Podem ser calculados num número finito de operações aritméticas, ao contrário de outras funções (ln x, sin x, cos x, etc.)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Podem ser calculados num número finito de operações aritméticas, ao contrário de outras funções (ln x, sin x, cos x, etc.)"

Transcrição

1 Interpolação polinomial 1 Interpolação Polinomial Slide 1 Definição simples Definição 1 Dados os conjuntos de valores x 0, x 1,..., x n e y 0, y 1,..., y n, determinar uma função f tal que: Slide 2 f(x i ) y i, i 0, 1,..., n Polinómios excelentes candidatos a função interpoladora f. Teorema de Weierstrass numa vizinhança de qualquer função contínua existe sempre um polinómio. Podem ser calculados num número finito de operações aritméticas, ao contrário de outras funções (ln x, sin x, cos x, etc.)

2 Interpolação polinomial 2 Porquê interpolação? No passado (antes da era dos computadores digitais) o cálculo de certas funções (ln x, sin x, cos x, etc.) era feito através de tabelas. Actualmente: Slide 3 Meio simples de aproximar funções mais complexas. Quando temos apenas pontos, e.g. fruto de medições experimentais. Fundamento de outros métodos numéricos. Definição completa Definição 2 Dados os conjuntos de valores x 0, x 1,..., x n e y 0j, y 1j,..., y nj, determinar uma função f que satisfaz as condições: f (j) (x i ) y ij, j 0, 1,..., m i i 0, 1,..., n Slide 4 em que: f (j) representa a derivada de ordem j da função f m i é o número de derivadas a interpolar no nó x i y ij são os valores a interpolar, sendo considerados como dados. Se todos os m i 0 Interpolação do tipo de Lagrange (caso inicial). Se os m i não forem todos iguais a zero Interpolação do tipo de Hermit (todas as derivadas até m i têm que ser interpoladas no nó x i ).

3 Interpolação polinomial 3 Formas polinomiais Forma de potências simples (ou centradas em zero) Forma de potências centradas p(x) a n x n + a n 1 x n a 1 x + a 0 Slide 5 p(x) a 0 + a 1 (x c) + a 2 (x c) a n (x c) n c centro do polinómio Forma de Newton p(x) a 0 +a 1 (x c 1 )+a 2 (x c 1 )(x c 2 )+ +a n (x c 1 )(x c 2 ) (x c n ) c i centros Cálculo do polinómio num ponto Algoritmo de Horner Corresponde a calcular o polinómio escrito nesta forma: p(x) (((a n x + a n 1 )x + a n 2 )x + + a 1 )x + a 0 Slide 6 y a n para i n 1 até 0 fazer y a i + y x p(x) y Algoritmo de Horner com centros y a n para i n 1 até 0 fazer y a i + y (x c i+1 ) p(x) y Apenas n somas ou subtracções e n multiplicações, contra n somas ou subtracções e 2n multiplicações, para a forma de potências. y a 0 ; w x; para i 1 até n fazer y y + a i w w w x p(x) y Este mesmo algoritmo permite passar de uma forma de Newton com centros c i para outra com centros c i.

4 Interpolação polinomial 4 Introdução de um centro c Slide 7 a n a n para i n 1 até 0 fazer a i a i + a i+1 (c c i+1) p(c) a 0 Demonstração Os coeficientes a i são os coeficientes da forma de Newton do polinómio p com centros c, c 1,..., c n 1 (sai o centro c n e entra o centro c). Pelo algoritmo, temos que: a i a i a i+1 (c c i+1) a i + a i+1 (c i+1 c) Substituindo na expressão do polinómio sob a forma de Newton, vem: p(x) a 0 + a 1 (c 1 c) + (a 1 + a 2 (c 2 c))(x c 1 ) + (a 2 + a 3 (c 3 c))(x c 1 )(x c 2 ) + + (a n 1 + a n (c n c))(x c 1 ) (x c n 1 ) + a n (x c 1) (x c n ) Agrupando os termos, vem: p(x) a 0 + a 1 (x c) + a 2 (x c)(x c 1) + + a n (x c)(x c 1) (x c n 1 ) Logo, retirou-se o centro c n e incluiu-se o centro c. Exemplo Passar o polinómio p(x) 2 x 2 + x 3 à forma de Newton com centros 1, -1 e 0. O centro 0 já existe. Para introduzir os outros dois centros vamos aplicar o algoritmo de Horner duas vezes. Começando pelo centro c 1: Slide 8 a 3 1; a 2 1+1( 1 0) 2; a 1 0 2( 1 0) 2; a 0 2+2( 1 0) 0 Obtemos o seguinte polinómio: p(x) novo centro {}}{ (x + 1) 2(x + 1)x + (x + 1)x 2 Aplicando agora o algoritmo para o centro c 1: a 3 1; a 2 2+1(1 0) 1; a 1 2 1(1 0) 1; a 0 0+1(1+1) 2 Assumindo o polinómio a seguinte forma: p(x) 2 + 1(x 1) 1(x 1)(x + 1) + 1(x 1)(x + 1)(x 0) 2 + (x 1) (x 1)(x + 1) + (x 1)(x + 1)x

5 Interpolação polinomial 5 Factorização de polinómios Teorema 1 Se z 1, z 2,..., z k forem zeros distintos do polinómio p então em que r é um polinómio. p(x) (x z 1 )(x z 2 ) (x z k )r(x) Demonstração: Utilizemos o algoritmo de Horner para introduzir um centro c qualquer em p, partindo da forma de potências deste: Slide 9 p(x) a 0 + a 1(x c) + a 2(x c)x + + a n(x c)x n 1 Uma vez que p(c) a 0, pode-se escrever: p(x) p(c) + (x c)q(x) sendo q um polinómio de grau < n. Tomando c z 1, e como p(z 1 ) 0, pois z 1 é um zero de p, obtém-se: p(x) (x z 1 )q(x) Este raciocínio poderia ser repetido para qualquer número de zeros de p, até só restar r(x). Este teorema tem como corolário imediato que o número de zeros distintos de um polinómio de grau n é n. Unicidade do polinómio interpolador Teorema 2 Se p e q forem dois polinómios de grau n que assumem os mesmos valores num conjunto de nós distintos x 0, x 1,..., x n, então os dois polinómios são iguais, i.e., p q. Demonstração: Construamos a diferença d dos polinómios p e q: d(x) p(x) q(x) Slide 10 que é um polinómio de grau n e que se anula nos nós x 0, x 1,..., x n. Então pelo Teorema 1 podemos factorizar d da seguinte forma: d(x) (x x 0 )(x x 1 ) (x x n )r(x) (1) Suponhamos agora que r(x) tem grau m. Então o grau do polinómio d tem que verificar as seguintes relações: n grau d n m o que é obviamente falso. Então a representação (1) só será possível se r 0, e portanto, p q. Conclusão: O polinómio interpolador de grau n que interpola nos nós x 0, x 1,..., x n distintos, se existir, é único.

6 Interpolação polinomial 6 Existência do polinómio interpolador Slide 11 Se o polinómio p de grau n tem que interpolar os valores nodais y i nos nós distintos x i, i 0,..., n, então os coeficientes de p têm que satisfazer o seguinte sistema de equações lineares de ordem n + 1 ( passar por todos os pontos): n a k (x i ) k y i. i 0, 1,..., n k0 Para que este sistema tenha solução (e como é um sistema de n + 1 equações a n + 1 incógnitas, a solução será única) é condição necessária e suficiente que o determinante da matriz dos coeficientes M seja diferente de zero. 1 x 0... x n 0 1 x 1... x n 1 n det M (x j x i ) 0 sse (i,j),j>i : x i x j.. i,j0 j>i 1 x n... x n n Portanto, det M só valerá zero se os nós de interpolação não forem distintos. Conclusão: O polinómio interpolador existe sempre e é único, pode é ser apresentado, e obtido, sob formas diferentes. Cálculo de um determinante de Vandermonde de 3 a ordem Slide 12 1 x 0 x x 1 x x 2 x 2 2 Multiplicando a segunda coluna por x 0 e subtraindo-a à terceira, e multiplicando a primeira coluna por x 0 e subtraindo-a à segunda, vem: x 1 x 0 x 1 (x 1 x 0 ) 1 ( 1) 1+1 x 1 x 0 x 1 (x 1 x 0 ) x 1 x 2 x 0 x 2 (x 2 x 0 ) 2 x 0 x 2 (x 2 x 0 ) (x 2 x 1 )(x 2 x 0 )(x 1 x 0 ) Pode-se demonstrar por indução que este resultado é válido para um determinante de ordem n, justificando assim a igualdade do slide anterior.

7 Interpolação polinomial 7 Fórmula de Lagrange Slide 13 Definição 3 Os polinómios L k (x) n i0 i k x x i x k x i designam-se por polinómios de Lagrange relativos aos nós x 0, x 1,..., x n. Um polinómio de Lagrange anula-se em todos os nós excepto no nó x k, onde toma o valor 1. Demonstração: Comecemos por considerar o polinómio nodal (anula-se em todos os nós x i ): n W n (x) (x x i ) (x x 0 )(x x 1 ) (x x n ) i0 Consideremos ainda um polinómio l k que se anula em todos os nós excepto em x k : n l k (x) (x x i ) (x x 0 ) (x x k 1 )(x x k+1 ) (x x n ) i0 i k Slide 14 O valor num ponto x k de uma função contínua f(x) pode ser sempre calculado como lim x xk f(x). Aplicando esta propriedade ao cálculo de l k (x k ) obtemos: Então o polinómio l k (x k ) def lim x x k l k (x) L k (x) W n (x) lim x x k x x k l k(x) l k (x k ) anula-se em todos os nós, excepto x k. Para x k : L k (x k ) lim x x k regra de Cauchy W n(x k ) W n (x) W n(x k )(x x k ) W n (x) W n(x k )(x x k ) 1 W n(x k ) lim x x k 1 W n(x k ) lim 0 {}}{ W n (x k ) W n (x) x x k (x x k ) W n (x) (x x k ) W n(x k ) W n(x k ) 1 Nestas condições, podemos ainda dizer que os polinómios de Lagrange satisfazem a relação: L k (x j ) δ kj { 1 se k j em que δkj é o delta de Kronecker: δkj 0 se k j

8 Interpolação polinomial 8 Teorema 3 O polinómio interpolador p de grau n que interpola os valores y 0, y 1,..., y n nos nós distintos x 0, x 1,..., x n é dado por p(x) n L k (x)y k k0 Slide 15 Demonstração: n n p(x j ) L k (x j )y k δ kj y k y j, k0 k0 j 0, 1,..., n Portanto, este polinómio p interpola os valores dados. Exemplo Construir o polinómio interpolador de grau 3 que interpola os valores seguintes: Slide 16 Resolução: x y L 0 (x) (x x 1 )(x x 2 )(x x 3 ) (x 0 x 1 )(x 0 x 2 )(x 0 x 3 ) 1 (x 1)(x 3)(x 4) L 1 (x) 12 (x x 0 )(x x 2 )(x x 3 ) (x 1 x 0 )(x 1 x 2 )(x 1 x 3 ) (x 1)(x 3)(x 4) (0 1)(0 3)(0 4) (x 0)(x 3)(x 4) (1 0)(1 3)(1 4) 1 x(x 3)(x 4) 6 L 2 (x) (x x 0 )(x x 1 )(x x 3 ) (x 2 x 0 )(x 2 x 1 )(x 2 x 3 ) (x 0)(x 1)(x 4) (3 0)(3 1)(3 4) 1 x(x 1)(x 4) 6 L 3 (x) (x x 0 )(x x 1 )(x x 2 ) (x 3 x 0 )(x 3 x 1 )(x 3 x 2 ) 1 x(x 1)(x 3) 12 (x 0)(x 1)(x 3) (4 0)(4 1)(4 3)

9 Interpolação polinomial 9 Slide 17 Logo: p(x) 3 L k (x)y k k (x 1)(x 3)(x 4) 1 x(x 3)(x 4) x(x 1)(x 4) + 1 x(x 1)(x 3) 6 que constitui a forma de Lagrange do polinómio interpolador. Escrevendo-o sob a forma de potências simples: p(x) 1 4 x3 + 2x x + 1 Desvantagens da forma de Lagrange: É possível obter o polinómio interpolador com menos operações aritméticas. Os polinómios de Lagrange estão associados a um conjunto de nós. Uma mudança no número ou posição destes implica recalcular na totalidade o polinómio. Fórmula de Newton Baseia-se na escrita do polinómio interpolador na forma de Newton, tomando como centros os nós x 0, x 1,..., x n 1 : em que p n (x) a 0 + a 1 W a n W n 1 p n 1 (x) + a n W n 1 Slide 18 são polinómios nodais. W 0 x x 0,..., W n 1 (x x 0 ) (x x n 1 ) Os coeficientes a 0, a 1,..., a n serão determinados de forma a que p n (x) seja o polinómio interpolador nos nós x 0, x 1,..., x n dos valores nodais y 0, y 1,..., y n. Isto é, teremos que impor que: p n (x 0 ) y 0, p n (x 1 ) y 1,..., p n (x k ) y k,..., p n (x n ) y n donde se conclui que os coeficientes do polinómio devem satisfazer as igualdades seguintes, uma vez que para x x k, W i 0 i k :

10 Interpolação polinomial 10 Slide 19 a 0 y 0 a k y k p k 1 (x k ), k 1,..., n W k 1 (x k ) Nestas expressões é evidente que o coeficiente a k depende apenas dos valores x 0, x 1,..., x k e y 0, y 1,..., y k. Então para construir o polinómio p n+1, que interpola nos nós x 0,..., x n, x n+1 os valores nodais y 0,..., y n, y n+1, basta adicionar ao já calculado polinómio p n um termo da forma a n+1 W n, ou seja: p n+1 (x) p n (x) + a n+1 W n (x) construção indutiva do polinómio interpolador: começando pelo nó x 0, juntando depois x 1, e assim sucessivamente, mas aproveitando os a k s gerados numa fase para a fase seguinte. Exemplo Determinar o polinómio interpolador de grau 3, na forma de Newton, que interpola os valores seguintes: Slide 20 Resolução: a 2 x y a 0 y 0 1 p 0 (x) 1 a 1 y 1 p 0 (x 1 ) 1 1 x 1 x p 1(x) 1 2(x 0) y 2 p 1 (x 2 ) (x 2 x 0 )(x 2 x 1 ) a 3 1 (1 2 3) (3 0)(3 1) 1 p 2(x) 1 2(x 0)+1(x 0)(x 1) y 3 p 2 (x 3 ) 2 ( ) (x 3 x 0 )(x 3 x 1 )(x 3 x 2 ) (4 0)(4 1)(4 3) 1 4 p 3 (x) 1 2(x 0) + 1(x 0)(x 1) 1 (x 0)(x 1)(x 3) 4 Então, o polinómio interpolador será dado pela expressão: p(x) 1 2x + x(x 1) 1 x(x 1)(x 3) 4

11 Interpolação polinomial 11 Diferenças divididas Como já vimos o coeficiente a k depende apenas dos valores x 0, x 1,..., x k e y 0, y 1,..., y k, o que podemos descrever através da seguinte notação: a k y[x 0, x 1,..., x k ] (2) Usando esta notação o polinómio interpolador assume a seguinte expressão: Slide 21 p n (x) y[x 0 ]+y[x 0, x 1 ]W 0 +y[x 0, x 1, x 2 ]W 1 + +y[x 0, x 1,..., x n ]W n 1 (3) Ao coeficiente y[x 0, x 1,..., x k ] dá-se o nome de diferença dividida de ordem k. Teorema 4 Os coeficientes a k do polinómio p de grau n que interpola os valores y 0, y 1,..., y n nos nós distintos x 0, x 1,..., x n são dados indutivamente pela expressão a k y[x 0, x 1,..., x k ] y[x 1,..., x k ] y[x 0,..., x k 1 ] x k x 0 Demonstração Comparemos as expressões da fórmula de Newton normal : p n (x) a 0 + a 1 (x x 0 ) + a 2 (x x 0 )(x x 1 ) a n (x x 0 )(x x 1 ) (x x n 1 ) Slide 22 com: a 0 y 0 com a que usa diferenças divididas: a k y k p k 1 (x k ), k 1,..., n W k 1 (x k ) p n (x) y[x 0 ]+y[x 0, x 1 ](x x 0 )+y[x 0, x 1, x 2 ](x x 0 )(x x 1 )+ +y[x 0, x 1,..., x n ](x x 0 )(x x 1 ) (x x Uma vez que os termos em x são iguais, então para o polinómio ser o mesmo também os coeficientes destes termos têm que ser iguais, isto é, começando por a 0 : A partir de a 1 podemos concluir: y[x 0 ] a 0 y 0 y[x 0, x 1 ] a 1 y 1 y 0 x 1 x 0 y[x 1] y[x 0 ] x 1 x 0

12 Interpolação polinomial 12 A partir de a 2 : Slide 23 y[x 0, x 1, x 2 ] y[x 2 ] {}}{ y 2 (y[x 0 ] + y[x 0, x 1 ](x 2 x 0 )) (somando e subtraindo y[x 1 ]) (x 2 x 0 )(x 2 x 1 ) y[x 2] y[x 1 ] + y[x 1 ] y[x 0 ] y[x 0, x 1 ](x 2 x 0 ) (x 2 x 0 )(x 2 x 1 ) y[x 1, x 2 ](x 2 x 1 ) + y[x 0, x 1 ](x 1 x 0 ) y[x 0, x 1 ](x 2 x 0 ) (x 2 x 0 )(x 2 x 1 ) y[x 1, x 2 ](x 2 x 1 ) y[x 0, x 1 ](x 2 x 0 x 1 + x 0 ) (x 2 x 0 )(x 2 x 1 ) y[x 1, x 2 ] y[x 0, x 1 ] x 2 x 0 Generalizando: y[x 0, x 1,..., x k ] y[x 1,..., x k ] y[x 0,..., x k 1 ] x k x 0 csqd Forma tabular das diferenças divididas Usando então o teorema 4 virá: Slide 24 y[x 0 ] y 0 y[x 0, x 1 ] y[x 1] y[x 0 ] x 1 x 0 y[x 0, x 1, x 2 ] y[x 1, x 2 ] y[x 0, x 1 ] x 2 x 0,... Sob a forma de tabela, e tomando como um exemplo um caso com 4 nós: x i y[ ] y[, ] y[,, ] y[,,, ] x 0 y 0 y[x 0, x 1 ] x 1 y 1 y[x 0, x 1, x 2 ] y[x 1, x 2 ] y[x 0, x 1, x 2, x 3 ] x 2 y 2 y[x 1, x 2, x 3 ] y[x 2, x 3 ] x 3 y 3

13 Interpolação polinomial 13 Exemplo Determinar o polinómio interpolador de grau 3, na forma de Newton, que interpola os valores seguintes: x y Slide 25 Resolução: x i y[ ] y[, ] y[,, ] y[,,, ] / Então, o polinómio interpolador será dado pela expressão: p(x) 1 2(x 0) + 1(x 0)(x 1) 1 (x 0)(x 1)(x 3) 4 1 2x + x(x 1) 1 x(x 1)(x 3) 4 Notas 1. A ordem pela quais os nós são tomados é arbitrária. Tomando outra ordem (e.g., x 2, x 1, x 3, x 0 ) obter-se-ia uma expressão diferente mas do mesmo polinómio, como é óbvio. Slide Se pretendessemos acrescentar mais algum nó aos 4 usados, bastava acrescentá-lo no fundo da tabela e calcular mais uma linha de valores. Os cálculos realizados anteriormente não seriam afectados.

14 Interpolação polinomial 14 Forma de Aitken-Neville Slide 27 Considerem-se 3 pontos (x 0, y 0 ), (x 1, y 1 ) e (x 2, y 2 ). Sejam ainda p 0,1 (x) o polinómio de grau 1 que interpola (x 0, y 0 ) e (x 1, y 1 ), e p 1,2 (x) o polinómio que interpola (x 1, y 1 ) e (x 2, y 2 ). Construa-se agora um polinómio p 0,1,2 (x) da seguinte forma: p 0,1,2 (x) (x x 0)p 1,2 (x) (x x 2 )p 0,1 (x) x 2 x 0 Quanto vale este polinómio em x x 0, x x 1 e x x 2? Slide 28 x x 0 p 0,1,2 (x 0 ) 0 (x 0 x 2 )p 0,1 (x 0 ) x 2 x 0 p 0,1 (x 0 ) y 0 x x 1 p 0,1,2 (x 1 ) (x 1 x 0 )p 1,2 (x 1 ) (x 1 x 2 )p 0,1 (x 1 ) x 2 x 0 (x 1 x 0 )y 1 (x 1 x 2 )y 1 x 2 x 0 x 1y 1 x 0 y 1 x 1 y 1 + x 2 y 1 x 2 x 0 y 1 x x 2 p 0,1,2 (x 2 ) (x 2 x 0 )p 1,2 (x 2 ) 0 x 2 x 0 p 1,2 (x 2 ) y 2 Ou seja, p 0,1,2 (x) interpola os 3 pontos (x 0, y 0 ), (x 1, y 1 ) e (x 2, y 2 ).

15 Interpolação polinomial 15 Este polinómio pode ser escrito de uma forma mais simples com o auxílio de um determinante: p 0,1 (x) x x 0 p 1,2 (x) x x 2 p 0,1,2 (x) x 0 x 2 Slide 29 Esta expressão pode ainda ser generalizada para um polinómio de grau k (a passar por k + 1 pontos), incluindo a própria construção dos polinómios p 0,1 (x) e p 1,2 (x). O facto de p i (x i ) y i e p i,i+1(x i ) y i p i,i+1 (x i+1 ) y i+1 leva a que seja usual utilizar a seguinte notação: y i (x) em vez de p i (x) (polinómios de grau 0) e p i,i+1,i+2 (x i ) y i p i,i+1,i+2 (x i+1 ) y i+1 p i,i+1,i+2 (x i+2 ) y i+2 Slide 30 y i,i+1 (x) em vez de p i,i+1 (x) (polinómios de grau 1) y i,i+1,i+2 (x) em vez de p i,i+1,i+2 (x) (polinómios de grau 2) o que conduz às seguintes expressões: y 01 (x) y 0 x x 0 y 1 x x 1 y 12 (x) x 0 x 1 y 1 x x 1 y 2 x x 2 y 012 (x) x 1 x 2 y 01 (x) x x 0 y 12 (x) x x 2 x 0 x 2 Interpolação linear iterada.

16 Interpolação polinomial 16 Exemplo Determine o valor do polinómio interpolador de grau 3,no ponto x 2, que interpola os valores seguintes: x y Resolução: Slide y 01 (2) 3 y 12 (2) 0 y 23 (2) y 012 (2) 1 y 123 (2) y 0123 (2) Interpolação inversa Interpolação directa: x 0, x 1,..., x n nós pertencentes ao intervalo Ω. y 0, y 1,..., y n valores nodais de uma função f C(Ω), desconhecida. Slide 32 Se f possuir inversa, como é o caso de f ser estritamente monótona, pode-se escrever que g : x g(y), em que g é a função inversa, e pode-se fazer Interpolação inversa: y 0, y 1,..., y n nós. x 0, x 1,..., x n valores nodais da função g. O polinómio interpolador será tal que: p(y i ) x i

17 Interpolação polinomial 17 Exemplo de aplicação de interpolação inversa Determinar aproximadamente o zero da função f(x) ln(1 + x 2 ) e x no intervalo [0, 1]. Resolução: Slide 33 O zero de uma função é o valor de x para o qual y 0. Uma forma de resolver o problema seria pois achar g, a função inversa de f, que existe uma vez que f é estritamente crescente no intervalo dado, e calcular g(0). Em vez disso vamos fazer uma interpolação inversa e usar o polinómio assim obtido para achar o zero. Para tal vamos arbitrar alguns nós e determinar o respectivo valor nodal: x y f(x) Para fazer a interpolação inversa vamos usar a fórmula de Newton: Slide 34 y x Então, o polinómio interpolador (de grau 3) de g é: p(y) (y + 1) (y + 1)(y ) (y + 1)(y )(y ) Pelo que x g(0) p(0) Para verificar este resultado: f( ) Como aumentar a precisão?

18 Interpolação polinomial 18 Interpolação com nós equidistantes Em muitas aplicações os nós são equidistantes, isto é, designando por h a distância entre dois nós sucessivos: x k x 0 + kh, k 0, 1,..., n Slide 35 No caso da fórmula de Newton, esta pode ser simplificada pela consideração desta restrição da equidistância dos nós. Assim, em vez de diferenças divididas consideraremos diferenças finitas: Definição 4 A diferença finita de ordem k da função f no ponto x é dada por: 0 f(x) f(x) f(x) f(x + h) f(x) k f(x) k 1 f(x + h) k 1 f(x) Existe uma relação próxima entre as diferenças divididas e as finitas. Diferenças finitas Teorema 5 A diferença dividida de ordem k da função f nos nós equidistantes x i, x i+1,..., x i+k é dada por f[x i, x i+1,..., x i+k ] 1 k!h k k f i Slide 36 O polinómio que interpola os valores y i,..., y i+n nos nós equidistantes x i,..., x i+n, escrito sob a forma de Newton, terá a seguinte expressão: p(x) n k k 1 f i k!h k (x x i+j ) k0 j0

19 Interpolação polinomial 19 Erros de interpolação Qual é o erro que se comete quando se aproxima uma função por um polinómio? É possível estabelecer um majorante para o afastamento do polinómio interpolador da função original? Slide 37 Teorema 6 Seja f C n+1 (Ω) e p n o polinómio de grau n que interpola f nos nós distintos x 0, x 1,..., x n contidos no intervalo Ω. Então, para qualquer ponto x Ω, existe um valor ζ Ω dependente de x 0, x 1,..., x n, de x e de f, tal que e n (x) f(x) p n (x) 1 (n + 1)! f n+1 (ζ)w n (x) Demonstração: Seja x Ω x {x 0, x 1,..., x n }. Seja ainda p n+1 o polinómio que interpola f nos pontos x 0, x 1,..., x n, x. Slide 38 Recorrendo à expressão construtiva da fórmula de Newton e às diferenças divididas, pode-se escrever que p n+1 (x) p n (x) + f[x 0, x 1,..., x n, x]w n (x) de onde resulta directamente f(x) p n+1 (x) p n (x) + f[x 0, x 1,..., x n, x]w n (x) e n (x) f(x) p n (x) f[x 0, x 1,..., x n, x]w n (x)

20 Interpolação polinomial 20 Slide 39 É possível relacionar as diferenças divididas de ordem k com a derivada da mesma ordem de f: Para k 1 obtemos o bem conhecido teorema do valor médio. ζ Ω : f[x 0, x 1,..., x k ] 1 k! f (k) (ζ) Para o caso geral basta construir uma função e k (x) f(x) p k (x). Esta função anula-se em pelo menos k + 1 pontos (os pontos onde f(x) p n (x) os nós de interpolação), pelo que a sua primeira derivada se anula em pelo menos k pontos (se tem k + 1 zeros tem k máximos ou mínimos, que são pontos onde a primeira derivada se anula) e a sua derivada de ordem k tem pelo menos um zero: o ponto ζ. Utilizando esta relação entre f[x 0,..., x n ] e f n+1, obtemos directamente o teorema 6. Uma vez que o ponto ζ é desconhecido, o máximo que poderemos fazer é majorar a expressão: Slide 40 e n 1 (n + 1)! [f (n+1) (x)] max [W n (x)] max Sendo h o espaçamento máximo entre nós consecutivos este majorante para o erro toma a forma: e n 1 4(n + 1) [f (n+1) (x)] max h n+1

21 Interpolação polinomial 21 Exemplo Pretende-se construir uma tabela para a função f(x) ln x no intervalo [1, 2] com nós equidistantes e de modo a que o erro cometido quando se interpola linearmente nesta tabela não exceda em valor absoluto Determinar o espaçamento h dos nós. Slide 41 Resolução: Para a interpolação linear (n 1) temos: e [f (x)] max h 2 Como se pretende que e , basta fazer: [f (x)] max h Quanto à segunda derivada de f, f (x) 1 x 2, no intervalo em causa, é máxima para x 1. Então: h h Algumas questões Seja p n (x) um polinómio interpolador. Quando n o erro tende para zero? Slide 42 Não. Embora seja verdade que qualquer função contínua pode ser aproximada por polinómios com a precisão que se pretender, não é verdade que esses polinómios possam ser sempre obtidos por interpolação. ns elevados provocam garndes oscilações de p n (x): rigidez dos polinómios. O erro mantém-se constante dentro do intervalo de interpolação? Não. O erro depende de W n (x), pelo que depende da distância do ponto x aos nós de interpolação. Ora esta função apresenta maiores valores absolutos nos extremos do intervalo de interpolação. Então: preferencialmente deve-se usar p n (x) na zona central do respectivo intervalo de interpolação; a extrapolação deve ser encarada com muito cuidado.

Interpolação polinomial

Interpolação polinomial Cálculo Numérico Prof. Daniel G. Alfaro Vigo dgalfaro@dcc.ufrj.br Departamento de Ciência da Computação IM UFRJ Motivação: População do Brasil Ano População (milhões) 1960 70, 992343 1970 94, 508583 1980

Leia mais

Métodos Numéricos e Estatísticos Parte I-Métodos Numéricos

Métodos Numéricos e Estatísticos Parte I-Métodos Numéricos Métodos Numéricos e Estatísticos Parte I-Métodos Numéricos Lic Eng Biomédica e Bioengenharia-2009/2010 O problema geral da interpolação polinomial consiste em, dados n + 1 pontos (reais ou complexos) x

Leia mais

x exp( t 2 )dt f(x) =

x exp( t 2 )dt f(x) = INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL 1 As notas de aula que se seguem são uma compilação dos textos relacionados na bibliografia e não têm a intenção de substituir o livro-texto, nem qualquer outra bibliografia Aproximação

Leia mais

Interpolação polinomial: Diferenças divididas de Newton

Interpolação polinomial: Diferenças divididas de Newton Interpolação polinomial: Diferenças divididas de Newton Marina Andretta ICMC-USP 16 de maio de 2012 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Marina Andretta (ICMC-USP) sme0500

Leia mais

Interpolação Polinomial. Ana Paula

Interpolação Polinomial. Ana Paula Interpolação Polinomial Sumário 1 Interpolação Polinomial 2 Forma de Lagrange 3 Revisão Interpolação Polinomial Interpolação Polinomial Interpolação Polinomial Interpolação Polinomial Suponha que se tenha

Leia mais

Métodos Numéricos - Notas de Aula

Métodos Numéricos - Notas de Aula Métodos Numéricos - Notas de Aula Prof a Olga Regina Bellon Junho 2007 Introdução A interpolação é outra técnicas bem conhecida e básica do cálculo numérico. Muitas funções são conhecidas apenas em um

Leia mais

CCI-22 FORMALIZAÇÃO CCI-22 MODOS DE SE OBTER P N (X) Prof. Paulo André CCI - 22 MATEMÁTICA COMPUTACIONAL INTERPOLAÇÃO

CCI-22 FORMALIZAÇÃO CCI-22 MODOS DE SE OBTER P N (X) Prof. Paulo André CCI - 22 MATEMÁTICA COMPUTACIONAL INTERPOLAÇÃO CCI - MATEMÁTICA COMPUTACIONAL INTERPOLAÇÃO Prof. Paulo André ttp://www.comp.ita.br/~pauloac pauloac@ita.br Sala 0 Prédio da Computação -Gregory DEFINIÇÃO Em matemática computacional, interpolar significa

Leia mais

Testes Formativos de Computação Numérica e Simbólica

Testes Formativos de Computação Numérica e Simbólica Testes Formativos de Computação Numérica e Simbólica Os testes formativos e 2 consistem em exercícios de aplicação dos vários algoritmos que compõem a matéria da disciplina. O teste formativo 3 consiste

Leia mais

Interpolação polinomial: Diferenças divididas de Newton

Interpolação polinomial: Diferenças divididas de Newton Interpolação polinomial: Diferenças divididas de Newton Marina Andretta ICMC-USP 9 de maio de 2013 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Marina Andretta (ICMC-USP) sme0500

Leia mais

Lucia Catabriga e Andréa Maria Pedrosa Valli

Lucia Catabriga e Andréa Maria Pedrosa Valli 1-35 Lucia Catabriga e Andréa Maria Pedrosa Valli Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD) Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Vitória, ES, Brasil 2-35

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 12 Interpolação Parte 1 INTERPOLAÇÃO Cálculo Numérico 3/57 MOTIVAÇÃO A seguinte tabela relaciona densidade da água e temperatura:

Leia mais

3.6 Erro de truncamento da interp. polinomial.

3.6 Erro de truncamento da interp. polinomial. 3 Interpolação 31 Polinômios interpoladores 32 Polinômios de Lagrange 33 Polinômios de Newton 34 Polinômios de Gregory-Newton 35 Escolha dos pontos para interpolação 36 Erro de truncamento da interp polinomial

Leia mais

de Interpolação Polinomial

de Interpolação Polinomial Capítulo 10 Aproximação de Funções: Métodos de Interpolação Polinomial 101 Introdução A aproximação de funções por polinômios é uma das idéias mais antigas da análise numérica, e ainda uma das mais usadas

Leia mais

ALGA I. Representação matricial das aplicações lineares

ALGA I. Representação matricial das aplicações lineares Módulo 6 ALGA I Representação matricial das aplicações lineares Contents 61 Matriz de uma aplicação linear 76 62 Cálculo do núcleo e imagem 77 63 Matriz da composta 78 64 GL(n Pontos de vista passivo e

Leia mais

Interpolação polinomial: Polinômio de Lagrange

Interpolação polinomial: Polinômio de Lagrange Interpolação polinomial: Polinômio de Lagrange Marina Andretta ICMC-USP 09 de maio de 2012 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Marina Andretta (ICMC-USP) sme0500 - cálculo

Leia mais

Interpolação de Newton

Interpolação de Newton Interpolação de Newton Laura Goulart UESB 21 de Março de 2019 Laura Goulart (UESB) Interpolação de Newton 21 de Março de 2019 1 / 16 Introdução As diferenças divididas são razões incrementais e constituem

Leia mais

Andréa Maria Pedrosa Valli

Andréa Maria Pedrosa Valli Interpolação Polinomial Andréa Maria Pedrosa Valli Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD) Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Vitória, ES, Brasil 2-32

Leia mais

Métodos iterativos dão-nos uma valor aproximado para s. Sequência de valores de x que convergem para s.

Métodos iterativos dão-nos uma valor aproximado para s. Sequência de valores de x que convergem para s. Análise Numérica 1 Resolução de equações não lineares ou Cálculo de zeros de funções Problema: Dada a função f(x) determinar o valor s tal que f(s) = 0. Slide 1 Solução: Fórmulas exemplo: fórmula resolvente

Leia mais

Matemática Computacional - Exercícios

Matemática Computacional - Exercícios Matemática Computacional - Exercícios 1 o semestre de 2007/2008 - Engenharia Biológica Teoria de erros e Representação de números no computador Nos exercícios deste capítulo os números são representados

Leia mais

Instituto Politécnico de Tomar Escola Superior de Tecnologia de Tomar Área Interdepartamental de Matemática

Instituto Politécnico de Tomar Escola Superior de Tecnologia de Tomar Área Interdepartamental de Matemática Instituto Politécnico de Tomar Escola Superior de Tecnologia de Tomar Área Interdepartamental de Matemática Análise Numérica Licenciaturas em Engenharia Ambiente,Civil e Química I - Equações Não Lineares.

Leia mais

exercícios de análise numérica II

exercícios de análise numérica II exercícios de análise numérica II lic. matemática aplicada e computação (4/5) aulas práticas - capítulo Exercício. Mostre que a soma dos polinómios base de Lagrange é a função constante. Exercício. Usando

Leia mais

Polinômios de Legendre

Polinômios de Legendre Seção 5: continuação do método de resolução por séries de potências Na Seção foi exposto informalmente, através de exemplos, o método de resolução de equações diferenciais ordinárias por séries de potências.

Leia mais

Cálculo Numérico / Métodos Numéricos. Solução de equações polinomiais Briot-Ruffini-Horner

Cálculo Numérico / Métodos Numéricos. Solução de equações polinomiais Briot-Ruffini-Horner Cálculo Numérico / Métodos Numéricos Solução de equações polinomiais Briot-Ruffini-Horner Equações Polinomiais p = x + + a ( x) ao + a1 n x n Com a i R, i = 0,1,, n e a n 0 para garantir que o polinômio

Leia mais

Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores. 1 a chamada Ou seja,

Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores. 1 a chamada Ou seja, Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Análise Numérica 1 a chamada 00-01-08 Resolução da Parte Prática 1 (a) O valor aproximado de w é obtido a partir dos valores aproximados de x,

Leia mais

- Métodos numéricos. - Métodos analíticos versus métodos numéricos. - Necessidade de se usar métodos numéricos. - Métodos iterativos

- Métodos numéricos. - Métodos analíticos versus métodos numéricos. - Necessidade de se usar métodos numéricos. - Métodos iterativos Tópicos Tópicos - Métodos numéricos - Métodos analíticos versus métodos numéricos - Necessidade de se usar métodos numéricos - Métodos iterativos - Resolução de problemas - Problemas com equações não lineares

Leia mais

Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA

Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA Licenciaturas em Engenharia do Ambiente e Química 2 o Semestre de 2005/2006 Capítulo IV Aproximação de Funções 1 Interpolação Polinomial 1. Na tabela seguinte

Leia mais

Aviso. Este material é apenas um resumo de parte do conteúdo da disciplina.

Aviso. Este material é apenas um resumo de parte do conteúdo da disciplina. Aviso Este material é apenas um resumo de parte do conteúdo da disciplina. O material completo a ser estudado encontra-se no Capítulo 7 - Seção 7.1 do livro texto da disciplina: Números e Funções Reais,

Leia mais

Introdução ao Cálculo Numérico Lista de Exercícios 1. (x x k )ω (x k ) = 1.

Introdução ao Cálculo Numérico Lista de Exercícios 1. (x x k )ω (x k ) = 1. Introdução ao Cálculo Numérico 2005 Lista de Exercícios 1 Problema 1. Seja Q π n. Provar que L n (Q; x) Q(x), quaisquer que sejam os nos distintos x 0, x 1,..., x n. Problema 2. Se n N e x 0, x 1,...,

Leia mais

Estudos Numéricos dos Métodos de Interpolação: Lagrange, Newton, Hermite e Spline Cúbico

Estudos Numéricos dos Métodos de Interpolação: Lagrange, Newton, Hermite e Spline Cúbico 201: DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Mestrado Profissional em Matemática - PROFMAT, Universidade Federal de São João Del-Rei - UFSJ Sociedade Brasileira de Matemática - SBM Estudos Numéricos dos Métodos de Interpolação:

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 12 Interpolação Parte 1 INTERPOLAÇÃO Cálculo Numérico 3/57 MOTIVAÇÃO A seguinte tabela relaciona densidade da água e temperatura:

Leia mais

Matemática Computacional - 2 o ano LEMat e MEQ

Matemática Computacional - 2 o ano LEMat e MEQ Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Matemática Aplicada e Análise Numérica Matemática Computacional - o ano LEMat e MEQ Exame/Teste - 1 de Janeiro de 1 - Parte I (1h3m) 1. Considere

Leia mais

Modelagem Computacional. Parte 2 2

Modelagem Computacional. Parte 2 2 Mestrado em Modelagem e Otimização - RC/UFG Modelagem Computacional Parte 2 2 Prof. Thiago Alves de Queiroz 2/2016 2 [Cap. 2 e 3] BURDEN, R. L.; FAIRES, J. D. Numerical Analysis (9th ed). Cengage Learning,

Leia mais

Fórmulas de Taylor. Notas Complementares ao Curso. MAT Cálculo para Ciências Biológicas - Farmácia Noturno - 1o. semestre de 2006.

Fórmulas de Taylor. Notas Complementares ao Curso. MAT Cálculo para Ciências Biológicas - Farmácia Noturno - 1o. semestre de 2006. Fórmulas de Taylor Notas Complementares ao Curso MAT0413 - Cálculo para Ciências Biológicas - Farmácia Noturno - 1o. semestre de 2006 Gláucio Terra Sumário 1 Introdução 1 2 Notações 1 3 Notas Preliminares

Leia mais

Definição: Uma função de uma variável x é uma função polinomial complexa se pudermos escrevê-la na forma n

Definição: Uma função de uma variável x é uma função polinomial complexa se pudermos escrevê-la na forma n POLINÔMIO I 1. DEFINIÇÃO Polinômios de uma variável são expressões que podem ser escritas como soma finita de monômios do tipo : a t k k onde k, a podem ser números reais ou números complexos. Exemplos:

Leia mais

Aula 3 11/12/2013. Integração Numérica

Aula 3 11/12/2013. Integração Numérica CÁLCULO NUMÉRICO Aula 3 11/12/2013 Integração Numérica Objetivo: Calcular integrais utilizando métodos numéricos Cálculo Numérico 3/64 Integração Numérica Cálculo Numérico 4/64 Integração Numérica Em determinadas

Leia mais

1 Congruências e aritmética modular

1 Congruências e aritmética modular 1 Congruências e aritmética modular Vamos considerar alguns exemplos de problemas sobre números inteiros como motivação para o que se segue. 1. O que podemos dizer sobre a imagem da função f : Z Z, f(x)

Leia mais

Exercícios de Matemática Computacional -Cap. 6 Interpolação e aproximação polinomial

Exercícios de Matemática Computacional -Cap. 6 Interpolação e aproximação polinomial Exercícios de Matemática Computacional -Cap. 6 Interpolação e aproximação polinomial.. Departamento de Matemática Universidade da Beira Interior Matemática Computacional - Capítulo 6 Questão 6.1 Questão

Leia mais

Fundamentos. Capítulo 1

Fundamentos. Capítulo 1 Capítulo 1 Fundamentos 1.1 Introdução Sempre que se pretende tratar algum problema cuja solução toma a forma do cálculo de um valor numérico é habitual ter de considerar não só conceitos de carácter mais

Leia mais

Lista de exercícios de MAT / II

Lista de exercícios de MAT / II 1 Lista de exercícios de MAT 271-26 / II 1. Converta os seguintes números da forma decimal para a forma binária:x 1 = 37; x 2 = 2347; x 3 =, 75; x 4 =(sua matrícula)/1; x 5 =, 1217 2. Converta os seguintes

Leia mais

MÉTODOS NUMÉRICOS. ENGENHARIA e GESTÃO INDUSTRIAL

MÉTODOS NUMÉRICOS. ENGENHARIA e GESTÃO INDUSTRIAL UNIVERSIDADE DO MINHO MÉTODOS NUMÉRICOS ENGENHARIA e GESTÃO INDUSTRIAL EXERCÍCIOS PRÁTICOS Ano lectivo de 2005/2006 Métodos Numéricos - L.E.G.I. Exercícios práticos - CONUM Solução de uma equação não linear

Leia mais

Teoremas e Propriedades Operatórias

Teoremas e Propriedades Operatórias Capítulo 10 Teoremas e Propriedades Operatórias Como vimos no capítulo anterior, mesmo que nossa habilidade no cálculo de ites seja bastante boa, utilizar diretamente a definição para calcular derivadas

Leia mais

Zeros de Polinômios. 1 Resultados Básicos. Iguer Luis Domini dos Santos 1, Geraldo Nunes Silva 2

Zeros de Polinômios. 1 Resultados Básicos. Iguer Luis Domini dos Santos 1, Geraldo Nunes Silva 2 Zeros de Polinômios Iguer Luis Domini dos Santos, Geraldo Nunes Silva 2 DCCE/IBILCE/UNESP, São José do Rio Preto, SP, Brazil, iguerluis@hotmail.com 2 DCCE/IBILCE/UNESP, São José do Rio Preto, SP,Brazil,

Leia mais

étodos uméricos INTERPOLAÇÃO, EXTRAPOLAÇÃO, APROXIMAÇÃO E AJUSTE DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno

étodos uméricos INTERPOLAÇÃO, EXTRAPOLAÇÃO, APROXIMAÇÃO E AJUSTE DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno étodos uméricos INTERPOLAÇÃO, EXTRAPOLAÇÃO, APROXIMAÇÃO E AJUSTE DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA

Leia mais

Fórmulas de Taylor - Notas Complementares ao Curso de Cálculo I

Fórmulas de Taylor - Notas Complementares ao Curso de Cálculo I Fórmulas de Taylor - Notas Complementares ao Curso de Cálculo I Gláucio Terra Sumário 1 Introdução 1 2 Notações 1 3 Notas Preliminares sobre Funções Polinomiais R R 2 4 Definição do Polinômio de Taylor

Leia mais

Problemas Singulares e Métodos Assimptóticos Desenvolvimento da solução de uma EDO em série de potências na vizinhança de uma singularidade regular

Problemas Singulares e Métodos Assimptóticos Desenvolvimento da solução de uma EDO em série de potências na vizinhança de uma singularidade regular Problemas Singulares e Métodos Assimptóticos Desenvolvimento da solução de uma EDO em série de potências na vizinhança de uma singularidade regular Consideremos uma EDO linear de segunda ordem com a forma

Leia mais

Matemática Computacional Ficha 5 (Capítulo 5) 1. Revisão matéria/formulário

Matemática Computacional Ficha 5 (Capítulo 5) 1. Revisão matéria/formulário Matemática Computacional Ficha 5 (Capítulo 5) Integração numérica 1. Revisão matéria/formulário A técnica de aproximar o integral de f pelo integral do seu polinómio interpolador passando num conjunto

Leia mais

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Cálculo III Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia

Leia mais

GABARITO. 01) a) c) VERDADEIRA P (x) nunca terá grau zero, pelo fato de possuir um termo independente de valor ( 2).

GABARITO. 01) a) c) VERDADEIRA P (x) nunca terá grau zero, pelo fato de possuir um termo independente de valor ( 2). 01) a) P (1) = 1 + 7 1 17 1 P (1) = 1 + 7 17 P (1) = 11 P (1) é sempre igual a soma dos coeficientes de P (x) b) P (0) = 0 + 7 0 17 0 P (0) = 0 + 0 0 P (0) = P (0) é sempre igual ao termo independente

Leia mais

MAP Exercício programa Data de entrega: 21/11/2012

MAP Exercício programa Data de entrega: 21/11/2012 Introdução MAP-2220 - Exercício programa 2-2012 Data de entrega: 21/11/2012 Interpolação Baricêntrica e Métodos de Colocação Este exercício programa tem como objetivo uma implementação da fórmula baricêntrica

Leia mais

Métodos Numéricos. Turma CI-202-X. Josiney de Souza.

Métodos Numéricos. Turma CI-202-X. Josiney de Souza. Métodos Numéricos Turma CI-202-X Josiney de Souza josineys@inf.ufpr.br Agenda do Dia Aula 20 (09/11/15) Interpolação: Introdução Características Interpolação Linear: Introdução Características Exercícios

Leia mais

Modelagem Computacional. Parte 8 2

Modelagem Computacional. Parte 8 2 Mestrado em Modelagem e Otimização - RC/UFG Modelagem Computacional Parte 8 2 Prof. Thiago Alves de Queiroz 2/2016 2 [Cap. 10 e 11] BURDEN, R. L.; FAIRES, J. D. Numerical Analysis (9th ed). Cengage Learning,

Leia mais

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL Capítulo V

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL Capítulo V Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL Capítulo V Integração Numérica 1. Considere o integral: 1 0 e x2 dx a) Determine o seu valor aproximado, considerando 4 subintervalos e utilizando: i. A regra dos

Leia mais

Interpolação polinomial de funções de uma variável

Interpolação polinomial de funções de uma variável Capítulo 2 Interpolação polinomial de funções de uma variável 21 Introdução Seja f uma função real definida num intervalo [a,b] R e conhecida nos pontos x 0,x 1,,x n [a,b] Suponhamos ainda, sem perda de

Leia mais

Matemática Computacional. Exercícios. Teoria dos erros

Matemática Computacional. Exercícios. Teoria dos erros Matemática Computacional Exercícios 1 o Semestre 2014/15 Teoria dos erros Nos exercícios deste capítulo os números são representados em base decimal. 1. Represente x em ponto flutuante com 4 dígitos e

Leia mais

Interpolaça o Polinomial

Interpolaça o Polinomial Interpolaça o Polinomial Objetivo A interpolação polinomial tem por objetivo aproximar funções (tabeladas ou dadas por equações) por polinômios de grau até n. Isso tem como intuito facilitar o cálculo

Leia mais

Lista de exercícios de MAT / I

Lista de exercícios de MAT / I 1 Lista de exercícios de MAT 271-29 / I 1. Converta os seguintes números da forma decimal para a forma binária:x 1 = 37; x 2 = 2347; x 3 =, 75; x 4 =(sua matrícula)/1; x 5 =, 1217 2. Converta os seguintes

Leia mais

SME306 - Métodos Numéricos e Computacionais II Prof. Murilo F. Tomé. (α 1)z + 88 ]

SME306 - Métodos Numéricos e Computacionais II Prof. Murilo F. Tomé. (α 1)z + 88 ] SME306 - Métodos Numéricos e Computacionais II Prof. Murilo F. Tomé 1 o sem/2016 Nome: 1 a Prova - 07/10/2016 Apresentar todos os cálculos - casas decimais 1. Considere a família de funções da forma onde

Leia mais

EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO

EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO Cálculo Numérico EXERCICIOS EXTRAIDOS DE PROVAS ANTERIORES o sem/08 EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO x. Considere a seguinte tabela de valores de uma função f: i 0 f(x i ).50

Leia mais

1. Converta os seguintes números decimais para sua forma binária: (a) 22 (b) 255 (c) 256 (d) 0.11 (e) (f)

1. Converta os seguintes números decimais para sua forma binária: (a) 22 (b) 255 (c) 256 (d) 0.11 (e) (f) 1 a Lista de Exercícios de Cálculo Numérico Prof a. Vanessa Rolnik 1. Converta os seguintes números decimais para sua forma binária: (a) 22 (b) 255 (c) 256 (d).11 (e).8125 (f) 4.69375 2. Converta os seguintes

Leia mais

Artur M. C. Brito da Cruz. Escola Superior de Tecnologia Instituto Politécnico de Setúbal 2015/2016 1

Artur M. C. Brito da Cruz. Escola Superior de Tecnologia Instituto Politécnico de Setúbal 2015/2016 1 Equações Não Lineares Análise Numérica Artur M. C. Brito da Cruz Escola Superior de Tecnologia Instituto Politécnico de Setúbal 2015/2016 1 1 versão 20 de Setembro de 2017 Conteúdo 1 Introdução...................................

Leia mais

6 MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS - MEF

6 MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS - MEF 6 MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS - MEF O Método de Elementos Finitos é uma técnica de discretização de um problema descrito na Formulação Fraca, na qual o domínio é aproximado por um conjunto de subdomínios

Leia mais

DCC008 - Cálculo Numérico

DCC008 - Cálculo Numérico DCC008 - Cálculo Numérico Polinômios de Taylor Bernardo Martins Rocha Departamento de Ciência da Computação Universidade Federal de Juiz de Fora bernardomartinsrocha@ice.ufjf.br Conteúdo Introdução Definição

Leia mais

32 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos

32 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos 32 a Aula 2429 AMIV LEAN, LEC Apontamentos (RicardoCoutinho@mathistutlpt) 32 Fórmula da variação das constantes Temos então pela fórmula dos da variação das constantes (para sistemas de equações - Teorema

Leia mais

Matemática Computacional - Exercícios

Matemática Computacional - Exercícios Matemática Computacional - Exercícios 2 o semestre de 2005/2006 - LEE, LEGI e LERCI Programação em Mathematica 1. Calcule no Mathematica e comente os resultados: (a) 7; (b) 7.0; (c) 14406; (d) cos π 6

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo temático Interpolação Conteúdo específico Fórmula de Lagrange

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral 2 Formas Quadráticas

Cálculo Diferencial e Integral 2 Formas Quadráticas Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Cálculo Diferencial e Integral 2 Formas Quadráticas 1 Formas quadráticas Uma forma quadrática em R n é um polinómio do

Leia mais

Matemática A - 10 o Ano

Matemática A - 10 o Ano Matemática A - 10 o Ano Resolução da Ficha de Trabalho Álgebra - Divisão Inteira de Polinómios Grupo I 1. Considerando os polinómios p e b no enunciado temos que o termo de maior grau de p b é a nx n b

Leia mais

CAPÍTULO 13 (G F )(X) = X, X A (F G)(Y ) = Y, Y B. F G = I da e G F = I db,

CAPÍTULO 13 (G F )(X) = X, X A (F G)(Y ) = Y, Y B. F G = I da e G F = I db, CAPÍTULO 3 TEOREMA DA FUNÇÃO INVERSA 3 Introdução A função identidade em R n é a função que a cada elemento de R n associa o próprio elemento ie I d : R n R n X x x n I d X X x x n A função identidade

Leia mais

Vamos revisar alguns fatos básicos a respeito de séries de potências

Vamos revisar alguns fatos básicos a respeito de séries de potências Seção 4 Revisão sobre séries de potências Vamos revisar alguns fatos básicos a respeito de séries de potências a n (x x ) n, que serão úteis no estudo de suas aplicações à resolução de equações diferenciais

Leia mais

MÉTODOS NUMÉRICOS. ENGENHARIA ELECTRÓNICA INDUSTRIAL e de COMPUTADORES

MÉTODOS NUMÉRICOS. ENGENHARIA ELECTRÓNICA INDUSTRIAL e de COMPUTADORES UNIVERSIDADE DO MINHO MÉTODOS NUMÉRICOS ENGENHARIA ELECTRÓNICA INDUSTRIAL e de COMPUTADORES EXERCÍCIOS PRÁTICOS- 1 a parte Ano lectivo de 2004/2005 Exercícios práticos - CONUM Solução de uma equação não

Leia mais

) a sucessão definida por y n

) a sucessão definida por y n aula 05 Sucessões 5.1 Sucessões Uma sucessão de números reais é simplesmente uma função x N R. É conveniente visualizar uma sucessão como uma sequência infinita: (x(), x(), x(), ). Neste contexto é usual

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo Diferencial e Integral I Cálculo Diferencial e Integral I Complementos ao texto de apoio às aulas. Amélia Bastos, António Bravo Julho 24 Introdução O texto apresentado tem por objectivo ser um complemento ao texto de apoio ao

Leia mais

( x)(x 2 ) n = 1 x 2 = x

( x)(x 2 ) n = 1 x 2 = x Página 1 de 7 Instituto de Matemática - IM/UFRJ Gabarito prova final unificada - Escola Politécnica / Escola de Química - 10/12/2009 Questão 1: (.0 pontos) (a) (1.0 ponto) Seja a função f(x) = x, com x

Leia mais

ANÁLISE MATEMÁTICA II 2007/2008. Cursos de EACI e EB

ANÁLISE MATEMÁTICA II 2007/2008. Cursos de EACI e EB ANÁLISE MATEMÁTICA II 2007/2008 (com Laboratórios) Cursos de EACI e EB Acetatos de Ana Matos 1ª Parte Sucessões Séries Numéricas Fórmula de Taylor Séries de Potências Série de Taylor DMAT Ana Matos - AMII0807

Leia mais

Matemática I. 1 Propriedades dos números reais

Matemática I. 1 Propriedades dos números reais Matemática I 1 Propriedades dos números reais O conjunto R dos números reais satisfaz algumas propriedades fundamentais: dados quaisquer x, y R, estão definidos a soma x + y e produto xy e tem-se 1 x +

Leia mais

SME Cálculo Numérico. Lista de Exercícios: Gabarito

SME Cálculo Numérico. Lista de Exercícios: Gabarito Exercícios de prova SME0300 - Cálculo Numérico Segundo semestre de 2012 Lista de Exercícios: Gabarito 1. Dentre os métodos que você estudou no curso para resolver sistemas lineares, qual é o mais adequado

Leia mais

Aula 24. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil

Aula 24. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil Polinômios de Taylor Aula 24 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 08 de Maio de 2014 Primeiro Semestre de 2014 Turma 2014106 - Engenharia Mecânica Os polinômios

Leia mais

ANÁLISE MATEMÁTICA IV FICHA 3 TEOREMA DOS RESÍDUOS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM

ANÁLISE MATEMÁTICA IV FICHA 3 TEOREMA DOS RESÍDUOS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ANÁLISE MATEMÁTICA IV E FICHA 3 TEOREMA DOS RESÍDUOS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM ( Seja f a função definida

Leia mais

Sabendo que f(x) é um polinômio de grau 2, utilize a formula do trapézio e calcule exatamente

Sabendo que f(x) é um polinômio de grau 2, utilize a formula do trapézio e calcule exatamente MÉTODOS NUMÉRICOS E COMPUTACIONAIS II EXERCICIOS EXTRAIDOS DE PROVAS ANTERIORES EXERCICIOS RESOLVIDOS - INTEGRACAO-NUMERICA - EDO. Considere a seguinte tabela de valores de uma função f x i..5.7..5 f(x

Leia mais

Capítulo 5 - Interpolação Polinomial

Capítulo 5 - Interpolação Polinomial Capítulo 5 - Interpolação Polinomial Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil, Química e Gestão Industrial Carlos Balsa

Leia mais

1. O que podemos dizer sobre a imagem da função. f : Z Z, f(x) = x 2 + x + 1?

1. O que podemos dizer sobre a imagem da função. f : Z Z, f(x) = x 2 + x + 1? 1 Congruências e aritmética modular Vamos considerar alguns exemplos de problemas sobre números inteiros como motivação para o que se segue. 1. O que podemos dizer sobre a imagem da função f : Z Z, f(x)

Leia mais

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL. 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL. 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares 1. Considere a equação sin(x) e x = 0. a) Prove que

Leia mais

Matemática Computacional - 2 o ano LEMat e MEQ

Matemática Computacional - 2 o ano LEMat e MEQ Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Matemática Aplicada e Análise Numérica Matemática Computacional - o ano LEMat e MEQ Exame/Teste - 5 de Fevereiro de - Parte I (h3m). Considere

Leia mais

Métodos Numéricos Interpolação / Aproximação. Renato S. Silva, Regina C. Almeida

Métodos Numéricos Interpolação / Aproximação. Renato S. Silva, Regina C. Almeida Métodos Numéricos Interpolação / Aproximação Renato S. Silva, Regina C. Almeida Interpolação / Aproximação situação: uma fábrica despeja dejetos no leito de um rio; objetivo: determinar a quantidade de

Leia mais

SISTEMAS LINEARES PROF. EDÉZIO

SISTEMAS LINEARES PROF. EDÉZIO SOLUÇÕES NUMÉRICAS DE SISTEMAS LINEARES PROF. EDÉZIO Considere o sistema de n equações e n incógnitas: onde E : a x + a x +... + a n x n = b E : a x + a x +... + a n x n = b. =. () E n : a n x + a n x

Leia mais

PARTE I EQUAÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL

PARTE I EQUAÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL PARTE I EQUAÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL. Introdução Considere f uma função, não constante, de uma variável real ou complexa, a equação f(x) = 0 será denominada equação de uma incógnita. EXEMPLO e x + senx

Leia mais

A. Equações não lineares

A. Equações não lineares A. Equações não lineares 1. Localização de raízes. a) Verifique se as equações seguintes têm uma e uma só solução nos intervalos dados: i) (x - 2) 2 ln(x) = 0, em [1, 2] e [e, 4]. ii) 2 x cos(x) (x 2)

Leia mais

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa. Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia. diogo

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa. Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia.  diogo Interpolação Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia de Computação e Automação http://wwwdcaufrnbr/ diogo 1 Introdução

Leia mais

Notas de Aula de Cálculo Numérico

Notas de Aula de Cálculo Numérico IM-Universidade Federal do Rio de Janeiro Departamento de Ciência da Computação Notas de Aula de Cálculo Numérico Lista de Exercícios Prof. a Angela Gonçalves 3 1. Erros 1) Converta os seguintes números

Leia mais

Exercícios de Mínimos Quadrados

Exercícios de Mínimos Quadrados INSTITUTO DE CIÊNCIAS MATEMÁTICAS E DE COMPUTAÇÃO DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA APLICADA E ESTATÍSTICA Exercícios de Mínimos Quadrados 1 Provar que a matriz de mínimos quadrados é denida positiva, isto é,

Leia mais

Métodos Numéricos - Notas de Aula

Métodos Numéricos - Notas de Aula Métodos Numéricos - Notas de Aula Prof a Olga Regina Bellon Junho 2007 Introdução Sistemas Lineares Sistemas lineares são sistemas de equações com m equações e n incógnitas formados por equações lineares,

Leia mais

Determinação de raízes de polinômios: Método de Briot-Ruffini-Horner

Determinação de raízes de polinômios: Método de Briot-Ruffini-Horner Determinação de raízes de polinômios: Método de Briot-Ruffini-Horner Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 29 de outubro de 2012 Baseado no livro Cálculo Numérico, de Neide B. Franco Marina Andretta/Franklina

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo específico Interpolação Conteúdo temático Avaliação do erro

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC49 Cálculo Numérico - LISTA 5 - Integração numérica (Profs. André Camargo, Feodor Pisnitchenko, Marijana Brtka, Rodrigo Fresneda). Calcule as integrais a seguir pela regra

Leia mais

Equações Diferenciais Noções Básicas

Equações Diferenciais Noções Básicas Equações Diferenciais Noções Básicas Definição: Chama-se equação diferencial a uma equação em que a incógnita é uma função (variável dependente) de uma ou mais variáveis (independentes), envolvendo derivadas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC49 Cálculo Numérico - LISTA - sistemas lineares de equações Profs André Camargo, Feodor Pisnitchenko, Marijana Brtka, Rodrigo Fresneda Métodos diretos Analise os sistemas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC49 Cálculo Numérico - LISTA 5 - Integração numérica (Profs. André Camargo, Feodor Pisnitchenko, Marijana Brtka, Rodrigo Fresneda). Calcule as integrais a seguir pela regra

Leia mais

ANÁLISE MATEMÁTICA III A OUTONO 2005 PARTE I VARIEDADES EM R N. Sobre Topologia em R n

ANÁLISE MATEMÁTICA III A OUTONO 2005 PARTE I VARIEDADES EM R N. Sobre Topologia em R n Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Última actualização: 17/Set/005 ANÁLISE MATEMÁTICA III A OUTONO 005 PARTE I VARIEDADES EM R N EXERCÍCIOS COM POSSÍVEIS SOLUÇÕES ABREVIADAS acessível

Leia mais

étodos uméricos DERIVAÇÃO NUMÉRICA Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

étodos uméricos DERIVAÇÃO NUMÉRICA Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA étodos uméricos DERIVAÇÃO NUMÉRICA Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Leia mais