Antes de ler este tutorial, tente responder às seguintes perguntas. As respostas e explicações podem ser encontradas no final do artigo.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Antes de ler este tutorial, tente responder às seguintes perguntas. As respostas e explicações podem ser encontradas no final do artigo."

Transcrição

1 TUTORIAL DE ANESTESIA DA SEMANA MANUSEIO ANEST SICO DO PACIENTE COM TRAUMATISMO CRANIANO Dr. Amit Goswami e Dra Samantha Shinde Frenchay hospital, Bristol, United Kingdom Tradução autorizada do ATOTW #264 por Dra. Maria Eduarda Dias Brinhosa e Dra. Gabriela Nerone, Hospital Governador Celso Ramos, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil Correspondência para sba@sba.com.br PERGUNTAS Antes de ler este tutorial, tente responder às seguintes perguntas. As respostas e explicações podem ser encontradas no final do artigo. 1. Após traumatismo craniano grave (verdadeiro ou falso): a. O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) pode cair para 50% do FSC nornal. b. A PaCO 2 alvo deve estar entre 3,5 a 4kPa (26 a 30mmHg). c. A pressão de perfusão cerebral deve ser mantida acima de 70mmHg. d. A hipo ou hiperglicemia pioram o prognóstico. e. A temperatura acima de 37 o C pioram o prognóstico. 2. As indicações de intubação após traumatismo craniano grave são (verdadeiro ou falso): a. ECG 8. b. Presença de sangramento significativo na via aérea. c. Hipercarbia com PaCO 2 > 6 kpa (45mmHg) d. ECG 13 no atendimento pré-hospitalar. e. Rebaixamento na ECG 2 na transferência pré-hospitalar. 3. Sinais e sintomas de hipertensão intracraniana incluem (verdadeiro ou falso): a. Náuseas e vômitos. b. Papiledema. c. Constrição pupilar. d. Hipotensão e bradicardia. e. Descerebração. INTRODU O Traumatismo craniano é definido como qualquer trauma que da cabeça associado ou não a lesões superficiais da face. Esse termo refere-se a lesões cerebrais traumáticas ou não. Para receber os TAS por solicite a sba@sba.com.br Page 1 of 9

2 Todos os anos, mais de 1 milhão de pessoas são admitidas nos hospitais do Reino Unido após traumatismo crânio-encefálico (TCE). Entre 80 a 90% das lesões apresentam-se com sintomas leves (ECG 13 a 15), as demais incluem TCE moderado (ECG entre 8 a 13) ou grave (ECG 8). Existe uma distribuição bimodal conforme a idade, com os adultos jovens (15 a 29 anos) e os idosos sendo as maiores vítimas de TCE. Os homens apresentam risco relativo de TCE duas vezes maior que as mulheres. As causas mais comuns são traumas automobilísticos, quedas e agressões. O traumatismo craniano apresenta alta morbidade e mortalidade. O TCE grave está associado a mortalidade de aproximadamente 40%. Dos sobreviventes, uma parcela significativa apresenta sequelas moderadas a graves, e apenas 20% apresentam boa recuperação segundo a escala de coma de Glasgow. Os traumatismo cranianos podem ser classificados como primários ou secundários. Os primários se referem ao TCE como causa inicial, enquanto os secundários se referem a uma outra patologia primária que leva ao TCE secundário. Os princípios do tratamento do TCE grave visam prevenção ou minimização dos riscos de uma possível lesão secundária, principalmente por isquemia. ALTERA ES NEUROFISIOL GICAS AP S TRAUMATISMO CRANIANO Fatores essenciais para minimizar os danos cerebrais secundários são evitar a isquemia cerebral, mantendo boa pressão de perfusão cerebral (PPC) e evitar situações que aumentem a demanda de oxigênio pelo sistema nervoso central (SNC). Hipóxia, hipotensão, aumento da pressão intracraniana podem levar à redução da oxigenação dos tecidos do SNC. Hipertermia e convulsões aumentam a taxa metabólica cerebral (TMC) e o consumo de oxigênio pelo SNC. A hipo e hiperglicemia estão associadas a pior prognóstico. O fluxo sanguíneo cerebral normal é de aproximadamente 50mL/100gr de tecido por minuto (ml/100g/min). Em circunstâncias normais, a autorregulação garante o adequado FSC apesar das alterações na PPC. A autorregulação é o resultado da variação do tônus na musculatura lisa vascular em resposta à tensão na parede vascular. A figura 1 ilustra o FSC constante nas PPC de 60 a 160mmHg. Após TCE grave, esse mecanismo de autorregulação pode estar alterado e o FSC tornar-se proporcional à PPC. Figura 1. Gráfico ilustrativo em relação às alterações do fluxo sanguíneo cerebral e a pressão de perfusão cerebral [Reproduzido a partir dos trabalhos de Hill e Gwinnutt (2007)]. Para receber os TAS por solicite a sba@sba.com.br Page 2 of 9

3 Nas horas imediatamente após o TCE grave, o FSC cai significativamente para aproximadamente 25mL/100g/min. Danos neuronais irreversíveis ocorrem quando o FSC cai para 18mL/100g/min, por isso o TCE grave é extremamente suscetível à lesão isquêmica subseqüente. Como é difícil medir o FSC, a PPC é utilizada como parâmetro da perfusão cerebral. A PPC é determinada pela pressão arterial média (PAM), pressão venosa (PV) e pressão intracraniana (PIC): PPC = PAM (PIC + PV) Em circunstâncias normais, a pressão venosa no bulbo jugular é zero ou negativa, por isso a pressão de perfusão cerebral é determinada pela PAM e PIC. PPC = PAM PIC. Essa equação simplificada é utilizada rotineiramente na prática médica e pelas diretrizes e protocolos da Advanced Trauma Life Support and Brain Trauma Foundation. Em circunstâncias normais, o FSC é autorregulado numa ampla variedade de PPC, após um TCE grave porém, o mecanismo de autorregulação não funciona de modo adequado e o FSC torna-se proporcional à PPC. Antigamente, após TCE grave a meta para a PPC era de 60 a 70mmHg. As edições mais recentes das diretrizes da Brain Trauma Foundation (2007) sugerem que a PPC adequada estaria entre 50 a 70mmHg. Como ilustrado na equação abaixo, qualquer aumento na PIC determina redução da PPC. A pressão intracraniana normal é de 5 a 15mmHg. O tratamento deve ser iniciado assim que a PIC exceder 20mmHg. A hipótese de Monro-Kellie relata a adequada relação entre a pressão intracraniana e as alterações no volume intracraniano após TCE. Ela descreve o crânio como uma cavidade rígida, onde os fluidos não podem ser comprimidos. Assim, qualquer aumento no conteúdo intracraniano resultará num aumento de pressão. Os componentes intracranianos são os tecidos do SNC, sangue, liquido cefalorraquidiano (LCR) e fluidos extracelulares. Inicialmente, qualquer aumento de volume em um desses componentes é compensado pela redução em outro, evitando o aumento da pressão intracraniana. Todavia, esse mecanismo compensatório está limitado em 100 a 150mL, e ultrapassado esse limite a PIC eleva-se significativamente. A figura 2 ilustra adequadamente esse mecanismo. Uma vez esgotado o mecanismo de compensação, um aumento crítico de volume ocorre e a PIC aumenta rapidamente com qualquer volume extra. Figura 2. Diagrama ilustrativo do aumento de pressão intracraniana com o aumento de volume intracraniano. Para receber os TAS por solicite a sba@sba.com.br Page 3 of 9

4 Após o traumatismo craniano, pode haver aumento da PIC pelo aumento de volume sanguíneo intracraniano (como exemplo os hematomas extradurais), pelo aumento do LCR (hidrocefalia obstrutiva), ou por aumento do volume extracelular (edema cerebral). Tanto o CO 2 como o O 2 podem também influenciar na PIC, pelas alterações de FSC e volume sanguíneo cerebral. CO 2 exerce maior influência, com 15 a 30% do aumento do FSC por aumento em um kpa da PaCO 2 (2 a 4% por cada mmhg). A figura 3 ilustra essa relação da PaCO 2 com o FSC. A hipoxemia O 2 causa um aumento do FSC somente quando a PaO 2 cai abaixo de 8kPa (60mmHg). Como esses fatores podem determinar alterações significativas na PIC, tanto a concentração de CO 2 como de O 2 devem ser monitoradas com cautela. Em suma, após o TCE grave o cérebro encontra-se suscetível a outras lesões fisiológicas. O manejo visa manter o FSC adequado e evitar situações que aumentem o consumo de oxigênio pelo SNC. Figura 3. Gráfico ilustrativo das alterações no FSC em resposta a alterações da PaCO 2 [Reproduzido com a autorização de Hill e Gwinnutt (2007)]. AVALIA O E TRATAMENTO INICIAL DO PACIENTE COM TRAUMATISMO CRANIANO Avaliação Os pacientes podem se apresentar com TCE isolado ou com diversas outras lesões associadas. Até 50% dos pacientes com TCE grave apresenta outras lesões traumáticas graves extracranianas. Assim, lesões coexistentes devem ser ativamente procuradas e excluídas. Uma abordagem sistêmica e avaliação inicial adequada, como proposto pelo Advanced Trauma Life Support, deve ser adotada. O controle da via aérea deve ser avaliado e a coluna cervical deve ser imobilizada. A via aérea deve ser garantida através da intubação traqueal, em pacientes sem via aérea pérvia ou que apresentem ECG 8. O tórax deve ser examinado e qualquer lesão que possa tornar-se ameaçadora à vida (pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço, tórax instável, tamponamento cardíaco) deve ser imediatamente tratada. Para receber os TAS por solicite a sba@sba.com.br Page 4 of 9

5 O estado circulatório deve ser avaliado utilizando-se parâmetros clínicos como a pressão arterial e a freqüência cardíaca. Qualquer local apresentando hemorragia externa deve ser comprimido. Pacientes com suspeita de hemorragia ou hemorragias confirmadas devem ser submetidos à intervenção cirúrgica. Deve-se avaliar a ECG e os reflexos pupilares. Além disso, qualquer sinal de dano neurológico focal deve ser documentado e, em caso de sinais de lesão da medula espinhal deve ser descrito o nível da alteração sensitiva. O paciente deve ter seu corpo exposto em busca de lesões associadas, com o cuidado de prevenir a hipotermia. Todos os aspectos da avaliação primária devem ser realizados e qualquer situação que possa ser ameaçadora à vida deve ser tratada para que seja então iniciada a avaliação secundária. Em situações ameaçadoras à vida relacionadas à via aérea ou problemas torácicos, circulatórios ou neurológicos, deve-se dar prioridade ao tratamento definitivo de tais patologias. Na prática, isso significa que pacientes hemodinamicamente instáveis vítimas de politrauma com ruptura esplênica e hematoma extradural devem ser submetidos inicialmente a esplenectomia, para somente mais tarde serem avaliados pela neurocirurgia e submetidos à drenagem do hematoma extradural. Avaliação e investigação neurológicas específicas A escala de coma de Glasgow é utilizada para avaliação do nível de consciência do paciente. Essa escala, ilustrada na tabela 1, é composta por 3 componentes: abertura ocular, resposta motora e verbal. A melhor resposta em cada item é utilizada para a soma final do escore, que varia de 3, na pior das hipóteses, a 15, nos melhores casos. Tabela 1. Escala de coma de Glasgow Avaliação Resposta Escore Abertura ocular Espontânea Ao comando verbal À dor Sem resposta Resposta motora Obedece comandos Localiza estímulo doloroso Retirada inespecífica ao estimulo doloroso Decorticação Descerebração Ausência de resposta Resposta verbal Orientado Confuso Palavras inapropriadas Sons incompreensíveis Ausência de resposta O tamanho das pupilas e presença do reflexo fotomotor devem ser avaliados e documentados. A dilatação pupilar ipsilateral, não reativa a luz, pode indicar pressão intracraniana ameaçadora à vida. Nessa situação, a dilatação pupilar resulta da compressão do nervo oculomotor contra o tentorium. Causas alternativas incluem trauma ocular e administração de determinadas drogas. Sinais e sintomas precoces associados com o aumento da PIC incluem cefaléia, náuseas e vômitos, convulsões, papiloedema e sinais neurológicos focais. Sinais tardios de aumento da PIC incluem queda nos níveis de consciência, hipertensão, bradicardia (reflexo de Cushing) e padrões respiratórios alterados. Antes da herniação e morte cerebral, ocorre dilatação pupilar, decorticação (extensão de Para receber os TAS por solicite a sba@sba.com.br Page 5 of 9

6 membros inferiores e flexão de membros superiores) ou descerebração (hiperextensão de membros inferiores e superiores). Após o traumatismo craniano, a investigação diagnóstica de escolha é a tomografia computadorizada (TC) de crânio. As indicações para TC de urgência estão listada no Quadro 1. Outros sintomas podem ser indicações de TC sem urgência imediata, como amnésia a respeito dos 30 minutos que antecederam o trauma. A avaliação contínua do estado do paciente, principalmente relacionada ao nível de consciência e reflexos pupilares é essencial. A piora no estado do paciente é indicação de exame de imagem urgente. Quadro 1. Protocolos/guideline para TC de urgência em pacientes com TCE. ECG < 13 na avaliação inicial ECG < 15 após 2 horas do TCE Suspeita ou confirmação de fratura de crânio Sinais de fratura de base de crânio (sinal de Battle) Convulsão pós TCE Déficit neurológico focal Mais de 1 episódio de vômitos Qualquer história de amnésia ou perda de consciência após o TCE em um paciente com coagulopatias (tratamento com warfarin ou trombofilias) Indicações para avaliação pela equipe de neurocirurgia estão listadas abaixo no quadro 2. A definição exata de alterações cirúrgicas é determinada pelo serviço de neurocirurgia local. Quadro 2. Protocolo/guideline para referenciamento neurocirúrgico no TCE. Presença de alterações radiológicas recentes significativas ECG 8 após a reanimação inicial Confusão mental inexplicável que perdure por mais de 4 horas Deterioração da ECG após a admissão Progressão de sintomas neurológicos focais Não recuperação plena do estado de consciência após/estado pós-ictal prolongado após convulsão Suspeita ou confirmação de lesão penetrante Fístula liquórica Tratamento inicial Via aérea As indicações de intubação traqueal após TCE estão listadas no quadro 3. Caso não se possa excluir a possibilidade de lesão da coluna cervical, a estabilização manual da cervical deve ser realizada para a intubação. A escolha da dose e tipo de agentes de indução deve levar em consideração a rapidez de indução, manutenção da estabilidade hemodinâmica e mínimos aumentos da PIC. Com exceção da cetamina, todos os agentes endovenosos causam a redução do FSC, metabolismo cerebral e PIC. Em situações onde a cetamina for o único agente de indução disponível deve ser usada com cautela por elevar a PIC. A monitorização invasiva da pressão arterial antes da indução permite o reconhecimento e tratamento precoce da hipotensão. Na ausência de via aérea difícil, uma sequência rápida modificada pode ser utilizada, com uma dose pré-determinada de tiopental ou propofol com um opióide (fentanil, alfentanil) e suxametônio. O uso de opióides inibe o aumento da pressão arterial e, consequentemente da pressão intracraniana, secundário à laringoscopia. Um vasopressor como o metaraminol deve estar prontamente disponível em caso de hipotensão. O possível aumento da pressão intracraniana pelo suxametônio não é clinicamente relevante porque geralmente é contrabalançado pela queda da PIC ocasionado pelas demais drogas de indução. O Para receber os TAS por solicite a sba@sba.com.br Page 6 of 9

7 suxametônio facilita a intubação e possui curta duração, por isso seus benefícios excedem os riscos do uso da droga. Com a disponibilidade do sugammadex, o rocurônio pode ser utilizado como alternativa ao suxametônio. Após a intubação e confirmação da localização do tubo traqueal, o tubo deve ser cuidadosamente fixado para garantir o retorno venoso adequado. Isso se torna mais fácil com o uso de fitas adesivas ao invés de barbantes. Quadro 3. Indicações para intubação após TCE. Via aérea - Perda dos reflexos de via aérea - Sangramento significativo em via aérea Respiração - Hipóxia, PaO 2 < 13kPa (98mmHg) sob oxigênio terapia - Hipercarbia, PaCO 2 > 6kPa (45mmHg) Hiperventilação espontânea causando PaCO 2 < 4kPa (30mmHg) - Padrão respiratório irregular Consciência - ECG 8 - Convulsões Outros - Antes da transferência para a unidade neurocirúrgica: Fratura de mandíbula bilateral Queda no nível de consciência (queda de 1 ou mais pontos no componente motor da ECG) Respiração Nos pacientes com TCE, tanto a hipóxia como a hipo ou hipercarbia pioram o prognóstico e devem ser evitadas. A hipóxia é definida como a SaO 2 < 90% ou P ao 2 < 8kPa (60mmHg) e aumenta a morbimortalidade após TCE grave. O alvo no tratamento após TCE é manter a PaO 2 > 13kPa (98mmHg). Apesar de aumentar a PIC, o paciente sob ventilação mecânica pode precisar de PEEP para manter a adequada oxigenação. A hipercarbia causa aumento da PIC pelo aumento do FSC. A hipocarbia, porém, apesar de reduzir a PIC reduz também a pressão de perfusão cerebral e pode piorar a isquemia. Para atingir a perfusão cerebral adequada sem aumentos significativos da PIC, a PaCO 2 deve estar entre 4,5 a 5kPa (34 a 38mmHg). No paciente com sinais clínicos ou radiológicos de hipertensão intracraniana leve, pode-se hiperventilar desde que se mantenha a PaCO 2 acima de 4kPa (30mmHg). No paciente sob ventilação mecânica, deve-se coletar exames laboratoriais como a gasometria arterial para ajustes da fração expirada de CO 2 conforme a PaCO 2. Alterações nos parâmetros da ventilação devem ser estabelecidas para garantir que a PaCO 2 esteja acima do alvo. A monitorização da ventilação com capnografia contínua deve ser utilizada. Circulação Hipotensão aumenta a morbidade e mortalidade do TCE grave. Uma pressão de perfusão cerebral de 50 a 70mmHg deve se mantida. Em casos onde a pressão intracraniana não está sendo medida, porém se suspeita de hipertensão, deve-se manter a pressão arterial média próxima a 80mmHg para garantir adequada perfusão cerebral. Após a reposição volêmica adequada, pode ser necessário o uso de vasopressores como o metaraminol ou noradrenalina para manter a pressão arterial média em níveis adequados e sobrepor o efeito hipotensivo de muitos agentes anestésicos. Uma estratégia cautelosa em relação aos fluidos é necessária. O objetivo é alcançar o equilíbrio entre a normovolemia e perfusão orgânica sem piorar o edema cerebral pela administração excessiva de fluidos. Com o aumento do sódio, cloreto de sódio a 0,9% (Na + 154mmol/L) é utilizado, com o cuidado de se evitar a acidose hiperclorêmica. Fluidos hipotônicos como a dextrose 5% devem ser evitados. Consciência Para receber os TAS por solicite a sba@sba.com.br Page 7 of 9

8 Sem a monitorização contínua da PIC, os sinais de aumento da PIC podem ser tardios como a hipertensão, bradicardia e midríase. Em caso de tratamento e sedação adequados, terapêuticas conservadoras podem incluir o uso de agentes hiperosmolares como o manitol ou salina hipertônica, resfriamento, leve hiperventilação (PaCO 2 >4kPa ou 30mmHg) e uso de tiopental. O tratamento da hipertensão intracraniana será discutido em seguida. A hiper e hipoglicemia intensificam a lesão cerebral. A glicemia deve ser mantida em 4 a 8mmol/L. Convulsões aumentam o consumo de oxigênio e podem levar à isquemia. As convulsões devem ser prontamente tratadas com o uso de anticonvulsivantes (fenitoína 18mg/kg). Em determinados casos a equipe neurocirúrgica pode indicar o uso de anticonvulsivantes de modo profilático. Como a taxa de metabolismo cerebral é diretamente proporcional à temperatura corporal, a hipertermia, acima de 37º C, também eleva o consumo de oxigênio cerebral e por isso deve ser evitada. Quadro 4. Resumo das metas terapêuticas no tratamento do TCE grave PaO 2 > 13kPa (98mmHg) PaCO 2 de 4,5 a 5kPa (34 a 38mmHg) - Em caso de sinais clínicos ou radiológicos de hipertensão intracraniana, deve-se manter menor PaCO 2, porém em níveis 4kPa (30mmHg) PAM 80mmHg (na ausência de monitorização da PIC) Glicemia de 4 a 8mmol/L Temperatura < 37º C Se monitorização da PIC: - PPC 50 a 70mmHg - PIC < 20mmHg Tratamento do aumento de pressão intracraniana A PIC acima de 20mmHg exige tratamento imediato. Na ausência de monitorização contínua da PIC, os primeiros indicativos de aumento da PIC podem ser alterações hemodinâmicas e pupilares. Caso esses sintomas se apresentem em pacientes com lesões que requerem tratamento cirúrgico e aguardam a transferência para o serviço de referencia, deve-se entrar em contato com a equipe neurocirúrgica para transferência imediata. Em pacientes sem lesões que exijam tratamento neurocirúrgico e que passam a apresentar esses sintomas, deve-se discutir o caso com a equipe neurocirúrgica e questionar o tempo de evolução com possibilidade de novos exames de imagem serem necessários. Tanto nos casos não cirúrgicos, como para os casos onde se aguarda a transferência, a hipertensão intracraniana deve ser tratada. A avaliação sistemática e tratamento inicial adequados são essenciais para esses pacientes. Em nossa unidade de terapia intensiva para pacientes neurocríticos existe um protocolo para tratamento dos pacientes com TCE grave. A introdução de um protocolo para tratamento desses pacientes está associada à redução de mortalidade em aproximadamente 7%. Inicialmente o paciente deve ser continuamente reavaliado para garantir que as metas terapêuticas sejam alcançadas (PaO 2 > 13kPa ou 98mmHg, PaCO 2 de 4,5 ou 34mmHg, temperatura <37º C). Qualquer causa evidente de aumento da PIC como a obstrução do retorno venoso ou superficialização da sedação levando a tosse, devem ser tratadas. Agentes hiperosmolares como o manitol (0,25 a 0,5g/kg) ou salina hipertônica (100mL de salina a 5%) podem ser uteis na terapia de redução da PIC. Ambos causam o aumento da osmolaridade e levam à perda de água do meio intra para o extracelular. Assim, a pressão intracraniana e o edema cerebral são reduzidos e há aumento do volume intravascular com aumento do debito cardíaco e redução da viscosidade sanguínea. Todos esses fatores contribuem para a melhora do FSC e liberação do oxigênio. Durante a transferência do paciente a única terapia adicional disponível é a hiperventilação. A ventilação pode ser aumentada para alcançar a PaCO 2 de aproximadamente 4 kpa (30mmHg) visando a redução da PIC pela redução do FSC. Todavia, enquanto a hiperventilação reduz a PIC, a Para receber os TAS por solicite a sba@sba.com.br Page 8 of 9

9 vasoconstrição cerebral pode piorar a perfusão do SNC. A hiperventilação agressiva (PaCO 2 < 3,5kPa/26mmHg) pode piorar o prognóstico. A figura 3 ilustra a relação que existe entre o FSC e a PaCO 2. Na unidade de terapia intensiva existem outras terapias adicionais para casos refratários. A hipotermia terapêutica, com resfriamento na temperatura de 34º C, pode ser induzida. Isso reduz a taxa metabólica cerebral e consumo de oxigênio. Os bloqueadores neuromusculares são utilizados na prevenção do shivering/tremores. Outros efeitos colaterais da hipotermia incluem a imunossupressão, coagulopatias e pancreatite. Tiopental pode ser utilizado para supressão do metabolismo cerebral. A dose de indução utilizada é de 3-5mg/kg, seguida de infusão contínua de 3-5 mg/kg/h. A monitorização com o eletroencefalograma garante a manutenção da burst supression. A craniotomia descompressiva, retirada de uma flap ósseo do crânio para permitir a descompressão do edema cerebral, pode ser realizada em casos de hipertensão intracraniana refratária às demais terapias. CONCLUSÕES Assim, o TCE grave é comum nos serviços de emergência e está associado a alta morbidade e mortalidade. Os pacientes podem apresentar TCE isolado ou associado a diversas outras lesões. Uma abordagem inicial sistemática e tratamento adequado são necessários. A estratégia de tratamento ideal para pacientes com TCE baseia-se na prevenção ou minimização das lesões cerebrais secundárias, para isso deve-se manter o FSC adequado e evitar situações que aumentem o consumo de oxigênio cerebral. RESPOSTAS DAS PERGUNTAS 1. Após TCE grave (verdadeiro ou falso). a. Fluxo sanguíneo cerebral pode cair em 50% (verdadeira). Após TCE grave o FSC pode rapidamente cair de 50 para 25mL/100g/min. b. A PaCO 2 alvo deve estar entre 3,5 a 4kPa (26 a 30mmHg) (falsa). A PaCO 2 alvo deve ser de 4,5kPa a 5kPa 34 a 38mmHg). Na presença de sinais clínicos ou radiológicos de aumento da pressão intracraniana a discreta hiperventilação pode ser utilizada, desde que se mantenha a PaCO 2 > 4kPa (30mmHg). c. A pressão de perfusão cerebral deve ser mantida acima de 70mmHg (falsa). A pressão de perfusão cerebral alvo é de 50 a 70mmHg. d. A hipo ou hiperglicemia pioram o prognóstico (verdadeira). e. A temperatura acima de 37 o C pioram o prognóstico (verdadeira). 2. As indicações de intubação após traumatismo craniano grave são (verdadeiro ou falso): a. ECG 8 (verdadeira). b. Presença de sangramento significativo na via aérea (verdadeira). c. Hipercarbia com PaCO 2 > 6 kpa (45mmHg) (verdadeira) d. ECG 13 no atendimento pré-hospitalar (falsa). e. Rebaixamento na ECG 2 na transferência pré-hospitalar (verdadeira). 3. Sinais e sintomas de hipertensão intracraniana incluem (verdadeiro ou falso): a. Náuseas e vômitos (verdadeira). Apesar de não serem específicos, as náuseas e vômitos podem ser um sintoma precoce de aumento da PIC. b. Papiledema (verdadeira). c. Constrição pupilar (falsa). O aumento da PIC causando compressão do nervo oculomotor causa midríase e é um sinal tardio de aumento da PIC. d. Hipotensão e bradicardia (falsa). Hipertensão e bradicardia são sinais tardios de aumento da PIC. e. Descerebração (verdadeira). Para receber os TAS por solicite a sba@sba.com.br Page 9 of 9

Hipertensão Intracraniana Traumática Introdução

Hipertensão Intracraniana Traumática Introdução Hipertensão Intracraniana Traumática Introdução O TCE (trauma crânio-encefálico) é um problema médico e social mundial. Principais causas de HIC (hipertensão intracraniana) e seus mecanismos: A principal

Leia mais

Trauma cranioencefálico (TCE) Dra. Viviane Cordeiro Veiga

Trauma cranioencefálico (TCE) Dra. Viviane Cordeiro Veiga Trauma cranioencefálico (TCE) Dra. Viviane Cordeiro Veiga Epidemiologia Mundo - 10 milhões/ano internações 3ª maior causa morte Homens > Mulheres (2:1) Jovens Causas: Acidente trânsito Quedas Agressões

Leia mais

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO. Acadêmicas: Camila Magalhães e Sthefane K. Quaresma

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO. Acadêmicas: Camila Magalhães e Sthefane K. Quaresma TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO Acadêmicas: Camila Magalhães e Sthefane K. Quaresma INTRODUÇÃO Elevado número de mortes anuais Óbitos antes do atendimento hospitalar Vítimas de TCE apresentam invalidez O atendimento

Leia mais

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO. Prof.ª Leticia Pedroso

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO. Prof.ª Leticia Pedroso TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO Prof.ª Leticia Pedroso Anatomia: Crânio e Cérebro Órgãos nobre, de extrema importância na vida do ser humano!! TCE - Principal causa de morte, especialmente em jovem. Brasil

Leia mais

TCE TRAUMA CRANIENCEFÁLICO

TCE TRAUMA CRANIENCEFÁLICO TRAUMA CRANIENCEFÁLICO Imad Shehadeh Principal causa de morte em jovens Causas mais freqüentes: Acidentes automobilísticos Quedas Agressões TCE 1 TCE a cada 15 segundos 1 óbito a cada 5 minutos 1 sequela

Leia mais

Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas

Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas Anatomia Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso Periférico (SNP) Sistema Nervoso Central (SNC) Cérebro Medula espinhal Sistema Nervoso Periférico (SNP) Nervos Cranianos Nervos Espinhais Fisiologia

Leia mais

Disciplina de Medicina Intensiva e Emergências Pediátricas HC FMB - UNESP

Disciplina de Medicina Intensiva e Emergências Pediátricas HC FMB - UNESP 1988 Disciplina de Medicina Intensiva e Emergências Pediátricas HC FMB - UNESP FISIOPATOLOGIA DA LESÃO CEREBRAL Lesões 1 árias Demanda de O 2 Lesões couro cabeludo Fraturas Concussão Contusão Hematomas

Leia mais

Urgência e emergência na atenção primária. Enfª Karin Bienemann

Urgência e emergência na atenção primária. Enfª Karin Bienemann Urgência e emergência na atenção primária Enfª Karin Bienemann ATENDIMENTO INICIAL À VÍTIMA CRÍTICA PANORAMA ATUAL: Como andam as Urgências? AS URGÊNCIAS NO PAÍS Distribuição inadequada da oferta de serviços

Leia mais

LESÕES DE CRÂNIO. traumatismos

LESÕES DE CRÂNIO. traumatismos LESÕES DE CRÂNIO traumatismos FRATURAS DE CRÂNIO ABERTAS & FECHADAS LESÕES ENCEFÁLICAS, CONTUSÃO E CONCUSSÃO SINAIS & SINTOMAS DO TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) TRAUMATISMOS DE FACE: SINAIS & SINTOMAS LESÃO

Leia mais

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE TRAUMA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM Principal causa de morte em jovens Causas mais freqüentes: Acidentes automobilísticos Quedas Agressões 1 TCE a cada 15 segundos 1 óbito

Leia mais

Jose Roberto Fioretto

Jose Roberto Fioretto Jose Roberto Fioretto jrf@fmb.unesp.br Professor Adjunto-Livre Docente Disciplina de Medicina Intensiva Pediátrica Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP 1988 TCE Grave Tratamento TCE grave Protocolo

Leia mais

Cuidados clínicos após PCR (Parada Cardiorrespiratória)

Cuidados clínicos após PCR (Parada Cardiorrespiratória) Autores e Afiliação: Cuidados clínicos após PCR (Parada Cardiorrespiratória) Letícia Taniwaki. Ex- médica residente do Departamento de Clínica Médica - FMRPUSP; Carlos Henrique Miranda. Docente da Divisão

Leia mais

Atendimento Inicial ao Traumatizado

Atendimento Inicial ao Traumatizado MEDICINA DE URGÊNCIA RCG - 0458 Atendimento Inicial ao Traumatizado Prof. Dr. Sandro Scarpelini Departamento de Cirurgia e Anatomia Objetivos Aplicar os princípios do exame primário e secundário Identificar

Leia mais

Hipertensão Intracraniana. Rilton M. Morais

Hipertensão Intracraniana. Rilton M. Morais Hipertensão Intracraniana Rilton M. Morais Proposta e Objetivos Proposta: Trazer aos alunos da Neuroliga-SE as noções sobre a hipertensão intracraniana; um dos princípios da neurocirurgia, mas utilizado

Leia mais

12/04/2011. O que mata mais rápido em ordem de prioridade é:

12/04/2011. O que mata mais rápido em ordem de prioridade é: Regras Básicas de Primeiros Socorros Análise Primária Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle Frente ao acidente, não se desespere. Não movimente o paciente, salvo quando for absolutamente necessário. Use barreiras:

Leia mais

Supera todas as outras causas de doenças combinadas. Anatomia, fisiologia e mecanismos produzem distintos

Supera todas as outras causas de doenças combinadas. Anatomia, fisiologia e mecanismos produzem distintos Causa mais frequente de morte e invalidez Supera todas as outras causas de doenças combinadas Anatomia, fisiologia e mecanismos produzem distintos padrões de lesões Veículos automotores: mais comum Lesões

Leia mais

Estabelecimento de prioridades

Estabelecimento de prioridades Avaliação e Atendimento Iniciais Avaliação e Atendimento Iniciais Prof. Ma. Caroline Neris Prof. Esp. Wellington de Moura Leite Cinemática do trauma Triagem Avaliação primária (ABCDE) Medidas auxiliares

Leia mais

POLITRAUMATIZADO I (IDENTIFICAÇÃO)

POLITRAUMATIZADO I (IDENTIFICAÇÃO) POLITRAUMATIZADO I (IDENTIFICAÇÃO) Medidas dos sinais vitais e nível de consciência Glasgow < FR < ou > 9 Escore de trauma pediátrico < 9 PAS 9 mmhg Escore de trauma revisado < Avaliação de lesões anatômicas

Leia mais

A maioria das crianças com traumatismo craniano são jovens, do sexo masculino e têm trauma leve.

A maioria das crianças com traumatismo craniano são jovens, do sexo masculino e têm trauma leve. Compartilhe conhecimento: Material para consulta rápida e precisa sobre a necessidade de tomografia em casos de traumatismo cranioencefálico. Baixe nossos pôsteres de referência e acompanhe online o algoritmo

Leia mais

CONCEITO FALHA CIRCULATÓRIA HIPOPERFUSÃO HIPÓXIA

CONCEITO FALHA CIRCULATÓRIA HIPOPERFUSÃO HIPÓXIA Urgência e Emergência Prof.ª André Rodrigues CONCEITO FALHA CIRCULATÓRIA HIPOPERFUSÃO HIPÓXIA 1 FISIOPATOLOGIA MORTE CELULAR 2 MECANISMOS COMPENSATÓRIOS AUMENTO DA ATIVIDADE SIMPÁTICA 3 COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA

Leia mais

PROFESSOR: JEAN NAVES EMERGÊNCIAS PRÉ-HOSPITALARES

PROFESSOR: JEAN NAVES EMERGÊNCIAS PRÉ-HOSPITALARES PROFESSOR: JEAN NAVES EMERGÊNCIAS PRÉ-HOSPITALARES QUESTÃO 01 O parâmetro que não faz parte do exame primário da vítima. a) é a respiração. b) é o pulso. c) é a tensão arterial. d) são as vias aéreas.

Leia mais

Classificação. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico(AVCI) * Ataque Isquêmico Transitório(AIT)

Classificação. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico(AVCI) * Ataque Isquêmico Transitório(AIT) Franciglecia Lopes Definição É um déficit neurológico, geralmente focal, de instalação súbita ou com rápida evolução, sem outra causa aparente que não vascular, com duração maior que 24 horas, ou menor,

Leia mais

Urgência e Emergência. Prof.ª André Rodrigues

Urgência e Emergência. Prof.ª André Rodrigues Urgência e Emergência Prof.ª André Rodrigues 1 1974 Criação da ECG Cronologia Glasgow Escócia Sir Graham Teasdale 2014 Publicação da utilização até o momento 80 países 60 idiomas 18.000 referências Em

Leia mais

Monitorização tecidual na prevenção do vasoespasmo

Monitorização tecidual na prevenção do vasoespasmo Monitorização tecidual na prevenção do vasoespasmo Dr. Salomón Soriano Ordinola Rojas Hospital Beneficência Portuguesa SP Unidades de Terapia Intensiva Neurológica Vasoespasmo cerebral Causa mais importante

Leia mais

Definição de Morte Encefálica

Definição de Morte Encefálica Definição de Morte Encefálica Perda irreversível de todas as funções encefálicas, tanto dos hemisférios cerebrais quanto do tronco cerebral, manifestada por coma aperceptivo, ausência dos reflexos de tronco

Leia mais

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO)

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO) DADOS DO PACIENTE PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO) Iniciais: Registro: Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Data de nascimento: / /

Leia mais

Jose Roberto Fioretto

Jose Roberto Fioretto Jose Roberto Fioretto jrf@fmb.unesp.br Professor Adjunto-Livre Docente Disciplina de Medicina Intensiva Pediátrica Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP 1988 Planejamento Conhecimento Desempenho Competência

Leia mais

Estratégias Hemodinâmicas na Prevenção e Tratamento do

Estratégias Hemodinâmicas na Prevenção e Tratamento do Estratégias Hemodinâmicas na Prevenção e Tratamento do Vasoespasmo Cerebral Dr. Salomón Soriano Ordinola Rojas Hospital Beneficência Portuguesa SP Unidades de Terapia Intensiva Neurológica Vasoespasmo

Leia mais

Conceitos da Avaliação Inicial Rápida inspeção primária Reanimação Suplementação da inspeção primária/ reanimação Inspeção secundária detalhada Suplem

Conceitos da Avaliação Inicial Rápida inspeção primária Reanimação Suplementação da inspeção primária/ reanimação Inspeção secundária detalhada Suplem Avaliação inicial do traumatizado SANTA CASA DE SÃO PAULO Conceitos da Avaliação Inicial Rápida inspeção primária Reanimação Suplementação da inspeção primária/ reanimação Inspeção secundária detalhada

Leia mais

HEMORRAGIA SUBARACNOIDIANA ESPONTANEA

HEMORRAGIA SUBARACNOIDIANA ESPONTANEA HEMORRAGIA SUBARACNOIDIANA ESPONTANEA I Simposio Internacional Neurocirurgia Anselmo Dornas Moura Coordenador Medico da UTI Hospital Mater Dei - Belo Horizonte Medico do SAMU/BH SAMU-SUS / Belo Horizonte

Leia mais

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO Samanta Gerhardt Manoela Aguiar Aline Kramer Carlos Marcelo Donazar Severo UNITERMOS TRAUMATISMOS CRANIOCEREBRAIS, CRÂNIO, ENCÉFALO KEYWORDS CRANIOCEREBRAL TRAUMA, SKULL, BRAIN

Leia mais

NEUROCIRURGIA o que é neurocirurgia?

NEUROCIRURGIA o que é neurocirurgia? NEUROCIRURGIA o que é neurocirurgia? Neurocirurgia é a especialidade médica que se ocupa do tratamento de doenças do sistema nervoso central e periférico (como tumores, doenças vasculares, degenerativas),

Leia mais

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO. Profa. Ms Vanessa Dias

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO. Profa. Ms Vanessa Dias TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO Profa. Ms Vanessa Dias Objetivos da aula Relacionar a biomecânica do trauma com a potencial lesão cerebral; Comparar e constatar a fisiopatologia, o tratamento e as potenciais conseqüências

Leia mais

Protocolo: - - Admissão anterior nesta UCIP durante este internamento hospitalar: Não Sim <48 h >= 48 h

Protocolo: - - Admissão anterior nesta UCIP durante este internamento hospitalar: Não Sim <48 h >= 48 h Protocolo: - - Data de Admissão Hospitalar Data de Admissão na UCIP Data de Nascimento Admissão Hora de Admissão Hospitalar Hora de Admissão na UCIP Sexo: Masculino Feminino Indeterminado Peso: Kg Admissão

Leia mais

ANEURISMA CEREBRAL M A R I A D A C O N C E I Ç Ã O M. R I B E I R O

ANEURISMA CEREBRAL M A R I A D A C O N C E I Ç Ã O M. R I B E I R O ANEURISMA CEREBRAL M A R I A D A C O N C E I Ç Ã O M. R I B E I R O O aneurisma intracraniano (cerebral) representa a dilatação das paredes de uma artéria cerebral, que se desenvolve como resultado da

Leia mais

TRAUMA: O MAL DO SÉCULO?

TRAUMA: O MAL DO SÉCULO? TRAUMA: O MAL DO SÉCULO? Paulo Jesuino Prof. Assistente Clínica cirúrgica FAMEB/UFBA EBMSP/FDC Diretor da Escola de Ciências da Saúde UNIFACS/Laureste International Universities Titular Colégio Brasileiro

Leia mais

Trauma craneoencefálico. Uso do Manitol vs. Solução salina hipertônica.

Trauma craneoencefálico. Uso do Manitol vs. Solução salina hipertônica. Trauma craneoencefálico. Uso do Manitol vs. Solução salina hipertônica. Nome: Ernesto Pinon, MD, Esp, Neurocirurgia. Email: ernestopf72@gmail.com Data 09 /11/2017 Horario: 08:45 as 09:00 SUMÁRIO. Introdução.

Leia mais

Morte Encefálica. Pedro Antonio Pereira. "Não se pode mudar o passado, mas podemos mudar o amanhã com os atos de hoje.

Morte Encefálica. Pedro Antonio Pereira. Não se pode mudar o passado, mas podemos mudar o amanhã com os atos de hoje. Morte Encefálica Pedro Antonio Pereira "Não se pode mudar o passado, mas podemos mudar o amanhã com os atos de hoje. Benjamin Franklin Importância Doação de órgãos Amenizar sofrimento dos familiares Otimizar

Leia mais

SISTEMA NERVOSO CENTRAL SEBASTIÃO ERNESTO DA SILVA FILHO SBA - TSA

SISTEMA NERVOSO CENTRAL SEBASTIÃO ERNESTO DA SILVA FILHO SBA - TSA SEBASTIÃO ERNESTO DA SILVA FILHO SBA - TSA EMBRIOLOGIA EMBRIOLOGIA EMBRIOLOGIA DIVISÃO ANATÔMICO- FUNCIONAL DO SN Cérebro Telencéfalo Diencéfalo Encéfalo Mesencéfalo SNC Tronco Cerebral Ponte Bulbo Cerebelo

Leia mais

Papel do anestesiologista no TCE grave. Luiz Guilherme Villares da Costa TSA-AMIB Doutorando pela Disciplina de Anestesiologia do HCFMUSP

Papel do anestesiologista no TCE grave. Luiz Guilherme Villares da Costa TSA-AMIB Doutorando pela Disciplina de Anestesiologia do HCFMUSP Papel do anestesiologista no TCE grave Luiz Guilherme Villares da Costa TSA-AMIB Doutorando pela Disciplina de Anestesiologia do HCFMUSP ~ 1.5 million head injuries / year / USA Epidemiologia 5,3 milhões

Leia mais

Seção 1 Introdução Intr Guia_Book.indb 1 04/09/ :12:42

Seção 1 Introdução Intr Guia_Book.indb 1 04/09/ :12:42 Seção 1 Introdução CAPÍTULO 1 Heitor Rossi Lopes Alessandra Rodrigues Silva Eduardo Davino Chiovatto Raissa Souza Aguiar Revisor especialista focal: Hélio Penna Guimarães Avaliação Inicial do Paciente

Leia mais

Cuidados de Enfermagem no Paciente Crítico. Prof. Enf. Fernando Ramos Gonçalves Msc Intensivista-HR

Cuidados de Enfermagem no Paciente Crítico. Prof. Enf. Fernando Ramos Gonçalves Msc Intensivista-HR Cuidados de Enfermagem no Paciente Crítico Prof. Enf. Fernando Ramos Gonçalves Msc Intensivista-HR 1. Trauma: Considerações Iniciais O Traumatizado Prioritário Funções Vitais Comprometidas; Lesões Orgânicas;

Leia mais

Urgência e Emergência

Urgência e Emergência Urgência e Emergência Trauma 1. (FUNDEP CISSUL MG 2013) A cinemática do trauma possibilita a suspeita de algumas lesões e contribui para que se evitem lesões despercebidas. Sobre esse tema é CORRETO afirmar

Leia mais

ELABORADORES. Maíza Sandra Ribeiro Macedo Coordenação Geral. Robson Batista Coordenação Administrativa. Lícia Muritiba Coordenação de Enfermagem

ELABORADORES. Maíza Sandra Ribeiro Macedo Coordenação Geral. Robson Batista Coordenação Administrativa. Lícia Muritiba Coordenação de Enfermagem ELABORADORES Maíza Sandra Ribeiro Macedo Coordenação Geral Robson Batista Coordenação Administrativa Lícia Muritiba Coordenação de Enfermagem José Luiz Oliveira Araújo Júnior Coordenador Médico Fabricia

Leia mais

Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG

Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG Gasometria Arterial Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG Gasometria arterial Por quê a Gasometria se temos o Oxímetro de pulso e Capnógrafo? Gasometria Arterial

Leia mais

Resultados da Validação do Mapeamento. Administrar medicamentos vasoativos, se adequado.

Resultados da Validação do Mapeamento. Administrar medicamentos vasoativos, se adequado. Intervenções de Enfermagem da Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) para o diagnóstico de Volume de líquidos deficiente em pacientes vitimas de trauma Quadro 1- Reestruturação dos níveis de

Leia mais

TCE TVM ABORDAGEM DA VITIMA DE TRAUMA

TCE TVM ABORDAGEM DA VITIMA DE TRAUMA FORMAÇÃO SETEMBRO/OUTUBRO 2012 BV FAFE TCE TVM ABORDAGEM DA VITIMA DE TRAUMA Formadora Teórica: Luísa Antunes Acidentes de viação matam mais do que as guerras Ricardo Reis 2012 Os acidentes de viação deixam

Leia mais

Como reconhecer uma criança criticamente enferma? Ney Boa Sorte

Como reconhecer uma criança criticamente enferma? Ney Boa Sorte Como reconhecer uma criança criticamente enferma? Ney Boa Sorte Passo 1 - Avaliar a criança Prevendo a parada cardiopulmonar A parada cardiopulmonar em lactentes e crianças raramente é um evento súbito!

Leia mais

Sepse Professor Neto Paixão

Sepse Professor Neto Paixão ARTIGO Sepse Olá guerreiros concurseiros. Neste artigo vamos relembrar pontos importantes sobre sepse. Irá encontrar de forma rápida e sucinta os aspectos que você irá precisar para gabaritar qualquer

Leia mais

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (ISQUÊMICO) Antônio Germano Viana Medicina S8

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (ISQUÊMICO) Antônio Germano Viana Medicina S8 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (ISQUÊMICO) Antônio Germano Viana Medicina S8 Definição Episódio de disfunção neurológica, geralmente focal, de instalação súbita ou rápida evolução, causada por infarto em território

Leia mais

Reconhecendo os agravos clínicos em urgência e emergência. Prof.º Enfº. Diógenes Trevizan

Reconhecendo os agravos clínicos em urgência e emergência. Prof.º Enfº. Diógenes Trevizan Reconhecendo os agravos clínicos em urgência e emergência Prof.º Enfº. Diógenes Trevizan Cuidando do cliente com agravos respiratórios em urgência e emergência Introdução Em atenção às urgências, a insuficiência

Leia mais

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO E HIPERTENSÃO INTRACRANIANA

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO E HIPERTENSÃO INTRACRANIANA TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO E HIPERTENSÃO INTRACRANIANA Yuri Andrade Souza Serviço de Neurocirurgia Hospital São Rafael Hospital Português INTRODUÇÃO Lesão primária x lesão secundária Atendimento inicial Quando

Leia mais

Médico Neurocirurgia Geral

Médico Neurocirurgia Geral Médico Neurocirurgia Geral Caderno de Questões Prova Discursiva 2015 01 Homem de 40 anos de idade procura a emergência de um hospital com dor irradiada incapacitante para o membro inferior direito após

Leia mais

AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRAUMA DO NORDESTE DIA 23 DE MAIO DE 2019 HORÁRIO TELA CÓDIGO TÍTULO

AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRAUMA DO NORDESTE DIA 23 DE MAIO DE 2019 HORÁRIO TELA CÓDIGO TÍTULO AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRAUMA DO NORDESTE DIA 23 DE MAIO DE 2019 HORÁRIO TELA CÓDIGO TÍTULO 1 RE_001 A IMPORTÂNCIA DO MANEJO CORRETO DO CINTO DE SEGURANÇA E SUA CORRELAÇÃO

Leia mais

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO. Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO. Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico 1. Importância do protocolo Elevada prevalência Elevada taxa de morbidade Elevada taxa de mortalidade

Leia mais

ESTADO DE CHOQUE HEMORRAGIA & CHOQUE 002

ESTADO DE CHOQUE HEMORRAGIA & CHOQUE 002 ESTADO DE CHOQUE HEMORRAGIA & CHOQUE 002 ESTADO DE CHOQUE CONCEITO CAUSAS TIPOS DE CHOQUE SINAIS & SINTOMAS GERAIS DO CHOQUE ESTADO DE CHOQUE CONCEITO CONCEITO FALÊNCIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO INCAPACIDADE

Leia mais

Lígia Maria C. Junqueira Silva Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência Setor de Fisioterapia Março/2006

Lígia Maria C. Junqueira Silva Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência Setor de Fisioterapia Março/2006 VENTILAÇÃO MECÂNICA NO PACIENTE NEUROLÓGICO Lígia Maria C. Junqueira Silva Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência Setor de Fisioterapia Março/2006 II Consenso de VM J Pneumol 26(Supl.

Leia mais

ATENDIMENTO A PCR. Prof. Fernando Ramos -Msc 1

ATENDIMENTO A PCR. Prof. Fernando Ramos -Msc 1 ATENDIMENTO A PCR Prof. Fernando Ramos -Msc 1 HISTÓRICO Primeira reanimação - bíblia Trotar sobre um cavalo com a vítima debruçada sobre este, rolar a vítima sobre um barril 1899 - Prevost e Batelli introduziram

Leia mais

Anestesia. em cirurgia cardíaca pediátrica. por Bruno Araújo Silva

Anestesia. em cirurgia cardíaca pediátrica. por Bruno Araújo Silva I N C O R C R I A N Ç A Anestesia em cirurgia cardíaca pediátrica A anestesia é um dos elementos fundamentais no cuidado dos pacientes que serão submetidos a cirurgia cardíaca para tratamento de cardiopatias

Leia mais

Seminário ME3: Choque. Orientador: Gabriel MN Guimarães

Seminário ME3: Choque. Orientador: Gabriel MN Guimarães Seminário ME3: Choque Orientador: Gabriel MN Guimarães Definição de choque Definições de choque Tema polêmico. Choque circulatório vs choque não circulatório: Hipoglicemia, hipoinsulinemia, intoxicações,

Leia mais

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO AVE FT RAFAELA DE ALMEIDA SILVA APAE-BAURU

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO AVE FT RAFAELA DE ALMEIDA SILVA APAE-BAURU FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO AVE FT RAFAELA DE ALMEIDA SILVA APAE-BAURU INTERNAÇÃO HOSPITALAR Toda pessoa com quadro suspeito de AVE deve ser levada imediatamente ao serviço de urgência para avaliação

Leia mais

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIMICROBIANO)

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIMICROBIANO) **** Evento Séptico nº DADOS DO PACIENTE PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIMICROBIANO) Iniciais: Registro: Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

Leia mais

Celeste Dias. Cuidados Intensivos H. S. João, EPE

Celeste Dias. Cuidados Intensivos H. S. João, EPE Celeste Dias Cuidados Intensivos H. S. João, EPE NEUROMONITORIZAÇÃO MULTIMODAL NeuroMonitorização em Anestesia e Cuidados Intensivos Intra-operatória Cirurgia Tumores cerebrais Cirurgia funcional cerebral

Leia mais

Transplante renal intervivos (Doador)

Transplante renal intervivos (Doador) Título: ANESTESIA PARA TRANSPLANTE RENAL REVISÃO DATA 00 10/2015 ELABORADO POR: AVALIADO POR: CÓDIGO POP.HUB-DM- PÁGINA 4/4 HOMOLOGADO POR: Luís Cláudio de Araújo Ladeira Gabriel Magalhães Nunes Guimarães

Leia mais

20/08 PRÉ CONGRESSO - MANHÃ

20/08 PRÉ CONGRESSO - MANHÃ 20/08 PRÉ CONGRESSO - MANHÃ 08:00 12:00 h CURSO 2 COMUNICAÇÃO CURSO 3 VENTILAÇÃO MECÂNICA CURSO 4 EMERGÊNCIA CURSO 1 PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM TERAPIA INTENSIVA Acesso venoso central: anatomia, escolha

Leia mais

AVCI NA FASE AGUDA Tratamento clínico pós-trombólise. Antonio Cezar Ribeiro Galvão Hospital Nove de Julho

AVCI NA FASE AGUDA Tratamento clínico pós-trombólise. Antonio Cezar Ribeiro Galvão Hospital Nove de Julho AVCI NA FASE AGUDA Tratamento clínico pós-trombólise Antonio Cezar Ribeiro Galvão Hospital Nove de Julho AVCI: suporte clínico inicial Assegurar ventilação adequada (S/N: intubar + VM) Hidratação adequada

Leia mais

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIMICROBIANO)

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIMICROBIANO) DADOS DO PACIENTE PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIMICROBIANO) Iniciais: Registro: Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Data de nascimento:

Leia mais

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE TRAUMA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM TCE Traumatismo Cranioencefálico Cerca de 50 %das mortes por trauma estão associadas com o trauma cranioencefálico (TCE). Os traumatismos

Leia mais

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Prof. Adélia Dalva

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Prof. Adélia Dalva URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Prof. Adélia Dalva 1. O tratamento emergencial da hipovolemia grave, em uma unidade de pronto atendimento, causada por choque hemorrágico, compreende as seguintes condutas terapêuticas,

Leia mais

Para aprender mais assista a aula. Trauma Pediátrico MAILTON ARRUDA

Para aprender mais assista a aula. Trauma Pediátrico MAILTON ARRUDA Para aprender mais assista a aula Trauma Pediátrico MAILTON ARRUDA 2016.1 Introdução Causa mais comum de mortes e sequelas na infância Quase 1/6 dos atendimentos de crianças em emergências Principal causa

Leia mais

TRAUMA DE TÓRAX. Prof.ª Leticia Pedroso

TRAUMA DE TÓRAX. Prof.ª Leticia Pedroso TRAUMA DE TÓRAX Prof.ª Leticia Pedroso TRAUMA DE TÓRAX Responsáveis por 1 em cada quatro mortes de trauma. Ferimentos penetrantes de 15 a 30% requerem cirurgia. A maioria necessitam apenas de procedimentos

Leia mais

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Clínica Médica e Cirúrgica I INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA João Adriano de Barros Disciplina de Pneumologia Universidade Federal do Paraná Objetivos da Aula... Importância da IRA devido a sua alta mortalidade

Leia mais

EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA GASOMETRIA ARTERIAL EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO

EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA GASOMETRIA ARTERIAL EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO GASOMETRIA ARTERIAL EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA A gasometria arterial é um exame invasivo que mede as concentrações de oxigênio, a ventilação e o estado ácido-básico. Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle

Leia mais

Acidente Vascular Cerebral. Msc. Roberpaulo Anacleto

Acidente Vascular Cerebral. Msc. Roberpaulo Anacleto Acidente Vascular Cerebral Msc. Roberpaulo Anacleto Definição OMS Acidente Vascular Cerebral define-se como: Sinais e/ou sintomas de perda de função cerebral focal e, por vezes, global, instalando-se rapidamente,

Leia mais

PACIENTE GRAVE IDENTIFICAÇÃO E TRATAMENTO TREINAMENTO

PACIENTE GRAVE IDENTIFICAÇÃO E TRATAMENTO TREINAMENTO TREINAMENTO A maioria das PCRs intra-hospitalares são evitáveis (~ 85%) Até 70% são secundárias a insuficiência respiratória ou deterioração neurológica. Porque as PCRs não são evitadas? Atraso diagnóstico

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO SEPSE E CHOQUE SÉPTICO

PROTOCOLO MÉDICO SEPSE E CHOQUE SÉPTICO Página: 1 de 6 1. INTRODUÇÃO: Considerar SEPSE e CHOQUE SÉPTICO quando: - Temperatura >38 C ou < 36 C - FR >20 ou paco2 12.000 ou leucopenia 10% de bastões - Hipotensão induzida

Leia mais

Autor. Revisão Técnica. Fábio Del Claro

Autor. Revisão Técnica. Fábio Del Claro Apresentação O Guia de Urgências e Emergências Cirúrgicas foi estruturado a fim de orientar o profissional que lida a todo instante com situações diversas e que exigem diferentes abordagens na urgência

Leia mais

Residência Médica 2018

Residência Médica 2018 Residência Médica 2018 1ª FASE: PROVA OBJETIVA DE MÚLTIPLA ESCOLHA - GABARITO QUESTÃO ALTERNATIVA QUESTÃO ALTERNATIVA 01 B 51 A 02 C 52 D 03 A 53 B 04 D 54 C 05 B 55 A 06 C 56 B 07 A 57 A 08 D 58 D 09

Leia mais

CAPÍTULO 18 EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS. Na maior parte do mundo, o trauma ocupa a primeira causa de morte na infância; daí sua grande importância.

CAPÍTULO 18 EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS. Na maior parte do mundo, o trauma ocupa a primeira causa de morte na infância; daí sua grande importância. CAPÍTULO 18 EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS 1. Introdução Na maior parte do mundo, o trauma ocupa a primeira causa de morte na infância; daí sua grande importância. Consideramos criança traumatizada aquela na

Leia mais

DROGAS VASODILATADORAS E VASOATIVAS. Profª EnfªLuzia Bonfim.

DROGAS VASODILATADORAS E VASOATIVAS. Profª EnfªLuzia Bonfim. DROGAS VASODILATADORAS E VASOATIVAS Profª EnfªLuzia Bonfim. DROGAS VASODILATADORAS São agentes úteis no controle da cardiopatia isquêmica aguda, HAS, Insuficiência Cardíaca e outras situações que exigem

Leia mais

Urgência e Emergência

Urgência e Emergência Urgência e Emergência CHOQUE Choque Um estado de extrema gravidade que coloca em risco a vida do paciente. Dica: Em TODOS os tipos de choques ocorre a queda da pressão arterial e, consequentemente, um

Leia mais

Trauma torácico ATLS A airway (vias aéreas pérvias) B breathing (avaliação manutenção resp e mecânica resp) C circulation D disability (avaliação esta

Trauma torácico ATLS A airway (vias aéreas pérvias) B breathing (avaliação manutenção resp e mecânica resp) C circulation D disability (avaliação esta Trauma torácico Dr. Salomón Soriano Ordinola Rojas Hospital Beneficência Portuguesa São Paulo Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Trauma torácico ATLS A airway (vias aéreas pérvias) B breathing

Leia mais

[244] 113. TRAUMA PEDIÁTRICO

[244] 113. TRAUMA PEDIÁTRICO [244] Efetuar o transporte da paciente para o hospital em todos os casos. Incluir no exame a avaliação da irritabilidade uterina (presença de contrações e seu ritmo) e a altura do fundo de útero. Prestar

Leia mais

PRIMEIROS SOCORROS. Enfa Sâmela Cristine Rodrigues de Souza

PRIMEIROS SOCORROS. Enfa Sâmela Cristine Rodrigues de Souza PRIMEIROS SOCORROS Enfa Sâmela Cristine Rodrigues de Souza Primeiros socorros Noções básicas b de sinais vitais Perfil do socorrista Vias aéreas a obstrução Ressuscitação cardiopulmonar RCP Ferimentos,

Leia mais

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Carlos Caron

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Carlos Caron Status Epilepticus Neurologia - FEPAR Neurofepar Dr. Carlos Caron Classificação das Epilepsias n Status Epilepticus: Definição Crise epiléptica com duração de pelo menos 5 minutos. Duas ou mais crises

Leia mais

Informações de Impressão

Informações de Impressão Questão: 361841 A parada cardiopulmonar é a cessação da circulação e da respiração. É uma emergência dramática, especialmente quando se trata de paciente pediátrico. Requer do enfermeiro conhecimento dos

Leia mais

Divisão de Cirurgia de Urgência e Trauma Unidade de Emergência do HC FMRP USP ATLS. Maurício Godinho

Divisão de Cirurgia de Urgência e Trauma Unidade de Emergência do HC FMRP USP ATLS. Maurício Godinho Divisão de Cirurgia de Urgência e Trauma Unidade de Emergência do HC FMRP USP ATLS Maurício Godinho TRAUMA National Academy of Sciences, 1966 Em 1965, 52 milhões de acidentes mataram 107.000, incapacitaram

Leia mais

COORDENAÇÃO DE ESTUDOS CLÍNICOS

COORDENAÇÃO DE ESTUDOS CLÍNICOS Sepse: nossa realidade e como mudá-la Flavia R Machado O Instituto é uma fundação sem fins lucrativos com objetivo maior de difundir o conceito da sepse entre as pessoas da comunidade científica e leiga

Leia mais

Trauma de TóraxT. Trauma de tórax. Trauma de tórax. Anatomia. Classificação Traumas estáveis Representam 60 a 70% dos casos que adentram os hospitais

Trauma de TóraxT. Trauma de tórax. Trauma de tórax. Anatomia. Classificação Traumas estáveis Representam 60 a 70% dos casos que adentram os hospitais Trauma de tórax VII Encontro de Enfermagem em Emergência São José do Rio Preto Trauma de TóraxT Lesões torácicas estão entre as 04 principais causas de morte nos traumatizados Nos EUA estima-se que ocorram

Leia mais

22/07/14. ! Sucesso anestésico depende...! Escolha de um protocolo anestésico adequado! Adequada perfusão e oxigenação tecidual! Monitoração eficiente

22/07/14. ! Sucesso anestésico depende...! Escolha de um protocolo anestésico adequado! Adequada perfusão e oxigenação tecidual! Monitoração eficiente ! Procedimento anestésico! Utilização de medicamentos que promovem inconsciência e/ ou analgesia! Geralmente associado à depressão cardiopulmonar! Sucesso anestésico depende...! Escolha de um protocolo

Leia mais

Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade

Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade DESCRITOR: Página:! 1/! 1. INTRODUÇÃO Estima-se que anualmente são realizadas cercas de 240 milhões de procedimentos cirúrgicos em todo mundo, sendo que a taxa de mortalidade para pacientes com menos de

Leia mais

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Roberto Caron

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Roberto Caron Status Epilepticus Neurologia - FEPAR Neurofepar Dr. Roberto Caron Estado de Mal Epiléptico Classificação das Epilepsias Definição Status Epilepticus: Crise epiléptica com duração de pelo menos 5 minutos.

Leia mais

HEMORRAGIAS. Prof. Raquel Peverari de Campos

HEMORRAGIAS. Prof. Raquel Peverari de Campos HEMORRAGIAS É um termo aplicado para descrever sangramento intenso. Hemorragia é a ruptura de vasos sanguíneos, com extravasamento de sangue. A gravidade da hemorragia se mede pela quantidade e rapidez

Leia mais

01/08/16. Introdução. Hipotermoterapia. Conceito. Hipotermoterapia. Crioterapia X Inflamação. Efeitos sobre a Temperatura Corporal

01/08/16. Introdução. Hipotermoterapia. Conceito. Hipotermoterapia. Crioterapia X Inflamação. Efeitos sobre a Temperatura Corporal Hipotermoterapia Prof. Coca Introdução Hipocrates indicava a Crioterapia, com a finalidade de analgesia pos-cirurgica ou tratamento convencional. Tredelemburguer observou que o gelo poderia ser lesivo.

Leia mais

CADA VIDA CONTA. Reconhecido pela: Parceria oficial: Realização:

CADA VIDA CONTA. Reconhecido pela: Parceria oficial: Realização: CADA VIDA CONTA Reconhecido pela: Parceria oficial: Realização: HIPERTENSÃO GESTACIONAL GRAVE PRÉ-ECLAMPSIA GRAVE Sulfato de magnésio Anti-hipertensivo se PAS 160 ou PAD 110 mmhg Avaliar parto ou transferência

Leia mais

Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP Hipertensão Intracraniana

Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP Hipertensão Intracraniana Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP 1988 Hipertensão Intracraniana PIC - Definição PIC pressão dentro do crânio relativa a P atm PIC Pressão exercida pelo conteúdo craniano sobre a dura mater Oddo

Leia mais

Abordagem da sepse na emergência Rodrigo Antonio Brandão Neto

Abordagem da sepse na emergência Rodrigo Antonio Brandão Neto Abordagem da sepse na emergência Rodrigo Antonio Brandão Neto Perguntas as serem respondidas Esse paciente tem choque? Quais os critérios de sepse? Qual abordagem inicial ao choque neste paciente? Quais

Leia mais

Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada

Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada Imagem 01. Reconstrução em 3D de tomografia computadorizada de crânio. Imagem 02. Tomografia computadorizada de crânio, sem injeção endovenosa de meio de contraste

Leia mais