DIREITO COLETIVO CONCEITO E PRINCÍPIOS
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- Gabriel Henrique Covalski Rico
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1 DIREITO COLETIVO CONCEITO E PRINCÍPIOS (adaptado à Lei /2017 e MP 880/2017) Aula 1 Prof. Bianca Bastos
2 Conceito de relação coletiva. Distinção da relação individual CONCEITO DE RELAÇÃO COLETIVA RELAÇÃO INDIVIDUAL E RELAÇÃO COLETIVA DO TRABALHO distinguem-se quanto: SUJEITOS, FUNÇÃO e OBJETO
3 RELAÇÃO INDIVIDUAL: empregado x empregador RELAÇÃO COLETIVA: GRUPOS S U J E I T O S CATEGORIA PROFISSIONAL: ferroviário, metalúrgico, bancário CATEGORIA ECONÔMICA: representação da empresa TRABALHADORES DE UMA EMPRESA: ex.: acordo coletivo VARIAS CATEGORIAS: ex.: greve geral
4 F U N Ç Ã O RELAÇÃO COLETIVA: UNIÃO DOS TRABALHADORES PARA DEFENDER SEUS DIREITOS EM CONJUNTO PERANTE O PODER ECONÔMICO O B J E T O RELAÇÃO INDIVIDUAL X CONTRATO INDIVIDUAL RELAÇÃO COLETIVA x PODER NORMATIVO DOS GRUPOS
5 Princípios do DIREITO COLETIVO DO TRABALHO EXISTÊNCIA DOS ENTES SINDICAIS LIBERDADE SINDICAL Princípio da UNICIDADE SINDICAL; Princípio da LIBERDADE DE SINDICALIZAÇÃO; Princípio da AUTONOMIA SINDICAL Princípio da autonomia privada coletiva; REGENTES DAS RELAÇÕES COLETIVAS Princípio da inescusibilidade negocial/interveniência obrigatória do sindicato; Princípio da igualdade/simetria dos contratantes; Princípio da temporalidade das normas coletivas/ultratividade
6 Liberdade sindical PRINCÍPIOS DA CONVENÇÃO 87 DA OIT: QUATRO GARANTIAS UNIVERSAIS: FUNDAR ADMINISTRAR ATUAR FILIAR-SE
7 DIREITO DE FUNDAR : constituir sem prévia autorização do Estado, entidades julgadas convenientes pelos próprios interessados, bem como o direito complementar de filiação (positivo ou negativo); DIREITO DE ADMINISTRAR: redigir seus próprios estatutos e regulamentos administrativos, e de eleger os seus respectivos representantes, como forma de liberdade de gestão (definir programa de ações e funções de acordo com o quê objetivem os interessados;
8 DIREITO DE NÃO-INTERVENÇÃO DO ESTADO: garantia contra a necessidade de autorização, extinção ou a suspensão das entidades sindicais pelo Estado, por via administrativa, impedindo imposição autoritária do Estado na vida sindical. DIREITO DE FILIAÇÃO: direito das associações sindicais de criar federações ou confederações, e a faculdade de filiação a organizações internacionais de trabalhadores e empregadores.
9 Liberdade sindical x pluralidade de sindicatos ARION SAYÃO ROMITA Empregadores e trabalhadores, sem qualquer distinção e sem autorização prévia, têm o direito de constituir organizações que considerem convenientes, assim como de filiar-se a essas organizações, tendo como objetivos a promoção e defesa de seus interesses, com a única condição de respeitar seu estatuto. REPITA-SE: segundo a CONVENÇÃO 87 DA OIT, a única condição ao exercício da liberdade sindical é a de que os integrantes do sindicato respeitem seu estatuto!
10 E como é no Brasil? Há liberdade sindical? O Brasil não é signatário da Convenção 87 da OIT. Por quê? PORQUE não há LIBERDADE SINDICAL PLENA! Há liberdade de sindicalização! Há autonomia sindical! Liberdade de sindicalização: posso ser sindicalizado ou não! Autonomia sindical: não preciso de autorização estatal para criar sindicato. E o Estado não pode suspender ou extinguir a atividade sindical Mas não há liberdade de escolha, porque a CF prevê a UNICIDADE SINDICAL!!
11 O Brasil não é signatário da Convenção 87 da OIT. Por quê? PORQUE não há LIBERDADE SINDICAL PLENA! Há liberdade de sindicalização! Há autonomia sindical! DISPÕE o Art. 8º, CF: Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: (...) II é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um município V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
12 Liberdade sindical x pluralidade de sindicatos Juridicamente está fundamentada no artigo 3º da Convenção 87 da OIT (Brasil não é signatário) e no Brasil do Art. 8º, I CF Artigo 3 1. As organizações de trabalhadores e de empregadores terão o direito de elaborar seus estatutos e regimentos, eleger livremente seus representantes, organizar sua administração e atividades e formular seus programas de ação. 2. As autoridades públicas abster-se-ão de qualquer intervenção que possa limitar esse direito ou cercear seu exercício legal. 1. Data Artigo 4 As organizações de trabalhadores e de empregadores não estarão sujeitas a dissolução ou suspensão por autoridade administrativa.
13 Princípio da unicidade sindical Porque o Art. 8º, II CF veda a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, na mesma base territorial A CF manteve o princípio da unicidade sindical ou da proibição de mais de um sindicato da mesma categoria na mesma base territorial, que foi herdado da CLT, que foi fundada em pirncípios do corporativismo Qual seria outro modelo de organização sindical? Empresa; Ramo de atividade
14 Princípio da unicidade sindical: argumento de quem defende Quem a defende, diz que unicidade sindical foi adotada para impedir a pulverização de vários sindicatos e o enfraquecimento dos entes coletivos, diminuindo sua capacidade de reinvindicação. Existe unicidade e unidade sindical. Qual a diferença? A unicidade é o reconhecimento pelo Estado de único ente sindical em determinada base territorial; na unidade atine na união espontânea em torno de único sindicato: é o que ocorre na Alemanha
15 Unicidade sindical e pluralidade sindical Pluralidade sindical: possibilidade de se criar mais de uma entidade sindical, em qualquer grau, dentro da mesma base territorial! Na pluralidade sindical, o trabalhador pode escolher o sindicato ao qual se filiará, respeitando-se plenamente o princípio da liberdade sindical Como resolver questões acerca da existência de mais de um sindicato na mesma base territorial??
16 Princípio da unicidade sindical x princípio da especialidade Como resolver questões acerca da existência de mais de um sindicato na mesma base territorial? Havendo 2 sindicatos, qual é o legítimo representante da categoria? Vigora o princípio da especialidade para solucionar essa situação. Está no Art. 571 da CLT Art Qualquer das atividades ou profissões concentradas na forma do parágrafo único do artigo anterior poderá dissociar-se do Sindicato principal, formando um Sindicato especifico, desde que o novo Sindicato, a juízo da Comissão do Enquadramento Sindical, ofereça possibilidade de vida associativa regular e de ação sindical eficiente.
17 LIBERDADE DE SINDICALIZAÇÃO : uma faceta da LIBERDADE SINDICAL Liberdade associativa: ASPECTO POSITIVO: LIVRE VINCULAÇÃO ASPECTO NEGATIVO: LIVRE DESFILIAÇÃO REPRESENTA A LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO (FILIAÇÃO/DESFILIAÇÃO) A UM SINDICATO E o que afronta a liberdade de sindicalização? a) Cláusulas de sindicalização forçada; e b) Práticas antissindicais;
18 Princípio da LIBERDADE DE SINDICALIZAÇÃO É nula qualquer cláusula de convenção coletiva ou contrato individual de trabalho que subordine a admissão no emprego ou a aquisição de direitos a condição de ser filiado ou não Por quê? Por afronta ao princípio da liberdade de sindicalização que é uma das facetas da liberdade sindical Art. 8º, V da CF/88
19 SINDICALIZAÇÃO FORÇADA OBTENÇÃO/MANUTENÇÃO DO EMPREGO depende da SINDICALIZAÇÃO: cláusulas negociais coletivas denominadas closed shop; union shop; preferencial shop; maintenence of membership Há um conflito entre a pretensão de fortalecimento sindical e da liberdade individual de filiação Essas cláusulas são mais presentes nos sistemas angloamericanos! No Brasil, elas são nulas!!
20 PRÁTICAS ANTISSINDICAIS: exemplos Empregado tem compromisso de não filiação com o empregador, para ser admitido; Empregador estimula e controla a organização e ações sindicais; Lista negra: empregadores divulgam entre si nome de trabalhadores com expressiva atuação sindical DESISTIMULA A SINDICALIZAÇÃO : entre contratantes e não negociação coletiva
21 Que norma preserva a proibição de prática antissindical? Art. 543, 6º - A empresa que, por qualquer modo, procurar impedir que o empregado se associe a Sindicato, organize associação profissional ou sindical ou exerça os direitos inerentes à condição de sindicalizado fica sujeita à penalidade prevista na letra a do art. 553, sem prejuízo da reparação a que tiver direito o empregado. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 229, de , DOU ) Art As infrações ao disposto neste Capítulo serão punidas, segundo o seu caráter e a sua gravidade, com as seguintes penalidades: a) multa de 2 (dois) valores-de-referência a 100 (cem) valores-dereferência regionais, dobrada na reincidência;
22 Norma INTERNACIONAL : OIT GARANTIA À ATUAÇÃO SINDICAL LIBERDADE DE FILIAÇÃO - Convenção 98 da OIT aprovada GENEBRA 1949 adotada desde 1953 no Brasil : Decretos 49/52 (aprovação) e (promulgação) ARTIGO 1º 1 - Os trabalhadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer atos atentatórios à liberdade sindical em matéria de emprego. 2 - Tal proteção deverá, particularmente, aplicar-se a atos destinados a: a) subordinar o emprego de um trabalhador à condição de não se filiar a um sindicato ou de deixar de fazer parte de um sindicato; b) dispensar um trabalhador ou prejudicá-lo, por qualquer modo, em virtude de sua filiação a um sindicato ou de sua participação em atividades sindicais, fora as horas de trabalho ou, com o consentimento do empregador, durante as mesmas horas.
23 E ainda: Art. 2º da Convenção 98 da OIT ARTIGO 2º 1 - As organizações de trabalhadores e de empregadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer atos de ingerência de umas em outras, quer diretamente, quer por meio de seus agentes ou membros, em sua formação, funcionante e administração. 2 - Serão particularmente identificadas a atos de ingerência, nos termos do presente artigo, medidas destinadas a provocar a criação de organizações de trabalhadores dominadas por um empregador ou uma organização de empregadores, ou a manter organizações de trabalhadores por meios financeiros ou outros, com o fim de colocar essas organizações sob o controle de um empregador ou de uma organização de empregadores.
24 É expressão da garantia de atuação sindical a proteção dada ao dirigente sindical:art. 543 da CLT lastreado no art. 8º, VIII da CF Art O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais Art. 543, 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação.
25 Princípio da AUTONOMIA SINDICAL : outra faceta da LIBERDADE SINDICAL Autonomia sindical: é a liberdade de organização interna e de funcionamento dos sindicatos, federações e confederações Art. 8º, I da CF/88: a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical É proibida a interferência ou intervenção do Poder Executivo na área sindical!!
26 Conteúdo da autonomia sindical: inexistência de interferência do Estado e empregador, representada por: AUTOGESTÃO = o estatuto define a estrutura de gestão LIVRE ESTRUTURAÇÃO INTERNA LIVRE ATUAÇÃO EXTERNA SUSTENTAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DESVINCULAÇÃO DE CONTROLES ADMINISTRATIVOS ESTATAIS e DO EMPREGADOR
27 Princípios regentes da negociação coletiva PRINCÍPIOS DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA Princípio da autonomia privada coletiva Princípio da inescusabilidade negocial Princípio da razoabilidade adequação das soluções Princípio da lealdade das partes contratantes boa fé objetive
28 Princípio da autonomia privada coletiva Pressuposto: o Estado não é o autor exclusivo do direito positivo; é possível a grupos intermediários estabelecer liames jurídicos, que resultam em normas de obrigatoriedade admitida pelas leis. As associações profissionais são livres para negociar com o empregador ou seu respectivo sindicato as condições de trabalho aplicáveis à categoria que representam É o primeiro e principal negociação coletiva: derivação do princípio da liberdade sindical. Cada coletividade é livre para determinar para si própria o que é melhor e o que é pior. Ocorre livre e direta negociação entre os sindicatos de trabalhadores e empregadores, o que decorre do poder de autoregulamentação
29 Negociação coletiva: princípio da autonomia coletiva Dispõe o Art. 7º, XXVI da CF/88: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; Nenhum princípio é absoluto! Há limites Há um reconhecimento constitucional sobre o que é disposto em norma coletiva; A jurisprudência se inclinou por muito tempo em admitir a negociação coletiva, garantindo os direitos adquiridos por Lei, especialmente aqueles decorrentes de normas de Medicina e Segurança do Trabalho; Por isto, havia impedimento de negociação sobre redução do intervalo intrajornada (S.437 do TST)
30 Súmula 437 do TST Negociação coletiva: princípio da autonomia privada coletiva 437. Intervalo intrajornada para repouso e alimentação. Aplicação do art. 71 da CLT. (Conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI- 1 pela Resolução nº 185/2012, DeJT ) I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.
31 Lei /2017 art. 611-A Prevalência do NEGOCIADO sobre o LEGISLADO Nova disciplina da REFORMA TRABALHISTA (Lei /2017) que reafirma a prevalência do NEGOCIADO sobre o LEGISLADO, e amplia os limites e poderes sindicais, antes limitados pela jurisprudência dos Tribunais Regionais e do Tribunal Superior do Trabalho. Mais: o art. 444, parágrafo único, com a redação da Lei /2017 diz que o trabalhador portador de diploma superior, com salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite do Regime Geral de Previdência Social, pode fazer NEGOCIAÇÃO INDIVIDUAL, com a mesma eficácia da negociação coletiva, nas matérias do art. 611-A da CLT
32 Lei /2017 art. 611-A Prevalência do NEGOCIADO sobre o LEGISLADO Vejam: o art. 444, parágrafo único, não regula direito coletivo, mas estipulações do contrato individual. Mas se refere ao art. 611-A da CLT, que está no capítulo do direito coletivo. Art. 444 (...) Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo, aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social
33 Lei /2017 art. 611-A Negociação coletiva: princípio da autonomia privada coletiva Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre; I pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; II banco de horas anual; III- intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; IV adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei , de 19 de novembro de 2015; V plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; VI regulamento empresarial; VII- representante dos trabalhadores no local de trabalho; VIII teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; IX remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas recebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual;
34 Lei /2017 art. 611-A Negociação coletiva: princípio da autonomia privada coletiva Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos III e VI do art. 8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre; X modalidade de registro de jornada de trabalho; XI troca de dia de feriado; XII enquadramento do grau de insalubridade (MP 808, 14/11/2017)); XIII prorrogação da jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; XIV prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; XV participação nos lubros e resultados da empresa XII enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres, incluída a possibilidade de contratação de perícia, afastada a licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho, desde que respeitadas, na integralidade, as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadores do Ministério do Trabalho
35 Princípio da autonomia privada coletiva Art. 7º, XXI da CF São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXVI- reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho Art. 8º, 3º CLT Lei /2017 Princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essencais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei , de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva
36 Princípio da interveniência do sindicato na normatização coletiva/ Princípio da inescusabilidade A validade do processo negocial depende da participação do sindicato dos trabalhadores (Artigo 8º, III e VI da CF/88) Objetivo: evitar negociação informal do empregador com grupos coletivos sem organização estrutural, reunidos de forma episódica e eventual. Não há neles institucionalização democrática do sindicato Art. 8º CF. (...) III ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; (...) VI é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho
37 Princípio da equivalência dos contratantes coletivos/ Princípio da igualdade/ Princípio da simetria Os sujeitos do Direito Coletivo do Trabalho possuem a mesma natureza, a de seres coletivos Empregador : empresa que é ser coletivo mesmo considerada individualmente X Trabalhador: se apresenta através de ente representativo = sindicato Ambos contam com instrumentos de pressão e atuação, o que viabiliza a negociação Trabalhador: garantia de emprego/prerrogativa de atuação sindical/greve X Empresa: econômico poder
38 Princípio da igualdade dos entes coletivos Como há equivalência entre os contratantes coletivos a aplicação da hipossuficiência = diretriz protecionista e intervencionista. Não incide, no âmbito coletivo, o princípio protetivo GODINHO: há instrumentos dispostos para os sindicatos (e seus agentes) que reduzem a disparidade existente entre trabalhador e empregador Exemplo:garantias de emprego, prerrogativas de atuação sindical, possibilidades de pressão e mobilização sobre sociedade civil ou Estado, greve, etc.
39 Princípio da lealdade e transparência na negociação coletiva ou lealdade de boa fé Boa fé objetiva: A boa fé objetiva deve ser encarada como uma regra de conduta, ou seja, um dever de agir de acordo com determinados padrões socialmente recomendados, de correção lisura, honestidade para (...) não frustar a confiança legítima da outra parte Célia Slawinski
40 Princípios da negociação coletiva: faltantes Paz social Transparência Paz social: na negociação coletiva há objetivo de pacificação de um conflito em potencial, apaziguamento de ânimos contraditórios. Negociação deve ser feita em clima de paz. Ex.dever de respeitar a norma coletiva durante sua vigência, pq o conflito esta pacificado. Transparência: compromisso com a verdade: não obstar conhecimento às partes direito ao acesso à informação. Ex. acesso a atas de assembléia e ao balanço patrimonial
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