AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO

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1 AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Março de 2015 Panorama Macroeconômico A confiança das empresas e famílias ainda em queda, as incertezas relacionadas ao ambiente político e certa paralisação da atividade em cadeias importantes da economia nos levaram a revisar mais uma vez nosso cenário macroeconômico para este ano. Estamos ajustando para baixo as perspectivas para o PIB, ao mesmo tempo em que o realinhamento de preços administrados e a rápida depreciação da moeda brasileira pressionam a inflação. Enquanto alguns vetores não mudaram sua contribuição para o crescimento, como o ajuste fiscal esperado, outros mostraram deterioração relevante ao longo deste ano. Temos a depreciação cambial recente, a abertura da curva de juros de mercado e, por fim, os próprios dados correntes de atividade e de confiança. Levando em consideração esses novos dados, atualizamos nossa projeção do PIB em 2015, passando de uma queda de 0,5% para outra de 1,5%. Mesmo reconhecendo que a desaceleração da economia provocará uma descompressão na inflação, no curto prazo, as pressões ainda são relevantes. Isso nos faz projetar alta do IPCA de 8,0% e 5,7% neste e no próximo ano, respectivamente. Sobre a taxa de câmbio, o desafio é saber o que é overshooting por problemas políticos (e incertezas decorrentes do risco de não aprovação de medidas e de Petrobras) e o que é fundamento (preços de commodities em queda e dólar forte em escala global). Acreditamos que passado esse período mais atribulado, a moeda brasileira poderá oscilar em patamares entre R$/US$ 2,90 e R$/US$ 3,10. A proximidade da normalização da política monetária nos EUA e o início do programa de compras de bônus soberanos por parte do Banco Central Europeu têm pautado o cenário global e os preços dos principais ativos. Essa combinação de fatores, motivada pela melhora da economia norte-americana e pelos riscos deflacionistas na Europa, assim, reforçam a tendência de valorização do dólar em escala global ao mesmo tempo que o euro tem testado níveis bastante depreciados. A despeito das incertezas relacionadas às negociações da Grécia com o Eurogrupo, as perspectivas para a economia europeia se mostram mais favoráveis. Além disso, a economia chinesa tem mostrado desaceleração superior à esperada, compatível com crescimento de 6,5%, o que impõe desafios importantes à política econômica diante da meta de 7,0% de expansão do PIB estipulada pelo governo do país no início deste mês. Assim, espera-se que o alívio tanto da política fiscal como monetária será intensificado nos próximos meses. Sumário Executivo Soja As cotações deverão continuar com pressão de baixa, refletindo a elevada relação estoque consumo, que é a mais alta da série histórica, atingindo 31,0%, ante 24,8% da safra passada, resultado do incremento de produção nos EUA, na Argentina e no Brasil. Milho Os preços de milho devem seguir em alta nos próximos meses, por conta do recuo da produção brasileira. Mas a alta será limitada pela safra recorde nos EUA. Café Embora os fundamentos continuem apontando alta para as cotações do café, as cotações deverão cair nos próximos meses diante da intensificação da colheita no Brasil. As incertezas quanto aos efeitos da estiagem sobre o potencial produtivo da safra deverão continuar trazendo muita volatilidade às cotações. Boi As cotações continuarão elevadas nos próximos meses, como resultado da baixa oferta de animais para abate e dos efeitos da seca no Sudeste. Um ponto de atenção será a possível redução do consumo doméstico, diante da piora do mercado do trabalho, e do consumo nos países produtores de petróleo, relevantes mercados de destino das exportações brasileiras de carne bovina. Açúcar e Etanol As cotações do açúcar devem seguir em alta refletindo o menor superávit global e o recuo da safra brasileira. Mas a existência de superávit continuará limitando a alta. A demanda por etanol deverá ser mais expressiva, favorecida pela elevação dos preços da gasolina e pelo aumento da mistura na gasolina, dando impulso aos preços.

2 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* SOJA SOJA As cotações deverão continuar com pressão de baixa, refletindo a elevada relação estoque consumo, que é a mais alta da série histórica, atingindo 31,0%, ante 24,8% da safra passada, resultado do incremento de produção nos EUA, na Argentina e no Brasil Fundamentos O relatório mensal do USDA manteve as mesmas estimativas de produção de soja para os EUA, a Argentina e o Brasil. As estimativas do USDA para o Brasil, de 94,5 milhões de toneladas, estão acima das apontadas pela Conab e ainda não incorporaram os efeitos da estiagem sobre a safra brasileira, que já é considerada otimista. Portanto, nos próximos levantamentos poderemos observar revisões para baixo. A Conab divulgou o 6º levantamento da safra 2014/15 e revisou para baixo pela segunda vez consecutiva a estimativa da produção de soja no Brasil em 1,3 milhão de toneladas, o equivalente a um recuo de 1,4%. Houve redução de área plantada e ajuste para baixo no nível de produtividade esperado em todas as regiões, na comparação com o mês anterior. Ainda assim, a produção de soja deve somar 93,3 milhões de toneladas, uma safra recorde, com incremento de 8,3% ante a safra anterior. Estimativas de consultorias especializadas apontam uma safra entre 91 e 92 milhões de toneladas de soja. Esperamos que, nos próximos levantamentos, a Conab e o USDA convirjam para esse número, incorporando os efeitos da estiagem ocorrida no Sudeste e no Nordeste. Os fundamentos continuam sendo de baixa para as cotações de soja, refletindo as safras recordes nos três maiores exportadores: EUA, Brasil e Argentina que respondem juntos por pouco mais de 80% da produção global e deverão ter um crescimento de 11,4% da produção. Com isso, a relação estoque consumo é a mais alta da série histórica, atingindo 30,9%, ante 24,3% da safra passada. em mil toneladas Produção Nacional de Soja Fonte e Projeção: CONAB Elaboração: Bradesco Produção Nacional de soja (em mil toneladas) Fonte e projeção: Conab Elaboração: BRADESCO

3 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha) em R$ por saca de 60 kg Fonte e (*) projeção: Conab SOJA EM GRÃO Fonte: Deral PR Elaboração: BRADESCO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR Elaboração e Projeção: Bradesco Preço de soja em grão ao produtor Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg) ,0 70,0 60,0 73,92 61,83 56,19 50,0 43,93 48,15 44,37 45,68 50,53 53,38 40,0 39,81 40,14 30,0 26,63 32,42 28,62 27,03 30,59 20,0 18,04 19,98 22,57 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 10,0 Fonte: Bloomberg em US$ cents por PREÇOS bushel INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO Projeção de preço: média dos preços futuros Elaboração: Bradesco em US$ cents por bushel 1.800, , , Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) , , Projeção de preço: média dos preços futuros 800,0 600, , Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 3

4 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* MILHO MILHO Os preços de milho devem seguir em alta nos próximos meses, por conta do recuo da produção brasileira. Mas a alta será limitada pela safra recorde nos EUA Fundamentos O relatório mensal do USDA manteve a estimativa de produção para os EUA e para o Brasil sem alteração ante o levantamento do mês anterior. Para o Brasil, o USDA espera uma safra de 75 milhões de toneladas, abaixo da estimativa de 78,2 milhões de toneladas divulgada pela Conab. O 6º levantamento da safra 2014/15 da Conab revisou para baixo a estimativa para a 1ª safra em 1,3% ante o mês anterior, por conta do ajuste de produtividade para o Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Para a 2ª safra, que está em processo de plantio, a Conab trouxe leve revisão para cima, de 0,4% ante o levantamento passado, refletindo o ajuste de intenção de plantio no Centro-Oeste. A produção total de milho deve somar 78,2 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 2,3% em relação à safra passada. Nos próximos levantamentos, poderão ocorrer novas revisões para baixo, com a incorporação dos efeitos da estiagem. As cotações devem seguir em alta no mercado doméstico, refletindo o recuo de produção e o incremento de demanda para ração pelos criadores de aves e suínos. em mil toneladas Fonte e Projeção: Conab Produção Nacional de Milho Produção Nacional de milho (em mil toneladas) Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração : BRADESCO

5 jan/00 em kg por ha Produtividade - Milho jan/01 90/91 91/92 jan/02 92/93 jan/03 93/94 94/95 jan/04 95/96 jan/05 96/97 jan/06 97/98 jan/00 98/99 jan/07 99/00 jan/01 jan/08 00/01 01/02 jan/02 jan/09 02/03 jan/03 jan/10 03/04 04/05 jan/04 jan/11 05/06 jan/05 jan/12 06/07 07/08 jan/06 jan/13 08/09 jan/07 jan/14 09/10 10/11 jan/15 jan/08 11/12 dez/15 jan/09 12/13 13/14 jan/10 14/15* jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/ Produtividade milho (em kg por ha) Em R$ por saca de 60 kg Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: Deral Elaboração e Projeção: Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO Preço de milho ao produtor Praça Paraná (em R$ por saca de 60 kg) ,0 25,0 20,0 15,0 11,95 10,0 22,28 11,40 18,96 16,26 10,44 24,94 14,14 13,07 26,92 23,29 20,97 19,96 17,84 17,26 7,05 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 5,0 Em US$ cents por bushel Milho - Bolsa de Chicago - CBOT Fonte: Bloomberg Elaboração e Projeção: Bradesco Preço futuro 1º vencimento Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 5

6 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16* CAFÉ CAFÉ As cotações deverão cair nos próximos meses diante da intensificação da colheita no Brasil. As incertezas quanto aos efeitos da estiagem sobre o potencial produtivo da safra deverão continuar trazendo muita volatilidade às cotações Fundamentos Em janeiro, a Conab divulgou o 1º levantamento para a safra brasileira de café na temporada 2015/16 que começará a ser colhida em maio. Para o café arábica, a estimativa é de expansão de 3,5% da produção, reflexo dos seguintes fatores: (i) aumento de 2,9% da produção em Minas Gerais, resultado da ampliação de 30,5% da produção na Zona da Mata, que apresenta bienalidade invertida em relação às demais regiões produtoras; (ii) recuperação do nível de produção no Paraná, cuja produção tinha sido fortemente afetada no ano passado pelas geadas; (iii) ampliação da área e da produtividade na Bahia. Para São Paulo, a estimativa da Conab é de recuo de 6,4% da produção, por conta do efeito da bienalidade negativa. O próximo levantamento da Conab será divulgado em maio. O próximo do USDA será conhecido em junho. A Organização Mundial do Café (OIC) estima produção global de 142 milhões de sacas na safra 2014/15 (safra já finalizada no Brasil e em período de colheita nos demais produtores). O consumo continua em expansão diante da recuperação econômica na Europa e nos EUA, devendo alcançar 149 milhões de sacas. Com isso, o déficit da produção sobre o consumo pode alcançar 7 milhões de sacas, chegando ao maior déficit global desde O recuo de produção resulta das safras na América do Sul, destacando-se Brasil, Peru e México, e na Ásia, com destaque para a Indonésia, todos com problemas climáticos. As cotações do café apresentaram forte queda desde o início do ano, refletindo a melhora do volume de chuvas no Sudeste no Brasil. Num ambiente de recuo da produção global e expansão de consumo, na esteira da recuperação econômica nos países desenvolvidos, os fundamentos de alta para os preços do café seguem válidos. Mas, no curto prazo, as cotações podem ficar mais voláteis, com viés de baixa, diante das incertezas com os efeitos da estiagem sobre o potencial produtivo da safra e da intensificação da colheita no Brasil. mil sacas de 60 kg Produção Nacional de Café Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg) Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 6

7 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 590,0 540,0 490,0 440,0 390,0 340,0 290,0 337,0 291,4 269,8 328,0 530,8 457,8 408,6 387,5 366,3 455,2 507,5 Preço Café Arábica (em R$ por saca de 60 kg) Projeção de preço: média dos preços futuros BMF 240,0223,6 190,0 239,8 230,4 245,8 247,5 282,2 247,7 140,0 90,0 104,4 Projeção de preço: média dos preços futuros Em US$ cents por libra peso Fonte: CEPEA ESALQ Café em grão - Bolsa de Nova York Elaboração: - NYBOT Bradesco Fonte: Bloomberg Elaboração: Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) Projeção de preço: média dos preços futuros 325,0 275,0 225,0 175,0 125,0 115,06 75,0 63,07 65,95 99,48 127,53 96,55 131,18 152,04 272,07 204,99 142,45 108,67 197,02 180,03 150,03 131,72 117,62 143,90 67,78 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 25,0 7

8 BOI BOI As cotações continuarão elevadas nos próximos meses, como resultado da baixa oferta de animais para abate e dos efeitos da seca no Sudeste. Um ponto de atenção será a possível redução do consumo doméstico e externo Fundamentos As exportações de carne bovina estão em expansão desde 2012, favorecidas pela demanda de Hong Kong, Venezuela, Oriente Médio e Rússia. Além disso, o câmbio em nível mais depreciado está ampliando a rentabilidade das exportações. Mas, um risco para a continuidade de expansão dos volumes embarcados é a possibilidade de arrefecimento de demanda nos países produtores de petróleo, dentre eles Rússia, Venezuela, Irã e Emirados Árabes, que juntos respondem por 36% das exportações brasileiras de carne bovina. No mercado doméstico, o consumo poderá desacelerar, diante da piora do mercado de trabalho e do aumento da inflação. A oferta de animais prontos para abate continuará muito justa, como reflexo do abate de fêmeas ocorrido em anos anteriores, que provocou alta de preços dos bezerros. Em 2014 os preços do bezerro subiram pouco mais de 40% e mais 8% desde o início deste ano. A ocorrência de chuvas abaixo da média história na região Sudeste do País, que concentra 20% dos abates, poderá não ser suficiente para recuperar as pastagens e impulsionar a oferta e ainda poderá agravar a baixa oferta de animais prontos para abate durante os meses de seca que se estende de maio a outubro. Nos próximos meses, as cotações do boi continuarão elevadas refletindo a baixa oferta de animais prontos para abate e os efeitos da estiagem no Sudeste. O risco para esse cenário não se concretizar é a possibilidade de reversão das exportações, diante da possível redução do consumo nos países produtores de petróleo e também da moderação da demanda doméstica. Exportações Brasileiras de carne bovina Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco Exportações brasileiras de carne bovina (em mil toneladas) jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez FONTE: SECEX ELABORAÇÃO: BRADESCO 8

9 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 Abates mensais de boi Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco Abate de bois em mil cabeças FONTE: MAPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Em R$ por arroba (15 kg) BOI GORDO Fonte: Cepea Esalq PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP Elaboração e Projeção: Bradesco jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 160,0 140,0 120,0 109,6 106,9 125,2 108,4 143,2 151,2 130,1 Boi Gordo Preço ao Produtor Praça São Paulo (em R$ por arroba) ,0 80,0 60,0 61,8 93,3 74,5 90,8 97,0 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA 51,7 40,0 42,2 20,0 FONTE: CEPEA ELABORAÇÃO: BRADESCO 9

10 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* AÇÚCAR E ETANOL AÇÚCAR E ETANOL As cotações do açúcar devem seguir em alta refletindo o menor superávit global e o recuo da safra brasileira. Mas a existência de superávit continuará limitando a alta. A demanda por etanol deverá ser mais expressiva, favorecida pela elevação dos preços da gasolina e pelo aumento da mistura na gasolina, dando impulso aos preços Fundamentos A safra 2014/15, que está em fase final de processamento, está estimada pela Conab em 642,1 milhões de toneladas de cana, um recuo de 2,5% ante a safra passada, refletindo a estiagem no Sudeste. A estimativa para a próxima safra 2015/16 será divulgada pela Conab em abril. A Unica estimou a safra 2015/16 num intervalo entre 541 e 561 milhões de toneladas de cana. Considerando a média do intervalo, a produção na atual safra seria 3% menor do que a safra passada, que já tinha recuado 5%. Assim, são duas safras consecutivas de queda de produção no Brasil. O Governo aprovou o aumento do limite de mistura de etanol na gasolina de 25% para 27%, a partir de 16/03. Segundo a Unica, o aumento da mistura equivale a uma demanda adicional de 1,2 bilhão de litros de etanol, o que representa um incremento de 4% sobre a produção atual. Assim, 15 milhões de toneladas a mais de cana-de-açúcar devem ser produzidas, o equivalente a 2,5% de crescimento. A partir de 1º de fevereiro passou a vigorar o retorno da cobrança da Cide na gasolina, de R$ 0,22/litro. Esse aumento da Cide e da mistura na gasolina deverão levar a próxima safra a ser mais alcooleira, podendo provocar recuo da produção de açúcar, o que será favorável para impulsionar os preços da commodity. As cotações do açúcar devem seguir em alta nos meses à frente, por conta do menor superávit global gerado e do recuo da safra brasileira, afetada pela estiagem. Mas a existência de superávit continuará limitando a alta. Os preços do etanol deverão continuar subindo, impulsionados pela demanda doméstica robusta por combustíveis, dado o forte crescimento mil toneladas da frota de veículos nos Produção Nacional de Cana-de-Açúcar últimos anos, e pela elevação dos preços da gasolina. Fonte e projeção : Conab Elaboração. Bradesco Safra 14/15 Mil ton Var. Abs. Var. % 1º Levantamento Abr/ º Levantamento Ago/ ,9% 3º Levantamento Dez/ ,6% 4º Levantamento Abr/ Produção nacional de cana-de-açúcar em mil toneladas Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 10

11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco jan/00 93/94 jan/01 94/95 jan/02 95/96 96/97 jan/03 97/98 jan/04 98/99 99/00 jan/05 00/01 jan/06 01/02 jan/07 02/03 03/04 jan/08 04/05 jan/09 05/06 jan/10 06/07 07/08 jan/11 08/09 jan/12 09/10 jan/13 10/11 11/12 jan/14 12/13 Etanol em mil litros jan/15 13/14 dez/15 14/15* Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros) AÇÚCAR ÁLCOOL FONTE: CONAB ELABORAÇÃO: BRADESCO em R$ por metro cúbico Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico) Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA FONTE: BMF BOVESPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Em US$ cents por libra peso Preços internacionais de açúcar NYBOT Preço futuro 1º Vencto Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) ,0 27,0 28,4 32,1 29,5 24,9 Projeção de preço: média dos preços futuros 21,0 15,0 9,0 10,7 9,0 8,8 9,0 8,4 17,9 8,9 13,1 11,3 14,6 21,9 17,7 15,4 15,3 FONTE: BLOOMBERG ELABORAÇÃO: BRADESCO 5,6 3,0 6,3 11

12 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 16-jun-09 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 16-jun-09 Acompanhamento das posições não comerciais Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Posições não comerciais e preços internacionais de café US$ c / libra posição não comercial Café 304,9 em número de contratos , ,70 159, , FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO US$ c / bushel posição não comercial preço soja em número de contratos Posições não comerciais e preços internacionais de soja , , FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO US$ cents por bushel Posições não comerciais e preços internacionais de milho posição não comercial preço milho , FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO

13 SOJA Retrato do mercado Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, o volume de 43% é exportado e 57% são destinados à moagem. O processo de moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados. A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos. Países de destino Grão: 75% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos. Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos. Óleo: 50% China, 20% Índia. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro-Oeste: 49%; Sul 33%; 8% Nordeste; 6% Sudeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 30,8%, atrás dos EUA, com 31,5%, mas é o maior exportador, com 40,7% do total, seguido pelos EUA, com 39,3%. 13

14 MILHO Retrato do mercado O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto representa: 64% da avicultura 65% da suinocultura 23% da pecuária de leite Países de destino As exportações de milho respondem por 28% do volume produzido. Os principais mercados de destino são: 14% Japão, 13% Coréia do Sul, 8,5% Taiwan. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 10% Centro-Oeste; 15% Nordeste. Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro. Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro-Oeste; 23% Sul (somente Paraná); 6% Nordeste (somente Bahia); 5% Sudeste. Ranking O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 7% de participação no mercado e o segundo maior exportador, com 18% de participação. 14

15 CAFÉ Retrato do mercado O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual. Países de destino Café verde: 19,3% EUA; 18,8% Alemanha; 10% Japão. Café solúvel: 16,3% EUA; 13,5% Rússia; 6,4% Ucrânia. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 71,5% Minas Gerais 10,5% São Paulo 9,1% Espírito Santo 4,3% Paraná 2,8% Bahia Distribuição regional da produção de café robusta: 75,6% Espírito Santo 12,5% Rondônia 6,7% Bahia 2,6% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global, com participações de 37% na produção e de 27% na exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que responde por 15% do consumo mundial. 15

16 BOI Retrato do mercado O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro. As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina. Países de destino A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com participação de 22%. Hong Kong responde por 18%. Regionalização Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste; 20,4% Sudeste; 20,1% Norte; 12,3 Sul; 10,8% Nordeste. Ranking O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,9% de participação, antecedido pelos EUA, que representam 19,1%. O Brasil é o maior exportador mundial, com 21% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do animal com aproximadamente 15 arrobas. O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim. O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates. A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores. A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado. Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro 16

17 AÇÚCAR E ETANOL Retrato do mercado Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destinam à produção de açúcar e 54% à produção de etanol. O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno. Do total de etanol produzido, o hidratado representa 55% (usado como combustível nos carros flex fuel) e o anidro 45% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%). O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. Países de destino Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China; 8% Bangladesh; Açúcar Refinado (27% da produção): Principais países: Países árabes e africanos; Etanol: 60% EUA; Coreia do Sul 13%. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média. O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção. O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre. Regionalização 65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 22,2%. Os demais players são: Índia 15%; União Europeia 9,2%; China 8,5%; Tailândia 6,2%. O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 15%; Austrália 5,4%. Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil. 17

18 O DEPEC BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo Economia Internacional: Fabiana D Atri / Felipe Wajskop França / Thomas Henrique Schreurs Pires Economia Doméstica: Andréa Bastos Damico / Igor Velecico / Ellen Regina Steter / Myriã Tatiany Neves Bast Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Leandro de Oliveira Almeida Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Leandro Câmara Negrão / Ana Maria Bonomi Barufi Estagiários: Ariana Stephanie Zerbinatti / Vanderley Rodrigues Gonçalves Junior / Lucas Zaniboni / Thomaz Lopes Macetti / Victor Hugo Carvalho Alexandrino da Silva / Davi Sacomani Beganskas / Ives Leonardo Dias Fernandes / Henrique Neves Plens 18

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