ii. Fase da Proposta/Oferta:

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1 Turma e Ano: Delegado Civil (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 3 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitor: Marcelo Coimbra 1) Teoria Geral dos Contratos: a. Natureza Jurídica do Contrato (Aula 2) b. Princípios Contratuais (Aula 2) c. Fases da Relação Contratual: i. Fase das Tratativas: São negociações preliminares que antecedem a formalização da proposta ou oferta. As tratativas não têm força vinculativa, mas é admitida a responsabilidade civil extracontratual nesta fase. ii. Fase da Proposta/Oferta: Qual a diferença entre a proposta e a oferta? A proposta é individualizada, tem um destinatário certo, determinado (a proposta é pessoal). Já a oferta é pública, difusa, tem destinatários incertos, indeterminados. A proposta e oferta vinculam. Além de elas vincularem, é admitida a responsabilidade civil extracontratual na fase da proposta/oferta. Tanto a oferta quanto a proposta estão no código. A proposta está nos Art. 427 e 428 e a oferta está no Art O Art. 428 traz as hipóteses em que a proposta deixa de ser obrigatória. Importante a leitura desse artigo. Para que nos tenhamos um contrato formado é necessária a aceitação. Aí passamos a ter uma fase contratual. A aceitação é tão importante para a formação de um contrato que está disciplinada nos Art. 430 a 433 do Código é importante a leitura. Quem faz a proposta é o proponente ou policitante quem recebe a proposta é o aceitante ou oblato. Cuidado que o Art. 434 vai falar da formação dos contratos entre ausentes. A regra aqui é a Teoria da Expedição. Pela teoria da expedição, o contrato entre ausentes está formado no momento em que o oblato expede a aceitação.

2 Mas nos temos no Art. 434 também uma exceção, que é a Teoria da Recepção. Por essa teoria, o contrato entre ausentes está formado no momento em que o proponente recebe a aceitação. Mas é a exceção. iii. Fase da Formação do Contrato: A formação do contrato pode se dar de duas formas: de forma paritária (ambas as partes elaboram as clausulas contratuais) ou por adesão (apenas uma das partes elabora as cláusulas contratuais). O contrato de adesão não está disciplinado somente no CDC, mas também no Código Civil, nos Art. 423 e 424. O contrato de adesão não é uma espécie contratual, mas sim uma forma de contratação. Esses artigos dão duas formas de proteger o aderente. No Art. 423 diz que tudo que estiver escrito no contrato de forma ambígua será interpretado em favor do aderente. Já no Art. 424 diz que são nulas as clausulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. iv. Fase do Contrato Preliminar: A fase do contrato preliminar não é uma fase obrigatória: pode ou não estar presente. Obs. 1: Toda modalidade de promessa é espécie do gênero Contrato Preliminar. Obs. 2: Toda espécie contratual admite a modalidade de promessa. Conceito de contrato preliminar: é o contrato pelo qual uma ou ambas as partes se comprometem a celebrar um contrato definitivo. Então o objeto de um contrato preliminar é uma obrigação de fazer (celebrar o contrato definitivo). O contrato preliminar está disciplinado dos Art. 462 ao 466. Vamos ilustrar o exemplo de contrato preliminar com a promessa de compra e venda: Temos o promitente vendedor e o promitente comprador de um imóvel. Sabemos que negócio envolvendo bem imóvel com valor superior a trinta salários mínimos tem que ser celebrado por instrumento público (Art. 108 CC). Mas e a promessa

3 de compra e venda tem também que ser feita por instrumento público? Veja o que o Art. 462 diz: ele diz que o contrato preliminar exceto quanto a forma devera conter todos os requisitos essenciais do contrato a ser celebrado. Então a forma (instrumento publico) não precisa ser obedecida. Questão: as partes em um contrato preliminar podem se arrepender? O Art. 463 diz que as partes só podem se arrepender se contar no contrato preliminar a cláusula de arrependimento. Se não existir clausula de arrependimento e uma das partes não quiser assinar? Essa parte está inadimplente. Se a outra parte ainda tiver interesse no bem, essa inadimplência é relativa, e portanto cabe a execução específica. Mas o que eu faço para garantir a execução específica de um contrato preliminar? Eu vou fazer uso da ação de adjudicação compulsória (Art. 464 CC e 466-B CPC). Na ação de adjudicação compulsória a decisão judicial substituirá a vontade da parte (técnica executiva de sub-rogação). Quando falamos em promessa de compra e venda, temos que ter atenção ao Art CC, que traz o rol dos direitos reais. Os direitos do promitente comprador são direitos reais, e estão nesse rol. Combine o Art com o Art e o Art. 1418, que vao tratar especificamente da promessa: vão dizer que a promessa de compra e venda tem natureza real desde que esteja registrada. Ex.: durante a promessa de compra e venda de um imóvel, o promitente vendedor vende o apartamento a outro. Posso entrar com ação de adjudicação compulsória em face do adquirente? Posso, desde que essa promessa de compra e venda esteja registrada, porque só ai vai produzir efeitos em relação a terceiros. Mas e se a promessa não estiver registrada? Resta ação de perdas e danos em face do promitente devedor. Agora, para o promitente comprador fazer uso da adjudicação em face do vendeor a promessa precisa estar registrada? Não precisa, pois o registro é só para ter eficácia perante terceiros. v. Fase de Cumprimento do Contrato: essa fase será estudada no direito das obrigações (adimplemento, inadimplemento, etc.) vi. Fase Pós-Contratual: É admitia a responsabilidade civil na fase pós-contratual. É a responsabilidade civil pos factum finitum. Também é uma hipótese de responsabilidade civil extracontratual. d. Vícios Redibitórios (Art. 441 ao 446):

4 i. Conceito: é o vício oculto anterior à tradição, de não conhecimento do adquirente que torna a coisa imprópria para o fim ao qual ela se destina ou lhe diminua o valor. Esse conceito é importante pois nos traz todo os requisitos para que o vício seja considerado redibitório. ii. Natureza jurídica da proteção contra vícios redibitórios: é uma garantia legal presente em contratos comutativos e onerosos. Ex.: Um contrato de doação, em que o objeto da doação tem vício redibitório. Poderá a parte que recebeu a doação reclamar o vício redibitório? Não, pois a doação é um contrato gratuito. O que a vítima de um vicio redibitório pode fazer? Ela pode fazer uso das Ações Edilícias. iii. Ações Edilícias: Temos duas: ação redibitória e ação estimatória. A Ação Redibitória busca a resolução do contrato, enquanto a Ação estimatória busca o abatimento proporcional do preço. Essas ações podem ser combinadas com perdas e danos? Depende do disposto no Art. 453 podem ser combinadas com perdas e danos, desde que se prove que o alienante conhecia o vício. Quais são os prazos para essas ações? São prazos decadenciais, e estão no Art. 445 caput. Diz o artigo que se a vítima não estava na posse do bem os prazos são computados da entrega (para bem móvel são de trinta dias, para bem imóvel o prazo é de um ano), se a vítima já estava na posse do bem, o prazo é computado da alienação reduzido à metade (bem móvel 15 dias; bem imóvel 6 meses). Temos alguns vícios redibitórios que por sua própria natureza só poderão ser descobertos mais tarde. Para esses vícios, os prazos para fazer uso das ações edilícias serão contados a partir do momento que a vítima toma ciência do vício Art º. E se eu tomo ciência desse vício redibitório dez anos depois? Posso resolver o contrato? Será que para esses vícios que só se manifestam mais tarde, eles tem prazo máximo para serem constatados? Sim, é o chamado Prazo de Constatação, que é de 180 dias para bem móvel e 1 ano para bem imóvel. Porém esses prazos não são para reclamar o vício redibitório, mas para constatar os vícios. Se você constatou o vício desse prazo, a partir desse momento começa a correr o prazo do caput do Art. 445.

5 e. Extinção dos Contratos: A extinção do contrato pode se dar por Resilição ou por Resolução. Resilição é a extinção dos contratos por vontade de uma ou ambas as partes. Se for por vontade de uma, temos a resilição unilateral, que o CC chama de Denúncia (Art. 473). Se for por vontade de ambas, temos uma Resilição Bilateral que o código chama de Distrato (Art. 472). O Distrato deve ocorrer pela mesma forma exigida para o contrato. Denúncia/Resilição Unilateral: veja o Art. 473: diz que a resilição unilateral/denúncia depende de LEI que expressa ou implicitamente o permita. Temos como exemplo onde a lei expressamente permite a denúncia a L. 8245/91 Lei de Locações. Essa lei fala expressamente em denúncia, trazendo a denúncia cheia e a denúncia vazia. A Denúncia Cheia ocorre no vigor do contrato e tem que ser motivada. A Denúncia Vazia é aquela que ocorre no momento de prorrogação contratual, é imotivada, injustificada. E a denúncia que está prevista implicitamente na lei? Temos como exemplo o contrato de mandato, que é um contrato baseado na confiança, na fidúcia. Quando qualquer uma das partes ao confia mais na outra, ela pode denunciar. Resolução é a extinção do contrato pelo seu inadimplemento. Essa denúncia pode se dar através de uma clausula resolutiva (Art. 474) ou através de uma onerosidade excessiva (Art. 478). Lembrando que a clausula resolutiva pode ser expressa ou tácita. Na clausula resolutiva expressa temos uma mora ex re e na clausula resolutiva tácita temos uma mora ex persona. Na resolução por onerosidade excessiva, temos a Teoria da Imprevisão (Art. 478). 2) Direitos Reais: a. Posse: i. Conceito de Possuidor: o código não conceitua posse, mas conceitua possuidor (art. 1196). Diz o código que possuidor é aquele que exerce um dos poderes inerentes à propriedade. A propriedade é um direito real

6 formado por um feixe de direitos (dominiais), que são: usar, fruir, dispor e reivindicar. O possuidor é aquele que exerce pelo menos um desses. Qual ou quais desses poderes o proprietário pode abrir mão? Ele pode abrir mão dos poderes e usar e fruir, mas os poderes de dispor e reinvindicar estarão sempre nas mãos do proprietário Se possuidor é aquele que exerce pelo menor um dos poderes inerentes a propriedade e o proprietário estará exercendo pelo menos dois desses poderes, chegamos a conclusão que o proprietário é também o possuidor. Jus possidendi é a posse do proprietário, e jus possessionis é a posse do não proprietário. Porque que o legislador fez com o que proprietário seja também um possuidor? Para que o proprietário possa fazer uso dos interditos possessórios (adotando a teoria de Ihering). Para Ihering, posse é a visibilidade do domínio, é a exteriorização da propriedade. A posse visa uma proteção da propriedade. Isso era muito visível no código de 16, trazendo o instituto da Exceção do Domínio (no embate entre duas posses, a melhor posse é a do proprietário). Hoje a Exceção do Domínio foi abolida pelo CC/02, no Art. 1210, restando probida a alegação de propriedade em juízo possessório. Hoje no embate entre duas posses, a melhor posse é de quem cumpre a função social. ii. Detenção: Temos duas formas de detenção no CC. Temos a detenção do Art e a detenção do Art ª parte. No Art. 1198, é detentor aquele que conserva a coisa em nome de outrem, dada uma relação de subordinação. É por isso que aqui no Art temos o chamado serviçal da posse, também conhecido como fâmulo da posse. Ex.: Caseiro, carteiro, porteiro, motorista com relação ao veículo, policial com relação à arma funcional, etc. No Art ª parte vai dizer que não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância (induzem detenção). O detentor não pode fazer uso dos interditos possessórios, mas pode fazer uso da chamada autotutela da posse isso está no Art º. A autotutela permite a utilização do chamado desforço imediato (eu posso usar da minha própria força para inibir aquele esbulho, aquela turbação). Obs.: o detentor somente pode fazer uso da autotutela da posse por construção doutrinaria (pois o código só permite para o possuidor) - não há previsão legal para a autotutela da posse para o detentor.

7 O detentor pode virar possuidor? Veja o que diz o Art p.u.: aquele que começou a comportar-se do modo que prescreve este artigo... presumese possuidor ate que se prove ao contrário. É justamente esse até que prove a contrario que autoriza o detentor a virar possuidor. Questão: qual intervenção de terceiros que o detentor faz jus quando é demandado em razão de direito que o demandante tem em face do possuidor? Nomeação à Autoria Art. 62 CPC. iii. Classificação da Posse: 1. Posse Direta e Indireta (Art. 1197): o que esse aritgo está autorizando é que haja um desdobramento da posse. Agora, o bacana do art é que ele autoriza que esse desdobramento ocorra em razão de direito pessoal e real. É importante que o possuidor direto e indireto, um contra o outro pode fazer uso dos interditos possessórios. Questão: qual a intervenção de terceiros que o possuidor direto faz jus quando é demandado em razão de direito que o demandante tem em face do possuidor indireto? Denunciação à Lide - Art. 70 CPC. 2. Posse Justa e Injusta: Posse injusta é aquela que tem um dos vícios objetivos Art (violência, clandestinidade e precariedade). Posse clandestina é aquela que decorre da obscuridade (na calada da noite). A posse precária é aquela que decorre do abuso de confiança (sujeito pega o apartamento emprestado para ficar uma semana e fica um ano). O Art. 1208, 2º parte diz que não autorizam a aquisição os atos violneotos ou clandestinos senão após cessada a violência ou clandestinidade. Esses atos geram uma não-posse, sendo que alguns doutrinadores dizem gerar detenção. 3. Posse de boa-fé e posse de má-fé: Veja o Art. 1201: é de boa-fé a posse se o possuidor ignora o vicio ou obstáculo que impede a aquisição da coisa. Se eu conheço um obstáculo para a aquisição da coisa e mesmo assim eu faço, a posse é de má-fé. O possuidor de má-fé é possuidor? Sim. Então ele pode usucapir, fazer uso das acoes de interdito possessório, etc. Mas qual é a relevância de identificarmos as posses de boa e de má-fé? O nosso legislador outorgou inúmeras vantagens para o possuidor de boa-fé. Vantagens do Possuidor de boa-fé: - Art. 1242: o possuidor de boa-fé tem prazo menor de usucapião (em vez de 15, 10 anos);

8 - Art. 1214: o possuidor de boa-fé tem direito aos frutos percebidos (é aquele que já está destacado do bem principal). O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos. - Art. 1217: o possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa a que não der causa. Já o possuidor de má-fé responde pela perda ou deterioração da coisa, ainda que acidentais (Art. 1218) - Art. 1219: o possuidor de boa-fé tem direito à indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis que realizou no bem (e ainda pode levantar as voluptuárias) e ainda pode exercer o direito de retenção. O possuidor de má-fé tem direito de indenização apenas pelas benfeitorias necessárias, e por elas ele não pode exercer o direito de retenção. iv. Formas de Aquisição da Posse: Temos a forma de aquisição originaria e derivadas da posse. A forma de aquisição originária decorre de um ato material (ocupação). Já a aquisição derivada da posse decorre de um ato negocial (traditio brevi manus e constituto possessório). A traditio brevi manus é quando o possuidor direto se torna possuidor pleno. Ex.: locatário que compra o imóvel. O Constituto Possessório é quando o possuidor pleno se torna mero possuidor direto. Ex.: O proprietário faz uma doação com clausula de reserva de usufruto. Dentro dessa questão de aquisição da posse é importante ficar ligado no acessio possessionis, que está no Art e 1207 CC. Isso aqui está admitindo uma sucessão da posse está admitindo que a sucessão da posse ocorra tanto por causa mortis (sucessão universal) quanto por ato entre vivos (sucessão singular). Só que a sucessão universal é obrigatória, e a sucessão singular é facultativa. Sucessão da posse é a transferência da posse com todas as características, inclusive com o tempo de posse. Eu posso utilizar a acessio possessionis para fins de usucapião? Sim, o Art permite isso. v. Interversão da Posse: A interversão é a alteração da natureza da posse. A interversão tem fundamento no Art CC. Nós temos nesse artigo o princípio da continuidade do caráter da posse. A posse mantém a característica com que foi adquirida, salvo prova em contrario. É justamente esse salvo prova em contrário que vai fundamentar a interversão da posse.

9 O direito admite a interversão bilateral e unilateral. b. Propriedade: i. Formas de Aquisição da Propriedade: Da Propriedade Imóvel: - Usucapião - Acessões (aluvião, avulsao, álveo abandonado, etc.) - Registro Da Propriedade Móvel: - Usucapião - Tradição - Ocupação - Confusão - Especificação - Achado do Tesouro 1. Usucapião: A usucapião é modo originário de aquisição da propriedade móvel ou imóvel pelo exercício de uma posse qualificada (posse ad usucapionem). A posse ad usucapionem para gerar a propriedade tem que ser uma posse sem oposição (mansa e pacífica), ininterrupta, por período de tempo previsto em lei, sobre um bem apropriável, e com animus (esse animus é a intenção de ser proprietário resquícios da teoria de Savigny). Espécies de usucapião em bens imóveis: - Usucapião Extraordinária (Art. 1238): é aquela onde vai se usucapir o bem, com 15 anos de posse, independente de justo título e boa-fé. Mas veja o parágrafo único do Art reduz o prazo a 10 anos, se o sujeito tiver estabelecido ali sua moradia ou trabalho. - Usucapião Especial Rural (Art. 1239): pode-se usucapir com 5 anos, imóveis rurais de até 50 hectares, desde que não seja proprietário de outro imóvel rural ou urbano. - Usucapião Especial Urbana (Art. 1240): pode-se usucapir também em 5 anos, imóvel de até 250 m², desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

10 - Usucapião Por Abandono do Lar (Art A): aquele que exercer por 2 anos ininterruptamente, sem oposição, imóveis urbanos de até 250 m² cuja propriedade divida com excônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizandoo para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Aqui o ex-cônjuge vai usucapir a parcela que cabia ao outro. - Usucapião Ordinária (Art. 1242): é aquela onde o sujeito vai usucapir pela posse em 10 anos, desde que se tenha justo título e boa-fé. Porém veja o parágrafo único do Art. 1242: o prazo será reduzido a 5 anos, se a posse for para moradia ou trabalho. - Usucapião em Bem Móvel (Art e 1261): se tiver boa-fé e justo título, será de 3 anos. Se não tiver, o prazo é de 5 anos. Questão: é possível aplicarmos à usucapião as causas preclusivas da prescrição? As causas que impedem, suspendem e interrompem, podem ser aplicadas à Usucapião? Veja o Art. 1244: as causas que impedem, suspendem e interrompem se aplicam à usucapião. ii. Propriedade Resolúvel (Art e 1360): 1. Conceito: Propriedade Resolúvel é aquela que se resolve pelo implemento de um termo ou uma condição. Vamos trabalhar aqui a propriedade resolúvel aplicado ao direito de superfície (Art a 1377). O direito de superfície realiza uma relativização à Teoria da Acessões (Art.1253), também chamada da Teoria da Principalidade do Solo. A Teoria das Acessões estabelece uma presunção de qualquer construção ou plantação presume-se feita pelo proprietário do solo (presunção juris tantum). Porém no Art p.u. temos a Teoria da Acessão Invertida: Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo. Então se você provar que a edificação excede o valor do solo, adquire a propriedade do solo.

11 O direito de superfície vai realizar um desdobramento do direito de propriedade, instituindo duas propriedade autônomas: uma propriedade da superfície e uma propriedade do solo. O proprietário da superfície é chamado de superficiário e o proprietário do solo é chamado de Fundieiro ou proprietário. O direito de superfície se constitui por registro no cartório de imóveis e é SEMPRE temporário (pode até ser vitalício, mas é temporário). Quem vai pagar os tributso inerentes à superfície? Ex.: IPTU? O Superficiário. O superficiário pode alienar a superfície? Sim, mas tem que dar preferencia ao fundieiro ele tem direito de preferencia. A superfície está no rol do Art Esse artigo vai nos dar os bens que podem ser objeto de hipoteca. A superfície pode ser objeto de hipoteca? Sim. Um dia o direito de superfície vai acabar e todos os bens vão se concentrar nas mãos do fundieiro. A propriedade do superficiário é uma propriedade resolúvel. Quando essa propriedade se concentrar novamente nas mãos do fundieiro, ele tem que indenizar o superficiário pela construção realizada na superfície? Veja o que diz o Art. 1375: extinta a concessão o proprietário passara a ter a propriedade plena, independente de indenização, se as partes não tiverem estipulado o contrário. Então a regra é que não irá haver indenização. 3) Direitos Reais de Garantia: Temos como direitos reais de garantia o penhor a hipoteca e a anticrese. Vamos falar aqui na teoria geral dos direitos reais de garantia. Essa teoria está nos Art ao O Art dá um conceito dos direitos reais de garantia. Ter uma garantia real faz com o que o credor tenha um privilegio creditório frente aos demais (faça uma remissão ao Art. 958 e também para o Art. 83 da L /05 Lei de Falências). O Art é importante, pois traz uma regra geral boa: só os bens que se podem alienar podem ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca. (fazer uma remissão para o Art. 1647

12 1º). O art vai trabalhar com aqueles bens que são necessárias a outorga marital. Outra remissão importante é para o Art Esse artigo diz que o usufruto e a administração dos bens do menor cabe aos pais. Os pais podem alienar os bens do menor? Só com decisão judicial. Então também não podem dar em garantia real, somente com ordem judicial. O Art fala do Princípio da Indivisibilidade: O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa exoneração correspondente da garantia, ainda que esta compreenda vários bens, salvo disposição expressa no título ou na quitação. O Art diz que o credor hipotecário e o pignoratício têm o direito de excutir a coisa hipotecada ou empenhada, e preferir, no pagamento, a outros credores, observada, quanto à hipoteca, a prioridade no registro. O que quer dizer excutir? Significa alienar em hasta publica. O credor com garantia real vai alienar o bem em hasta publica. O credor com garantia real em vez de alienar o bem pode ficar com a coisa dada em garantia? Qual a clausula que autoriza o credor real a ficar com o bem dado em garantia? É a cláusula comissória. Mas essa clausula é autorizada pelo direito civil? Não, essa clausula é nula (Art. 1428). A cláusula comissória não é admitida no direito civil. Não confundam o Art fala com o seu parágrafo único. O devedor poderá dar a coisa como pagamento da dívida (dação em pagamento). Depois do vencimento ele pode dar a coisa em pagamento se o credor aceitar. Outro artigo importante é o Art Esse artigo nos dá os requisitos para que uma garantia real seja constituída. Chamo a atenção para o inciso IV que vai trabalhar com o Principio da Especialidade tem que se especificar o bem dado em garantia. Não pode haver uma clausula genérica do bem dado em garantia, tem que especificar o bem. Vamos dar uma observação agora no Penhor (Art e seguintes). Sabemos que o penhor é uma garantia real que pode ser instituída apenas sobre bens MOVEIS. Qual a garantia do penhor? A transferência da posse direta do bem para o credor. O credor na garantia do penhor atua como verdadeiro depositário do bem. O penhor como toda garantia real tem que ser registrado (no cartório de títulos e documentos). Mas temos duas modalidades de penhor onde o registro é feito no RGI e não no cartório de títulos e documentos. A primeira está no Art CC Penhor Rural. O penhor rural pode ser tanto agrícola quanto pecuário. No penhor rural não haverá a transferência da posse do bem a posse se mantem com o devedor. A segunda hipótese onde o registro é feito no RGI está no Art Penhor Industrial/Mercantil Aqui também não há transferência da posse direta, por isso é feito no RGI.

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