AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO

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1 AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Março de 2016 Panorama Macroeconômico Os indicadores de atividade divulgados ao longo do ano passado trouxeram, como mensagem principal, uma elevada persistência de contração. O PIB do quarto trimestre de 2015, por exemplo, mostrou queda de quase 6% em termos anualizados. O ritmo de queda foi menos intenso do que o do segundo e terceiro trimestres (quedas ao redor de 9% e 7% em termos anualizados, respectivamente) e devemos ver uma melhora adicional no primeiro trimestre de 2016 esperamos queda de 1% do PIB na margem (4% em termos anualizados). Somado a isso, os últimos dados de atividade conhecidos mostram uma foto ainda bastante ruim da velocidade de contração da economia. Mas já começam a se acumular evidências, especialmente pelos números relativos à geração de novos empregos, de que a velocidade de contração começará a diminuir. Ademais, notamos, mais recentemente, uma discreta melhora da confiança e há sinais de que o ajuste dos estoques tem evoluído, tanto na indústria, como no varejo. De todo modo, o PIB ainda deverá recuar 3,5% neste ano. Ao mesmo tempo, ajustamos nossa expectativa para os próximos passos da política monetária, com a Selic chegando a 12,25%, ao final deste ano. Mas isso ocorrerá em alguns meses, quando os sinais de uma descompressão mais nítida da inflação ganharem força. De fato, reforçamos nossa visão de que a economia mundial continuará deflacionária e no Brasil, a ancoragem de expectativas virá da brutalidade do ajuste recessivo em curso, garantindo que o IPCA encerre o ano com alta de 6,9%. Por fim, acreditamos que o comportamento do Real permanecerá condicionado, principalmente, às incertezas relacionadas ao ajuste fiscal e às questões políticas, além da evolução do dólar nos mercados globais. Ainda que a volatilidade dos mercados tenha se reduzido mais recentemente, permanecem as incertezas relacionadas ao desempenho da China e seus possíveis impactos na economia mundial, em especial nos países emergentes e nas cadeias produtoras de commodities. Com isso, o viés para a ação dos bancos centrais ao redor do mundo, preocupados com os riscos ainda presentes no cenário internacional, é de expansão monetária, caso haja ameaça à recuperação econômica dos seus países. Esse também é o caso do Federal Reserve, que pode postergar a continuação da normalização monetária iniciada no final do ano passado (ou apenas torná-la mais gradual). Sumário Executivo Soja Os estoques globais elevados manterão os preços internacionais baixos. Volatilidade, com possível alta, poderá ser observada nas cotações em resposta às preocupações com a ocorrência do La Niña durante o plantio nos EUA, entre maio e junho, e no Brasil, entre setembro e outubro. Preços domésticos seguem elevados, beneficiados pelo efeito da depreciação do real. Milho Preços internacionais seguem sem fatores de impulso para alta, já que estoques continuam elevados. Volatilidade, com possibilidade de alta, poderá ser percebida, com o avanço do La Niña, durante plantio nos EUA e no Brasil, que ocorrem respectivamente entre abril e maio e setembro e novembro. Preços domésticos favorecidos pelo efeito cambial, pela demanda doméstica robusta e pelas exportações. A partir do 2º semestre, preços podem cair, com a entrada da 2ª safra. Café Os preços internacionais devem continuar baixos, fundamentados na boa safra brasileira e no dólar forte, que limita a alta dos preços cotados nessa moeda. Com isso, os preços domésticos em reais devem continuar elevados. A volatilidade das cotações poderá ser intensificada a partir de maio quando se inicia a colheita no Brasil. Boi Em que pese o arrefecimento do consumo doméstico, as cotações do boi seguirão em alta nos meses à frente, fundamentadas na demanda robusta das exportações e na oferta restrita de animais prontos para abate. Açúcar e Etanol Apesar do déficit global de açúcar, as cotações internacionais seguem sem força de alta, influenciadas pela estimativa de safra boa no Brasil, pelos estoques globais ainda elevados e pelo fortalecimento do dólar, que limita alta relevante dos preços cotados nessa moeda. Cotações do etanol seguirão em queda a partir de abril, com entrada da safra brasileira.

2 SOJA Os estoques globais elevados manterão os preços internacionais baixos. Volatilidade, com possível alta, poderá ser observada nas cotações em resposta às preocupações com a ocorrência do La Niña durante o plantio nos EUA, entre maio e junho, e no Brasil, entre setembro e outubro. Preços domésticos seguem elevados, beneficiados pelo efeito da depreciação do real SOJA Fundamentos O 12º acompanhamento mensal da safra 2015/16 divulgado pelo USDA não alterou as estimativas de produção para EUA, Brasil e Argentina, ante o divulgado no mês passado. Nos EUA, onde a safra já está finalizada, a produção está estimada em 320,2 milhões de toneladas. Para o Brasil, o USDA estima 100 milhões de toneladas, volume próximo ao previsto pela Conab de 101 milhões de toneladas, mas acima de estimativas de consultorias especializadas que apontam safra brasileira em 95 milhões de toneladas. Houve revisão para baixo do volume esperado para os estoques globais, mas, mesmo assim, a relação estoque consumo continua elevada em 25%, pouco abaixo do que fechou na safra anterior de 26,2%, o que fundamenta os baixos preços internacionais. Ao contrário do que era esperado, a Conab revisou para cima as estimativas de produção de soja no 6º levantamento da safra 2015/16, passando de 100,9 para 101,2 milhões de toneladas. Algumas consultorias especializadas apontam que a safra de soja neste ano poderá alcançar 95 milhões de toneladas, em resposta às adversidades climáticas em algumas cidades do Centro-Oeste do País. O El Niño está começando a se dissipar e os modelos meteorológicos estão apontando a ocorrência do La Niña durante o 2º semestre do ano. O La Niña por enquanto está apenas no radar, já que ainda não está claro qual a intensidade, a duração e o período de ocorrência. O fenômeno climático se configura como um fator altista de preços, tendo em vista que os impactos mais esperados são de clima mais seco nos EUA e no Centro-Sul do Brasil, afetando negativamente as culturas de grãos na safra 2016/17 e, consequentemente, elevando os preços a partir do segundo semestre deste ano. As cotações internacionais devem continuar acomodadas nos atuais baixos patamares, refletindo os elevados estoques globais. Mas volatilidade, com tendência de alta, poderá ser observada nos meses à frente, com as atenções voltadas ao desenvolvimento do La Niña durante o plantio nos EUA, entre maio e junho, e no Brasil, entre setembro e outubro. Os preços domésticos, por outro lado seguirão elevados, beneficiados pela depreciação do real. Produção Nacional de soja (em mil toneladas) Fonte e projeção: Conab Elaboração: BRADESCO /91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16* 2

3 Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha) /91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16* Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração: BRADESCO Preço de soja em grão ao produtor Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg) ,0 70,0 60,0 73,92 61,83 68,68 50,0 43,93 48,15 44,37 45,68 50,53 53,38 40,0 39,81 40,14 30,0 26,63 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 1.800, , , Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) , ,0 800,0 600, , Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 dez/16 32,42 28,62 27,03 30,59 20,0 18,04 19,98 22,57 10,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 dez/16 3

4 MILHO Preços internacionais seguem sem fatores de impulso para alta, já que estoques continuam elevados. Volatilidade, com possibilidade de alta, poderá ser percebida, com o avanço do La Niña. Preços domésticos favorecidos pelo efeito cambial, pela demanda doméstica robusta e pelas exportações. A partir do 2º semestre, preços podem cair, com a entrada da 2ª safra. MILHO Fundamentos O 12º levantamento da safra 2015/16, divulgado neste mês pelo USDA, não trouxe alterações relevantes nas estimativas, já que a safra norte-americana, que já está finalizada, foi mantida em 345,5 milhões de toneladas. A estimativa para a Argentina foi mantida em 27 milhões de toneladas e a do Brasil também foi mantida em 84 milhões de toneladas. Houve revisão para baixo nas estimativas de estoques globais. No entanto, a relação estoque consumo que está em 21,4%, permanece acima da safra passada, que fechou em 19,8%. O 6º levantamento da safra 2015/16, divulgado pela Conab, revisou pelo segundo mês consecutivo a estimativa para a 2ª safra de milho, que está sendo plantada, passando de 54,9 para 55,3 milhões de toneladas, como resultado da ampliação da área ante o que era esperado anteriormente. Será um recorde para a 2ª safra. Apesar da expectativa da 2ª safra recorde, os preços domésticos estão em alta, sustentados pela demanda interna robusta nas granjas de aves e de suínos e nos embarques para exportação. A relação estoque consumo doméstico de milho está em 12,3%, volume baixo ante o registrado três safras atrás, quando alcançou 21,7%. Os preços internacionais seguem sem fatores de impulso para alta nos próximos meses, já que a relação estoque consumo ainda está elevada. Poderemos, contudo, observar alguma volatilidade das cotações, com possibilidade de alta, nos meses à frente, à medida que avançar o La Niña, principalmente durante os períodos de plantio nos EUA e no Brasil, que ocorrem respectivamente entre abril e maio e setembro e novembro. Os preços domésticos continuam favorecidos pela desvalorização do câmbio, pela demanda doméstica robusta e pelas exportações. A partir do 2º semestre do ano, poderemos observar queda mais acentuada dos preços, com a entrada da 2ª safra de milho, que deverá ser recorde. Produção Nacional de milho (em mil toneladas) Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração : BRADESCO /91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16* 4

5 Produtividade milho (em kg por ha) /91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16* Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO 35,0 Preço de milho ao produtor Praça Paraná (em R$ por saca de 60 kg) ,0 25,0 20,0 15,0 11,95 10,0 22,28 11,40 18,96 16,26 10,44 24,94 14,14 13,07 26,92 19,96 17,26 32,43 23,29 24,34 17,84 19,17 7,05 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 5,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 dez/ Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) jan/00 jan/ jan/02 jan/03 jan/04 jan/ jan/ jan/07 jan/ jan/09 jan/10 jan/ dez/ Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 5

6 CAFÉ Os preços internacionais devem continuar baixos, fundamentados na boa safra brasileira e no dólar forte, que limita a alta dos preços cotados nessa moeda. Com isso, os preços domésticos em reais devem continuar elevados. A volatilidade das cotações poderá ser intensificada a partir de maio quando se inicia a colheita no Brasil CAFÉ Fundamentos O próximo relatório semestral do USDA será divulgado em meados de junho, quando poderemos ter visão mais clara das estimativas para a safra global 2016/17. Embora tenha muita divergência entre as estimativas de diversas casas para a safra brasileira, há unanimidade de que teremos uma safra boa a ser colhida a partir de maio, em resposta ao clima mais chuvoso nas regiões cafeeiras, fruto do El Niño. As dúvidas persistem em relação à safra de café robusta no Espírito Santo, que vem de duas safras em queda, fruto da estiagem na região. A Conab estima a atual safra do estado em mil sacas, o que representa um recuo de apenas 0,8%. No entanto, algumas estimativas apontam quebra de até 20% ante a safra passada, face à estiagem persistente no estado. Dentre os produtores globais, o Brasil e a Colômbia estão entre os países com depreciação mais acentuada das moedas nos últimos 12 meses ante o dólar, incentivando as exportações desses players. De todo modo, a recente apreciação do real ante o dólar levou a uma alta dos preços externos neste mês. Mas os fundamentos ainda prevalecem e devem manter a tendência de preços internacionais em baixos patamares, já que a safra brasileira deverá ser elevada. Os preços domésticos em reais devem continuar elevados, favorecidos pelo dólar forte. Os preços poderão apresentar volatilidade acentuada, na medida em que saírem notícias sobre o desenvolvimento da colheita no Brasil, que inicia em maio Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg) Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17* 6

7 590,0 490,0 390,0 290,0 223,6 190,0 239,8 337,0 230,4 291,4 530,8 328,0 269,8 247,5 480,1 408,6 424,0 366,3 247,7 598,7 Preço Café Arábica (em R$ por saca de 60 kg) Projeção de preço: média dos preços futuros BMF 90,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 dez/16 Fonte: CEPEA ESALQ Elaboração: Bradesco Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) Projeção de preço: média dos preços futuros 325,0 275,0 225,0 175,0 125,0 115,06 75,0 99,48 63,07 65,95 67,78 127,53 272,07 204,99 180,03 197,02 152,04 131,18 96,55 142,45 108,67 150,03 117,62 118,14 117,85 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 25,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 dez/16 7

8 BOI Em que pese o arrefecimento do consumo doméstico, as cotações do boi seguirão em alta nos meses à frente, fundamentadas na demanda robusta das exportações e na oferta restrita de animais prontos para abate. BOI Fundamentos Em resposta à abertura de mercados para a carne brasileira (EUA, China, Japão, África do Sul, Iraque, Irã e Arábia Saudita) e à taxa de câmbio em nível mais depreciado, os volumes embarcados de carne bovina passaram a subir a partir do início do segundo semestre do ano passado e deverão continuar em expansão neste ano. O USDA, em seu relatório semestral divulgado em outubro de 2015, estimou expansão de 9,2% dos volumes embarcados de carne bovina pelo Brasil neste ano. Já a Abiec, entidade que reúne os exportadores de carne, estima elevação de 21% em volume. Embora não tenhamos uma medida do consumo doméstico de carne, o movimento de preços no atacado dá indícios de que o consumo está arrefecendo, diante do enfraquecimento do mercado de trabalho e da desaceleração dos ganhos de renda. Desde meados do ano passado, os preços no atacado da carne bovina de 2ª têm se mantido sem alterações relevantes, e portanto sem força para subir, mesmo com a alta de preços do boi. A oferta de animais prontos para abate continua justa neste ano, refletindo o abate de fêmeas em anos anteriores. Os confinamentos também não deverão contribuir de forma relevante para a ampliação da oferta neste ano, já que os custos com ração à base de milho continuarão elevados. A demanda doméstica arrefecendo deveria reduzir os preços do boi, mas a demanda robusta das exportações e a oferta restrita de animais prontos para abate fundamentam a continuidade de alta das cotações do boi nos meses a frente. Exportações brasileiras de carne bovina (em mil toneladas) FONTE: SECEX ELABORAÇÃO: BRADESCO jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 8

9 Abate de bois em mil cabeças FONTE: MAPA ELABORAÇÃO: BRADESCO jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 180,0 160,0 140,0 120,0 109,6 106,9 108,4 125,2 150,7 155,3 162,5 Boi Gordo Preço ao Produtor Praça São Paulo (em R$ por arroba) ,0 80,0 60,0 40,0 20,0 jan/02 51,7 42,2 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 61,8 jan/07 jan/08 93,3 jan/09 jan/10 74,5 jan/11 90,8 97,0 dez/16 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA FONTE: CEPEA ELABORAÇÃO: BRADESCO 9

10 AÇÚCAR E ETANOL Apesar do déficit global de açúcar, as cotações internacionais seguem sem força de alta, influenciadas pela estimativa de safra boa no Brasil, pelos estoques globais ainda elevados e pelo fortalecimento do dólar. Cotações do etanol seguirão em queda a partir de abril, com entrada da safra brasileira AÇÚCAR E ETANOL Fundamentos Segundo a Unica, na fase final do processamento da safra 2015/16 de cana, foram moídos no Centro- Sul 5,8% a mais de cana em relação ao ano passado. Na mesma comparação, a produção de açúcar está 3,8% menor e a de etanol anidro (misturado na gasolina) está 2,0% mais baixa. Já a produção de etanol hidratado, usado diretamente nos veículos flex, está 11,6% maior para atender ao forte incremento de consumo após a elevação do preço da gasolina. A Organização Internacional do Açúcar (OIA) divulgou nova estimativa para o déficit de produção global na safra 2015/16, que ainda está em fase de processamento na Ásia, na Europa e na Austrália, passando de 3,5 milhões de toneladas, estimada em novembro, para 5 milhões de toneladas, diante da menor estimativa de produção para Índia, Tailândia e Brasil na safra 2015/16. O próximo levantamento da Conab será divulgado em meados de abril, com a primeira estimativa para a safra 2016/17. Consultorias especializadas estimam que a produção de cana da região Centro Sul do País na safra 2016/17 ficará entre 620 e 635 milhões de toneladas. Para efeito de comparação, a safra passada alcançou 603 milhões de toneladas, segundo a Conab. Esse incremento de colheita resulta da melhora do clima, favorecendo a produtividade, e do volume de cana bisada da safra anterior. Isso permitirá ampliação da produção de açúcar, incentivada pela taxa de câmbio, em patamar mais depreciado. Apesar das estimativas de ampliação do déficit global na safra 2015/16, ainda em processamento dos produtores do hemisfério norte, as cotações internacionais do açúcar devem seguir sem tendência de alta. Os principais fundamentos para isso são: (i) as atenções começam a se voltar para o desenvolvimento da safra 2016/17, que começará a ser processada no Brasil em abril e deverá ser maior do que a safra passada; (ii) estoques globais ainda continuam elevados, apesar do recuo recente; (iii) o dólar forte deverá impedir alta mais relevante dos preços cotados nessa moeda. Os preços do etanol devem passar a queda a partir de abril, com entrada da safra no Brasil Safra 15/16 Mil ton Var. Abs. Var. % 1º Levantamento Abr/ º Levantamento Ago/ ,1% 3º Levantamento Dez/ ,5% 4º Levantamento Abr/ Produção nacional de cana-de-açúcar em mil toneladas Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16* 10

11 Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros) AÇÚCAR ÁLCOOL FONTE: CONAB ELABORAÇÃO: BRADESCO /94 94/95 95/96 96/ /98 98/ /00 00/01 01/ /03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16* fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/ Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico) Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA FONTE: BMF BOVESPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) ,0 27,0 28,4 32,1 29,5 24,9 Projeção de preço: média dos preços futuros 21,0 15,0 17,9 13,1 14,6 21,9 17,7 15,4 14,9 13,89 FONTE: BLOOMBERG ELABORAÇÃO: BRADESCO 9,0 5,6 3,0 jan/00 10,7 jan/01 9,0 8,8 jan/02 jan/03 9,0 8,4 6,3 jan/04 jan/05 jan/06 8,9 jan/07 jan/08 11,3 jan/09 jan/10 jan/11 10,7 dez/16 11

12 Acompanhamento das posições não comerciais US$ c / libra em número de contratos Posições não comerciais e preços internacionais de café posição não comercial 281,7 Café , , , FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO -20 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/ jun-09 US$ c / bushel posição não comercial preço soja em número de contratos Posições não comerciais e preços internacionais de soja , , mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 mar/ jun- FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO US$ cents por bushel Posições não comerciais e preços internacionais de milho posição não comercial preço milho ,8 789, , , , FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 150 mar/10 nov/10 jul/11 mar/12 nov/12 jul/13 mar/14 nov/14 jul/15 mar/

13 Retrato do mercado SOJA Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, 43% do volume é exportado e 57% é destinado à moagem. O processo de moagem resulta em 72% de farelo e 18% de óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados. A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos. Países de destino Grão: 75% China, 15% Europa, 10% outros países asiáticos. Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos. Óleo: 50% China, 20% Índia. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro-Oeste: 49%; Sul 33%; 8% Nordeste; 6% Sudeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 30,8%, atrás dos EUA, com 31,5%, mas é o maior exportador, com 40,7% do total, seguido pelos EUA, com 39,3%. 13

14 Retrato do mercado MILHO O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto representa: 64% da avicultura 65% da suinocultura 23% da pecuária de leite Países de destino As exportações de milho respondem por 32% do volume produzido. Os principais mercados de destino são: 20% Vietnã, 16% Irã, 7% Taiwan. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 10% Centro-Oeste; 15% Nordeste. Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro. Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro-Oeste; 23% Sul (somente Paraná); 6% Nordeste (somente Bahia); 5% Sudeste. Ranking O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 7% de participação no mercado e o segundo maior exportador, com 18% de participação. 14

15 Retrato do mercado CAFÉ O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual. Países de destino Café verde: 19,3% EUA; 18,8% Alemanha; 10% Japão. Café solúvel: 16,3% EUA; 13,5% Rússia; 6,4% Ucrânia. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 71,5% Minas Gerais 10,5% São Paulo 9,1% Espírito Santo 4,3% Paraná 2,8% Bahia Distribuição regional da produção de café robusta: 75,6% Espírito Santo 12,5% Rondônia 6,7% Bahia 2,6% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global, com participações de 37% na produção e de 27% na exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que responde por 15% do consumo mundial. 15

16 Retrato do mercado BOI O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro. As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina. Países de destino A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com participação de 22%. Hong Kong responde por 18%. Regionalização Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste; 20,4% Sudeste; 20,1% Norte; 12,3 Sul; 10,8% Nordeste. Ranking O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,9% de participação, antecedido pelos EUA, que representam 19,1%. O Brasil é o maior exportador mundial, com 21% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do animal com aproximadamente 15 arrobas. O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim. O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates. A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores. A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado. Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro 16

17 Retrato do mercado AÇÚCAR E ETANOL Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destinam à produção de açúcar e 54% à produção de etanol. O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno. Do total de etanol produzido, o hidratado representa 55% (usado como combustível nos carros flex fuel) e o anidro 45% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%). O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. Países de destino Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China; 8% Bangladesh; Açúcar Refinado (27% da produção): Principais países: Países árabes e africanos; Etanol: 60% EUA; Coreia do Sul 13%. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média. O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção. O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre. Regionalização 65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 22,2%. Os demais players são: Índia 15%; União Europeia 9,2%; China 8,5%; Tailândia 6,2%. O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 15%; Austrália 5,4%. Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil. 17

18 O DEPEC BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo Economia Internacional: Fabiana D Atri / Felipe Wajskop França / Thomas Henrique Schreurs Pires / Ellen Regina Steter Economia Doméstica: Igor Velecico / Estevão Augusto Oller Scripilliti/ Andréa Bastos Damico / Myriã Tatiany Neves Bast / Daniela Cunha de Lima / Ariana Stephanie Zerbinatti Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo Pesquisa Proprietária: Leandro Câmara Negrão / Ana Maria Bonomi Barufi Estagiários: Gabriel Marcondes dos Santos / Wesley Paixão Bachiega / Carlos Henrique Gomes de Brito 18

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