Relatório Semanal de Estratégia de Investimento

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1 13 de outubro de 2014 Relatório Semanal de Estratégia de Investimento Destaque da Semana Dirigentes do FED mostraram mais preocupação com a debilidade do crescimento econômico fora dos EUA; O IPCA de setembro registrou, na leitura acumulada em 12 meses, 6,75%;

2 Economia Internacional Na semana que passou, os destaques foram para a reunião (com novas projeções) por parte do FMI (Fundo Monetário Internacional) e a ata da reunião do FOMC (comitê de política monetária do Fed, o banco central norte-americano). Os países membros do FMI disseram ser necessária uma ação vigorosa para impulsionar a recuperação econômica global, e pediram que os governos tomem cuidado para não apertar em demasiado seus orçamentos de forma a sufocar o crescimento. Com a economia do Japão se debatendo, a zona do euro em risco de recessão e a recuperação dos Estados Unidos fraca demais para gerar um aumento dos salários, o comitê de direção da instituição disse que a prioridade é o foco no crescimento. "Um certo número de países enfrenta a perspectiva de baixo crescimento ou desaceleração, e o desemprego continua inaceitavelmente alto", disse o Comitê Internacional Monetário e Financeiro, em nome de 188 países membros do Fundo. No encontro o FMI divulgou a redução de sua previsão de crescimento global de 2014 para 3,3 por cento, de 3,4 por cento - a terceira redução neste ano - apesar da injeção pesada de recursos pelos bancos centrais do mundo. O FMI tem apontado a fraqueza da Europa como a principal fonte de preocupação. Autoridades europeias procuraram dissipar o pessimismo, com o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, falando sobre atraso, não fim, da recuperação da região. Neste contexto, o comitê do FMI pediu aos países que realizem reformas politicamente difíceis nas leis trabalhistas e de seguridade social, para liberar recursos governamentais para o investimento em infraestrutura e assim criar empregos e aumentar o crescimento. E exortou os bancos centrais a terem cuidado ao comunicarem mudanças de política, a fim de evitar choques nos mercados financeiros (notadamente nos Emergentes). Apesar de não nomear nenhum dos bancos centrais, o aviso parecia destinado ao Federal Reserve, banco central dos EUA, que vai encerrar a sua política de compra de títulos neste mês e parece pronto para começar a elevar as taxas de juros em meados do próximo ano. Sobre o Fed, os dirigentes mostraram mais preocupação com a debilidade do crescimento econômico fora dos EUA e com os impactos disso na economia do país, diz a ata da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) realizada em 16 e 17 de setembro. Segundo o documento, os participantes da reunião se disseram preocupados com a possibilidade de um crescimento decepcionante na Europa, na China e no Japão prejudicar as exportações norteamericanas. Ao mesmo tempo, a alta do dólar poderá manter a inflação nos EUA abaixo da meta do Fed, de 2%, por reduzir o custo de bens e serviços importados. Essas preocupações sobre o crescimento global e sobre o impacto econômico do dólar forte representam uma nova variação no debate em andamento no Fed sobre quando começar a elevar as taxas de juros de curto prazo. Os dirigentes do BC passaram boa parte dos últimos meses discutindo o momento e a mecânica das elevações das taxas de juro. A expectativa da maioria deles é que a primeira elevação aconteça em meados de 2015, ainda que, uma melhora nas condições do mercado de mão de obra levou alguns participantes a defenderem uma antecipação no aperto monetário. Como se vê, existem ainda algumas questões que pairam, como por exemplo, a desaceleração da economia japonesa e europeia e no caso desta, uma certa inação por parte das autoridades -, o soft landing chinês, se há uma nova tendência para recuperação do mercado de trabalho norteamericano, sem mencionar as questões geopolíticas que vêm e que vão. À luz dessas questões, preferimos manter-nos neutro em nossas posições, privilegiando os movimentos táticos.

3 jan-08 set-08 mai-09 jan-10 set-10 mai-11 jan-12 set-12 mai-13 jan-14 set-14 Milhares Economia Brasileira Na economia brasileira, a evolução da inflação medida pelo IPCA, referência no sistema de metas de inflação, foi o principal indicador da agenda econômica doméstica. Além disso, as pesquisas de intenção de votos e as alianças partidárias para o segundo turno da corrida presidencial completam o ambiente que deu o tom dos mercados na semana que passou. Em relação à inflação, o IPCA de setembro registrou alta de 0,57%, quando os analistas projetavam 0,47%, levando a leitura acumulada em 12 meses para 6,75% (em agosto o indicador estava em 6,51%). Dos itens que compõem o índice, destaque para a evolução dos preços de alimentação e bebidas, cujo peso na ponderação do IPCA é de 24,73% e contribuiu com 0,19% da leitura mensal do indicador, além da linha de transportes, que subiu 0,63% - quase o dobro do registrado em agosto. Além disso, ao avaliarmos a difusão do indicador (proporção de itens do IPCA que registraram alta no período), vemos mais sinais preocupantes, uma vez que 61% dos itens apresentaram tal comportamento. Ao olharmos apenas para a trajetória dos preços, seria razoável supor que o próximo passo da política monetária local seria no sentido de novo aumento da taxa básica de juros. Entretanto, uma série de informações torna está conclusão menos óbvia, são elas: a-) A fraca trajetória dos indicadores de crescimento local; e b-) As dúvidas em relação ao crescimento econômico mundial, levantando dúvidas sobre os próximos passos das Gráfico G3- Brasil: Caged vs Tx. De Desemprego ,0 políticas monetárias, principalmente nos países desenvolvidos. Com isso, a nosso ver, o BC em seu próximo encontro, que ocorrerá após o segundo turno das eleições, tende a mais uma vez manter a Selic em 11. Em relação ao processo eleitoral, após o surpreendente resultado das urnas, o candidato da oposição apareceu numericamente à frente da presidente nas pesquisas de intenção de votos após o início do segundo turno. Ainda assim, a nosso ver, a disputa continua bastante acirrada, fato que torna a evolução das principais classes de ativos bastante incerta. Com isso, nos mantemos menos expostos do ponto de vista estratégico e elevamos a dinâmica de nossas atuações táticas. Nesta semana, importantes variáveis podem potenciar a volatilidade dos mercados. A começar pela divulgação da criação de postos de trabalho no mercado formal, terça-feira, passando pela evolução das vendas do comércio varejista, quarta-feira, finalizando com o IBC-BR (proxy do PIB calculada pelo BC), na quinta-feira. Em paralelo, os debates entre os candidatos a presidência da república e as pesquisas de intenção de votos completam a agenda. 8,0% 7,0% Gráfico G4- Brasil: IPCA jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 jan-14 7,0 4,0 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% CAGED 12 Meses Taxa de Desemprego IPCA 12M Meta LS Fonte: Bloomberg,13/10/2014 às 07:00 Página 3 de 5

4 Indicadores e Cotações FECHAMENTO NA SEMANA NO MÊS NO ANO 3 MESES 6 MESES 12 MESES IBOV ,42% -9,75% 7,39% -1,18% 6,14% -0,23% S&P ,14% -4,85% 3,13% -3,40% 2,21% 9,15% DOW JONES ,74% -3,24% -0,20% -3,03% 0,83% 7,34% NASDAQ ,45% -6,64% 2,39% -3,17% 4,41% 9,45% MSCI WORLD ,90% -6,98% -2,07% -6,59% -2,58% 1,56% COMMODITIES: PETRÓLEO 85,82-4,37% -9,68% -8,06% -12,81% -12,64% -6,46% OURO 1.221,70 2,41% -5,10% 1,33% -5,91% -5,64% -8,71% CRB COMMODITIES 276-0,27% -5,86% -1,63% -6,90% -11,51% -2,18% MOEDAS: REAL / DOLAR 2,429-1,19% 8,64% 2,84% 9,46% 8,60% 10,89% DOLAR / EURO 1,26 0,89% -3,84% -8,11% -6,93% -8,59% -8,33% JUROS PÓS FIXADOS: DI OVER 10,84% 0,21% 1,27% 8,73% 2,65% 5,42% 10,73% FED FUND 0,25% 0,00% 0,03% 0,20% 0,06% 0,12% 0,24% JUROS PRÉ FIXADOS: PRÉ DE ANO 11,89% 0,14% 0,79% 1,34% 1,02% 0,61% 1,52% LIBOR 6 MESES 0,32% 0,00% -0,01% -0,03% -0,01% 0,00% -0,04% TREASURY 10 ANOS 2,28% -0,15% -0,06% -0,75% -0,27% -0,44% -0,22% Agenda Semanal TERÇA País Período Estimado Anterior Relevância Industrial Production SA MoM EUR Aug -1,60% 1,00% ++ Formal Job Creation Total BRA Sep QUARTA Retail Sales MoM BRA Aug 0,70% -1,10% ++ Retail Sales YoY BRA Aug -1,40% -0,90% +++ Empire Manufacturing EUA Oct 20,90 27,54 ++ U.S. Federal Reserve Releases Beige Book EUA CNI Industrial Confidence BRA Oct -- 46,50 + QUINTA CPI YoY EUR Sep F 0,30% 0,30% +++ Economic Activity MoM BRA Aug 0,20% 1,50% + Economic Activity YoY BRA Aug -0,96% -0,23% + Industrial Production MoM EUA Sep 0,40% -0,10% +++ SEXTA Housing Starts EUA Sep 1005K 956K +++ Building Permits EUA Sep 1030K 998K ++ Univ. of Michigan Confidence EUA Oct P 84,10 84, Fonte: Bloomberg,13/10/2014 às 07:00

5 INFORMAÇÕES IMPORTANTES AO INVESTIDOR Este material, meramente informativo, foi preparado pela área de Estratégia do Votorantim Private Bank e não se caracteriza como relatório de análise, para fins da Instrução CVM nº 483/2010, e, não foi produzido por analista de valores mobiliários. As informações contidas neste material foram obtidas por meio de comunicação de acesso público, tais como jornais, revistas, internet entre outros, de forma aleatória. Tais informações estão sujeitas a alterações, a qualquer momento, sem que haja necessidade de comunicação neste sentido. Apesar das informações aqui contidas terem sido obtidas de fontes consideradas confiáveis, a área de Estratégia não pode garantir a precisão e veracidade das mesmas. As recomendações de alocação deste documento refletem única e exclusivamente a opinião pessoal dos profissionais da área de Estratégia do Votorantim Private Bank, de modo que as recomendações foram elaboradas de forma independente e autônoma com relação às demais áreas da Votorantim Asset Management DTVM Ltda., ao Banco Votorantim S.A. e demais empresas do Consolidado Econômico Financeiro Votorantim. As recomendações de alocação contidas neste documento apresentam riscos de investimento e não são asseguradas pelos fatos nem contam com qualquer tipo de garantia ou segurança da área de Estratégia. O Votorantim Private Bank e suas áreas de negócio não serão responsáveis por perdas diretas, indiretas ou lucros cessantes decorrentes da utilização deste material para quaisquer finalidades, incluindo, mas não se limitando a realização de negócios, investimentos ou transações baseadas nestas informações.sac: , Deficientes Auditivos e de Fala: Todos os dias, 24 horas por dia, ou pelo . Ouvidoria: , Deficientes Auditivos e de Fala: , de 2ª a 6ª feira das 9:00 às 18:00 hs. Estratégia de Investimento Votorantim Private Bank (11)