Curso de Economia e Finanças Públicas Prof. Ms. Rodrigo Marquez facebook: Rodrigo Marquez

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1 Curso de Economia e Finanças Públicas Prof. Ms. Rodrigo Marquez facebook: Rodrigo Marquez rodrigopmjr@hotmail.com

2 Questões de fixação (UFG, 2014) Suponha que a demanda de um certo produto agrícola seja dada por D = p e a oferta por S = p. O governo estabelece um preço mínimo de compra de 10 unidades monetárias por unidade. A política do governo visa estabilizar a renda do produtor. Assim, o gasto total do governo na política de compras ao preço mínimo predeterminado é: (A) 900 (B) (C) (D) (E) Gabarito: B

3 Questões de fixação (UFG, 2014) Um bem público é não exclusivo e não é rival, isto quer dizer que (A) não pode haver exclusão de consumo na sociedade, tendo em vista que a provisão do bem é pública, ou seja, os custos de produção são incorridos pelo governo. (B) não pode haver exclusão de consumo na sociedade, tendo em vista que a provisão do bem é pública, ou seja, os custos de produção são incorridos pela própria sociedade. (C) não pode haver exclusão de consumo na sociedade, tendo em vista que a provisão do bem é pública, ou seja, os custos de produção são incorridos pela própria sociedade e pelo governo. (D) não pode haver exclusão de consumo entre os indivíduos e o consumo por parte de um indivíduo reduz a quantidade disponível para consumo de outro indivíduo. (E) não pode haver exclusão de consumo entre os indivíduos e o consumo por parte de um indivíduo não reduz a quantidade disponível para consumo de outro indivíduo.

4 Questões de fixação Resposta A não rivalidade é o mesmo que dizer que o bem é indivisível ou não disputável. Explicando melhor: o seu consumo por parte de um indivíduo ou de um grupo social não prejudica o consumo do mesmo bem pelos demais integrantes da sociedade. Assim, o maior consumo de um bem público por parte de alguém não significa redução no consumo deste mesmo bem por parte de outra pessoa. Temos como exemplo a iluminação pública, o asfaltamento das ruas, a organização da justiça, a segurança pública e a defesa nacional, a poluição, o ar que respiramos, etc. A não exclusividade refere-se à impossibilidade de excluir as pessoas do consumo dos bens públicos. Gabarito: E

5 3. Introdução 3.1. Introdução estruturas de mercado Basicamente, são três as variáveis que diferenciam as estruturas de mercado: Número de firmas produtoras no mercado; Diferenciação do produto; Existência ou não de barreiras à entrada de novas empresas.

6 3. Introdução 3.1. Introdução estruturas de mercado Pode-se classificar os mercados em: i. Concorrência perfeita: número infinito de produtores e consumidores, produto transacionado é homogêneo, não há barreiras à entrada de firmas e consumidores, perfeita transparência de informações entre consumidores e vendedores, perfeita mobilidade de fatores de produção. Exemplo mais próximo: mercado agrícola. ii. Monopólio: é a antítese da concorrência perfeita. Há apenas uma empresa para inúmeros consumidores. O produto não possui substitutos próximos e há barreira à entrada de novas firmas. Exemplo: Companhias de energia elétrica dos municípios ou estados.

7 3.1. Continuação - Introdução estruturas de mercado iii. Oligopólio: pequeno número de firmas que dominam todo o mercado, os produtos podem ser homogêneos ou diferenciados, com barreiras à entrada de novas empresas. iv. Concorrência monopolística (ou imperfeita): muito semelhante à concorrência perfeita, com a diferença que o produto transacionado não é homogêneo. Isto é, cada firma possui o monopólio do seu produto, que é diferenciado dos demais. Exemplo: lojas de roupas (muitas firmas, muitos compradores, porém o produto é diferenciado, cada loja possui o monopólio da sua marca). v. Monopsônio: é a antítese do monopólio. Neste, há apenas um vendedor, enquanto, no monopsônio, existe apenas um comprador. É o caso, por exemplo, de regiões em que há várias fazendas de gado e apenas um frigorífico. Naturalmente, este frigorífico será o único comprador (monopsonista) da carne das fazendas. vi. Oligopsônio: de forma inversa ao oligopólio, no oligopsônio, existe um grupo de compradores que dominam o mercado. Temos como exemplo o mercado de peças automotivas em que um pequeno grupo de compradores (Ford, GM, Fiat, etc) adquirem grande parte da produção.

8 3.4. Teoria dos custos Tipos de custos: Custos econômicos X custos contábeis Em primeiro lugar, devemos definir o que são custos. Tanto para a economia quanto para a contabilidade, os custos se referem aos preços ou remunerações dos fatores de produção (capital, mão-de-obra, terra, etc). No entanto, há uma diferença entre o conceito econômico de custo o conceito contábil usual. O custo contábil leva em conta o pagamento ou a utilização dos fatores de produção. O custo econômico leva em conta o melhor ganho que se poderia obter empregando-se esse fator em outra atividade que não a produção da firma. Assim, podemos estatuir que o custo econômico leva em conta o custo de oportunidade do fator de produção.

9 3.4. Teoria dos custos Tipos de custos: Custos irreversíveis, irrecuperáveis ou afundados (sunk costs) Custo irreversível é um custo que foi feito e que não poderá ser recuperado ou revertido. Ex: Suponha que você pretende se matricular em um curso para concursos no estilo pacotão, com aulas todos os dias inclusive aos sábados e domingos, no valor de R$ Para garantir a matrícula, o dono do curso disse que você deveria pagar R$ 500 à vista e que tal valor não seria reembolsado em caso de desistência. Você, que ainda não estudou o código de defesa do consumidor, acreditou no dono do curso e pagou os R$ 500, de tal forma que a despesa total com o curso será de R$ Entretanto, você descobriu que existe outro curso, com as mesmas características e qualidade, que está custando R$ 3100, portanto, R$ 400 mais barato. Qual dos dois cursos você deveria fazer? A resposta é: o primeiro. O valor que você pagou e não será devolvido (R$ 500) representa um custo irreversível e não deve influenciar a sua decisão. Para você, o custo econômico do primeiro curso será R$ 3000, enquanto o segundo curso possui custo econômico de R$ Se o segundo curso custasse R$ 2900, você deveria adquiri-lo, mesmo sabendo que desperdiçou R$ 500.

10 3.4. Teoria dos custos Custos fixos (CF), variáveis (CV) e custo total (CT) Custo total (CT) é o custo de todos os fatores de produção que uma empresa usa na produção. Alguns fatores de produção variam quando aumentamos ou reduzimos a produção; outros se mantêm fixos. Os custos dos fatores fixos são custos fixos (CF), e os custos dos fatores variáveis são custos variáveis (CV). Assim, podemos dividir o custo total em duas partes: custos fixos e variáveis. CT = CF + CV Custos fixos não variam com o nível de produção (exemplo: aluguel, manutenção das instalações, salários da diretoria, etc). Como estes custos não variam com o nível de produção, eles devem ser pagos mesmo que não haja produção. A única maneira de a empresa eliminar totalmente os custos fixos é deixando de operar. Custos variáveis são custos que variam quando nível de produção varia (exemplo: gasto com matéria-prima, pagamento de bônus aos funcionários, etc).

11 3.4. Teoria dos custos Custo médio e custo marginal O custo marginal é o aumento de custo (total) provocado pela produção de uma unidade adicional de produto. Ele nos informa quanto custará aumentar a produção em uma unidade. Por exemplo, suponha que uma determinada empresa tenha produção de 200 e, para aumenta-la em uma unidade (passar para produção=201), seja necessário aumentar o custo total de 150 para 175. Neste caso, o custo marginal será 25 (acréscimo/aumento de custo). Segue de forma algébrica o Cmg:

12 3.4. Teoria dos custos Custo médio e custo marginal Custo médio é o custo total dividido pelo nível de produção (pela quantidade de produtos produzidos). Em outras palavras, é o custo por unidade de produto. Por exemplo, suponha uma firma com produção de 200 e custo (total) de 150, o custo médio será 150/200=0,75. Segue de forma algébrica o CTme: Nós vimos que o custo total (CT) pode ser dividido em uma parte fixa (CF) e outra parte variável (CV). O custo total médio (CTme) também possuirá dois componentes: o custo fixo médio (CFme) e o custo variável médio (CVme). Assim: Cme = CFme + CVme

13 3.4. Teoria dos custos Acompanhe as definições e as construções das diversas curvas de custo a partir dos dados da tabela:

14 3.4. Teoria dos custos O gráfico mostra como as medidas de custos fixo, variável e total mudam de acordo com mudanças no nível de produção. O seu eixo vertical é utilizado para colocar o custo em R$, enquanto o eixo horizontal é utilizado para indicar a quantidade produzida. Observe que o custo fixo, CF, não varia com a produção, sendo representado por uma linha horizontal em R$ 180. O custo variável, CV, é zero quando a produção é zero, e então aumenta continuamente à medida que a produção se eleva. A curva de custo total, CT, é determinada adicionando-se verticalmente as curvas de custo fixo e de custo variável. Pelo fato de o custo fixo ser constante, a distância vertical entre as duas curvas é sempre de R$ 180.

15 3.4. Teoria dos custos Curva de custo fixo médio. Como o custo fixo é uma constante (um valor que não muda), o CFme diminui à medida que a produção aumenta, significando que cada parcela de produto responde por uma parcela menor de custo fixo.

16 3.4. Teoria dos custos Curva de custo variável médio (CVme): inicialmente, o Cvme decresce e depois cresce, apresentando a forma de um U. Observe: Nota - no nosso exemplo retirado da tabela 02, o custo variável médio inicialmente decresce mas isso não acontecerá necessariamente. Podemos ter casos em que a curva do CVme inclina-se logo de início para cima.

17 3.4. Teoria dos custos Curva de custo médio (Cme): o custo médio é a soma do custo fixo médio e do custo variável médio. A curva do Cme apresentará também a forma de U (inicialmente decrescente devido ao custo fixo médio e, em seguida, crescente devido ao custo variável médio). Observe: O formato em U da curva de custo médio também é explicado pela eficiência com a qual os fatores fixos e variáveis são utilizados. Inicialmente, quando a produção é baixa, a curva de custo médio é decrescente, em virtude da alta eficiência dos fatores. Entretanto, em determinado instante, o aumento no custo variável médio começa a crescer em tal valor que supera a permanente diminuição no custo fixo médio. Outro fator que explica a disposição da curva de custo médio é o comportamento da produtividade média dos fatores de produção. Curto prazo (apenas um fator de produção varia).

18 3.4. Teoria dos custos Curva de custo marginal (Cmg): regra geral, a curva de Cmg, assim como a curva do Cme, declina inicialmente, atingindo um mínimo e em seguida se eleva, apresentando, portanto, o formato de U. Veja: A explicação para esse formato em U também pode ser encontrado na teoria da produção. De acordo com esta, com um único fator de produção variável (curto prazo), o produto marginal inicialmente cresce, atinge um máximo e depois, em virtude da lei dos rendimentos marginais decrescentes, declina. Quando o produto marginal é ascendente, o custo marginal será descendente; quando o produto marginal é descendente, o custo marginal é ascendente. Ou seja, o comportamento da produtividade e do custo é inverso: quando aquela cresce (é crescente), esta diminui (é descendente), e vice-versa.

19 3.4. Teoria dos custos Relação entre as curvas de custo médio e marginal Veja que, no curto prazo, com exceção da curva do custo fixo médio (não representada no gráfico), todas as curvas médias e marginais apresentam formato de um U. Isto é, inicialmente, os custos médios/marginais declinam e posteriormente crescem.

20 3.4. Teoria dos custos Agora, voltemos atenção especial para a curva do custo marginal. Observe que ela, não coincidentemente, toca as curvas de custo médio e variável médio exatamente em seus pontos mínimos. Tais intersecções ocorrem nos pontos A e B do gráfico. Analisemos, primeiramente, a intersecção da curva de custo marginal com o ponto de mínimo da curva de custo médio. Para níveis de produção menores que B (à esquerda de B), o Cmg é menor que o Cme, uma vez que a curva de Cmg está abaixo da curva de Cme Nestes níveis de produção, o acréscimo de custo (Cmg) é inferior ao custo médio anterior, de forma que o incremento de custo (Cmg) fará baixar a média (Cme), fazendo com que a curva de Cme seja inclinada para baixo. Ou seja, quando Cmg<Cme, a curva do Cme é decrescente ou inclinada para baixo. Obs. FOCA NA DICA!!! a curva do custo marginal intercepta a curva do custo médio exatamente em seu ponto de mínimo (ponto B). Ou seja, quandocmg=cme, então, Cme é mínimo.

21 3.4. Teoria dos custos

22 Questões de fixação (UFG, 2014) As relações teóricas que podem ser estabelecidas entre as curvas de custo médio (CMe), custo variável médio (CVMe) e custo marginal (CMg) são: (A) a curva de CMg e a de CMe são iguais na primeira unidade produzida pela firma. (B) a curva de CMg tangencia a curva de CVMe no seu ponto mínimo e cruza a curva de Cme no ponto máximo. (C) a curva de CMg cruza as curvas de CVMe e CMe nos seus respectivos pontos mínimos. (D) a curva de CMg cruza a curva de CMe no seu ponto mínimo e cruza a curva de CVMe no seu ponto máximo. (E) a curva de CMg cruza as curvas de CVMe e CMe nos seus respectivos pontos máximos. Gabarito: C

23 3.2. A hipótese da maximização de lucros Nas análises econômicas a todo instante se supõe que o objetivo das firmas é a maximização de lucros e que o seu equilíbrio acontece neste momento. Existem várias teorias que procuram explicar o que realmente as firmas buscam ou o seu objetivo. Algumas dizem que elas buscam maximizar a participação no mercado; outras dizem que elas buscam maximizar a margem sobre os custos (maximizar o mark up). A teoria que utilizaremos em nosso curso é a chamada teoria neoclássica ou marginalista, cujo pressuposto básico é o de que as firmas buscam maximizar os lucros (receitas MENOS despesas). Os modelos de teoria da firma que não levam em conta a teoria marginalista geralmente são estudados na matéria Economia Industrial.

24 3.3. Condição de maximização de lucros A empresa maximiza lucros quando o custo marginal se iguala à receita marginal. Deve-se ressaltar que essa condição vale para qualquer estrutura ou tipo de mercado, independentemente se é curto ou longo prazo. Assim, qualquer empresa (estando inserido em um mercado monopolista, oligopolista, concorrência perfeita, etc), estando no curto ou no longo prazo, buscará produzir até o ponto em que o seu custo marginal de produção seja igual à receita marginal.

25 3.3. Condição de maximização de lucros

26 3.3. Condição de maximização de lucros O objetivo da firma é produzir a quantidade (Q) que maximize o lucro total (LT). Todas as funções colocadas acima (LT, RT e CT) estão em função da produção ou quantidade produzida (Q). Nos nossos estudos sobre derivadas, nós vimos que, para maximizar uma função, nós devemos derivá-la e igualar o resultado a ZERO. Assim, teremos lucro total máximo quando a derivada de LT em relação a Q for igual a ZERO. Assim, fica claro, do ponto de vista matemático, que o lucro será maximizado exatamente quando o nível de produção é tal que a receita e o custo marginal se igualam. Obs. Este conceito também pode ser analisado indutivamente. O que acontece se a empresa está com um nível de produção tal em que a receita marginal seja superior ao custo marginal? E o que acontece se o custo marginal for superior à receita marginal?

27 3.3. Condição de maximização de lucros Foca na dica!!!

28 3.4. Concorrência perfeita Basicamente, são três as condições que definem a concorrência perfeita. Juntas, estas condições garantem um mercado livre e impessoal, no qual as forças da demanda e da oferta determinam os preços e as quantidades transacionadas. 1) Atomicidade (grande número de pequenos vendedores e compradores) 2) Produto homogêneo 3) Livre mobilidade de fatores de produção (recursos) livre entrada e saída

29 3.4. Concorrência perfeita Atomicidade A principal consequência desta atomicidade (grande número de vendedores e compradores) é o fato de que as empresas e os consumidores simplesmente aceitarão o preço que o mercado impõe. Desta forma, o preço dos bens é decidido pelo mercado e os vendedores e consumidores apenas aceitam este preço. Podemos dizer, portanto, que, em concorrência perfeita, empresas e consumidores são tomadores (ou aceitadores) de preços. O fato de a empresa ser uma aceitadora de preços, bastante pequena em relação ao mercado, tem uma importante consequência para a curva de demanda com a qual a empresa se defronta. Por ser tomadora de preços, a empresa praticará exatamente o preço determinado pelo mercado.

30 3.4. Concorrência perfeita Atomicidade Obs. o fato de a curva de demanda para a firma ser horizontal nos permite concluir que a demanda para a firma em concorrência perfeita é infinitamente elástica ou perfeitamente elástica Produto Homogêneo Uma segunda condição é que o produto de qualquer vendedor num mercado de concorrência perfeita deve ser homogêneo ao produto de qualquer outro vendedor. Esta homogeneidade pode ser encontrada quando os produtos de todas as empresas em um mercado são substitutos perfeitos entre si.

31 3.4. Concorrência perfeita Livre mobilidade de fatores de produção (recursos) livre entrada e saída Esta pré-condição implica que cada fator de produção ou recurso pode imediatamente entrar e sair do mercado como resposta a mudanças em suas condições (alterações de preços, por exemplo). Baseado neste pressuposto, temos outros dele decorrentes: O fator de produção mão-de-obra é móvel, podendomudar de uma empresa para outra; Os requisitos para exercer qualquer trabalho por parte da mão-deobra são poucos, simples e fáceis de aprender; Os fatores de produção estão disponíveis para todas as empresas, ou seja, não existe insumo ou fator de produção que seja monopolizado por um proprietário ou produtor. Novas empresas podem entrar e sair livremente, sem maiores dificuldades. Neste ponto, ressalto que se, grandes investimentos ou patentes/licenças iniciais são necessários, então, não temos livre entrada e saída, nem livre mobilidade de recursos.

32 3.4. Continuação concorrência perfeita Curvas de receita da firma curva de demanda da firma, na concorrência perfeita, é uma reta horizontal A receita média (Rme) é a receita por unidade de produto vendida. Algebricamente, Rme=RT/Q. como RT=P.Q; então: Importante: na concorrência perfeita (e somente nela), a receita marginal é igual ao preço.

33 3.4. Continuação concorrência perfeita Curvas de receita da firma A conclusão é que as curvas de demanda, da receita média e da receita marginal serão equivalentes, isto é, serão linhas retas horizontais ao nível do preço de equilíbrio do mercado. No gráfico, este preço é P0.

34 3.4. Continuação concorrência perfeita Equilíbrio da firma no curto prazo Conforme visto anteriormente, a firma está em equilíbrio (maximização de lucros) quando a receita marginal é igual ao custo marginal. Na concorrência perfeita, a receita marginal é igual ao preço (Rmg=P), de forma que o equilíbrio é alcançado quando Cmg=P. Assim, teremos o equilíbrio quando a curva do custo marginal intercepta a linha do preço (que é igual à linha da Rmg). Veja: Assim, podemos definir de forma mais precisa a situação de lucros máximos na concorrência perfeita: Rmg = P = Cmg sendo Cmg crescente

35 3.4. Continuação concorrência perfeita Curva de oferta A curva de oferta de curto prazo de uma firma em concorrência perfeita é, precisamente, a curva de custo marginal para todos os níveis de produção iguais ou maiores que o nível de produção associado ao custo variável médio mínimo. Para os preços de mercado menores que o custo variável médio mínimo, a quantidade ofertada de equilíbrio é zero.

36 3.4. Continuação concorrência perfeita Foca na dica!!!

37 Monopólio O monopólio é a antítese da concorrência perfeita, representando a inexistência de competição, o suprassumo da anticoncorrência, uma vez que temos apenas uma firma que domina todo o mercado. As características básicas do monopólio são as seguintes: 1) Uma única empresa produtora do bem ou serviço; 2) Não há produtos substitutos próximos; 3) Existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.

38 Monopólio Basicamente, as barreiras à entrada têm quatro origens principais: Recursos de monopólio: Por exemplo, a Aluminium Company of America (Alcoa) deteve o monopólio no mercado de alumínio por mais de 50 anos. Isto aconteceu porque ela controlava todas as fontes de fornecimento de bauxita, que é a matéria-prima do alumínio. Regulamentações do governo: Às vezes, os monopólios surgem porque o governo concede a uma só empresa o direito exclusivo de vender algum bem ou serviço. As leis que regulam as patentes e os direitos autorais configuram um exemplo desta situação e o objetivo de tais normas é estimular e recompensar aquela empresa que investiu em inovações que trazem benefícios à coletividade.

39 Monopólio Continuação - barreiras à entrada: Processo de produção: A produção de determinados bens apresentam economias de escala para os níveis de produção relevantes. Nesse caso, quanto maior for a produção, menor o custo médio, uma vez que a curva de custo médio de longo prazo é decrescente quando temos economias de escala. Em outras palavras, uma só empresa pode produzir a um custo médio menor do que se houvesse um número maior de empresas. Quando esta situação ocorre, temos um monopólio natural ou puro. Tradição no mercado: A tradição que algumas firmas possuem muitas vezes funciona como barreira à entrada. Por exemplo, demorou bastante tempo e demandou muitos investimentos até que os japoneses pudessem concorrer com a tradição dos relógios suíços e com a tradição dos automóveis alemães e americanos.

40 Monopólio As curvas de demanda, receita média e receita marginal da firma monopolista No mercado concorrencial, a curva de demanda individual da firma era uma reta horizontal passando pelo nível de preço que, ao mesmo tempo, representava o nível da receita marginal e da receita média. No monopólio, entretanto, a curva de demanda da firma será igual à curva de demanda do mercado e a explicação é simples: a firma monopolista é o próprio mercado. A produção da firma será a própria produção do mercado. A demanda enfrentada pela firma será a própria demanda do mercado. Logicamente, sua curva de demanda será igual à curva do mercado. A consequência mais importante desse fato é que, diferentemente do que ocorre na concorrência perfeita, a receita marginal não será igual ao preço. No monopólio, a receita marginal será menor que o preço que ela cobra pelo seu produto. Isso pode ser constatado graficamente:

41 Monopólio As curvas de demanda, receita média e receita marginal da firma monopolista Do gráfico extrai-se algumas conclusões importantes: se o monopolista aumentar a sua produção (de QE1 para QE2) e mantiver o mesmo preço inicial (PE1), simplesmente não haverá demanda para o produto para aumentar a produção de QE1 para QE2, e se manter na curva de demanda, a firma deve reduzir os preços de PE1 para PE2 para que ainda haja demanda do produto. Desta forma, cada produto adicional que a firma queira produzir deve estar em um preço abaixo do que era praticado no nível de produção imediatamente anterior. A conclusão a que chegamos é a seguinte: a receita marginal no monopólio será sempre menor que o preço do produto.

42 Monopólio As curvas de demanda, receita média e receita marginal da firma monopolista Pelo fato da Rmg ser menor que o preço, a curva da Rmg deverá ser tal que, para cada nível de produção, a Rmg encontrada seja menor que P. Graficamente: A Rme é o próprio preço que o consumidor paga em cada unidade do produto. Então, a curva da Rme é a própria curva de demanda do mercado.

43 Questões de fixação (UFG, 2014) Considere uma empresa monopolista que se defronta com a seguinte curva de demanda linear: P = 100 0,01Q, em que Q é a quantidade produzida e P é o preço em unidades monetárias. A função de custo total da empresa é expressa por CT = 50Q Supondo que a empresa maximize seus lucros, determine a quantidade produzida, o preço e o lucro de monopólio dessa empresa.

44 Questões de fixação Resposta

45 Monopólio A receita marginal e a elasticidade preço da demanda no monopólio Os lucros serão maximizados quando Rmg=Cmg. Assim, podemos substituindo a Rmg por Cmg, de modo que a maximização de lucros aconteceria quando: Do ponto de vista matemático, podemos perceber que o monopolista nunca irá atuar quando Epd <1. Obs. o monopolista não operará onde a curva de demanda é inelástica. só operará no segmento onde a Rmg seja positiva, de forma que seja possível igualá-la ao Cmg e, assim, maximizar os lucros

46 Monopólio Equilíbrio do monopolista Da mesma forma que a firma competitiva, o monopolista maximiza os lucros quando Rmg=Cmg. A diferença básica entre as duas situações é que, no monopólio, a Rmg não é igual ao preço, mas sim menor. Isto fará com que o monopolista se equilibre sempre com um nível de produto para o qual o preço seja maior que o custo marginal. Graficamente: Em primeiro plano, deve ficar claro que no monopólio a firma pode operar no ramo descendente da curva de custo marginal, o que não acontece na concorrência perfeita. Em segundo plano, pode haver situações, como ilustrado no gráfico, em que há dois pontos em que Rmg=Cmg (pontos A e B). Neste caso, o equilíbrio do monopolista ocorrerá no ponto onde a produção é maior. Então, o equilíbrio de nosso monopolista representado no gráfico acontecerá quando o preço for PE e a produção QE.

47 Monopólio Lucro O lucro da firma monopolista depende da diferença entre o preço de equilíbrio (preço que o bem é vendido ao consumidor) e o custo médio. Quanto maior essa diferença, maior será o lucro do produtor..

48 Monopólio Prejuízo Uma interessante dúvida que pode surgir é quanto ao fato da possibilidade ou não da firma incorrer em prejuízo econômico (RT<CT; ou Rme<Cme). É possível o monopolista incorrer em prejuízo? A resposta é sim. Para isso, basta que o custo médio seja superior à receita média (Cme>Rme; ou CT>RT). Como Rme=P, para haver prejuízo, basta que o custo médio seja superior ao preço..

49 Monopólio Determinação do preço do monopolista e o mark up Podemos dizer que quanto mais elástica for a curva de demanda com a qual o monopolista se defronta, mais próximo estarão o preço e o custo marginal, e menor será a sua margem (excesso) sobre o custo marginal. Em outras palavras, quanto mais inelástica for a curva de demanda da empresa, maior o poder de monopólio. A expressão do preço do monopolista também nos possibilita calcular o percentual de mark up da firma monopolista. O mark up é a margem do preço que está acima do custo marginal (mark up=p/cmg). Por exemplo, suponha uma firma que cobre R$ 5,00 por um produto, sendo que o custo marginal é de apenas R$ 4,00. Se estivesse em mercado competitivo, a firma seria obrigada a cobrar o preço igual ao custo marginal, logo, teríamos preço igual a R$ 4,00 e não igual a R$ 5,00. O mark up desse monopolista é o excesso do preço sobre o custo marginal. No nosso exemplo, o mark up seria P/Cmg=5/4=1,25. Em porcentagem, o mark up desta firma é de 25%, que é exatamente a proporção do preço que está acima do custo marginal.

50 Monopólio Índice de Lerner O índice de Lerner é um meio de medirmos o poder de monopólio (ou poder de mercado). Na concorrência perfeita, P=Cmg (preço socialmente ótimo). No monopólio, P>Cmg. Uma forma de medir o poder de monopólio é verificar qual a proporção em que o preço do produto supera o custo marginal. Para isso, basta calcular o montante em que P supera Cmg, e depois dividirmos o resultado por P. Segue a expressão do índice de Lerner (L): O índice variará entre zero e um. Quanto menor o poder de monopólio, menor ou mais próximo de zero será o índice. Por exemplo, na concorrência perfeita, o poder de monopólio é zero, uma vez que P=Cmg, (P Cmg)=0, e L=0.

51 Monopólio Discriminação de preços A discriminação de primeiro grau ou discriminação perfeita de preços ocorre quando o monopolista consegue vender cada unidade ao preço máximo (preço de reserva18) que os consumidores estão dispostos a pagar por ela. A discriminação de segundo grau ocorre quando o monopolista cobra um preço diferente, conforme a quantidade comprada por cada consumidor. É o tradicional se você comprar X, eu lhe dou o desconto de Y. Os descontos por quantidade são, em muitos casos, uma forma bem-sucedida de discriminação de preços porque a disposição de um cliente para pagar por uma unidade adicional diminui à medida que ele compra mais unidades. A discriminação de terceiro grau ocorre quando o monopolista cobra preços diferentes de pessoas diferentes independentemente das quantidades consumidas por essas pessoas. Neste tipo de discriminação, o monopolista divide o mercado em dois segmentos, na maioria das vezes, de acordo com a elasticidade preço da demanda. Ele cobrará mais caro dos consumidores cuja demanda seja mais inelástica e menos dos consumidores cuja demanda seja mais elástica.

52 Monopólio A ineficiência do monopólio O resultado final será uma perda total no valor de (B+C). Esta perda é o peso morto do monopólio. Daí, podemos concluir que os mercados monopolistas não são eficientes economicamente (pois os excedentes não são maximizados).

53 Monopólio A ineficiência do monopólio Na prática, a melhor solução de regulação é fazer com que o monopolista aproxime o preço do custo médio. Pense, por exemplo, no monopólio natural. Este tipo de mercado apresenta economias de escala, em razão dos altos custos iniciais de implantação. Apesar de possuir de altos custos iniciais, o custo adicional (custo marginal) de produzir unidades a mais do produto é bastante baixo (ou até mesmo quase nulo). Uma companhia de energia elétrica, por exemplo, possui um custo marginal baixíssimo para prover energia elétrica para uma residência adicional. Neste caso, se o governo impuser a regra competitiva de formação de preços (P=Cmg), o monopolista incorrerá em grandes prejuízos e poderá abandonar o negócio, prejudicando os consumidores. Assim, a melhor saída para o regulador é fazer com que o monopolista natural aproxime os preços dos custos médios (e não dos custos marginais). Ou seja, neste caso, fazer com que o monopolista aproxime o seu preço do nível socialmente ótimo (onde P=Cmg) não é uma opção viável.

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