Microeconomia II. Competição Imperfeita Oligopólio. Pindyck Cap: 12
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- Gustavo Caetano Almada
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1 Microeconomia II Competição Imperfeita Oligopólio Pindyck Cap: 12
2 1. Oligopólio Oligopólio não cooperativo: Como existem poucas firmas no mercado, elas sabem que suas estratégias podem afetar o preço de mercado e o lucro das rivais Oligopólio se diferencia do monopólio e da competição, pois deve considerar o comportamento da firma rival para determinar sua melhor estratégia
3 1. Oligopólio Preço de equilíbrio fica entre o monopólio e o mercado competitivo Em modelos de oligopólio cada firma maximiza o lucro dada a sua crença sobre o comportamento das outras firmas As diferenças entre oligopólios refletem as diferenças entre as curvas de demanda residual das firmas
4 1. Oligopólio
5 1. Oligopólio Premissas: Consumidores tomadores de preço Firmas produzem bens homogêneos Número de firmas constante (sem entrada) Firmas coletivamente apresentam poder de mercado (P>Cmg)
6 1. Oligopólio Existe pequeno consenso na literatura em torno de modelos de oligopolistas não cooperativos (premissas muito restritivas) Modelos com firmas agindo no mesmo período Cournot (firma fixa quantidade) Bertrand (firma fixa preço) Uma firma se movimenta antes das demais Stackelberg (firma fixa quantidade) uma firma se movimenta antes das demais Diferenças de ações entre modelos resultam em diferentes equilíbrios
7 2. Competição em quantidade - Cournot Modelo Cournot (oligopolista não cooperativo) Cada firma reconhece que suas decisões sobre produção afetam preço de mercado Cada firma trata a produção da firma rival como fixa em suas decisões (decisões da própria firma não afetam as decisões das outras firmas) Quanto maior o nº de firmas no mercado, mais próximo equilíbrio fica do mercado competitivo
8 2. Competição em quantidade - Cournot Modelo Cournot (oligopolista não cooperativo) Firmas agem de forma independente e tentam maximizar seu lucro escolhendo a quantidade produzida Firma 1 determina o q1 que maximiza seu lucro baseado na crença de quanto a firma 2 vai produzir de q2. Curva de demanda residual: q1=q(p)-q2
9 2. Competição em quantidade - Cournot
10 2. Competição em quantidade - Cournot
11 3. Competição em quantidade - Stackelberg Firma líder escolhe nível de produção Depois, outras firmas escolhem seu nível ótimo de produção dado o seu conhecimento sobre a produção da firma líder Sequencial: Firma 1 líder fixa q1 Firma 2 seguidora escolhe q2=r2(q1)
12 3. Competição em quantidade - Stackelberg Firma líder escolhe q1 para maximizar o seu lucro, sujeita a restrição que a firma seguidora decide sua produção escolhendo a melhor função resposta baseada em Cournot Veremos que no equilíbrio de Stackelberg, o líder está melhor e o seguidor está pior do que em equilíbrio de Cournot
13 3. Competição em quantidade - Stackelberg Firma líder pode calcular o total de produção de mercado correspondente a qualquer nível de produção que ela escolhe e o nível de produção que maximiza o seu lucro Firma obtem sua demanda residual subtraindo a produção da firma seguidora (baseada na função resposta da seguidora)
14 3. Competição em quantidade - Stackelberg
15 3. Competição em quantidade
16 4. Competição em preço - Bertrand Agora firma escolhe o preço que maximiza lucro Firmas produzem bens idênticos Firmas não apresentam lucro Sem limite de capacidade produtiva
17 4. Competição em preço - Bertrand
18 4. Competição em preço - Bertrand
19 4. Competição em preço - Bertrand
20 5. Competição Bertrand bem diferenciado
21 6. Diferenciação de Produto Firmas costumam investir recursos para diferenciar seus produtos dos produzidos pelos seus competidores: Variações de qualidade e estilo Garantias e assistência técnica Atributos especiais Propaganda
22 6. Diferenciação de Produto Exige cuidado classificar quais produtos pertencem a qual mercado O conjunto de produção das firmas compõe um mercado se o grau de substituição na demanda entre produtos (medido em termos de elasticidade preço cruzada) for elevada entre as firmas desse mercado comparado com outros bens existentes Produtos são diferentes porque consumidores acreditam assim (caso consumidor não perceba a diferença, produtos são homogêneos)
23 6. Diferenciação de Produto Em indústrias com bens não diferenciados, a demanda da firma só depende do total da oferta das firmas rivais Em indústrias com bens diferenciados, a demanda da firma depende da oferta de cada competidor separadamente A curva de demanda observada por cada firma pode mudar: depende da diferenciação de produto e do preço dos seus competidores
24 6. Diferenciação de Produto Se o produto da firma é diferenciado, função demanda é negativamente inclinada Cada curva de demanda de uma firma pode ser diferente das outras (não existe firma representativa) A forma geral da curva de demanda ainda pode ser a mesma, a única diferença é que o preço da firma é mais sensível a mudanças na quantidade do seu próprio produto do que dos competidores
25 6. Diferenciação de Produto Ações da firma afetam decisões das concorrentes Diferenciação de produto aumenta poder de mercado da firma Número de firmas que maximiza bem estar é diferente se todas as marcas são substitutas perfeitas ou não. Consumidor prefere 3 marcas de refrigerante por $2 ou uma única marca por $1?
26 6. Diferenciação de Produto
27 6. Diferenciação de Produto Modelos: Consumidor representativo Demanda da firma varia com os preços de todas as firmas Produtos diferentes mas firmas competem pelos mesmos consumidores Locacional (ou espacial) Demanda de uma firma pode ser independente de outras marcas Consumidores preferem produtos com determinadas características
28 7. Competição Monopolística Produtos heterogêneos Concorrência em preço com produtos diferenciados Existe livre entrada de firmas Apresenta características de monopólio (poder de mercado) e competição perfeita (margem de lucro zero no LP)
29 7. Competição Monopolística
30 8. Diferenciação Espacial Modelos locacionais (espaciais): modelos de competição com diferenciação em que os consumidores veem o produto como tendo uma localização geográfica particular ou características no espaço Cada marca é localizada em um ponto particular das características do produto (eixo características) Produtos vendidos em localidades próximas podem ser substitutos próximos (espaço geográfico)
31 8. Diferenciação Espacial Poder de mercado tem origem nas preferências dos consumidores de comprarem perto ou de comprarem um produto preferido (características) Firmas competem com apenas as outras firmas próximas (em termos geográficos ou de qualidade) Marcas competem mais com outras marcas que são substitutas mais próximas
32 8. Diferenciação Espacial Hotelling (1929) desenvolveu um modelo para explicar localização e comportamento de preços das firmas Produtos diferem em uma única dimensão Existe custo de transporte c Sejam bens com características idênticas Ex: duas lojas em uma rua
33 8. Diferenciação Espacial Cada consumidor compra da loja mais barata (considerando c) Para consumidor I distância x<y
34 8. Diferenciação Espacial Como a loja 1 maximiza o lucro (se a loja 2 não pode se mover)? Loja 1 quer ficar o mais próximo possível do maior número de consumidores Loja 1 fica a km da esquerda da cidade e assim pega todos os consumidores da esquerda Se a loja 2 pode mudar, a loja 2 se move para a esquerda (um pouco antes da loja 1) e as duas lojas se rearranjam até ficarem no centro (mesmo lugar as duas)
35 8. Diferenciação Espacial Equilíbrio (de Nash): nenhuma loja quer se mudar Neste exemplo, equilíbrio estimula baixa diferenciação (maior similaridade) entre bens Esse modelo pode ser usado para estabelecer equilíbrio de Bertrand (em preços) Em Bertrand, imagine que as lojas 1 e 2 estejam em pontos diferentes (pontos iniciais): se a loja 1 cobrar um preço menor, ainda assim, a loja 2 recebe alguns clientes, pois c>(p2-p1)
36 9. Mercados Contestáveis Em competição perfeita, a possibilidade de entrada garante que a firma (incumbente) obtenha lucro zero no LP Se essas condições existem em um oligopólio (entrada é possível), lucros de LP são limitados Se os custos de entrada são zero, os lucros de LP também são zero
37 9. Mercados Contestáveis Se as firmas são tomadoras de preço, P = Rmg = Cmg para maximização do lucro Se as firmas apresentam algum controle sobre o preço, cada firma observa uma curva de demanda com inclinação negative P = Cmd para lucros igual a zero, produção ocorre onde Cmg = Cmd (mínimo custo médio)
38 9. Mercados Contestáveis Um Mercado é perfeitamente contestável se a entrada e a saída são completamente livres Um competidor potencial (fora do Mercado) não pode entrar cortando preço e ainda obter lucro Se essa oportunidade existisse, entrantes potenciais já teriam tirado proveito disso
39 9. Mercados Contestáveis Para ser perfeitamente contestável, nesse Mercado as firmas devem receber zero de lucro e devem fixar P=Cmg Firmas irão produzir no custo médio mínimo P = AC = MC Mercados perfeitamente contestáveis produzem equilíbrio do tipo competitivo
40 9. Mercados Contestáveis Inicialmente, firmas maximizam lucro em q*. Pois P > AC, > 0 Preço P* MC AC Como > 0, firmas vão querer entrar e a demanda da firma se desloca p/ esquerda P Entrada vai terminar quando = 0 mr mr d d Firma vai exibir excesso de capacidade produtiva = q m - q q q* q m Quantidade
41 9. Mercados Contestáveis q* representa nível de produção no qual custo médio é minimizado Q* representa a demanda total de Mercado quando P=Cmd Então, o número de firmas de equilíbrio nesta indústria é dado por n = Q*/q* este número pode ser relativamente pequeno (diferente do caso competitivo)
42 9. Mercados Contestáveis Preço Em um mercado perfeitamente contestável, equilíbrio exige que P = MC = AC P* AC 1 AC 2 AC 3 AC 4 O número de firmas é determinado pela demanda de mercado (Q*) e o nível de produção que minimiza o Cmd (q*) D q* 2q* 3q* Q*=4q* Quantidade
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