra de água mineral dizem acreditar que para manter uma ba imagem da empresa e estratégias de marketing é necessári antes cumprir a gestã lgística e manter bm cntat cm parceirs frnecedres, cumprind tud que fi prmetid pel cmercial (LOGÍSTICA..., 2008). Há um aspect adicinal que dificulta sbremaneira a evluçã das empresas brasileiras na direçã da mderna Lgística e d SCM. As perações lgísticas sã muitas vezes cmplexas e, para que as interrelações entre s agentes da cadeia de supriment se desenrlem adequadamente, é precis dispr de um sistema de custs adequad. [...] Muitas vezes as empresas cmpetem entre si de frma desleal. [...] Muit embra a busca pela reduçã de custs seja uma cnstante na mderna prática lgística, a qualidade e a cnfiabilidade ds serviçs sã de fundamental imprtância (NOVAES, 2001, p. 57). N setr públic as perações lgísticas também devem ser bem crdenadas. Segund Vaz e Ltta (2011) as decisões lgísticas pdem impactar na efetividade de plíticas públicas brasileiras, send essenciais na refrma da gestã pública para s que desejem ampliar s direits de cidadania pel fereciment de plíticas mais abrangentes e efetivas. O estud ds autres trna evidente que a atuaçã adequada d Estad na cadeia de supriment ds serviçs e plíticas públicas aumenta a capacidade de intervençã e impede que estas sejam btidas pr interesses particulares.

19 Empresáris brasileirs questinam-se: se é difícil a integraçã dentr da empresa, entre tds s setres cm cmpras, cmercial, prduçã, financeir e lgística, cm vams cnseguir ns entender entre empresas? As empresas nacinais tem cert recei em integrar-se na cadeia de supriments junt a seus frnecedres e clientes cm temr de que dads cnfidenciais de sua própria rganizaçã sejam espalhads as seus cncrrentes (MACHLINE, 2011). 2.1.2 Operações lgísticas n mercad extern O desenvlviment ecnômic vem mudand as características ds fluxs lgístics glbais. Drnier et al (2000) descreve que entre as tendências de mudança n cntext de glbalizaçã está a intensificaçã d tráfeg, cresciment rápid de fluxs de retrn causads pela precupaçã cm assunts eclógics e pr fim, mair agressividade nas técnicas de vendas. Tendências também apntam a imprtância cada vez mair d cmérci internacinal (BALLOU, 2007, p. 375). Para autr, esse cresciment resulta em fatres cm livre cmérci, diferenças ns custs de mã-de-bra, desigualdade scial e eficiência das diversas perações lgísticas em nível mundial. Quant mais as empresas prcuram baixar s custs, as cmpras cnsequentemente vã em busca de insums mais barats trazids de utrs países cm nível elevad de cnheciment em determinad prdut. A lgística lcal se cncentra em um ambiente mais limitad, enquant a lgística glbal tem de atender necessidades dmésticas e mais um acréscim de distância, demanda, dcuments, culturas, legislações, entre utrs. Essa expansã requer integraçã da capacidade pr parte da prduçã e iníci a suprte lgístic para s nvs mercads alcançads, que certamente impulsina as empresas a ingressar n mercad glbal (LARRAÑAGA, 2003). Segund Drnier et al (2000) as empresas devem definir métds de gestã e rganizaçã para trnar pssíveis s mdels de integraçã de lgística e perações glbais cnfrme apresentad n Quadr 3.

20 Quadr 3 - Mdels de integraçã lgística. MÉTODO DE INTEGRAÇÃO DEFINIÇÃO Integraçã gegráfica Integraçã funcinal Integraçã setrial Enxergar as redes de instalações cm uma única empresa, pdend cmprar para uma empresa fabricar em um país, ter prdut entregue em utr para a mntagem e um terceir país para a venda d prdut. Determinaçã de gestã de perações e lgística integradas cm a prduçã, distribuiçã, serviçs pós-vendas, pesquisa, desenvlviment e marketing. Define-se uma visã para além das crprações, para trabalhar cperativamente cm tdas as partes da cadeia em um esfrç para aperfeiçar sistema. Fnte: Drnier et al (2000). As empresas estã fugind da chamada integraçã vertical, nde tdas as questões de perações lgísticas eram trabalhadas pr uma rientaçã interna, para nde agra sã rganizadas pr uma ótima externa que cnecta tds s membrs da cadeia de supriments (DORNIER et al, 2000). Um exempl diss sã as empresas sem frnteiras, definidas pr Larrañaga (2003, p. 53) cm aquelas que decidem atuar sem precupações cm limites gegráfics e veem mund cm um únic mercad. Larrañaga (2003) ainda afirma que cm a abertura das frnteiras internacinais e a expansã d cmérci, a lgística nã fica limitada às quatr paredes da rganizaçã permitind gerar vantagens cmpetitivas para aquelas empresas que se trnam glbais. Keedi (2004) também entende a imprtância da lgística cm uma vantagem cmpetitiva para as empresas que atuam cm cmérci exterir, send esse um cnjunt de atividades que pde fazer a rganizaçã se destacar e desenvlver perante restante d mund. Em análise para descbrir quais s principais prblemas lgístics enfrentads pr empresas de grande prte de Santa Catarina na exprtaçã, s pesquisadres Rcha, Vidal e Guterres (2011) apntam em seus resultads uma série de cnsiderações apntadas pelas empresas cm a desvantagem cambial e excess de burcracia cm cmérci exterir. Esses pnts fram unânimes para s entrevistads, mas além desses aspects fram citads a necessidade de

21 mdernizaçã da infraestrutura prtuária, que vem nvamente cm um pnt negativ para que haja uma lgística eficaz. Segund Ballu (2007), para trabalhar cm mercad internacinal sistema lgístic tem um menr númer de alternativas d que sistema lgístic dméstic. Para perar cm lgística n mercad extern deve-se estudar as peculiaridades da cncrrência e a legislaçã d país parceir. Mesm quand prduts sã iguais, há diferentes perações lgísticas enfrentadas, pels mtivs ainda citads pr Ballu (2007): natureza da distribuiçã internacinal, cmpetiçã, legislaçã e regulamentaçã gvernamental. Para perar n mercad extern, as empresas devem atender uma série de desafis e diferenças entre s países resultantes da cmplexidade das cadeias glbais de supriment. Cnfrme Quadr 4, Larrañaga (2003) elenca uma lista de assunts e perações que envlvem cnceit de cadeia glbal. Quadr 4 - Operações que envlvem a cadeia glbal. COMPONENTES INFLUÊNCIAS Temp de cicl Operações Integraçã de sistemas Alianças Fnte: Larrañaga (2003). Mair diferença entre perações internas e externas. Os prcediments de exprtaçã causam maires atrass nas perações, desta frma cicl se trna mais lng e mens flexível em cmparaçã a cicl dméstic. Impact imprtante n planejament e execuçã ds serviçs lgístics. A cmplexidade ds transprtes internacinais, dcumentaçã, a diferença de idimas e mair ferta de prduts sã as maires diferenças entre mercad intern e extern. Sã pucas empresas que mantém um sistema de infrmaçã integrad dentr da cadeia glbal para que s dads sejam passads em temp real. Os frnecedres e parceirs sã essenciais para sucess das perações lgísticas. Nã é pssível evitar a glbalizaçã, mas s desafis de uma peraçã lgística glbalizada cmplicam surgiment de sistemas eficientes e eficazes de regiã para regiã. Já pr utr lad cresciment ecnômic, reginalizaçã, tecnlgia, abrdagem da cadeia de supriment mtivam às perações lgísticas sem frnteiras (BAWERSOX; CLOSS, 2004).

22 2.2 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Técnicas e prcediments utilizads pr empresas industriais, cm cnceits Just in time (JIT), Kanban e Cntrle Estatístic d Prcess (CEP) fram antecedentes ds mais nvs cnceits em prduçã que evluíram a lng ds ans de 1990. Após a lgística integrada cmeçu a se desenvlver term Supply Chain Management, a gestã da cadeia de supriments (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2000). A Figura 1 apresenta mdel da evluçã da era lgística desde s temps em que nã se pensava estar rganizand sistema de uma frma prática. Figura 1 - Evluçã d pensament lgístic. Era d supply chain Evluçã d Pensament Lgístic Lgística cm diferenciaçã ans 80 até hje Era d fc n cliente Busca pr eficiência ans 70 até mead ds Era da integraçã interna Funções integradas ans 60 até iníci ds Era da especializaçã Ênfase ds desempenhs funcinais ans 40 até iníci ds Era d Camp de Mercad Ecnmia agrária iníci d sécul até Fnte: Fleury, Wanke e Figueired (2000, p. 51).

23 Fleury, Wanke e Figueired (2000) apntam a gestã da cadeia de supriments cm um cnceit nv de ferramenta gerencial, mas que pde gerar grandes resultads na sua implementaçã. Para Taylr (2005), pucas empresas sã preparadas para lidar cm sua cadeia de supriments, prém também nã prcuram desenvlver nenhuma estratégia para cmbater prblema da falta de rganizaçã de suas cadeias. 2.2.1 Cnceit A cadeia de supriments em ligaçã cm a lgística, de acrd cm Ballu (2006, p. 29) é [...] um cnjunt de atividades funcinais [...] que se repetem inúmeras vezes a lng d canal pel qual matérias-primas vã send cnvertidas em prduts acabads, as quais agrega valr a cnsumidr. O Supply Chain Management é uma abrdagem sistêmica que prvca interaçã de tds s participantes n prcess a fim de reslver u identificar prtunidades nas atividades de perde-e-ganha nas empresas, s chamads tradeffs (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2000). Para Fleury, Wanke e Figueired (2000, p. 42): [...] SCM representa esfrç de integraçã ds diverss participantes d canal de distribuiçã pr mei da administraçã cmpartilhada de prcesss-chave de negócis que interligam as diversas unidades rganizacinais e membrs d canal, desde cnsumidr final até frnecedr inicial de matérias-primas. E segund Ballu (2006, p. 29): A gestã da lgística empresarial passu a ser em geral chamada de gerenciament da cadeia de supriments. Sã também usads terms cm redes de valr, crrente de valr e lgística enxuta a fim de descrever escp e bjetiv similares. [...] Para Gmes e Ribeir (2004) s bjetivs d Supply Chain Management sã basicamente maximizar envlviment entre as partes da cadeia prdutiva para atender cnsumidr final eficientemente, reduzir s custs cm as transações de transprtes, diminuir a variabilidade de demanda prduts, adicinar valr as prduts pr mei da criaçã de bens custmizads, reduzir estques e frnecedres. Um grup de pesquisa ds EUA (GSCF) citads pr Pires (2004, p. 58) definiram Supply Chain Management cm a [...] integraçã ds prcesss de

24 negócis desde usuári final até s frnecedres riginais (primáris) que prvidenciam prduts, serviçs e infrmações que adicinam valr para s clientes e stakehlders. Segund Keedi (2004, p. 65) gerenciament da cadeia de supriments representa um instrument para a integraçã de tda a cadeia de frma a ter-se um [...] cntrle ttal das perações, integrand tdas as unidades que fazem parte d prdut final e a sua entrega a cnsumidr. 2.2.2 Abrangência d Supply Chain Management Para Pires (2004), s três grandes rams de atuaçã da gestã da cadeia de supriments sã prcess de negócis; tecnlgia, iniciativas, práticas e sistemas; e rganizaçã de pessas. O Supply Chain Management tem representad uma nva frma de btençã de benefícis de frma efetiva que pde ser cnsiderad uma visã atual da administraçã de materiais e da cadeia prdutiva de frma estratégica. Tds esses bjetivs devem ser aplicads nã pr uma pessa, mas pr tda uma equipe e parceirs cmerciais (GOMES; RIBEIRO, 2004). Os prcesss cnsiderads mais imprtantes para a implementaçã d SCM pr Fleury, Wanke e Figueired (2000) sã: Quadr 5 - Passs para a implementaçã d SCM. PASSOS 1. Relacinament cm cliente CARACTERÍSTICAS Equipes fcadas em clientes estratégics a fim de trnar seus prduts u serviçs atrativs as mesms. 2. Serviç as clientes Atendiment de frma eficiente às cnsultas e aquisições ds clientes. 3. Administraçã da demanda Captar e atualizar dads de demanda. 4. Atendiment de pedids 5. Administraçã d flux de prduçã Suprir s pedids sem errs e n praz cmbinad. Utilizar sistemas flexíveis às mudanças nas cndições de mercad. Cntinua...

25...Cntinuaçã 6. Cmpras/supriment 7. Desenvlviment de nvs prduts Fnte: Fleury, Wanke e Figueired (2000). Manter relações de parceria cm frnecedres. Quant antes haja envlviment ds frnecedres n desenvlviment melhr. A Figura 2 ajuda a entender as diferenças entre as atividades de lgística e as atividades de gestã da cadeia de supriment. Figura 2 - Supply Chain Management e lgística integrada. Supply Chain Management ESI ESI CRM CRM Frnecedr Frnecedr Fábrica Distribuidr LOGÍSTICA INTEGRADA Cliente Final Lgística de abasteciment Sistema de abasteciment; Transprte; Estques; Etc. Lgística interna PCP; Material; Estques; Etc. Lgística de distribuiçã Sistema de distribuiçã; Transprte; Estques; Etc. Fnte: Adaptad de Pires (2004, p. 60). Outr pnt a ser cnsiderad é a utilizaçã sftwares para que haja cntrle de tda a cadeia. Hje em dia é praticamente impssível manter uma empresa sem um sistema interligand as infrmações, que antigamente era feit cm a simples ajuda de uma calculadra (TAYLOR, 2005). Esses sistemas aliads a SCM, segund Gmes e Ribeir (2004) pdem trazer benefícis cm a eliminaçã da necessidade de funcináris manuseand dcuments, reduçã de atrass e custs. Baseads em exempls reais, Fleury, Wanke e Figueired (2000) afirmam que a aplicaçã d SCM permite a eliminaçã de previsões a lng praz, d excess de estques e cancelament de pedids, bem cm cresciment da rentabilidade, atendiment imediat ds pedids, reduçã ds custs peracinais e temps de cicl.

26 Parra e Pires (2003) refrçam que aprimrament d SCM traz resultads psitivs para empresas de td e qualquer ram. Os mesms também cnstataram em sua pesquisa, que s benefícis estã ligads a melhrias n prcess cm a previsã de vendas, racinalizaçã ds prduts e mair integraçã cm s frnecedres. A tecnlgia é uma grande ferramenta para se bter ganhs nas estratégias rganizacinais, vist que s ganhs n prcess de gestã da cadeia de supriment sã psitivs em tds s rams, cm citad anterirmente. Prém alguns cass cm empresas d setr petrquímic e varej nã estã btém s mesms ganhs em relaçã à flexibilidade devid à deficiência na infraestrutura de TI cm s sócis da cadeia (MAÇADA; FELDENS; SANTOS, 2007). O tema Supply Chain Management e sustentabilidade pssui relaçã cm várias áreas d cnheciment, cm destaque para Ecnmia, Engenharia, Ciência Ambiental e Eclgia, Operacinal e Ciência da Cmputaçã, assim pr rdem de imprtância. Estes resultads evidenciam a precupaçã n ambiente de negócis em manter a administraçã da cadeia de supriments e sustentabilidade (ROCHA et al, 2013). 2.3 REGIME ADUANEIRO DRAWBACK Entre s principais e mais antigs incentivs fiscais cncedids à exprtaçã encntra-se regime aduaneir Drawback. O principal intuit desse regime é desnerar a imprtaçã de insums para serem empregads na prduçã de bens destinads a exprtar (GARCIA, 1997; MARQUES, 1999; ARAUJO; SARTORI, 2003; ASHIKAGA, 2004). N Brasil este regime representa um instrument muit imprtante para a exprtaçã, uma vez que a alta carga tributária vigente que incide sbre as imprtações de insums, matérias-primas e prduts intermediáris afeta n cust da venda d prdut final (ARAUJO; SARTORI, 2003), além de que muitas empresas iniciam suas atividades utilizand esse regime (MOORI; KONDA; GARDESANI, 2011). Segund Castr (2001, p. 319) regime aduaneir Drawback: [...] em geral resulta na reduçã ds custs de fabricaçã ds prduts exprtads, variand de acrd cm as alíqutas de imprtaçã e d percentual que a mercadria adquirida n exterir representa n cust ttal

27 d prdut exprtad, em cmparaçã a cust dessa matéria-prima eventualmente existente n mercad intern. De uma frma genérica, Drawback permite a isençã, suspensã u restituiçã d pagament de impsts na imprtaçã (u cmpra n mercad intern) de matéria-prima empregada na industrializaçã de bens destinads à exprtaçã, bem cm algumas perações especiais exclusivas para a mdalidade isençã e suspensã (DRAWBACK, 2002). A legislaçã federal que dispõe sbre a regulamentaçã das atividades aduaneiras, bem cm s regimes especiais para perar cm cmérci exterir encntra-se n Decret nº 6759 de 6 de fevereir de 2009, chamad Regulament Aduaneir. O Drawback está inserid mais especificamente n livr IV, títul I, capítul V, ds artigs 383 a 403, s quais vem sfrend alterações desde a publicaçã d Decret-Lei nº 37, de 1966. 2.3.1 Cntext históric De acrd cm a interpretaçã de Arauj e Sartri (2003) a existência d Drawback fi marcada pr quatr períds: primeiramente períd mais liberal de 1934 a 1982; segund marcad pela crise cambial entre 1982 e 1983; depis huve períd da retmada da utilizaçã d Drawback, entre 1983 a 1992; e pr fim quart períd que está cmpreendid de 1992 até s dias atuais, nde há uma plítica gvernamental vltada para cmérci exterir. Dads mais cmplets remntam a sua criaçã em 1966, cm a publicaçã d Decret-Lei nº 37. A partir de entã as mdificações realizadas pr Decrets, Prtarias e Cmunicads sã cnstantes, uma vez que a tributaçã e incentivs fiscais vêm mudand a lng ds ans. Em 1997, a Cnslidaçã das Nrmas de Drawback (CND), fi criada a fim de trnar pública a cncessã das mdalidades de suspensã e isençã d regime (DRAWBACK, 2002). Cm intuit de adequar as nrmas mdificadas às nvas situações impstas pel Sistema Integrad de Cmérci Exterir (SISCOMEX) e simplificar us peracinal d regime, ns últims ans muitas regras fram editadas regulamentand as mdalidades Suspensã e Isençã, trazend uma tendência de reduçã de atividades de cntrle da Secretaria de Cmérci Exterir (SECEX). Iss prprcinu uma simplificaçã ns prcediments, reduzind a quantidade de

28 dcuments de habilitaçã e acmpanhament, extinguind lauds técnics que trnavam muit mais difíceis as brigações para a empresa beneficiada (ARAUJO; SARTORI, 2003). Arauj e Sartri (2003) ainda ressaltam a imprtância d Drawback em um sentid de viabilizar desenvlviment da indústria brasileira e fment da entrada de dinheir n país, já que send um incentiv à exprtaçã nã pssui cm fundament a arrecadaçã de impsts. As perações de industrializaçã, instituídas em 1997 cm a publicaçã da CND, sã definidas cm qualquer peraçã que mdifique prdut, funcinament, acabament, apresentaçã, finalidade u aperfeiçament d mesm. O Cmunicad Decex nº 21 de 1997, hje revgad, fi substituíd pela Prtaria nº 11 de 2004 d qual a partir de entã fram atualizadas as determinadas intervenções em prduts que permitem pedid de Drawback (BRASIL, 2004): Quadr 6 - Operações de industrializaçã para pedid de Drawback. OPERAÇÕES DE INDUSTRIALIZAÇÃO Transfrmaçã Beneficiament Mntagem Renvaçã u recndicinament Acndicinament u recndicinament Fnte: Brasil (2004). CARACTERÍSTICAS Mdificaçã de matéria-prima u prdut intermediári gerand um nv prdut. Transfrma u aperfeiça funcinament, utilizaçã, acabament u aparência d prdut. Mntagem de prdut, peças u partes que resulte em nv prdut u partes independentes, pdend ser sbre a mesma classificaçã fiscal. Renvaçã de prdut usad u parte de prdut deterirad u inutilizad à renvaçã u restauraçã para sua utilizaçã. Altera a apresentaçã d prdut pela clcaçã de embalagem, mens quand a embalagem fr destinada exclusivamente a transprte. Dads d Brasil (2011) infrmam que cm aperfeiçament da tecnlgia fi pssível a evluçã deste regime aduaneir a mdel atual de Drawback Integrad, pela Prtaria Cnjunta nº 467/2010. Este permite a desneraçã de tributs na aquisiçã de insums n própri mercad intern para as três mdalidades vigentes Suspensã, Isençã e Restituiçã (esta última mens utilizada).

29 2.3.2 Drawback Integrad e suas mdalidades Em 25 de març de 2010 fram instituídas pela Prtaria Cnjunta RFB/SECEX nº 467, as nvas regras para regime aduaneir especial de Drawback Integrad, assinada pela Secretaria de Cmérci Exterir e pela Secretaria da Receita Federal, send que tdas as perações d chamad Drawback Verde- Amarel fram cnvertidas para tal. Segund text da Prtaria, regime aduaneir é definid cm: A aquisiçã n mercad intern u a imprtaçã, de frma cmbinada u nã, de mercadria para empreg u cnsum na industrializaçã de prdut a ser exprtad pderá ser realizada cm suspensã d pagament d Impst de Imprtaçã (II), d Impst sbre Prduts Industrializads (IPI), da Cntribuiçã para PIS/Pasep, da Cntribuiçã para Financiament da Seguridade Scial (Cfins), da Cntribuiçã para PIS/Pasep-Imprtaçã e da Cfins-Imprtaçã (BRASIL, 2010). Antes regime apenas cmpreendia a situaçã de imprtaçã de insums, diferentemente d Drawback Integrad nde é pssível cmprar mercadria também n mercad intern cm a isençã u suspensã d pagament de tributs se cmprvada a psterir exprtaçã. Além de matéria-prima, pderã ser amparadas pel regime mercadrias utilizadas para repar, criaçã, cultiv u atividade extrativista de prdut a ser exprtad. Este entende-se cm aquele que é diretamente destinad a exterir u vendid a empresas cmerciais exprtadras cm fim exprtaçã (BRASIL, 2010). Este regime especial pde ser cncedid à mercadria imprtada para beneficiament, matéria-prima, prdut semielabrad, peça, aparelh, mercadria destinada à embalagem, mercadria em prcess de industrializaçã de embarcaçã, prduts intermediáris destinads à fabricaçã de máquinas (ARAUJO; SARTORI, 2003) u prduts a critéri da Secex, levand-se em cnta a agregaçã de valr e resultad da peraçã (BRASIL, 2010). Segund a CND, At Cncessóri de Drawback deve ser emitid em nme da empresa cmercial, que após a imprtaçã enviará a respectiva mercadria, pr sua cnta e rdem, devend a exprtaçã d prdut ser realizada pela própria retentra (DRAWBACK, 2002). Este At Cncessóri, cm própri nme diz, é um pedid de cncessã d regime nde a empresa assume um cmprmiss e a partir deste pedid aprvad beneficiári pderá usufruir ds benefícis d regime, prém qualquer irregularidade n At Cncessóri pderá

30 anulada a peraçã pela Secretaria da Receita Federal d Brasil e pela Secretaria de Cmérci Exterir, n âmbit de suas cmpetências (BRASIL, 2009). Arauj e Sartri (2003) elencam alguns ds benefícis na utilizaçã d regime, cm: a suspensã/isençã ds tributs II, IPI, ICMS e AFRMM; a dispensa d exame de similaridade e de transprte em navi de bandeira brasileira. Segund Mri, Knda e Gardesani (2011) para empresas de pequen prte a principal vantagem é a melhr qualidade ds prduts imprtads, send que para as empresas de grande prte us d Drawback ferece mair númer de empregs e prprcina uma mair participaçã n mercad extern. Uma das principais desvantagens na utilizaçã d regime especial é a dificuldade em se ter pessas qualificadas, assim cm a cmplexidade da peraçã e cntrles fiscais; que a partir d mment em que sã cmpreendids, tais prblemas nas perações lgísticas diminuem (MOORI; BENEDETTI; KONDA, 2012). Para iss é necessári entender exatamente que sã as mdalidades d regime aduaneir especial de Drawback Integrad e quais suas principais características cnfrme relatad a seguir. 2.3.2.1 Drawback Integrad Suspensã Nesta mdalidade, a mercadria imprtada deve ser empregada na fabricaçã de utra que, brigatriamente deve ser exprtada (MARQUES, 1999), existind um praz estipulad para que s prduts em valr e quantidade determinads sejam utilizads na industrializaçã (GARCIA, 1997; VAZQUEZ, 2001). As perações lgísticas para essa mdalidade pssuem a seguinte sequência, cnfrme a Figura 3. Figura 3 - Sequência de perações para a mdalidade suspensã. IMPORTAÇÃO INDUSTRIALIZAÇÃO EXPORTAÇÃO Fnte: Arauj e Sartri (2003, p. 87).

31 Segund a redaçã dada pel Decret nº 8.010, de 16 de mai de 2013, Regulament Aduaneir passa a definir Drawback Integrad Suspensã cm: I - suspensã - permite a suspensã d pagament d Impst de Imprtaçã, d Impst sbre Prduts Industrializads, da Cntribuiçã para PIS/PASEP, da COFINS, da Cntribuiçã para PIS/PASEP- Imprtaçã e da COFINS-Imprtaçã, na imprtaçã, de frma cmbinada u nã cm a aquisiçã n mercad intern, de mercadria para empreg u cnsum na industrializaçã de prdut a ser exprtad (BRASIL, 2013a). Segund Arauj e Sartri (2003), beneficiári d regime deverá cmprvar as exprtações através de dcuments na imprtaçã e exprtaçã abrangend apensas um At Cncessóri, nã pdend estar vinculad à utrs tips de regime u incentiv à exprtaçã. A Secex pderá estabelecer cndições específicas para a cncessã d regime e inclusive exigir crngrama de exprtações. O praz de vigência d regime é de um an, permitind ser feita a prrrgaçã de mais um an, mens em cass de prduts que pssuam cicl lng de fabricaçã, nde neste cas praz máxim é cinc ans (BRASIL, 2009). De acrd cm Regulament Aduaneir excedente de mercadrias prduzidas a ampar d regime [...] pderá ser cnsumid n mercad intern smente após pagament ds tributs suspenss ds crrespndentes insums u prduts imprtads (BRASIL, 2009), prtant nada d que fi imprtad cm a suspensã de impsts pderá ficar n mercad intern sem que sejam tmadas as devidas prvidências, ficand sujeits a risc de (se nã cumprid cmprmiss n praz de 30 dias para a exprtaçã): devluçã a exterir; destinaçã para cnsum das mercadrias remanescentes, cm pagament ds tributs suspenss; destruiçã; entrega à Fazenda Nacinal, livres de quaisquer despesas desde que a autridade cncrde em recebê-las. Em tese, as perações de Drawback Integrad Suspensã ficam basicamente resumidas n esquema a seguir. A Figura 4 indica que para que haja a suspensã de tributs, anterirmente deve crrer a slicitaçã em frma de pedid à Secex. Cncedid At Cncessóri, a empresa pde imprtar sem a brigaçã de pagament de tributs referente à peraçã. Td prdut imprtad através d benefíci deve ser utilizad em perações de industrializaçã de prdut acabad a ser exprtad, uma vez que a exprtaçã precisa ser cmprvada e a Secex deve atestar a peraçã de Drawback.

32 Figura 4 - Pass a pass d Drawback Integrad Suspensã. Fnte: Brasil (2011, p. 9). 2.3.2.2 Drawback Integrad Isençã De acrd cm Garcia (1997) esta mdalidade é pst da Suspensã, send que nã se trata de uma imprtaçã de matéria-prima para a prduçã de bens a serem exprtads, mas sim para repr estque de alg que já fi exprtad anterirmente. As perações lgísticas para essa mdalidade pssuem a seguinte sequência, de acrd cm a Figura 5.

33 Figura 5 - Sequência de perações para a mdalidade isençã. IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO REPOSIÇÃO Fnte: Arauj e Sartri (2003, p. 135). Segund a redaçã dada pel Decret nº 8.010, de 16 de mai de 2013, Regulament Aduaneir passa a definir Drawback Integrad Isençã cm: II - isençã - permite a isençã d Impst de Imprtaçã e a reduçã a zer d Impst sbre Prduts Industrializads, da Cntribuiçã para PIS/PASEP, da COFINS, da Cntribuiçã para PIS/PASEP-Imprtaçã e da COFINS-Imprtaçã, na imprtaçã, de frma cmbinada u nã cm a aquisiçã n mercad intern, de mercadria equivalente à empregada u cnsumida na industrializaçã de prdut exprtad (BRASIL, 2013a). Garcia (1997) recmenda que as empresas emitam um laud técnic detalhand prdut, insums utilizads, fases de prduçã, resídus u perdas que crrerã em cada fase e destinaçã. N Regulament Aduaneir cnstam s principais elements que devem estar n At Cncessóri para que esta mdalidade seja cncedida (BRASIL, 2009): a) Valr e especificaçã da mercadria exprtada; b) Especificaçã e NCM das mercadrias a serem imprtadas u adquiridas n mercad intern; c) Valr unitári da mercadria imprtada, utilizada nas perações de industrializaçã de mercadria exprtada. O prcess geral de Drawback Integrad Isençã pde ser resumid cnfrme a Figura 6. N esquema bserva-se a principal diferença entre a primeira mdalidade citada: pedid de Drawback é efetuad após a exprtaçã de prdut fabricad cm matéria-prima imprtada. Sem cmprmiss de exprtar a empresa imprta s insums pagand s devids impsts, prém se cmprvada a venda para mercad extern dentr ds prazs estabelecids pde slicitar At Cncessóri aprvad pela Secex. Desta frma, a empresa ficará cm crédit para uma próxima imprtaçã, que será sem pagament ds tributs equivalentes à primeira imprtaçã.

34 Figura 6 - Pass a pass d Drawback Integrad Isençã. Fnte: Brasil (2011, p. 15). 2.3.2.3 Drawback Integrad Restituiçã Segund a redaçã dada pel Decret nº 8.010, de 16 de mai de 2013, Regulament Aduaneir passa a definir Drawback Integrad Restituiçã cm uma mdalidade que [...] permite a restituiçã, ttal u parcial, ds tributs pags na imprtaçã de mercadria exprtada após beneficiament, u utilizada na fabricaçã, cmplementaçã u acndicinament de utra exprtada (BRASIL, 2013a).

35 Essa mdalidade assemelha-se cm a Isençã, pr ser caracterizada após a imprtaçã, prduçã e exprtaçã. Send assim, a empresa a ptar pr iss e que nã tem interesse em repr estque, pde restituir-se ds impsts federais que incidiram na imprtaçã anterir (GARCIA, 1997). As perações lgísticas para essa mdalidade pssuem a seguinte sequência, cnfrme a Figura 7. Figura 7 - Sequência de perações para a mdalidade restituiçã. IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO RESTITUIÇÃO Fnte: Arauj e Sartri (2003, p. 145). Para Arauj e Sartri (2003) esta é a mdalidade mens utilizada n Brasil, prque é um tant ineficaz, uma vez que nã permite a necessária agilidade que demandam as perações de cmérci exterir. 2.3.3 Submdalidades Além d Drawback Integrad cmum cm as três mdalidades citadas anterirmente, a legislaçã estende cncessões de perações especiais u submdalidades deste regime aduaneir. Estas submdalidades pdem ser para uma das mdalidades de Drawback u para mais de uma delas. A definiçã das perações especiais está na Prtaria nº 11, de 25 de agst de 2004, a saber (BRASIL, 2004):

36 Quadr 7 - Submdalidades de Drawback. SUBMODALIDADES Drawback intermediári DEFINIÇÃO Caracteriza-se pela imprtaçã de mercadria pr empresas fabricantes intermediárias que frnecem seus prduts a empresas industriais para a efetiva industrializaçã final para exprtaçã. Se trna brigatóri infrmar a participaçã d fabricante-intermediári n RE, send que esse mdel é cncedid para a mdalidade isençã e suspensã. Drawback slidári Drawback genéric Drawback sem cbertura cambial Drawback para frneciment d mercad intern Drawback para embarcaçã Drawback agrícla Duas u mais empresas vinculadas a um únic cntrat pdem atuar na fabricaçã de um prdut de frma cnjunta, prém cada participante será respnsável pela imprtaçã e exprtaçã de mercadria u pendend ser realizad pr uma delas desde que seja detentra d At Cncessóri. Operaçã exclusiva para a mdalidade suspensã. É admitida a discriminaçã genérica da mercadria a imprtar e seu respectiv valr, dispensadas a classificaçã NCM e a quantidade. Smente na exprtaçã é que deverã cnstar descriçã, quantidade, valr ttal e NCM, send que esse mdel é cncedid exclusivamente para a mdalidade suspensã. O ingress de divisas crrespnderá à diferença entre valr ttal da exprtaçã e valr da parcela sem cbertura cambial da imprtaçã. Cncedid smente na mdalidade suspensã, caracteriza-se pel nã pagament parcial u ttal da imprtaçã. Pde crrer a imprtaçã de matéria-prima, prduts intermediáris e cmpnentes destinads à fabricaçã dentr d país, de máquinas e equipaments a serem frnecids para própri mercad intern. Caracteriza na mdalidade suspensã. É cncedid nas mdalidades suspensã e isençã para a imprtaçã de mercadrias destinadas à fabricaçã e mntagem de embarcações, send que venda pderá ser feita n mercad intern. Aprvad na mdalidade suspensã, cnsiste na imprtaçã de matéria-prima e utrs prduts utilizads n cultiv ds prduts agríclas u na criaçã de determinads animais que brigatriamente devem ser exprtads. Fnte: Brasil (2004). N próxim capítul destacam-se s prcediments metdlógics utilizads para desenvlviment da pesquisa de camp.

37 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para Kmeteuk Filh (2005) é praticamente impssível apresentar uma metdlgia que indique tds s pnts de uma pesquisa, n entant existe um cnsens de que s principais pnts subdividids em utrs mais específics sã planejament, cleta de dads, análise, interpretaçã e redaçã d relatóri. Huve um temp em que a teria e a metdlgia eram vists cm elements independentes, nde pesquisadres tinham um rientadr para a teria e utr para métd. Prém, ambs buscam mesm bjetiv send interdependentes, cm a teria cnfirmand uma investigaçã e a metdlgia de pesquisa tmand grande imprtância nesse prcess (VERGARA, 2010a). De acrd cm Resch (2007) é neste capítul que se descreve cm a mngrafia fi realizada a partir ds bjetivs geral e específics. Deste md, neste presente capítul serã apresentads delineament da pesquisa, definiçã da ppulaçã-alv, plan de cleta e análise de dads. 3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA Define-se aqui tip de pesquisa quant as fins e meis de investigaçã para se chegar as bjetivs geral e específics d estud. É necessári rientar-se sbre s mais adequads prcediments para efetivar trabalh cm qualidade (VIANNA, 2001). O presente trabalh caracterizu cm uma pesquisa descritiva quant as fins de investigaçã. A pesquisa descritiva é um levantament de dads cm características já cnhecidas que cmpõem um prcess u fenômen (SANTOS, 2004) que, n entant prcura descbrir cm que frequência alg crre e sua relaçã cm utrs fenômens, bservand, registrand, analisand sem manipuláls (KMETEUK FILHO, 2005). Este métd fi utilizad n estud, pis fram apresentadas uma série de infrmações btidas a partir d levantament de dads junt às empresas em questã. Desta frma, a pesquisadra prcuru expr e registrar as características de rganizações que utilizam regime aduaneir Drawback e fazer uma cmparaçã entre seu perfil, cm se dá a exprtaçã e imprtaçã de mercadria,

38 além de principalmente apresentar qual a piniã das empresas que utilizam u já utilizaram regime aduaneir Drawback alguma vez. Quant as meis de investigaçã, trata-se de uma pesquisa bibligráfica e de camp. A pesquisa bibligráfica está presente em praticamente tdas as etapas de pesquisa e nã cstuma trazer fats inédits, prém traz riginalidade de determinads racicínis pdend surgir utrs a partir dele (SANTOS, 2004). Nesta fase é feit um levantament de material já publicad cm livrs, revistas científicas e jrnais a respeit d assunt para esclarecer assunt de pesquisa através de utrs autres (VIANNA, 2001). A utilizaçã da pesquisa bibligráfica fi necessária para mair cnheciment d tema abrdad e suas relações cm s bjetivs d estud, desta frma a pesquisadra pde aprfundar seu saber e ter base para a elabraçã d questinári. A pesquisa de camp é realizada de frma empírica, basead em dads primáris, n lcal alv d estud (VERGARA, 2010b). Este tip de pesquisa requer a utilizaçã de instruments cm frmuláris, questináris, entrevistas e um préteste destes antes da aplicaçã (GIL, 2007). Fi utilizada a pesquisa de camp uma vez que estud necessitu de um mair envlviment cm as partes que utilizam u já utilizaram regime aduaneir Drawback na empresa, cm prfissinais interns de cmérci exterir. Mesm que pr e-mail e telefne, cntat fi efetuad entre pesquisadr e empresa, de frma primária, a fim de bter-se respstas que serviram depis para a análise de dads. 3.2 DEFINIÇÃO DA ÁREA OU POPULAÇÃO-ALVO A definiçã da ppulaçã-alv cnsiste em delimitar pessas, rganizações u fenômens ds quais serã pesquisads pr características básicas cm sex, faixa etária, empresas e lcalizaçã (LAKATOS; MARCONI, 2001). Segund Vianna (2010) a pesquisa pde englbar tda uma rganizaçã, assim cm um determinad departament, mas se prjet abrange uma ppulaçã da qual se pretende extrair algum aspect deverá definir-se um plan de amstragem.

39 O Sul d estad de Santa Catarina é subdividid em três micrrregiões denminadas Assciaçã ds Municípis da Regiã Carbnífera (AMREC), Assciaçã de Municípis da Regiã de Laguna (AMUREL) e Assciaçã de Municípis d Extrem Sul Catarinense (AMESC). A AMREC é cmpsta pr Criciúma (sede), Içara, Laur Muller, Mrr da Fumaça, Nva Veneza, Sideróplis, Urussanga, Frquilhinha, Ccal d Sul, Trevis, Orleans e Balneári Rincã. Tem a finalidade de ampliar e frtalecer a capacidade administrativa, ecnômica e scial destes municípis e prmver a cperaçã intermunicipal e intergvernamental (AMREC, 2014). Abaix uma síntese da estruturaçã da ppulaçã-alv de acrd cm bjetiv geral deste estud. Quadr 8 - Estruturaçã da ppulaçã-alv. OBJETIVO GERAL PERÍODO EXTENSÃO Analisar a utilizaçã d regime aduaneir Drawback nas perações lgísticas das empresas exprtadras de Santa Catarina Primeir semestre de 2014 Fnte: Elabrad pela pesquisadra (2014). Regiã Sul UNIDADE DE AMOSTRAGEM Empresas prdutras que exprtaram n an de 2013 ELEMENTO Respnsáveis pel setr de cmérci exterir Para a delimitaçã da ppulaçã que participu da pesquisa, utilizu-se a lista de empresas exprtadras d an de 2013 dispnibilizada n site d Ministéri d Desenvlviment, Indústria e Cmérci Exterir (MDIC). Filtrand-se pel estad de Santa Catarina e psterirmente as cidades que cmpreendem a regiã Sul, bteve-se a ppulaçã de 106 empresas entre prdutras, trading cmpanies e assessrias de cmérci exterir. Definiu-se que a pesquisa seria relevante se aplicada smente a empresas prdutras, das quais pdem imprtar matéria-prima e exprtar seus prduts. Send assim, após retirar estas empresas que nã se encaixaram n públic-alv e aquelas que pssuem filiais, a ppulaçã de 106 se reduziu a 90 empresas. Segund Lakats e Marcni (2001) clher as infrmações de um grande grup n td é praticamente impssível, pr iss a necessidade de definir uma amstra que represente cnjunt.

40 A partir das 90 empresas exprtadras pré-definidas, fi aplicada a pesquisa em 70 empresas, pel critéri de dispnibilidade de participaçã na pesquisa e pela acessibilidade junt às mesmas. Vale ressaltar que n períd de 08 a 30 de abril de 2014, 44 empresas retrnaram cm as respstas d instrument de cleta de dads, pssibilitand identificar que 13 empresas utilizam regime aduaneir Drawback e 31 nã utilizam regime. De acrd cm Barbetta (2001), n plan de amstragem aleatória simples pesquisadr precisa ter uma lista cmpleta ds membrs da ppulaçãalv em questã. Cm tamanh da ppulaçã é cnhecid, cnsidera-se a fórmula abaix para cálcul d tamanh mínim da ppulaçã finita: Quadr 9 - Fórmula para cálcul d tamanh mínim da amstra. Ppulaçã Infinita Ppulaçã Finita N = tamanh da ppulaçã n = tamanh da amstra n = uma primeira aprximaçã para tamanh da amstra E =err amstral tlerável Fnte: Adaptad de Barbetta (2001, p. 60). Desta frma, utilizand-se númer ttal de empresas que se encaixavam na pesquisa (90) e cm 44 empresas respndentes, err amstral cnstatad para esta pesquisa fi de 10,78%, cnfrme cálcul de err amstral definid pr Barbetta (2001) para ppulaçã finita. 3.3 PLANO DE COLETA DE DADOS O plan de cleta de dads deve ser mais adequad cm a necessidade de pesquisa e buscar esclarecer se s dads cletads sã primáris u secundáris (ROESCH, 2007). Cm base na metdlgia de pesquisa utilizada até mment, pde-se verificar que presente estud utilizu plan de cleta de dads primáris, uma

41 vez que fi feita a investigaçã direta junt à amstra de empresas exprtadras d Sul de Santa Catarina. Resch (2007) afirma que na cleta de dads primáris uma ppulaçã é investigada pel autr pr mei de instruments de pesquisa cm questináris, entrevistas e testes para que depis sejam analisads. Gil (2007) trata esse plan de cleta de dads cm send um levantament, pis interrga-se diretamente uma amstra u a ppulaçã ttal a fim de se bter cnclusões acerca de um fenômen, levand em cnsideraçã a margem de err. De acrd cm Vianna (2001), as técnicas de cleta de dads para uma pesquisa científica pdem ser quantitativa: quand da investigaçã d bjet de pesquisa pr mei de análise numérica utilizand questináris e entrevistas estruturadas; u qualitativa: quand s dads sã descritivs cm imagens e palavras, através da bservaçã, entrevistas abertas, ftgrafias e dcuments pessais. Para a técnica de cleta de dads utilizada para este estud, a quantitativa, questinári é um instrument muit utilizad cmpst pr várias perguntas, nde as questões devem ser respndidas pr escrit, sem a necessidade da presença d entrevistadr (LAKATOS; MARCONI, 2001). Segund Vergara (2010b) s questináris pdem ser de frma impressa u digital (mei eletrônic e e-mail), e permitem a utilizaçã de perguntas abertas, estruturadas u fechadas. Resch (2007, p. 142) refrça que [...] é um instrument que busca mensurar alguma cisa. De acrd cm Lakats e Marcni (2001) questinári pde apresentar vantagens cm ecnmia de temp, acess a um mair númer de pessas, abrangência de grande área gegráfica, rapidez, mens risc de distrçã de respstas e unifrmidade na avaliaçã; e desvantagens cm baix índice de questináris respndids, devluçã tardia das respstas, influência da respsta de uma questã às utras e dificuldade de cmpreensã pr parte ds infrmantes. Desta frma, questinári aplicad via Ggle Dcs, fi enviad diretamente para s prfissinais ds departaments de exprtaçã e imprtaçã das empresas pesquisadas, cntempland s seguintes aspects: i) Perfil empresarial; ii) Utilizaçã d regime aduaneir Drawback; e iii) Drawback nas perações lgísticas.

42 O questinári, presente n Apêndice A, fi elabrad tend cm base autres que já aplicaram pesquisas d mesm segment. Para a primeira etapa d questinári relacinada a perfil empresarial ds respndentes buscu-se verificar dads cm cidade, prte e temp de trabalh cm cmérci internacinal. A lista de setr de enquadrament industrial fi baseada ns dads gerais ds segments de atividade industrial em Santa Catarina, dispnibilizads em pesquisa da FIESC (2013). Cm relaçã à utilizaçã d Drawback, segunda etapa, a pesquisadra prcuru identificar alguns dads gerais cm mdalidades utilizadas, temp de trabalh cm regime, frequência de embarques, destins da mercadria, mdais e tips de matéria-prima amparads pel Drawback. O terceir aspect pesquisad, Drawback nas perações lgísticas, teve pr base s autres Mri, Benedetti e Knda (2012), Mri et al (2012), Mri, Knda e Gardesani (2011) e perguntas levantadas pel MDIC (2013) sbre Drawback Integrad Suspensã divulgadas n própri site. 3.4 PLANO DE ANÁLISE DE DADOS Entre s principais elements que cmpõem um prcediment de pesquisa estã s métds de análise de dads, ds quais pdem pssuir abrdagem quantitativa, qualitativa u mista, caracterizadas pel fc em questões fechadas, análise de dads numérics u dads nã-numérics (CRESWELL, 2007). Uma abrdagem qualitativa depende de muits fatres, cm a natureza ds dads, tamanh da amstra, instruments de pesquisa e a cnceituaçã teórica das questões (GIL, 2007) e pesquisadr busca investigar e desenvlver temas a partir deste dads cletads (CRESWELL, 2007). Segund Sampieri, Cllad e Lúci (2006) a abrdagem quantitativa utiliza a análise de dads para respnder perguntas de acrd cm a cntagem e frequência numérica ds dads através da estatística, buscand definir padrões exats para td. Neste sentid, presente estud pssui uma abrdagem essencialmente qualitativa, sem a utilizaçã de um tratament especificamente estatístic, cm a utilizaçã de médias pnderadas, dentre utrs.

43 4 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA Este capítul apresenta s resultads btids pr mei da cleta de dads junt à amstra de empresas exprtadras d Sul d estad de Santa Catarina. O questinári fi aplicad pr e-mail e pr cntat telefônic, quand huve a dispnibilidade d respndente. Em sua grande mairia, s questináris fram enviads a prfissinais de cmérci exterir que btém cntat diret tant cm exprtaçã tant cm imprtaçã, buscand efetividade nas respstas. D ttal de 70 questináris aplicads, bteve-se retrn de 44 questináris respndids, send empresas usuárias e nã usuárias d regime aduaneir Drawback. A seguir está uma análise detalhada de cada pnt questinad, levand-se em cnsideraçã s bjetivs específics da pesquisa. 4.1 PERFIL DAS EMPRESAS O primeir pnt identificad na pesquisa fi a frequência de utilizaçã d regime aduaneir Drawback. Das 44 empresas respndentes, apenas 13 (30%) utilizam u já utilizaram, enquant 31 (72%) ainda nã se beneficiam desse regime. Identificu-se na regiã uma pequena prcentagem de empresas que cstumam utilizar regime aduaneir em questã, bem cm diferenças entre perfil das empresas em geral. Ns Quadrs 10 e 11 é pssível bservar características cm setr industrial em que as empresas se enquadram, prte, temp de trabalh cm mercad extern e a cidade da qual pertencem. Tmand a utilizaçã d Drawback cm fatr de divisã, bteve-se perfil das empresas cnfrme Quadr 10. Das 13 respndentes, s setres da qual pertencem sã alimentíci, metalúrgic, prduts plástics, vestuári, máquinas e equipaments, cm destaque para setr químic e cerâmic. Observu-se um grande ptencial para a indústria cerâmica e química, que juntas representam 61% das empresas que utilizam u já utilizaram regime aduaneir Drawback, cmpreendend empresas de grande e médi prte e cm ampla experiência cm cmérci internacinal. Dads cnfirmads pela FIESC (2013), infrmand que s setres cerâmic, químic e supermercads sã s de mair destaque na arrecadaçã de ICMS na mesrregiã Sul de Santa Catarina.

44 Quadr 10 - Perfil das empresas que utilizam u já utilizaram Drawback. SETOR QUANTIDADE PORTE TEMPO MERCADO EXTERNO CIDADE TOTAL F % Alimentíci 1 Grande Mais de 30 ans Nva Veneza 1 7,69 Cerâmic Máquinas e Equipaments 1 Grande Mais de 30 ans Ccal d Sul 2 Médi 10 a 15 ans Içara 1 Médi 20 a 25 ans Mrr da Fumaça 4 30,77 1 Médi 15 a 20 ans Criciúma 1 7,69 Metalúrgic 1 Médi 15 a 20 ans Criciúma 1 7,69 Prduts Plástics 1 Médi 5 a 10 ans Orleans 1 7,69 1 Médi 10 a 15 ans Içara Químic 1 Médi 10 a 15 ans Criciúma 1 Médi 15 a 20 ans Sideróplis 1 Médi 20 a 25 ans Criciúma 4 30,77 Vestuári 1 Médi 10 a 15 ans Criciúma 1 7,69 TOTAL 13 100,00 Fnte: Dads btids pela pesquisa (2014). Nta-se que destaque está para empresas que trabalham cm mercad internacinal há mais de 10 ans. Huve unanimidade entre as empresas de grande prte, nde ambas atuam n cmérci exterir há mais de 30 ans. Quant mais as empresas prcuram baixar s custs, cnsequentemente há mair busca pr insums mais barats trazids de utrs países cm nível elevad de cnheciment em determinad prdut (BALLOU, 2007). Cm iss pde-se verificar que benefíci ds regimes trna-se mair à medida que a empresa adquire knw-hw em sua utilizaçã e pssivelmente sã fatres que cntribuem em parte d sucess das rganizações. As empresas respndentes d Sul de Santa Catarina que cstumam utilizar Drawback sã de Criciúma, Içara, Nva Veneza, Sideróplis, Ccal d Sul, Mrr da Fumaça e Orleans. Vale ressaltar que cm pl industrial desta mesrregiã, representad pela mair ppulaçã e uma das maires cidades d estad, municípi Criciúma pssuiu mair parcela de empresas ds variads setres industriais citads para esta pesquisa. Verificu-se que nenhuma das empresas respndentes é de pequen prte. Percebe-se que as grandes e médias empresas sentem-se preparadas para utilizar de artifícis que as trnem cmpetitivas n mercad, uma vez que já estã cnslidadas n cmérci internacinal. O Drawback, assim cm utrs regimes

45 aduaneirs especiais, requer cnheciment especializad de perações devid as cntrles fiscais e de matéria-prima necessári e esse prcess demanda temp e estud das partes envlvidas. A pesquisa prtunizu verificar que a mairia das empresas desta regiã nã utiliza esse regime aduaneir, cnfrme bservad n Quadr 11. Quadr 11 - Perfil das empresas que nã utilizam Drawback. SETOR QUANTIDADE PORTE Alimentíci TEMPO MERCADO EXTERNO CIDADE 1 Grande 10 a 15 ans Içara 1 Médi 5 a 10 ans Frquilhinha TOTAL F % 2 6,45 Autpeças 1 Médi 20 a 25 ans Nva Veneza 1 3,23 2 Médi 10 a 15 ans Criciúma 2 Grande 5 a 10 ans Criciúma 1 Grande 5 a 10 ans Içara Cerâmic 1 Grande Mais de 30 ans Criciúma 1 Médi 20 a 25 ans Criciúma 1 Médi 5 a 10 ans Criciúma 2 Médi Mens de 5 ans Criciúma 10 32,26 Cnstruçã Civil 1 Grande 20 a 25 ans Criciúma 1 3,23 Máquinas e Equipaments Metalúrgic 1 Pequen 15 a 20 ans Criciúma 1 Médi 10 a 15 ans Mrr da Fumaça 1 Médi Mens de 5 ans Içara 1 Micrempresa 5 a 10 ans Criciúma 1 Pequen Mens de 5 ans Mrr da Fumaça 1 Médi 5 a 10 ans Urussanga 1 Médi 10 a 15 ans Nva Veneza 1 Médi 15 a 20 ans Nva Veneza 1 Pequen Mens de 5 ans Içara 1 Pequen Mens de 5 ans Criciúma 5 16,13 5 16,13 Prduts Elétrics 1 Médi 5 a 10 ans Sideróplis 1 3,23 Prduts Plástics Químic 1 Médi Mens de 5 ans Içara 1 Médi 10 a 15 ans Mrr da Fumaça 1 Grande 15 a 20 ans Orleans 1 Grande 15 a 20 ans Criciúma 1 Pequen 15 a 20 ans Criciúma 3 9,68 2 6,45 Vestuári 1 Grande Mens de 5 ans Criciúma 1 3,23 TOTAL 31 100,00 Fnte: Dads btids pela pesquisa (2014).

46 O setr de enquadrament industrial é mais diversificad, assim cm prte das empresas e temp de atuaçã cm mercad extern. Os setres encntrads fram alimentíci, autpeças, cerâmic, cnstruçã civil, máquinas e equipaments, metalúrgic, prduts elétrics, prduts plástics, químic e vestuári. O setr cerâmic cntinuu em evidência representand szinh 32% das empresas, desta vez para empresas que nã utilizam Drawback. Também merece destaque setr metalúrgic e de máquinas e equipaments, que representaram 32% das empresas. Cm relaçã as respndentes que nã utilizam Drawback, bservuse um destaque para médias empresas, prvand que a mairia das empresas exprtadras da regiã Sul de Santa Catarina sã de médi prte. Situaçã que vem se cnfirmand desde 2010 em utras pesquisas efetuadas pela FIESC (2011), pr exempl, cm seu diagnóstic d setr exprtadr catarinense. Nrmalmente, metade das empresas participantes de sua pesquisa é de médi prte e atuante cm mercad extern. Huve uma diferenciaçã cm relaçã a temp de trabalh cm mercad extern entre Quadr 10 e 11. Nesta nva situaçã, bservu-se que as empresas que nã utilizam regime tem puca experiência cm mercad extern, temp que varia entre 5 a 10 ans e mens de 5 ans. Para Bawersx e Clss (2004) nã é pssível evitar a glbalizaçã, mas s desafis de uma peraçã lgística glbalizada cmplicam surgiment de sistemas eficientes e eficazes de regiã para regiã. Iss evidencia que para estar se beneficiand cm Drawback, as rganizações precisam se cnslidar n mercad e bter td cnheciment necessári envlvid. Prém, um fatr nã citad ainda, fi a falta de necessidade de imprtaçã de matéria-prima. Cnstatu-se que muitas empresas entrevistadas nã buscam insums n exterir, pr bterem td necessári dentr d país a um preç cmpetitiv. Estas empresas nã visualizaram a pssibilidade de imprtaçã n mment e iss nã está interferind em sua cmpetitividade. Pde-se bservar que neste cas prte da empresa nã influenciu n resultad de temp cm mercad extern. A mairia das empresas de grande prte que nã utiliza Drawback trabalha cm cmérci exterir há mens de 10 ans, demnstrand um temp relativamente baix se cmparadas às empresas que utilizam regime.

47 Criciúma era sétim municípi da lista ds que pssuem mair númer de empresas exprtadras, apresentand 47 empresas n an de 2012 (FIESC, 2013). Além diss, é a única da regiã Sul que se destacu entre as primeiras cidades da lista. Para esta pesquisa metade das empresas questinadas que nã cstumam utilizar Drawback é da cidade de Criciúma (16). Os utrs municípis d Sul de Santa Catarina fram representads pr empresas de Içara, Nva Veneza, Mrr da Fumaça, Frquilhinha, Urussanga, Sideróplis e Orleans. O pl cerâmic se sbressaiu na cidade de Criciúma, que pr sua vez também é frte n setr químic. Nva Veneza apresentu tendência para ram metalúrgic e autpeças, d qual as únicas três respndentes d municípi pertenciam a esse setr. Percebeu-se que as empresas da regiã Sul de Santa Catarina ainda nã recnhecem regime aduaneir Drawback cm fatr de cmpetitividade. Empresas de pequen, médi e grande prte, algumas cm bastante temp de trabalh cm mercad extern, estã deixand de se beneficiar cm este regime que gvern ferece à indústria exprtadra a fim de trnar país cnhecid lá fra, fmentar a ecnmia e equilibrar a balança cmercial. Alguns ds mtivs cnstatads sã a falta de experiência cm determinads prcesss e da própria existência d regime. A cmplexidade pde assustar inicialmente, adiand a adesã a regime pela empresa. Alg cnfirmad pel própri MDIC na divulgaçã de um questinári cm final de pstagem em març de 2014, cm bjetiv de clher cntribuições ds usuáris de Drawback Integrad Suspensã para a intrduçã de melhrias nas nrmas reguladras, prcediments peracinais e sistemas gerenciais d regime (BRASIL, 2013b). A seguir apresenta-se uma análise e expsiçã ds dads baseads na piniã das 13 empresas que efetivamente utilizam u já tiveram algum cntat cm regime aduaneir Drawback. 4.2 UTILIZAÇÃO DO DRAWBACK Para melhr visualizaçã ds dads btids, esse subcapítul apresenta alguns gráfics cnfrme as questões feitas às empresas. O primeir pnt

Númer de empresas 48 bservad fi que dentre as quatr mdalidades, a mair parcela das empresas utiliza Drawback Integrad Suspensã. Figura 8 - Mdalidades de Drawback utilizadas pelas empresas. Númer de empresas 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 11 Drawback Integrad Suspensã Fnte: Dads btids pela pesquisa (2014). 3 Drawback Integrad Isençã 2 2 Drawback Integrad Restituiçã Drawback Verde Amarel Pr ser uma questã de múltipla esclha, fram btidas mais respstas d que ttal de empresas, prtant identificu-se que utilizam as demais mdalidades d regime de frma cmbinada. Cnfrme a Figura 8, nze (84%) empresas utilizam Drawback Integrad Suspensã. Esta se trnu a mdalidade mais cmum entre as empresas, uma vez que para efetuar Drawback, nrmalmente se faz um planejament de cmpra basead naquil que efetivamente irá exprtar. Desta frma, é pssível suspender pagament ds impsts já n at da primeira imprtaçã, preservand recurss financeirs desde iníci da peraçã. N que diz respeit a temp de trabalh cm regime, verificu-se que a mairia utiliza há mens de 10 ans, cnfrme a Figura 9. Figura 9 - Temp de trabalh cm Drawback. 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 5 6 1 1 Mens que 5 ans Entre 5 a 10 ans Entre 10 a 15 ans Mais de 30 ans Fnte: Dads btids pela pesquisa (2014).