Economias externas, atributos urbanos e produtividade: evidências a partir do nível salarial industrial das microrregiões brasileiras,

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO REGIONAL ELTON EDUARDO FREITAS Economias exernas, aribuos urbanos e produividade: evidências a parir do nível salarial indusrial das microrregiões brasileiras, BELO HORIZONTE/MG UFMG/CEDEPLAR 2012

2 ii ELTON EDUARDO FREITAS Economias exernas, aribuos urbanos e produividade: evidências a parir do nível salarial indusrial das microrregiões brasileiras, Disseração apresenada ao curso de Mesrado em Economia do Cenro de Desenvolvimeno e Planejameno Regional da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisio parcial à obenção do Tíulo de Mesre em Economia. Orienador: Prof. Dr. Rodrigo Ferreira Simões Belo Horizone, MG Cenro de Desenvolvimeno e Planejameno Regional Faculdade de Ciências Econômicas UFMG 2012

3 iii ELTON EDUARDO FREITAS ECONOMIAS EXTERNAS, ATRIBUTOS URBANOS E PRODUTIVIDADE: EVIDÊNCIAS A PARTIR DO NÍVEL SALARIAL INDUSTRIAL DAS MICRORREGIÕES BRASILEIRAS, Esa disseração foi submeida à coordenação do curso de Mesrado em Economia do Cenro de Desenvolvimeno e Planejameno Regional da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisio parcial à obenção do Tíulo de Mesre em Economia. Esa disseração enconra-se à disposição dos ineressados na Biblioeca da referida Universidade. A ciação de qualquer recho desa disseração é permiida, desde que feia de acordo com as normas de éica cienífica. Daa de Aprovação: / / Profº. Rodrigo Ferreira Simões (CEDEPLAR-UFMG) (Orienador) Profº. Carlos Robero Azzoni (FEA-USP) (Membro da Banca Examinadora) Profº. Bernardo Palhares Campolina Diniz (CEDEPLAR-UFMG) (Membro da Banca Examinadora)

4 iv A meus pais e a minha avó Angélica (in memoriam).

5 v AGRADECIMENTOS Agora enendo, mais do que nunca, o que Newon quis dizer com esar senado em ombros de giganes. Sobram giganes na base dese rabalho. O primeiro deles, sem sombra de dúvidas, foi meu orienador, Rodrigo Simões. Minha principal barreira na realização dese rabalho foi enfrenar a mim mesmo. O professor Rodrigo, com odo seu empenho, sabedoria, e, acima de udo, por sua exigência, me fez superar essa barreira para que eu viesse a concluir esa disseração. Agradeço a odos os giganes professores do CEDEPLAR. Àqueles com os quais ive conao direo em sala de aula: Ana Hermeo, André Golgher, Crisine, Edson Domingues, Fred, Gilbero, José Heleno, Mauro Borges, Mauro Sayar, Mônica Viegas e Sueli Moro. E aos que, indireamene, aravés desse efeio de knowledge spillovers que possui o CEDEPLAR, conribuíram para o meu aprendizado: Clélio Campolina, Eduardo Albuquerque, Gusavo Brio, Hugo Cerqueira, João Anônio, Crocco e Robero Mone-Mór. Agradeço a odos os amigos e amigas que ive o privilégio de conhecer no mesrado. Com eles, desfruei desse ambiene de pluralidade acadêmica que o CEDEPLAR proporciona. Em especial, agradeço ao Arhur, ao Alan e à Carol. Aos companheiros de urma, Tiago Rodare, Marcus (Barbudim), Jorge, Dani e Tabi, que ajudaram a ornar essa arefa menos árdua. Em especial, queria agradecer ao João Romero e ao Fabrício Silveira por oda ajuda que me proporcionaram ao longo deses rês anos de convivência, desde a ajuda com o inglês, a apresenação desa cidade que aprendi a apreciar, enfim, por muias ouras ajudas, obrigado. Gosaria de agradecer, ainda, aos membros da banca de avaliação da minha disseração, Prof. Bernardo Campolina e Prof. Carlos Robero Azzoni, por odos os seus comenários que foram fundamenais para gerar a versão final dese rabalho, além, é claro, pela honra de ê-los em minha banca. Agradeço a odos meus amigos e amigas de moradia em Belo Horizone, em especial aos giganes Maviael, Edilson e Maria Thereza, por oda semelhança hisórico-social que emos. Vejo em vocês espelhos para coninuar luando. Aos ambém amigos de moradia e companheiros de pós-graduação Fabrício Missio, João Esevão e Paulo Casaca, ouros giganes com quem ive o prazer de dividir momenos de alegrias e incerezas. Em especial, gosaria de agradecer ao Alexandre Weber, por sua amizade e odo apoio dado nos momeno iniciais desse mesrado, mesmo anes de por os pés em solo mineiro.

6 vi Não poderia de deixar de agradecer a ouros giganes com quem ive o prazer de conviver, durane nove meses, na Prefeiura de Belo Horizone: Sarah, Pablo, Maria Bordin, Heloisa, Júlio, Ana, Luizinho. Em especial, ao Rodrigo Nunes, pela oporunidade de aprendizado nesse período e, ambém, à Dirce por sua colaboração na revisão orográfica dese rabalho e pelas inúmeras conversas que me fizeram aprender basane. Mas a hisória não começa aqui, já me apoiei em inúmeros ombros para chegar aé ese momeno. Grandiosos são os ombros da minha mãe e de meu pai, Noélia e Ernaldo, que, aravés de esforços sobrenaurais, me deram um pouco de esudo, alimenação e vesimenas. Mas sem esforço algum, pois isso é peculiar a eles, me dão amor, honesidade e me ensinam a querer o que apenas é meu de direio. Agradeço a minha namorada, Naaly, pela sua doçura e respeio, pelos momenos de companheirismo, pela compreensão das minhas ausências quando me enregava aos esudos, ela, ambém, uma gigane, baalhadora, exemplo que levo em minha vida. Agradeço aos meus irmãos, Lílian, Liliana e Felipe, meus avôs e avós, ios e ias, primos e primas, por esarem presenes em minha vida, de cera forma, conribuindo em minha formação. Em especial, a minha avó Angélica, saudades eernas e um pouco de riseza por não esar presene em sua parida. Aos meus amigos, companheiros nos mais variados momenos dessa exisência, sobram hisórias, são grandes irmãos, Tiago, Fernando, Sudário, Edson, Paulo Rossi, PH, Israel, Carlim, Abílio, Marquinhos, e odo o resane da urma. Agradeço, ainda, ao CEFET-CE e à Universidade Federal do Ceará (UFC), por me er fornecido ferramenas fundamenais para chegar aé aqui, em especial aos professores Chico Soares e Sandra Sanos. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimeno Cienífico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa concedida durane o mesrado e, ambém, durane a graduação. Sem ese financiameno, esa pesquisa não eria sido realizada. A odos, meus sinceros agradecimenos.

7 vii "A ecnologia moderna é capaz de realizar a produção sem emprego. O diabo é que a economia moderna não consegue invenar o consumo sem salário." (Heber de Souza - Beinho)

8 viii SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES... ix INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS E EMPÍRICAS ASPECTOS TEÓRICOS SOBRE ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO ECONOMIAS INTERNAS E EXTERNAS DE ESCALA O MODELO DE LÖSCH E O CONCEITO DA ÁREA DE MERCADO EXTERNALIDADES E ESTRUTURA ECONÔMICA LOCAL ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES EMPÍRICAS ESTIMATIVAS DIRETAS DA FUNÇÃO DE PRODUÇÃO ESTIMATIVAS INDIRETAS DA FUNÇÃO DE PRODUÇÃO METODOLOGIA E BASE DE DADOS BASE DE DADOS DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS DEFINIÇÃO DA EXTENSÃO GEOGRÁFICA DEFINIÇÃO DOS SETORES METODOLOGIA MODELO EMPÍRICO DADOS EM PAINEL DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS RESULTADOS EMPÍRICOS RESULTADOS DESCRITIVOS RESULTADOS ECONOMÉTRICOS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO ANEXO A SERVIÇOS PRODUTIVOS MODERNOS ANEXO B LISTA DE SUB-REGIÕES ANEXO C CÁLCULO DOS SALÁRIOS REAIS REGIONALIZADOS ANEXO D ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS E MATRIZES DE CORRELAÇÃO

9 ix LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1.1 TIPOLOGIAS DE ECONOMIAS DE ESCALA FIGURA 1.2 CURVA DE DEMANDA ESPACIAL FIGURA 1.3 (A) CONE DE DEMANDA; (B) ÁREAS DE MERCADO CIRCULARES PARA VÁRIAS UNIDADES PRODUTORAS TABELA 3.1 ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS AZZONIVARIÁVEIS DO MODELO TABELA 3.2 ESTIMATIVA DO MODELO (2.11) TOMANDO COMO VARIÁVEL DEPENDENTE OS SALÁRIOS REAIS REGIONALIZADOS SEM CONTROLE PARA EFEITOS FIXOS TABELA 3.3 ESTIMATIVA DO MODELO (2.11) TOMANDO COMO VARIÁVEL DEPENDENTE OS SALÁRIOS REAIS REGIONALIZADOS COM CONTROLE PARA EFEITOS FIXOS TABELA 3.4 ESTIMATIVA DO MODELO (2.13) TOMANDO COMO VARIÁVEL DEPENDENTE OS SALÁRIOS REAIS REGIONALIZADOS TABELA A ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO TABELA A.2. - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES SEM CENTRALIDADE TABELA A.3. - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES COM CENTRALIDADE TABELA A.4. - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES SEM CONCENTRAÇÃO RELATIVA DE SERVIÇOS MODERNOS TABELA A.5. - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES COM CONCENTRAÇÃO RELATIVA DE SERVIÇOS MODERNOS TABELA A.6. - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES NÃO CARACTERIZADAS COMO CENTROS URBANOS DIVERSIFICADOS

10 x TABELA A.7. - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES CARACTERIZADAS COMO CENTROS URBANOS DIVERSIFICADOS TABELA A.8. - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES DA REGIÃO NORTE TABELA A.9. - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES DA REGIÃO NORDESTE TABELA A.10 - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES DA REGIÃO SUDESTE TABELA A.11 - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES DA REGIÃO SUL TABELA A ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS, VALORES MÍNIMO, MÉDIO, MÁXIMO E DESVIO PADRÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO PARA MICRORREGIÕES DA REGIÃO CENTRO-OESTE TABELA A.13. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE RECURSOS NATURAIS TABELA A.14. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE RECURSOS NATURAIS* TABELA A.15. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE CAPITAL INTENSIVO TABELA A.16. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE TRABALHO INTENSIVO TABELA A.17. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE TRABALHO INTENSIVO, PARA REGIÕES COM E SEM CENTRALIDADE TABELA A.18. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE CAPITAL INTENSIVO, PARA REGIÕES COM E SEM CENTRALIDADE TABELA A.19. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE RECURSOS NATURAIS, PARA REGIÕES COM E SEM CENTRALIDADE TABELA A.20. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE RECURSOS NATURAIS*, PARA REGIÕES COM E SEM CENTRALIDADE TABELA A.21. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE TRABALHO INTENSIVO, PARA REGIÕES COM E SEM CONCENTRAÇÃO RELATIVA DE SERVIÇOS MODERNOS

11 xi TABELA A.22. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE CAPITAL INTENSIVO, PARA REGIÕES COM E SEM CONCENTRAÇÃO RELATIVA DE SERVIÇOS MODERNOS TABELA A.23. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE RECURSOS NATURAIS, PARA REGIÕES COM E SEM CONCENTRAÇÃO RELATIVA DE SERVIÇOS MODERNOS TABELA A.24. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE RECURSOS NATURAIS*, PARA REGIÕES COM E SEM CONCENTRAÇÃO RELATIVA DE SERVIÇOS MODERNOS TABELA A.25. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE TRABALHO INTENSIVO, PARA CENTROS URBANOS DIVERSIFICADOS TABELA A.26. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE CAPITAL INTENSIVO, PARA CENTROS URBANOS DIVERSIFICADOS TABELA A.27. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE RECURSOS NATURAIS, PARA CENTROS URBANOS DIVERSIFICADOS TABELA A.28. MATRIZ DE CORRELAÇÃO PARA AS VARIÁVEIS DO SEGMENTO DE RECURSOS NATURAIS*, PARA CENTROS URBANOS DIVERSIFICADOS QUADRO 2.1. SETORES SELECIONADOS DA CNAE/95 POR DESCRIÇÃO E CÓDIGOS QUADRO A.1. SERVIÇOS PRODUTIVOS MODERNOS QUADRO A.2. REPONDERAÇÃO DOS PESOS DO IPCA NACIONAL PARA AS REGIÕES BRASILEIRAS

12 xii RESUMO O objeivo do esudo é idenificar em que medida a esruura produiva local de uma cidade poencializa as economias exernas de escala, implicando em ganhos de produividade de suas indúsrias, endo as microrregiões brasileiras como unidade geográfica de análise. Sabe-se que a produividade local é influenciada por elemenos relacionados ao capial humano, e, ambém por aribuos regionais, paricularidades indusriais que impacam no diferencial de produividade, diferenças na esruura produiva regional e, por fim, por aribuos urbanos quano à presença de cenralidade e disponibilidade de serviços complexos. O esudo uiliza dados de emprego formal para seores da Indúsria de Transformação e Exraiva agregados nos segmenos de Recursos Naurais, Capial Inensivo e Trabalho Inensivo. Essas informações foram obidas na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), enre os anos de 2000 e As esimações uilizam o modelo de dados em painel esáico com efeios fixos, o que permie capar possíveis diferenças regionais invarianes no empo, e omam o nível de salário indusrial local como variável endógena. Os resulados sugerem evidências de exernalidades locais do ipo localização/mar e urbanização/jacobs, porém, não aponam evidências de exernalidades Porer. Os resulados referenes aos aribuos urbanos indicam que indúsrias do segmeno de Capial Inensivo possuem vanagens apenas se esiverem localizadas em cenros urbanos diversificados, enquano indúsrias do segmeno Trabalho Inensivo conseguem ober vanagens localizadas em cenros urbanos de pore inermediário e especializados em poucas aividades indusriais. Os resulados sugerem, ainda, que cenros urbanos diversificados não influenciam a elevação da produividade no segmeno de Recursos Naurais. Palavras-chave: Economias exernas; Aribuos Urbanos; Produividade.

13 xiii ABSTRACT This sudy aims o idenify he exen o which local producion srucure of a ciy enhances exernal economies of scale, implying produciviy gains o heir indusries, aking he Brazilian micro-regions as a geographical uni of analysis. I is known ha local produciviy is influenced by facors such as ha relaed o human capial, regional aribues, paricular indusrial feaures ha impac on indusrial produciviy gap, differences in regional producive srucure and, finally, by urban aribues as he presence of a cenraliy and he availabiliy of complex services. The sudy uses formal employmen daa from he Transformaion and Exracive Indusry secors of aggregaed by segmens of Naural Resources, Labor Inensive and Capial Inensive. The informaion was obained from he Annual Social Informaion (RAIS), beween he years 2000 and The esimaes use saic panel daa model wih fixed effecs, which les one o capure he ime invarian possible regional differences. I also ake he local indusrial wage level as endogenous variable. The resuls sugges evidence of local exernaliies of he ype locaion/mar and urbanizaion/jacobs, alhough do no indicae evidence of Porer exernaliies. The resuls for he urban aribues indicae, for is urn, ha he Capial Inensive indusries segmen has advanage only if hey are locaed in diversified urban ceners, while he Labor Inensive indusries segmen can ake advanage locaed in middle-size urban ceners ha are specialized in a few indusrial aciviies. Besides, he resuls sugges ha diversified urban ceners do no influence he increase in produciviy wihin he Naural Resources segmen. Keywords: Exernal economies; Urban Aribues; Produciviy

14 14 INTRODUÇÃO Durane as duas úlimas décadas, os economisas vêm redescobrindo a geografia. Enquano a economia urbana e regional em sido e coninua a ser uma fore área de pesquisa, ouras áreas denro da economia êm aumenado a uilização das eorias em economia regional como insrumeno para examinar diferenes quesões. Uma endência cenral enconrada na lieraura diz respeio à enaiva de enender por que as aividades econômicas endem a se concenrar geograficamene e como as bases das economias locais se esruuram e moldam as desigualdades de renda enre regiões e pessoas 1. Esas quesões se ornam mais relevanes para aqueles países com exensa área geográfica, população elevada e diferenes eságios de desenvolvimeno seorial ou espacial. Ceramene, o Brasil se insere nese perfil. A economia brasileira é um exemplo ineressane da expansão capialisa com profundas desigualdades espaciais de renda, noadamene a parir da fase em que se inensifica o processo de indusrialização, após Esudos foram realizados na enaiva de compreender os faores que deerminam as desigualdades regionais no Brasil, ornando-se mais comuns na década de , quando a economia brasileira acelera a dinâmica de indusrialização e alcança axas de crescimeno exraordinárias em comparação com os parâmeros inernacionais de enão. Diane disso, a produividade e os salários consiuem duas variáveis muio exploradas, denro de variados conexos meodológicos, como configuração sínese das principais forças da dinâmica econômica e, porano, capazes de represenar as diferenças espaciais das economias subnacionais. A década de 1990 represenou um momeno de ransformações esruurais imporanes para a economia brasileira, após passar por período de esagnação econômica durane a década de Nese período, pôde-se observar a consolidação da esabilidade de preços, as mudanças no regime cambial e as aberuras comercial e financeira. O processo de inserção exerna da economia brasileira foi aprofundado e a aberura do mercado para compeição com produos esrangeiros rouxe maior compeiividade para a indúsria nacional. Nese ambiene de reesruuração produiva, a urbanização adquire papel de desaque pelo fao de receber parcela relevane dos invesimenos públicos e apresenar vanagens de economias de aglomeração. Diane do aumeno dos cusos urbanos dos principais pólos de produção, devido à modernização, a parir de meados de 1980, a economia brasileira 1 Ver Azzoni, (1986, 1997); Azzoni e Ferreira (1997); Haddad (1989); Diniz, (1987, 1993); Diniz e Lemos (1986); Cano (1994); Diniz e Crocco (1996). 2 Ver Baer (1975); Cano (1977); Baer, Geiger e Haddad (1978).

15 15 ingressou em um processo de reversão do paamar de concenração geográfica que vem se inensificando ao longo dos úlimos anos (AZZONI, 1986). Tudo isso foralecido pelos fundamenos ribuários e fiscais expressos pelas políicas esaduais de aração de invesimenos indusriais por meio de programas de incenivo, normalmene denominados de guerra fiscal. Por cona disso, as esraégias de formação e apoio de aglomerações produivas localizadas êm ganhado basane relevância por pare das políicas de desenvolvimeno regional e local, quano à geração de rabalho e renda. Essas esraégias visam a irar proveio dos efeios posiivos produzidos pela aglomeração produiva, favorecendo a compeiividade das empresas e do erriório. A concenração erriorial de aividades, com a proximidade enre empresas, pode gerar condições propícias ao desenvolvimeno de economias de escala e à realização de rendimenos crescenes. A lieraura sobre economias de aglomeração relaciona o crescimeno da aividade indusrial com os incremenos de produividade das firmas, advindos das economias exernas de escala, ou exernalidades locais, de acordo com a esruura produiva da região. Esas economias de aglomeração podem ser divididas, de acordo com o conexo, enre esáicas e dinâmicas. No conexo esáico, referem-se aos ganhos de produividade advindos do ambiene indusrial correne, enquano no conexo dinâmico, são as inerações enre os agenes no passado que afeam a produividade correne. (BEKELE e JACKSON, 2006). Quano à naureza desas exernalidades, exisem, basicamene, rês variações eóricas. Os ganhos de produividade exernos à firma e inernos à indúsria, ambém chamadas de economias de localização, ou exernalidades Marshall-Arrow-Romer (MAR) no conexo dinâmico, esão relacionados a uma esruura produiva especializada. Ao conrário, os ganhos de produividade exernos à firma e ambém exernos à indúsria, ou economias de urbanização, ou exernalidades Jacobs no conexo dinâmico, ocorrem em função da diversidade de aividades econômicas. Exisem, ainda, os ganhos de produividade relacionados às exernalidades Porer que esão ligados a um ambiene compeiivo e não de monopólio. (BEKELE e JACKSON, 2006). A parir de meados da década de 1980, os modelos de crescimeno econômico passaram a enfaizar o papel dos reornos crescenes de escala sobre o desempenho das economias. Lucas (1988) associa os reornos crescenes à acumulação de capial humano, enfaizando os reornos sociais que dela se originam. Ou seja, há um ganho de cada indivíduo proporcional ao esoque de capial humano da sociedade, que se reflee em aumeno do bem esar social. Romer (1986) apresena o invesimeno em novos conhecimenos, por exemplo, invesimeno

16 16 em aividades de pesquisa, como fone das economias de escala. Nese caso, o invesimeno em conhecimeno por pare das firmas leva a uma maior eficiência na difusão ecnológica e ransmissão de ideias relacionadas ao processo de produção. Em qualquer dos casos, ou seja, independene de sua fone, os reornos crescenes de escala dependem, fundamenalmene, da proximidade física enre os agenes econômicos. De fao, ese é o argumeno uilizado por diversos auores (GLAESER e al., 1992; HENDERSON, 1974; EATON e ECKESTEIN, 1997; LUCAS, 2001, enre ouros) a fim de jusificar a região como foco naural, ou laboraório naural, de análise para a verificação empírica de ais eorias (HENDERSON e al., 1995). Ou seja, uma vez que os reornos crescenes de escala consiuem faor chave do crescimeno econômico (KALDOR, 1994) e dado que eses se enconram na essência da própria exisência das cidades, decorre que relacionar o crescimeno nas cidades às economias de escala, e, nese caso, cabe denominá-las economias de aglomeração, equivale a por em prova as referidas eorias de crescimeno econômico. Além das caracerísicas de esruura produiva acima referidas, Glaeser e al. (1992) e Combes (2000a), enre ouros, verificam de que forma a compeiividade do ambiene de mercado influencia o desempenho indusrial nas cidades. Tem-se, aqui, uma complicada via de mão dupla. Por um lado, pode-se argumenar que a expansão da aividade produiva é associada a um ambiene indusrial mais concenrado, por diminuir a probabilidade de que compeidores se beneficiem dos fruos de inovações ecnológicas empreendidas por uma firma. Esa argumenação dá-se ao espírio de Marshall (1890). Por ouro lado, em um ambiene compeiivo, as empresas deparam-se com a necessidade de inovar a fim de não perderem suas paricipações relaivas no mercado, argumeno familiar ao de Porer (1990). Esa pesquisa visa a agregar novos procedimenos meodológicos que ampliem o especro de inerpreação das aglomerações produivas especializadas, no senido de idenificar a presença de economias de escala nos seores produivos locais. Ademais, ese rabalho se propõe a invesigar a relação enre a esruura econômica local e o nível de produividade local, via níveis de salários indusriais locais, e endo como dimensão geográfica de análise as microrregiões brasileiras. Para iso, ainda que a maioria dos rabalhos sobre o assuno uilize dados em cross-secion, o presene esudo uiliza uma meodologia de dados em painel, com o propósio de verificar o impaco de condições iniciais de mercado sobre o crescimeno, e, ambém, o iming deses efeios. Desare, a produividade local é influenciada não apenas por caracerísicas pessoais produivas, iso é, por elemenos relacionados ao capial humano, por aribuos regionais,

17 17 paricularidades indusriais que impacam no diferencial de produividade, ou por diferenças na esruura produiva regional, mas, ambém, por aribuos urbanos aqui idenificados quano à presença de cenralidade e disponibilidade de serviços complexos. O esudo uiliza dados de emprego formal de seores da Indúsria de Transformação e Exraiva, agregadas por segmenos de Recursos Naurais, Trabalho Inensivo e Capial Inensivo, endo como fone principal a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), enre 2000 e Cada segmeno é analisado individualmene, aravés de regressões com dados em painel esáico, de efeios fixos, onde se procura avaliar a exisência, a naureza e a magniude das exernalidades locais. A parir deses dados, são calculados os indicadores de especialização e diversidade seorial local, e compeição. Recenemene, a pesquisa empírica sobre as economias de aglomeração em mosrado inegável progresso, especialmene pela melhoria na qualidade dos dados disponíveis. No enano, apesar de inensos esforços, a lieraura sobre o ema parece ser inconclusa. As evidências aponam para a imporância, ora do papel das economias de urbanização/jacobs, ora das economias de localização/mar, ou mesmo das exernalidades Porer. Esa fala de consenso sobre as hipóeses abre espaço para novas verificações. Além disso, grande pare da lieraura empírica uiliza dados de países desenvolvidos, quando se sabe que o papel do ambiene econômico local difere de país para país. No Brasil, exise uma série de rabalhos desa essência. Enreano, a aplicação dese ipo de pesquisa, com um olhar sobre odo o erriório nacional, pelo que se em conhecimeno, ainda é incipiene. Assim, espera-se que a presene pesquisa, normalmene aplicada a países desenvolvidos, conribua para incremenar as pesquisas relaivas às regiões em desenvolvimeno. O rabalho enconra-se dividido em 3 capíulos, além desa inrodução e das considerações finais. O primeiro capíulo apresena uma revisão da lieraura relacionada. Procuramos reunir os principais elemenos eóricos e de análise empírica sobre economias de aglomeração. Inicialmene, abordamos alguns aspecos conceiuais sobre o ema, disinguindo os ipos de exernalidades enre localização/mar, urbanização/jacobs e Porer. O rabalho baseou-se na sisemaização do quadro eórico proposo por Rosenhal e Srange (2004). O segundo capíulo apresena a meodologia economérica e a especificação do modelo, o que envolve a descrição da represenação formal. Além disso, oura finalidade do capíulo é descrever o banco de dados e os indicadores uilizados. Novamene, ese foi consruído a parir da RAIS divulgada pelo MTE e se refere aos dados das Indúsrias de Transformação e

18 18 Exraiva, agregados de acordo com os segmenos de Recursos Naurais, Capial Inensivo e Trabalho Inensivo, enre os anos de 2000 e O erceiro capíulo apresena o resulado das esimações para cada um dos segmenos. O ineresse é verificar a imporância relaiva de cada uma das eorias de economias de aglomeração, às quais esa inrodução fez uma breve referência. Além disso, busca-se ober evidências do caráer urbano dessas exernalidades, ou seja, evidências de como seus valores são afeados, caso a região possua caracerísicas de cenros urbanos diversificados. Ao final do rabalho, esão as considerações finais, nas quais esão ressaladas as principais evidências empíricas enconradas no esudo, à luz da eoria apresenada no capíulo 1.

19 19 1 CAPÍTULO 1 ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS E EMPÍRICAS 1.1 ASPECTOS TEÓRICOS SOBRE ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO Economias de escala inernas às firmas são economias geradas a parir da esruura produiva da empresa, considerando-se os aspecos organizacionais inernos, ou seja, levandose em cona a forma como são alocados os faores de produção, a esruura de cusos, ec. Vale lembrar que esas economias inernas de escala geram vanagens de cusos das grandes empresas sobre as pequenas, implicando uma esruura de mercado de concorrência imperfeia. Enreano, nem odas as economias de escala se dão no nível da firma. As economias de escala podem ser exernas à firma, no nível das indúsrias. São as chamadas economias exernas de escala, ambém conhecidas como economias de aglomeração. Assim, as economias exernas de escala, na sua forma esáica, dividem-se em: economias de localização, ou seja, economias de escala exernas às firmas, mas inernas a um seor de aividade, em uma deerminada região; e economias de urbanização, que são economias de escala exernas às firmas e ambém exernas à indúsria. É imporane lembrar que as economias exernas de escala, semelhane ao que ocorre com as economias inernas, esão associadas a um aumeno no nível de produividade da firma, na sua forma esáica, e a um aumeno na axa de crescimeno da produividade da firma, na sua forma dinâmica. Esas, ambém conhecidas como exernalidades dinâmicas, esariam, segundo Gleaser e al. (1992), relacionadas ao crescimeno de uma dada localidade ou região. Quando consideradas em seu caráer dinâmico, economias exernas de escala são denominadas exernalidades Marshall-Arrow-Romer (MAR), expressão dinâmica das economias de localização, ou exernalidades Jacobs, caso no qual a diversidade de aividades indusriais em uma localidade, em um período de empo inicial, afea posiivamene a axa de crescimeno da produividade das firmas ali localizadas. A FIG. 1.1, a seguir, esquemaiza o exposo aé aqui sobre a ipologia de economias de escala.

20 20 Economias de escala Economias inernas de escala Economias exernas de escala Esáicas Dinâmicas Esáicas Dinâmicas Localização Urbanização MAR Jacobs Figura 1.1 Tipologias de economias de escala Fone: Junius (1999) Em suma, economias inernas de escala resulam em concorrência imperfeia, enquano economias exernas de escala levam à aglomeração das aividades econômicas. Por ouro lado, economias esáicas resulam em aumeno no nível de produividade das firmas e economias dinâmicas levam a aumenos na axa de crescimeno da produividade. Além disso, oura subdivisão, que diz respeio às economias de aglomeração, leva-nos às definições de economias de localização e de urbanização, por um lado, e de exernalidades MAR e exernalidades Jacobs, por ouro. O papel dos reornos crescenes de escala na configuração do espaço econômico, ideia desenvolvida, inicialmene, por Lösch (1974), passa a er uma imporância fundamenal em diversos modelos da economia regional. Lösch (1974) demonsrou que, mesmo que o espaço fosse homogêneo, poderia haver concenração da produção em um número limiado de localidades, o que seria decorrene do pressuposo fundamenal do seu modelo de que o aumeno da produção é acompanhado de economias de escala. Em suma, segundo Lemos (1988), a imporância da eoria de Lösch se deve ao fao desa er inroduzido rês imporanes conceios que influenciaram as análises fuuras dos problemas regionais. O primeiro foi a inrodução da curva de demanda no espaço e, desa forma, os cusos de ranspore passaram a er um papel relevane. O segundo conceio, imporane para ese rabalho, esá relacionado à inrodução de economias de escala na análise da quesão regional, onde esa passa a ser um elemeno analíico cenral na esruuração do espaço econômico. O erceiro conceio, que, na realidade, é uma fusão analíica dos dois aneriores, é o desenvolvimeno da ideia de uma área de mercado. Apesar de, analiicamene, o argumeno de Lösch ser mais simples, o pioneirismo em relacionar a concenração geográfica da aividade econômica a faores que vão além dos

21 21 recursos naurais, é devida a Marshall (1890). Em seu rabalho, Marshall descreve as vanagens de se concenrar firmas e rabalhadores de uma aividade econômica numa mesma área geográfica. Surge, a parir daí, o conceio de economias de aglomeração para jusificar a concenração geográfica de deerminadas indúsrias ECONOMIAS INTERNAS E EXTERNAS DE ESCALA Fujia e Thisse (1996) sugerem que, para Marshall (1890), essas economias de aglomeração decorrem de economias geradas pelo aumeno da escala de produção, e podem ser divididas em quaro fones: i) a primeira delas refere-se ao pore das firmas individuais, ou, dio de oura forma, economias de escala inernas dependenes dos recursos individuais das firmas; ii) a segunda diz respeio à formação de um mercado de rabalho especializado e à produção de conhecimeno, fruos da acumulação de capial humano e das inerações sociais; iii) a erceira é a disponibilidade de recursos e insumos necessários à produção; iv) por fim, a quara é aquela na qual Marshall desaca a infraesruura presene nos disrios indusriais como uma exernalidade posiiva gerada pela aglomeração. Noa-se que as rês úlimas fones dependem da escala da indúsria geograficamene concenrada, que proporciona economias exernas às firmas, mas inernas à indúsria. Exise, ainda, uma ineração das economias inernas e exernas, uma vez que os ganhos de produividade do rabalho advindos da escala écnica de produção reduzem o cuso uniário dos bens produzidos. Com isso, ampliam a escala efeiva do mercado, favorecem a ocupação da localidade originária da plana de produção e a aglomeração de pessoas. Ou seja, a ineração enre economias inernas e exernas propicia um processo cumulaivo localizado, de al sore que o espaço absrao e genérico é ransformado em espaço concreo e específico (LEMOS, 2008, p.13). As economias exernas são, assim, provenienes da escala da concenração geográfica de planas e firmas de uma indúsria especializada. Dessa forma, o aumeno da produividade dos faores decorre de ganhos de especialização. Ainda, para Marshall (1980), essas exernalidades de escala provenienes da especialização podem ser sineizadas em rês fones (conhecidas como ríade marshalliana): os efeios de encadeameno inerseoriais fornecedores-usuários gerados de economias exernas pecuniárias, ou seja, as vanagens associadas ao uso de insumos comuns a odas as firmas (inpu sharing); os efeios de knowledge spillovers (ransbordamenos de conhecimeno) ecnológicos inerfirmas geradores de economias exernas ecnológicas; os ganhos com a formação de pólos especializados de

22 22 rabalho que podem ser provenienes de economias exernas ano pecuniárias como ecnológicas (labor marke pooling). A primeira fone diz respeio ao fao de que produores buscam se esabelecer em locais com fácil acesso a insumos e, ambém, a mercado, para seus produos. Da mesma forma, localidades que possuam um grande número de produores endem a er, próximos a si, mercados para seus produos, bem como fornecedores dos insumos e bens de consumo inermediários demandados por eses produores. Isso possibilia às firmas paricipanes de uma indúsria localizada se especializarem em segmenos do processo de produção, fornecendo maérias-primas, bens e serviços inermediários à aividade principal. Decorrene disso, a proximidade com os fornecedores possibiliará uma redução nos cusos de produção (daí, pecuniárias) de uma firma individual e, ambém, dos fornecedores. Já a segunda fone, referene aos knowledge spillovers ecnológicos, raa da facilidade que a proximidade geográfica propicia para que conhecimenos relevanes do processo de produção de uma firma individual sejam ransmiidos, sem cusos, para ouras firmas, havendo rocas de informações écnicas e organizacionais relevanes para a melhoria de produos e processos da indúsria localizada. Deve-se ressalar que, mesmo com o avanço dos meios de comunicação, os processos de ransferência de conhecimeno são amplamene beneficiados pela proximidade, pois, segundo Feldman (1994), o conhecimeno aravessa corredores e ruas mais facilmene que coninenes e oceanos. Esse argumeno é crucial para o florescimeno da ação coleiva inovadora, pois depende, em grande medida, do que Sorper e Venables (2004) denominam de buzz of he ciy, ou seja, o burburinho das relações sociais formais e informais do meio urbano em que essas inerdependências se desenvolvem. O conao face-o-face é o elemeno chave dessas relações e sua naureza e especificidade são deerminadas pela aglomeração urbana. O conao face-oface possui quaro caracerísicas fundamenais, segundo os auores: i) é uma eficiene ecnologia de comunicação; ii) pode ajudar a resolver problemas de incenivo; iii) pode faciliar a socialização e a aprendizagem; iv) por fim, fornece moivação psicológica. Em suas próprias palavras, Sorper e Venables (2004) afirmam que face-o-face is paricularly imporan in environmens where informaion is imperfec, rapidly changing, and no easily codified, key feaures of many creaive aciviies. Por fim, uma firma obém grandes vanagens com a exisência de um mercado para a mão-de-obra especializada quando a indúsria é localizada. A ideia é que a aração de rabalhadores especializados para uma localidade amplia a ofera de força de rabalho para a indúsria local e, assim, afea a axa de salários local. A mobilidade inerfirmas de

23 23 rabalhadores ransforma o aprendizado da força de rabalho acumulado numa firma individual em aprendizado coleivo de odas as firmas localizadas na indúsria local. Os empresários enconram mão-de-obra qualificada quando necessiam e os indivíduos se deparam com ala empregabilidade caso decidam abandonar uma firma específica. Ainda que Marshall (1890) enha fornecido jusificaivas para a concenração de firmas de uma mesma indúsria em uma dada região, exisem vanagens obidas aravés da diversidade enre as aividades que se localizam próximas umas das ouras. Referência fundamenal nessa linha de pensameno, Jacobs (1969) afirma que a fone maior e mais relevane de exernalidades é a diversidade de aividades econômicas desenvolvidas nas cidades. A diversidade de ofera de bens e serviços em expansão conduz à geração de novos ipos de rabalho, aumenando a capacidade de adicionar mais ipos de bens e serviços. Jacobs (1969) associa a capacidade inovadora das cidades à diversidade de aividades, culuras e pessoas que nelas se enconram. Segundo Jacobs (1969), as caracerísicas urbanas relacionadas à eficiência produiva de indúsrias maduras ou consolidadas, como a especialização seorial, não esão correlacionadas, em geral, com as caracerísicas relacionadas ao desenvolvimeno de aividades inovadoras. Assim, cenros urbanos de pore inermediário e especializados em poucas aividades indusriais podem apresenar elevada eficiência nesses seores, mas, em geral, não se desacam como cenros produores de inovações. Jacobs (1969) argumena que, no longo prazo, cidades mono-indusriais, mesmo que alamene eficienes, correm maiores riscos de ficarem esagnadas. Em exemplo clássico, Jacobs (1969) conrasa as experiências das cidades de Birmingham e Mancheser. A primeira desenvolveu uma grande diversidade de aividades, endo se ornado um imporane cenro urbano da Inglaerra, ao passo que a segunda, endo se especializado na indúsria êxil, após aingir o auge, enrou em decadência. Nese caso, a muliplicidade de bens e serviços, ecnologias e conhecimenos próprios, que possui um cenro urbano diversificado poencializa o que chama de cross ferilizaion of ideas, ou seja, as inovações originam-se da fecundação de ideias enre os vários seores de aividades, abrigados em uma mesma cidade, conduzidos pela geração de novos ipos de rabalhos, o que aumena a capacidade de geração de novos bens e serviços. É imporane ressalar que as vanagens resulanes da aglomeração urbana não se resringem ao âmbio da produção, mas ambém do consumo (LEMOS, SANTOS e CROCCO, 2005). As grandes cidades oferecem maior variedade de bens de consumo e de serviços públicos e maior possibilidade de conaos sociais, que resulariam em

24 24 exernalidades. Assim, as grandes cidades ambém se ornam araivas aos rabalhadores/consumidores. O conceio de reornos crescenes, associado a economias inernas de escala, é uma hipóese ineressane no senido de que sua presença permie aumenos na produividade dos faores de produção, caso o produo aumene. Kaldor (1994) é um auor que uiliza essa hipóese para formular uma explicação sobre o seguine problema: quais as razões para as diferenças nas axas de crescimeno de países capialisas desenvolvidos? Uma caracerísica do processo de crescimeno econômico descria por Kaldor é que a axa de crescimeno da economia esá foremene relacionada com a axa de crescimeno do seor indusrial. Kaldor começa parindo da explicação para a fore causalidade enre as duas axas de crescimeno e chega à produividade do rabalho. O resulado é chamado de 2ª lei de crescimeno kaldoriana, ou Lei de Verdoorn (THIRLWALL, 1983). Esse resulado é exremamene imporane, pois demonsra que a produividade do rabalho não pode ser enendida como uma variável esriamene exógena ao sisema econômico, uma vez que seu comporameno ambém é afeado pelo crescimeno do seor indusrial. Assim, uma parcela do comporameno da produividade do rabalho passa a ser endógena à economia. O argumeno de Kaldor é que a produividade do rabalho, evidenemene, é uma variável explicaiva do crescimeno da economia, mas o conrário ambém se verifica. Kaldor oma como jusificaiva para o crescimeno do seor indusrial afear posiivamene o crescimeno da produividade do rabalho nesse seor, o fao de as aividades indusriais esarem sujeias a ecnologias que proporcionam reornos crescenes de escala (THIRLWALL, 1983). Em suma, se a economia esá sujeia a reornos crescenes de escala, aumenos de produção serão acompanhados por aumenos na produividade do rabalho. Desare, um aumeno da demanda do seor indusrial, que proporciona o crescimeno da produção nesse seor, faz com que os reornos crescenes de escala proporcionem, ambém, uma maior produividade do rabalho. Esse aumeno da produividade do rabalho na indúsria em como consequência um aumeno do salário real nesse seor, que, por sua vez, irá arair força de rabalho de ouros seores da economia. Um dos pioneiros em endogeneizar a aglomeração em modelos locacionais foi Lösch, ao criar o conceio de demanda espacial. Lösch omou os reornos crescenes como essenciais para a formação do espaço econômico e elaborou um modelo baseado em concorrência monopolísica, como Kaldor. A próxima seção será reservada ao modelo de Lösch e ao conceio de área de mercado.

25 O MODELO DE LÖSCH E O CONCEITO DA ÁREA DE MERCADO Os esudos de Lösch esão cenrados, fundamenalmene, na deerminação do equilíbrio locacional geral de cera aividade econômica no espaço. Assim, com al propósio, o auor consrói seu modelo baseado nas seguines premissas (LEMOS, 1988; FERREIRA, 1989; PARR, 2002): i) odas as maérias-primas e insumos necessários ao processo de produção são ubíquos; ii) condições uniformes de ranspore (uma superfície uniformemene plana, por exemplo); iii) disribuição uniforme da população no espaço; iv) gasos e preferências de consumo uniformes; v) uniformidade do conhecimeno da ecnologia; e, vi) oporunidade uniforme de produção que ermina por reunir os demais pressuposos. Além do mais, o auor pare do pressuposo fundamenal de que a empresa deve conseguir economia de escala na medida em que aumena a sua procura global no espaço, sugerindo uma curva de cuso em L. Supõe-se, ambém, uma deerminada densidade de procura para cada produo que varia segundo a densidade da população por área e a curva de procura individual e um cuso de ranspore do consumidor ao cenro de produção. Parindo da exisência de um único bem, supõe-se que uma das unidades produoras produz um excedene. A parir desse fao, Lösch quesiona em que condições o excedene poderá ser vendido e qual o alcance do mesmo no espaço. Em ouras palavras, qual a sua área de mercado. Dada a hipóese de que o consumidor paga o cuso de ranspore das mercadorias adquiridas, o preço CIF (Cos, Insurance and Freigh) desas pode ser represenado por p + s; em que p é o seu preço FOB (Free On Board), s, a disância enre o consumidor poencial e o cenro de produção, e, a arifa de ranspore. A parir desses elemenos, pode-se esboçar a curva de demanda espacial (FIG. 1.2b) negaivamene inclinada de cada consumidor pelo produo em quesão, endo o seu preço CIF no eixo das ordenadas e a quanidade demandada no eixo das abscissas. A grande diferença enre as curvas de demanda radicional e espacial se deve ao elemeno cuso de ranspore, o qual é adicionado ao preço FOB do produo. Essa aleração afea, principalmene, as decisões de consumo de um indivíduo. Quano mais afasado um consumidor esiver do local de produção, maior será o cuso de ranspore, o que implica em uma menor demanda. (LEMOS, 1988; PARR, 2002).

26 26 p+s p max (a) p+s p max (b) p 1+s p h p 1 +s p h p 1 p w p 1 p w 0 q s s max(p 1) 0 s q q (p 1) q(p 1 ) q min q (d) (c) q(p 1 ) q (p 1 ) 0 s s max (p 1 ) 0 45º q Figura 1.2 Curva de demanda espacial. Fone: Parr (2002) A FIG. 1.2 (d) mosra como a quanidade demandada, dado um preço, cai na medida em que a disância ao pono de abasecimeno aumena, chegando a zero na disância máxima, onde o preço de enrega ambém é máximo. A roação dese gráfico de demanda em orno do eixo das quanidades leva à obenção do que Lösch chama de cone de demanda (FIG.1.3a). Percebe-se que o volume do cone fornece a quanidade oal demandada denro de um deerminado espaço. É imporane desacar que, na medida em que a firma obém economias de escala na produção, apresena preços FOB cada vez menores, o que leva a cones de demanda com aluras maiores e raio da base aumenado. Isso significa que, na presença de economias de escala inernas, a firma alcança uma área de mercado maior (PARR, 2002).

27 27 (a) q 1(p 1 ) 0 s max (p 1) (b)... s. max... Figura 1.3 (a) Cone de demanda; (b) Áreas de mercado circulares para várias unidades produoras Fone: Parr (2002) Os procedimenos descrios se replicam para cada unidade produora, que são disribuídas por oda a planície homogênea, formando diversas áreas circulares que se angenciam (ver FIG. 1.3b). De acordo com a figura, as angências não cobrem oda a planície, o que faz surgir áreas não aendidas por nenhuma firma. Segundo Parr (2002), al configuração espacial é proporcionada por uma siuação de equilíbrio das firmas em concorrência monopolísica, onde, em um primeiro insane, há sobre lucros. Ferreira (1989) explica que o faor de diferenciação dos produos caracerísica cenral da concorrência monopolísica é a acessibilidade. Para um consumidor se dirigir ao cenro de produção mais afasado, erá que incorrer em cuso de ranspore maior, o que faz com que ele ope por um produo que enha menor cuso de deslocameno para ele. Embora Lösch enha formulado seu modelo esaicamene, quando exrapola para a consrução eórica do sisema de cidades, deixa claro que o processo de hierarquização, considerado de um pono de visa puramene endógeno (que exrapole, por exemplo, os faores naurais e políico-adminisraivos), prende-se basicamene à combinação da economia de escala com o cuso de ranspore, que produz funções para os cenros urbanos, segundo o seu amanho (LEMOS, 1988). Assim, quano maior o cenro urbano, maior a sua diversificação e capacidade de incorporação de cenros urbanos menores que consiuirão a sua área de mercado. Por isso, o processo que hierarquiza os cenros é idênico ao processo que os reesruura (cenralizando) a parir de mudanças nas condições de produção (economias de escala) e de ranspore (LEMOS, 1988). Sob ese aspeco, Leme (1982) sublinha uma endência implícia de desenvolvimeno heerogêneo (desigual) no sisema de Lösch, baseado exclusivamene em variáveis endógenas.

28 28 De fao, Lösch demonsra que, mesmo na ausência de acidenes geográficos, ou de diferenças na disribuição de recursos naurais, mesmo na presença de um espaço compleamene homogêneo no que diz respeio à ferilização do solo, a população erminaria por se disribuir de forma heerogênea, apresenando regiões de grande densidade (os cenros urbanos), disribuídos denro de regiões de baixa densidade demográfica (a zona rural). Lösch prova que, no espaço geográfico homogêneo, formar-se-iam cenros urbanos de diversas dimensões: merópoles, cidades, vilas, cuja posição relaiva e arranjo geomérico se pode prever apenas a parir de variáveis endógenas ao sisema econômico (LEME, 1982, p.202). Dese pono de visa, eminenemene dinâmico, o desenvolvimeno desigual inerregional é basane provável, mesmo que se manenham os pressuposos de Lösch sobre a uniformidade das regiões. Nese senido, basa que uma delas comece primeiro e inroduza uma escala de operação com ganhos significaivos, para que as demais (ou pelo menos algumas) sejam ulrapassadas e desalojadas enquano cenros produores, passando a consiuir área de mercado da região inovadora (LEME, 1982; LEMOS, 1988). São gerados, na realidade, efeios cumulaivos, quer considerados em ermos de economias exernas, quer pensando em ermos de economias inernas que aumenam a capacidade de acumulação da região (e das empresas da região). Podemos admiir que uma empresa ou grupo de empresas (caso em que a economia de escala é exerna) que se localizam em deerminado pono do espaço fixam um preço de ofera cujo nível é diado pelas razões da concorrência, em geral e, em paricular, pela capacidade compeiiva do espaço econômico concorrene (LEMOS, 1988). Assim, quano menor for ese preço de ofera (garanido pelas economias de escala inerna e exerna) maior é a área de mercado dese pono do espaço e, consequenemene, maior é a sua capacidade de avanço sobre a área do espaço concorrene. Nese senido, a esruuração do espaço em áreas de mercado, embora concebido esaicamene por Lösch, é um conceio eminenemene dinâmico, na medida em que os faores que o deerminam (o cuso de ranspore e as economias de escala) são faores em muação permanene, seja pelo movimeno das forças produivas em geral (o que inclui o processo de urbanização), seja por movimenos específicos da concorrência que deerminam avanços na capacidade compeiiva de uma empresa ou grupo de empresas (LEMOS, 1988). A formação de aglomerações desde pequenas cidades aé grandes megalópoles esá relacionada à exisência de exernalidades, que represenam forças econômicas capazes de

29 29 ornar ais lugares araivos. A próxima seção raa de apresenar os avanços eóricos modernos sobre economias de aglomeração e exernalidades EXTERNALIDADES E ESTRUTURA ECONÔMICA LOCAL Como viso, a lieraura sobre economias de aglomeração relaciona o crescimeno da aividade indusrial com os incremenos de produividade das firmas, advindos das economias exernas de escala, ou exernalidades locais, de acordo com a esruura produiva da região. Esas economias de aglomeração podem ser divididas, de acordo com o conexo, enre esáicas e dinâmicas. No conexo esáico, referem-se aos ganhos de produividade advindos do ambiene indusrial correne, enquano no conexo dinâmico, são as inerações enre os agenes no passado que afeam a produividade correne (BEKELE e JACKSON, 2006). Hoover (1936, apud MAUREL e SÉDILLOT, 1999) define dois ipos de exernalidades quano ao conexo esáico. A primeira, ele chama de economias de localização e beneficiam firmas da mesma indúsria, definindo um faor explicaivo de aglomeração que é específico do seor de aividade considerado, conceio que se aproxima de Marshall. A segunda, refere-se às economias de urbanização capazes de beneficiar, indisinamene, firmas de diferenes indúsrias que esejam concenradas em uma deerminada localidade, semelhane às ideias de Jacobs. Como aponado em diversos esudos, por exemplo, Duranon e Puga (2000), a evidência empírica leva-nos a crer que, enquano algumas indúsrias se beneficiam de exernalidades de especialização produiva, ou seja, economias de localização, ouras apresenam melhor desempenho em ambienes de mercado mais diversificados, onde os reornos crescenes esariam associados às economias de urbanização. O conceio de exernalidades em sido usado para descrever um grande número de siuações. Além desa classificação, Sciovsky (1954), por exemplo, considera duas caegorias de exernalidades: pecuniárias e ecnológicas. As primeiras referem-se aos benefícios das inerações econômicas que aconecem aravés dos usuais mecanismos de mercado, iso é, afeam as firmas ou consumidores somene quando envolvidos em rocas mediadas pelo mecanismo de preços. Já as exernalidades ecnológicas dizem respeio às inerações de fora do mercado, mas que são realizadas via processos que afeam direamene a função de produção da firma. Esas são exernalidades geralmene associadas aos knowledge spillovers e são muio mais complexas de serem idenificadas e medidas.

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