Conteúdo: IV - Modalidades de Obrigação. 2. Não fazer. 3. Dar Coisa Certa e Incerta. 4. Divisível. 5 - Indivisível

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1 Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil - Obrigações / Aula 09 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: IV - Modalidades de Obrigação. 2. Não fazer. 3. Dar Coisa Certa e Incerta. 4. Divisível. 5 - Indivisível 2. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER: a) Permanente admite desfazimento. Inadimplemento Execução específica. Ex: Obrigação entre prédios vizinhos que instituem a obrigação de não construir um 2º andar. Não construir um 2º andar é uma obrigação de fazer permanente já que admite desfazimento - nunciação de obra nova (em obra) e ação demolitória (obra já pronta) - instrumentos para garantir a execução específica das obrigações de não fazer permanente. b) Instantânea não admite desfazimento. Inadimplemento Perdas e Danos. Ex: Violação de cláusula de sigilo Questão de concurso: O inadimplemento de obrigação de não fazer admite astreintes (execução específica)? Depende, somente admitirá execução específica o inadimplemento de obrigação de não fazer permanente, enquanto o de obrigação de não fazer instantânea somente poderá ser convertido em perdas e danos. 3. OBRIGAÇÃO DE DAR: a) Coisa Incerta gênero e quantidade. b) Coisa Certa gênero, quantidade e qualidade.

2 A) OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA: Princípio da gravitação universal (Art. 233 CC) - Principal e acessórios. O Princípio da gravitação universal aplica-se também às garantias reais por hipoteca (art , I CC). Art. 237 CC até a tradição, a coisa pertence ao devedor com seus melhoramentos e acrescidos, podendo exigir o aumento do preço; se o credor não anuir, o devedor poderá resolver a obrigação. Por outro lado, se o proprietário tem acesso a todos os melhoramentos e acrescidos, ele também suportará a perda ou deterioração - res perit domino (a coisa perece para o dono). Exceção ao res perit domino - Compra e venda com cláusula de reserva de domínio (art. 521 CC): A cláusula de reserva de domínio somente é aplicável em compra e venda de bens móveis. Nestes casos, a tradição transferirá apenas a posse do bem (e não a propriedade), possuindo natureza de condição suspensiva (muito comum nas compras a prazo). Como o alienante é o proprietário e o adquirente apenas o possuidor direto, há mitigação do res perit domino, aplicando-se o res perit emptoris (a coisa perece para o comprador) e, portanto, qualquer prejuízo será suportado pelo adquirente - possuidor direto. Compra e Venda com cláusula de reserva de domínio Alienante Proprietário Adquirente Possuidor Direto Tradição (Posse)

3 Princípio da identidade da coisa devida (art. 313 CC) - Credor não é obrigado a receber prestação diversa da que é devida, ainda que mais valiosa. Obrigação de dar coisa certa: Quem é o devedor? É sempre quem está na posse do bem. Quem é o proprietário do bem? Devedor - Entrega (arts. 234 a 236 CC) - Ex: Compra e venda Credor - Restituição (arts. 238, a 240 CC) - Ex: Comodato e Depósito. Ocorreu a perda da coisa? Total - Perecimento Parcial - Deterioração Culpa do devedor? Com culpa Sem culpa A.1) ENTREGA (arts. 234 a 236 CC): Perda total SEM culpa do devedor (art. 234 CC) fica resolvida a obrigação para ambas a parte, retornando-se ao estado anterior - há devolução da quantia paga. Obs: Resolução = Extinção do contrato pelo inadimplemento. A resolução produz efeitos ex tunc (retroativos) - retorno ao status quo (estado anterior - tudo volta a ser como antes). Perda total COM culpa do devedor (art. 234, parte final CC) equivalente + perdas e danos.

4 Perda Parcial (deterioração) SEM culpa do devedor (art. 235 CC) Poderá o credor resolver a obrigação ou aceitar a coisa abatido do seu preço o valor que perdeu. Perda Parcial (deterioração) COM culpa do devedor equivalente ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. A.2) RESTITUIÇÃO (arts. 238 a 240 CC): Perda total SEM culpa do devedor (art. 238 CC) sofrerá o credor a perda e a obrigação se resolverá, ressalvados os direitos do credor até o dia da perda. O credor não poderá exigir nem mesmo o valor do bem - o credor suportará a perda. Perda total COM culpa do devedor (art. 239 CC) equivalente + perdas e danos. Perda parcial (deterioração) SEM culpa do devedor (art. 240 CC) não terá direito a nada. Perda parcial (deterioração) COM culpa do devedor (art. 240, parte final CC) equivalente + perdas e danos. B) OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA: Para que uma obrigação de dar coisa incerta seja cumprida é necessária a escolha da qualidade. Em regra, a escolha da qualidade, denominada de concentração do débito, caberá ao devedor (art. 244 CC). Em até quanto tempo antes do vencimento o devedor deverá concentrar o débito? Deverá ocorrer em até 10 dias antes do vencimento, sob pena da concentração do débito passar para o credor. Trata-se de uma aplicação analógica do art. 571 do CPC, que dispõe sobre a execução de obrigações alternativas, que também exigem uma concentração do débito.

5 Enquanto não há uma escolha da qualidade (concentração do débito) não há como o devedor alegar perda ou deterioração da coisa. O gênero não perece, o que perece é sempre a qualidade. 4) OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL: Obrigação divisível é aquela que pode ser fracionada sem perda da qualidade ou valor da coisa. Obrigação divisível com pluralidade de partes: Princípio do concursu partis fiunt (art. 257 CC) -as partes se satisfazem pelo concurso. Na obrigação divisível com pluralidade de partes, há a individualização das obrigações, consideradas obrigações autônomas. 5) OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL: A indivisibilidade decorre da natureza do bem, vontade das partes ou imposição legal. 5.1) Obrigação indivisível com pluralidade de credores: Qualquer um dos credores pode exigir o todo do devedor (art. 260 CC). O devedor somente estará exonerado quando: Entregar a todos os credores conjuntamente; Entregando a apenas um dos credores, este der caução de ratificação dos outros credores. Em sendo a obrigação indivisível, qualquer dos credores poderá exigir o todo do devedor, haja vista a impossibilidade de fracionamento. Entretanto, se somente um dos credores receber a prestação por inteiro, com base na

6 proibição ao enriquecimento ilícito e ao disposto no art. 261 do CC, este deverá repassar aos demais credores a quantia em dinheiro referente à cota de cada um (cada credor é titular de um percentual). Remissão por um dos credores de obrigação indivisível: Credor 1 - Remissão (1/3) Credor 2 Devedor - Cumpre a prestação por inteiro Credor 3 Credor 2 Podem exigir o todo Devedor O devedor passará a (Credor) Credor 3 credor do 1/3 perdoado. Imaginemos a hipótese de remissão por um dos credores em obrigação indivisível. A remissão dirá respeito apenas à sua quota parte, mantendo-se a obrigação em relação aos demais credores, que continuarão podendo exigir o todo do devedor. Porém, quando o devedor cumprir a prestação por inteiro, automaticamente passará a ser credor do percentual perdoado. Isso ocorre porque, segundo o art. 262 do CC, se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. Não há como aplicar o art. 262 do CC nas obrigações indivisíveis (Em se tratando de obrigação indivisível, como descontar o percentual perdoado?). Desta forma, mesmo com o perdão de um dos credores, os demais continuarão podendo exigir o todo (não há como fracionar).

7 5.2) Obrigação indivisível com pluralidade de devedores: O credor poderá exigir o todo de qualquer um dos devedores (art. 259, caput do CC). Quando um dos devedores cumpre a obrigação, se subrogará nos direitos do credor, assumindo todas as garantias e privilégios deste. Devedor 1 Credor Devedor 2 Devedor 3 Cumpre a obrigação por inteiro Sub-rogação Devedor 3 Devedor 1-1/3 Devedor 2-1/3 Poderá exigir 1/3 dos demais devedores Obrigação Indivisível: Perda do bem com culpa do devedor = Equivalente + Perdas e danos E se a culpa for de apenas um dos devedores, quanto o credor poderá exigir de cada um deles? Em relação ao equivalente, o credor poderá exigir a quota parte de cada devedor. Porém, as perdas e danos somente poderão ser exigidas do devedor culpado (art. 263, 1º e 2º CC) E se todos os devedores forem culpados pela perda do bem? O credor poderá exigir 1/3 do equivalente e das perdas e danos de cada devedor.

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