Caderno de apoio Master MASTER /// JURIS
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- Maria da Assunção Faro Espírito Santo
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1 Turma e Ano: Flex B ( 2014 ) Matéria/Aula : Direito Empresarial - Títulos de crédito em espécie e falência / aula 07 Professor: Wagner Moreira. Conteúdo: Ações Cambiais / Monitoria / Cédulas e Notas de Credito. EXECUÇÃO DE TÍTULOS Vamos falar agora da prática processual de quando a pessoa não paga o título e eu quero executar/cobrar, já que é característica do titulo de crédito a executoriedade, permitindo que eu vá direto para a execução - art. 585, CC. Se há uma liquidez, certeza e exigibilidade, poderei executar. Posso executar, mas posso discutir os motivos. Agora se é ilíquido, perde a força executiva. Ex: contrato de conta corrente é ilíquido. Se for vinculado a contrato liquido e certo, não terá autonomia, mas terá execução certa. Súmula 258 STJ A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. Nesse caso posso executar na justiça comum ou juizado especial, sendo até 40 salários mínimos, e a principio a parte autora deve ser pessoa física. A regra é na justiça comum. Para a execução do título, e possível o autor ser Pessoa Jurídica de pequeno porte, segundo o enunciado do TJ/RJ e jurisprudência. Na execução vou cobrar o valor do título, mais os juros legais, a correção monetária e despesas com notificação, protesto, etc... Processamento: Recebeu, manda citar pra pagar em 3 dias art. 652 CPC Esse artigo prevê que nesse prazo de 03 dias, se pagar nesse prazo, a lei da a possibilidade que ele pague metade dos honorários. O juiz ao despachar determinará os honorários para execução. Art O devedor será citado para, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou nomear bens à penhora. 1o O oficial de justiça certificará, no mandado, a hora da citação. 2o Se não localizar o devedor, o oficial certificará cumpridamente as diligências realizadas para encontrá-lo.
2 O devedor poderá fazer uma proposta de pagamento art. 745 CPC Art. 745-A. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exeqüente e comprovando o depósito de 30% (trinta por cento) do valor em execução, inclusive custas e honorários de advogado, poderá o Executado requerer seja admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês. 1 o Sendo a proposta deferida pelo juiz, o exeqüente levantará a quantia depositada e serão suspensos os atos executivos; caso indeferida, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito. 2 o O não pagamento de qualquer das prestações implicará, de pleno direito, o vencimento das subseqüentes e o prosseguimento do processo, com o imediato início dos atos executivos, imposta ao Executado multa de 10% (dez por cento) sobre o valor das prestações não pagas e vedada a oposição de embargos. O prazo pra eu fazer essa cobrança, é o prazo de prescrição, que dependerá do tiulo. Letra da cambio, promissória e duplicata será de 3 anos para executar o devedor principal. No cheque, o prazo é diferente art. 59 da lei do cheque. 30 ou 60 dias para apresentar o cheque e depois desse prazo começa a contar 06 meses para sua execução a contar da data de emissão do mesmo. Esse prazo começa a contar depois do prazo de apresentação. Art. 70 LUG - Todas as ações contra o aceitante relativas a letras prescrevem em 3 (três) anos a contar do seu vencimento. Na interrupção da prescrição, o prazo inicia-se novamente. Art A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; III - por protesto cambial; IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
3 Obs: Tenho prazo de execução de 3 anos. Quando eu protestei, começou um novo prazo de 3 anos. Não conta mais os 3 anos a partir do vencimento, mas sim do dia seguinte ao protesto. Se eu perco o prazo de execução, posso entrar com ação de cobrança. Art. 206, 3º - prescreve em 03 anos a pretensão para haver pagamento de titulo de credito. Ação monitória:. É a ação para exigir que um título que tenha perdido a sua força executiva, ou seja, que tenha ultrapassado o seu prazo de execução.. Também não exige a prova do negócio jurídico que deu origem. Súmula 299 STJ - Ação Monitória Fundada em Cheque Prescrito É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito. A monitória é realizada na justiça comum. No cheque temos uma situação diferenciada, pois o art. 61 tem uma ação chamada de locupletamento indevido, ou seja, enriquecimento ilícito, após a prescrição. Posso fazer essa ação, e ser proposta no juizado. O prazo da ação monitória é de 5 anos, começando a contar da data de vencimento. Na verdade, a letra de cambio, nota promissória e duplicata será de 3 anos. A sumula 299 diz 5 anos, a contar do vencimento. Logo, na pratica quando eu perco o prazo da execução eu só tenho mais 2 anos para a ação monitória. No cheque, o tempo da ação monitória será 5 anos da data de emissão. Sumula 503 e 504 STJ Súmula 503-STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula. Súmula 504-STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. Hoje em dia temos as cédulas de crédito, títulos recentes que surgiram a partir das necessidades de alguns setores ( imobiliário, banmcario, etc...)
4 Surgiram para soluciona operação especifica de crédito/financiamento, concedidas por instituições financeiras/ou/equiparadas. A cédula e nota de credito, representam títulos de operações de financiamento. Estão associados a empréstimos/financiamentos por instituições financeiros ou equiparadas a estas, como incorporadores, daquele ramo. Ex: cédulas de credito bancário (financiamento ), imobiliário. São títulos de créditos causais. Existe um decreto lei de nº 413, no art. 2º ser um titulo causal. Qual é a diferença entre cédulas de crédito e notas de crédito? R: Na cédula eu vinculo a uma garantia real, e na nota não. Logo, se eu quero fazer um negócio imobiliário e quero gerar um titulo de crédito faço uma nota ou cédula de crédito. Porém se quiser fazer uma garantia, eu faço uma cédula ( hipotecária, pignoratícia, fiduciária) O que diferencia os dois são somente o vinculo de garantia. É inter partes, pode ser endossada. Agora se quero que valha contra terceiros é importante fazer o registro, principalmente se for cédula. O registro faz com que tenha validade entre as partes. Cédula bancária basta o registro no cartório de títulos e documentos, porém se for imobiliária, é interessante levar ao RGI. O registro tem eficácia contra terceiros.
5 Cédulas e notas de crédito Cédula rural pignoratícia, hipotecária, pignoratícia e hipotecaria ( dec.lei 167/67) Nota de crédito rural ( Dec. lei 413/69) e Nota de crédito industrial ( dec. Lei 413/69 ) Cédula de crédito à exportação. Lei Cédula de crédito comercial. Lei 6840/90 Cédula de crédito de produto rural. Lei 8929/94 Cédula de crédito de debênture. Lei 6404/76 Cédula hipotecária. Decreto Lei 70/66 Cédula de crédito imobiliário. Lei /04
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