PALESTRA: GESTÃO DO CONHECIMENTO: CONCEITOS E PRÁTICAS FOCADAS NA INOVAÇÃO EMPRESARIAL PROF. HEITOR J. PEREIRA
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1 PALESTRA: GESTÃO DO CONHECIMENTO: CONCEITOS E PRÁTICAS FOCADAS NA INOVAÇÃO EMPRESARIAL PROF. HEITOR J. PEREIRA Doutor em Administração (EAESP/FGV, 1995; Ex-Presidente da SBGC Associação Brasileira de Gestão do Conhecimento (Gestão ); Professor do ISAE/FGV São Paulo, 21 de maio de 2015
2 PARTE I GESTÃO DO CONHECIMENTO: CONTEXTO E CONCEITOS BÁSICOS
3 GESTÃO DO CONHECIMENTO PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR... GESTÃO É UM PROCESSO DA EMPRESA X CONHECIMENTO É UM ATRIBUTO HUMANO (DAS PESSOAS). É POSSÍVEL GERENCIAR ESTE CONHECIMENTO? EM TEMPOS DE CRISE, PESSOAS (CONHECIMENTO) SÃO PRIORITÁRIAS? PORQUE ALGUMAS EMPRESAS INCORPORARAM O CONHECIMENTO COMO PARTE DE SUA ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS? OUTRAS PERGUNTAS?...Fiquem à vontade!
4 O CENÁRIO AMBIENTAL DA EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO I -ONDAS DE TRANSFORMAÇÃO ( MACROAMBIENTE SOCIO-ECONÔMICO ) Revolução Agrícola (Paradigma: Território) Revolução Industrial (Paradigma: Capital Financeiro) Revolução da Informação (Paradigma: Conhecimento) Até 1750 DC 1970 II -ERAS EMPRESARIAIS (AMBIENTE ORGANIZACIONAL) Era da Produção em massa 1920 Era da Eficiência 1950 Era da Qualidade 1970 Era da Competitividade 1990 Era Modelos tradicionais de gestão Novos modelos de Gestão Modelos emergentes de gestão. Administração científica. Administração das relações humanas. Administração burocrática. Outros modelos tradicionais da Administração. Administração japonesa. Administração participativa. Administração empreendedora. Administração holística. Empresa virtual. Gestão do Conhecimento. Modelos biológicos/ quânticos/teoria do caos/complexidade Prof. Heitor José Pereira
5 HIERARQUIA DO CONHECIMENTO Integrado Insights Sabedoria Conhecimento tácito Conhecimento explícito Conhecimento Implicito Fragmentado Informação Dados Informação
6 Tácito Espiral do Conhecimento PARA Explícito Socialização Externalização Conhecimento Compartilhado Conhecimento Conceitual i i i i i g i i i o g Explícito g i Internalização Conhecimento Operacional g o g g Combinação Conhecimento Sistêmico i: indivíduo g: grupo o: organização Fonte: Nonaka, I. & Takeuchi, H. Criação de Conhecimento na Empresa. RJ, Campus, 1997.
7 CONCEITO EXPLICATIVO PARA GESTÃO DO CONHECIMENTO Processo organizacional focado em resultados estratégicos, visando agregar valor (intangível) aos produtos e serviços, portanto em benefício dos clientes, através de funções (subprocessos) como a identificação, a criação, a organização, a disseminação e compartilhamento, a avaliação, a mensuração, a retenção e proteção, além da aplicação do conhecimento no âmbito dos seus negócios e abrangendo toda a sua cadeia de valor. Na essência, Gestão do Conhecimento converte conhecimento tácito em conhecimento explícito. Legenda: estratégia x processos (Síntese de vários autores)
8 PROCESSO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO (VISÃO SISTÊMICA DE FUNÇÕES X PRÁTICAS ) FUNÇÕES DE GC Organizar/ Codificar Inteligência Empresarial PRÁTICAS DE GC Educação Corporativa Capital Intelectual Gestão de Competências Mensurar Avaliar Prof. Heitor José Pereira
9 GESTÃO DO CONHECIMENTO GESTÃO DE COMPETÊNCIAS GESTÃO DE PROCESSOS ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE GESTÃO DE COMPETÊNCIAS RESULTADOS Plano de treinamento, pesquisas e desenvolvimento Plano de projetos técnicos e novos produtos Plano de carreiras e remunerações Plano permanente de gestão de competências
10 PARTE II EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS EM GESTÃO DO CONHECIMENTO
11 TRÊS GERAÇÕES DE GESTÃO DO CONHECIMENTO - 1ª GERAÇÃO - (primeira metade dos anos 90...): FOCO EM FERRAMENTAS DE TI Bancos de Dados / GED / Softwares de Gestão...
12 TRÊS GERAÇÕES DE GESTÃO DO CONHECIMENTO - 2ª GERAÇÃO - (segunda metade dos anos 90...): INICIATIVAS DE PRÁTICAS DE GC ISOLADAS Exemplos:.RH (mapeamento de competências);.mkt (Inteligência Competitiva);.TI (Segurança da Informação);.Engenharia/Técnica (Inovação Tecnológica);.Financeira / Estratégia (Ativos Intangíveis).
13 TRÊS GERAÇÕES DE GESTÃO DO CONHECIMENTO - 3ª GERAÇÃO - (a partir do final dos anos 90...): GC ORIENTADA PELA ESTRATÉGIA CORPORATIVA E COMO PROCESSO INTEGRADO DE VÁRIAS PRÁTICAS
14 ...e a 4ª GERAÇÃO DA GC? (a partir de...): GC ORIENTADA PELA ESTRATÉGIA CORPORATIVA E COMO PROCESSO INTEGRADO À GESTÃO DA INFORMAÇÃO E À GESTÃO DA INOVAÇÃO
15 Fonte:
16 As Forças Transformadoras pelo Gartner
17 Fonte:: Chatti (2012)
18 Cadeia de Valor do Conhecimento Informação (TICs) Conhecimento (Pessoas) Inovação (Clientes) (Input) Processamento (Output)
19 A Cadeia de Valor do Conhecimento Gestão da Informação (Foco em TI). Coleta, tratamento e análise de informações. Codificação, armazenamento e acesso às informações. Gestão documental. Segurança da informação Gestão do Conhecimento (Foco em Pessoas). Aprendizagem Organizacional. Gestão de Competencias. Educação Corporativa. Inteligencia Empresarial. Gestão do Capital Intelectual Gestão da Inovação (Foco no Mercado/Cliente) Bens; Serviços; Processos; Marketing; Organizacional (Manual de Oslo)
20 CONCEITOS DE INOVAÇÃO 1. ( ) inovação significa a produção, assimilação e exploração com sucesso de novidades nas esferas econômicas e sociais. ( ) a inovação oferece novas soluções para problemas e assim torna possível satisfazer necessidades tanto dos indivíduos como da sociedade (European Commission, Green paper on innovation, 1995, p.2) 2. Inovação é um salto no conhecimento atual visando gerar soluções de um (novo) problema específico do indivíduo ou da sociedade. (Pereira, Heitor, 2007).
21 Manual de Oslo/2005-3ª edição expansão do marco conceitual da inovação (i)ênfase no papel, no processo de inovação, das ligações das empresas com outras empresas e instituições, tais como ICT; (ii) reconhecimento da importância da inovação em setores menos intensivos em P&D, tais como serviços e setores de baixa intensidade tecnológica; e (iii) ampliação da definição de inovação, reconhecendo dois tipos adicionais: a inovação organizacional e a inovação mercadológica, ambas percebidas como importantes para capturar de forma mais completa os fatores que afetam o desempenho de uma empresa. FONTE: OCDE. Manual de Oslo. OCDE, 2005.
22 Inovação - Conceito e Abrangência É a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas. Para o Mundo Para o Mercado Para a Empresa Abrangência Gestão da Inovação 22
23 PARTE III PRÁTICAS DE GESTÃO DO CONHECIMENTO COM FOCO NA INOVAÇÃO
24 COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM COPs Comunidades de Prática. Grupo de pessoas que atuam no mesmo processo ou conjunto de atividades comuns, em busca de melhoria de desempenho no processo. Por exemplo, comunidade de prática de T&D (COP T&D); comunidade de prática de atendimento a clientes, entre outras. Requisitos: liderança natural; apoio das gerencias envolvidas; suporte de TI (se for o caso)
25 COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM Comunidades Virtuais. Grupo de pessoas que têm interesse comum de aprendizado e utiliza ambientes virtuais como suporte às comunicações interpessoais. Otimização de recursos organizacionais (espaço e tempo) e das competências coletivas. Requesitos: suporte de TI; liderança; apoio dos gestores; gestão de resultados
26 COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM Comunidades de Interesse. Foco Central: é o estudo coletivo de um ou mais temas de interesse comum. Não há preocupação com resultados imediatos, mas com o aprendizado em si. Requisitos: liderança; comprometimento individual
27 Desafios Caso: Gerdau Rápida internacionalização por meio de aquisição de metalúrgicas em mais de 14 países. Necessidade de otimizar processos produtivos por meio da disseminação e adoção de boas práticas globalmente. Estratégia de gestão do conhecimento Mapeamento de conhecimentos críticos Portal de gestão do conhecimento Comunidades de prática globais Solução Resultados +30 comunidades de prática contribuições / mês Redução de 34% do tempo de um dos processos na siderurgia Retorno de US$ 1,5 milhão na solução de um defeito técnico Fonte: Revista Exame Nº964 24/3/2010 p. 92 Editora Abril
28 BENCHMARKING Benchmarking é a busca das melhores práticas no setor, as idéias inovadoras e os procedimentos de operação, visando atingir resultados superiores no desempenho empresarial ou em processos específicos Benchmarking Externo: envolve duas ou mais empresas, podendo ser concorrentes ou não (competitivo ou genérico, respectivamente) Benchmarking Interno: envolve unidades internas da mesma organização, visando melhorias nos processos comuns ou em funções específicas (Benchmarking funcional). Ex: Projeto Conexão (Banco do Nordeste)
29 STORY-TELLING (Narrativas) Arte de contar histórias no âmbito organizacional, visando: - lidar com os desafios mais difíceis enfrentados pelos líderes e gestores - mobilizar as pessoas para a ação e implementar idéias novas - construir a própria credibilidade do narrador (quem você é) - construir uma imagem de confiança para a empresa e valorizar sua marca - transmitir e disseminar valores organizacionais - motivar as pessoas a trabalharem em grupo
30 STORY-TELLING (Narrativas) (II) - compartilhar conhecimento e transmitir compreensão - neutralizar fofocas e boatos - desenvolver e compartilhar a visão própria da organização - tornar-se um líder interativo - transformar a organização
31 BANCO DE IDÉIAS Acervo de (novas) idéias, geradas através de vários processos, como: - brainstorning (tempestade de idéias) - premiação de novas idéias - estudos e pesquisas individuais e/ou de grupos de projeto Objetivo é disseminar no âmbito interno da organização as idéias geradas, tenham sido implantadas ou não. Ex: POST-IT (3M)
32 CAPACITAÇÃO ( T&D ) Processos formais de aprendizagem, através de ações de Treinamento & Desenvolvimento, podendo estar vinculados a programas de Educação Corporativa / Universidade Corporativa Alternativas tecnológicas - presencial (tradicional ) - virtual (E.D Educação à distância / e-learning) - semi-presencial (misto)
33 REDES SOCIAIS Formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres humanos entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos, visando: - compartilhar ideias entre pessoas que possuem interesses e objetivo em comum - compartilhar valores, sonhos e expectativas comuns - identificar outras pessoas com interesses semelhantes Redes Sociais na Internet - linkedin, facebook, twiter... - comunidades virtuais - weblogs, fotologs, wikis, etc...
34 LIÇÕES APRENDIDAS Acervo de práticas gerenciais relacionadas aos principais processos de negócio e/ou da organização, cujos resultados nem sempre atenderam as metas previstas e por isto podem conter falhas nos processos ou decisões equivocadas que constituem experiências a serem evitadas e oportunidades de aprendizagem para a organização. Pode-se acoplar com a filosofia e prática do Kaisen (Melhoria Contínua) Muito praticada em organizações cuja principal atividade está baseada em projetos (Ex. Ernst Young Consulting memória de projetos) ou em processos estruturados (Ex. REPAR Refinaria da Petrobrás no Paraná aprendizado com acidentes ambientais)
35 GESTÃO DE COMPETÊNCIAS Principais Práticas Mapa de Conhecimento (foco nos processos) Mapeamento de Competências Individuais (foco nas pessoas) Banco de Talentos / Páginas Amarelas
36 BANCOS DE TALENTOS PÁGINAS AMARELAS Repositório estruturado em banco de dados contendo o mapeamento da competencia individual de cada funcionário (público interno) ou potencial colaborador (público externo), abrangendo também curriculum vitae; experiencias profissionais; e hobbies pessoais de preferencia, com taxonomia das áreas de competencia As pessoas NÃO são o ativo mais importante de uma organização; as pessoas CERTAS (com os valores, atitude, cultura e habilidades certas) é que são. (Jim Collins)
37 REFLEXÃO FINAL: ONDE ESTIVER O FUTURO, O CONHECIMENTO ESTARÁ LÁ. O QUE ESTOU FAZENDO HOJE PARA ESTAR LÁ TAMBÉM?...
38 Obrigado! Prof. Heitor Pereira
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