PROCEDIMENTO ESPECIAL - Ação de Usucapião. Projeto monitoria acadêmica Estefânia Côrtes AÇÃO DE USUCAPIÃO

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1 PROCEDIMENTO ESPECIAL - Ação de Usucapião Projeto monitoria acadêmica Estefânia Côrtes AÇÃO DE USUCAPIÃO PROCEDIMENTOS ESPECIAIS LIVRO IV Arts. 941 a 945 CPC. Da ação de usucapião de terras particulares

2 Procedimento especial do 941 ss se aplica a todas as espécies de usucapião? 1ª posição: Daniel Amorim, HTJ, Alexandre Câmara, Marcato. Os artigos 941 a 945 aplicam-se somente a duas modalidades: a usucapião ordinária e a usucapião extraordinária. 2ªposição: Marinoni afirma que em que pese haja lei tratando de outros tipos de usucapião, no final das contas, o procedimento é o mesmo. Ele diz o seguinte: Cada uma das modalidades de usucapião regula-se por seus requisitos próprios, embora utilize o mesmo procedimento judicial para seu reconhecimento. Gênero da palavra usucapião 1ª posição: Alexandre Câmara, HTJ, Silvio Rodrigues, Marcato. Vocábulo no masculino, pois é o termo usado tradicionalmente. Era o termo do CC o modo de aquisição 2ª posição: Marinoni, Daniel Amorim Assunção Neves. No feminino. CC 02. a forma de aquisição

3 CONTINUIDADE, MANSIDÃO, INCONTESTABILIDADE, PACIFICIDADE CONTINUIDADE. HTJ: Completa o lapso temporal sem sofrer interrupção nos atos que evidenciam a exteriorização da posse sem qq oposição. Nelson Ros.: a posse é descontínua qdo o possuidor abandonar o poder físico sobre a coisa por pz relevante (casuístico) sem deixar qq daquelas pessoas (locatário, comodatário) ocupando o bem. Salvo se for usucapião especial, pois nessa tem que morar, residir. CONTINUIDADE, MANSIDÃO, INCONTESTABILIDADE, PACIFICIDADE INCONTESTABILIDADE. HTJ: é a posse que se desenvolve sem contestação do titular do imóvel. (somente o titular) Marinoni: Diz que qq terceiro pode contestar. Explica essas características, continuidade, pacificidade, mansidão e incontestabilidade como um conjunto que se complementa, de modo a afirmar que permite a usucapião somente a posse num longo período sem ninguém falar nada, nem contestar, nem ajuizar nada.

4 Bens incorpóreos podem ser usucapidos? 1ª posição: doutrina processualista afirma que não, tendo em vista que somente coisas móveis e imóveis podem ser objeto de usucapião. 2ª posição: Marinoni. Podem e há exemplo sumulado na jurisprudência. Súmula 193 STJ: o direito de uso da linha telefônica pode ser adquirido por usucapião USUCAPIÃO ORDINÁRIA: JUSTO TÍTULO JUSTO TÍTULO. Marinoni: equivale à aparência de regularidade do título portado pelo possuidor. Nelson Ros.: há 3 modalidades de vício q comumente convertem um ato jurídico defeituoso em justo título para usucapião: aquisição a non domino; vício que gera a invalidade (ex.: venda por incapaz) e erro no modo de aquisição (CeV por instr. particular e deveria ser por RGI.

5 Terceiros interessados são citados ou convocados? 1ª posição : Alexandre Câmara, HTJ. A lei se refere a citados. A.C. ainda afirma que não háo provocatio ad agendum. Quem écitado, écitado pra fazer parte do polo passivo. 2ª posição: Marcato, Marinoni, Dinamarco. São citados para oferecerem eventual objeção. Mas não são propriamente citados. Dinamarco afirma que é apenas uma provocação (provocatio ad agendum) para agir e não, uma citação. Efeitos da sentença retroagem até quando? 1ªposição : da doutrina. Até a data em que se consolidou a usucapião, pois o lapso temporal érequisito temporal exigido pela lei. Enquanto não alcançado o lapso, não há usucapião. 2ª posição: Fabricio Furtado. Retroage à data do início da posse ad usucapionem.

6 Solução do caso: TJRJ Apelação Cível nº /03/2010 AÇÃO DE USUCAPIÃO. AUSÊNCIA DE ANIMUS DOMINI. POSSE DIRETA EXERCIDA POR LOCATÁRIA EM RAZÃO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM O LOCADOR. CONCOMITÂNCIA DE AÇÃO DE DESPEJO COM PEDIDO CUMULADO DE COBRANÇA DE ALUGUERES APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO E PERMANÊNCIA NO IMÓVEL. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS. Continuação... É sabido e consabido que a usucapião tem como requisitos: posse mansa e pacífica e decurso de tempo, sendo certo que tal posse deve ser exercida com animus domini e este, por evidente, constitui elemento ausente quando se trata de posse precária. A relação empregatícia foi dissolvida em 17 de junho de 2003, restando provado de forma inequívoca, que a Apelante se recusou a receber a notificação para desocupar o imóvel.

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