Trauma de TóraxT. Trauma de tórax. Trauma de tórax. Anatomia. Classificação Traumas estáveis Representam 60 a 70% dos casos que adentram os hospitais
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- Fábio Canedo Neves
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1 Trauma de tórax VII Encontro de Enfermagem em Emergência São José do Rio Preto Trauma de TóraxT Lesões torácicas estão entre as 04 principais causas de morte nos traumatizados Nos EUA estima-se que ocorram a cada 1 milhão de pessoas 12 casos por dia, sendo que 4 sofrem admissão hospitalar Estima-se que o trauma torácico seja responsável por óbitos/ano As causas mais comuns de óbito imediato, (no local do trauma), são as lesões cardíacas e roturas de aorta As causas mais comuns entre 30 min e 3 horas são os tamponamentos cardíacos, broncoaspirações ou obstrução de vias aéreas e hemorragias incontroláveis Enfº Antonio Claudio de Oliveira Trauma de tórax Anatomia A parte posterior do tórax é mais resistente devido a formação da musculatura. Traumas anteriores são mais graves que posteriores. Trauma de tórax Classificação Traumas estáveis Representam 60 a 70% dos casos que adentram os hospitais Não apresentam repercussão hemodinâmica importante (insuficiência respiratória, insuficiência circulatória)
2 Trauma de tórax Classificação Traumas instáveis Representam 10 a 15% dos pacientes admitidos em Hospitais Não há tempo para exames complementares, sendo que o diagnóstico deve ser clínico (histórico do trauma, exame físico) Tratamento imediato Principais complicações imediatas Obstrução de vias aéreas; Pneumotórax hipertensivo; Pneumotórax aberto; Hemotórax maciço; Tamponamento cardíaco; Tórax instável. Obstrução de vias aéreas Prioridade absoluta no atendimento inicial; Hemoptise maciça pode ser confundida com edema agudo de pulmão; Retirada de corpo estranho depende da localização, pode ser uma simples extração manual, como broncoscopia ou até mesmo toracotomia; Preferência em utilizar aspiradores de ponta rígida. Obstrução de vias aéreas Recomendação para retirada manual de corpo estranho apenas se houver visualização direta; Não efetuar a busca cega ; Utilização de laringoscópio e pinça.
3 Pneumotórax hipertensivo Diagnóstico O diagnóstico deve ser clínico, afim de iniciar o tratamento imediato para não evoluir para hipotensão, choque e óbito. Ao exame os achados podem ser a ausculta diminuída ou até mesmo abolição total de murmúrios vesiculares. Pneumotórax hipertensivo Sinais e sintomas Taquicardia; Hipotensão; Dispnéia; Desvio contralateral da traquéia; Distensão das veias jugulares; Cianose (tardiamente).
4 Pneumotórax hipertensivo Tratamento inicial Descompressão imediata utilizando agulha ou drenagem tubular; Primeira escolha: punção com agulha no 2º espaço intercostal, linha hemiclavicular do hemitórax afetado, transformando o pneumotórax fechado e hipertensivo em aberto, evitando assim a desvio de mediastino e a compressão dos vasos. Pneumotórax hipertensivo Tratamento inicial O orifício de abertura de descompressão não deve ser muito grande, pois a saída de ar muito rápida provoca deslocamento brusco do mediastino, causando arritmia cardíaca.
5 Válvula de Heimlich Pré hospitalar
6 Drenagem torácica 5º espaço intercostal, linha média axilar; Inspeção digital para descartar hernia ou ruptura diafragmática (fígado, estômago); Introdução do tubo e conexão no frasco com selo d água Drenagem torácica Punção com catéter de punção venosa calibre 14 em 2º espaço intercostal linha hemiclavicular; Conexão em equipo de soro; Colocação do equipo em frasco de soro aberto, formando selo d água.
7 Pneumotórax aberto Ferida torácica que promove uma solução de continuidade entre o ar atmosférico e a cavidade pleural. Quando a abertura deste ferimento é maior ou igual a dois terços do diâmetro da traquéia, o ar passará pela ferida e não pela via aérea, causando assim insuficiência respiratória. Pneumotórax aberto Ocorre em aproximadamente 1% dos casos de trauma de tórax na população civil; Embora alguns FPAF e FAB produzam pneumotórax aberto, não estão classificados nesta categoria, pois após a lesão as paredes se justapõem e se torna pneumotórax fechado; A exceção quando o FPAF for por projétil de grosso calibre.
8 Pneumotórax aberto Tratamento O tratamento imediato temporário poderá ser a oclusão da ferida utilizando curativo valvulado, ou seja, curativo quadrangular fixado com esparadrapo em 3 lados deixando um lado livre para saída de ar acumulado na cavidade pleural. Pneumotórax aberto Tratamento Se for optado pela oclusão total do ferimento, deve-se realizar a drenagem pleural, para evitar a ocorrência de pneumotórax hipertensivo. Essa drenagem poderá ser somente utilizando a punção por agulha, porém também é temporária.
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10 Transporte aéreo O pneumotórax pode se tornar hipertensivo se o paciente for transportado sem drenagem pleural; O ar contido na cavidade intrapleural se expande devido a diferença atmosférica, conforme a altitude; Pacientes com suspeita de pneumotórax não devem ser transportados sem dreno com selo d água, ou dreno unidirecional (Heimlich) Enfisema subcutâneo Associado ao trauma de tórax fechado e quase sempre há fratura de costelas com lesão da pleura parietal e pulmão Passagem de ar através da solução de continuidade estabelecida com a fascia endotorácica para o subcutâneo e/ou mediastino. Outras causas de enfisema subcutâneo são as lesões de traquéia, grandes brônquios e esôfago. Enfisema subcutâneo Ocorre em 20 a 25% nos casos de trauma de tórax; O tamanho do enfisema não determina o tamanho da lesão, uma vez que pequenas lesões podem acarretar grandes enfisemas e grandes lesões podem acarretar pequenos enfisemas. Enfisema subcutâneo Não se deve tratar o enfisema, e sim o que o provocou; Medidas de alívio podem ser utilizadas em pacientes estáveis, que referem dor, e em ambiente hospitalar.
11 Enfisema subcutâneo Respiração paradoxal ou Tórax instável Giram em torno de 1,4% nos traumas de tórax; Provocado por fratura de múltiplas costelas; Respiração paradoxal ou Tórax instável Há muito tempo achou-se que a respiração paradoxal fosse a causa principal de óbitos, porém verificou-se que a mortalidade está ligada diretamente a dor e contusão acompanhada ao trauma. Com este tipo de respiração ocorre o movimento pendular do mediastino, alterando assim a cardiocirculação, provocando baixo débito ou até mesmo arritmia.
12 Respiração paradoxal ou Tórax instável Maior parte deste casos ocorrem em acidentes automobilísticos; Alta mortalidade, aproximadamente 50% dos casos de trauma de tórax; Normalmente a alta mortalidade é devido a outros traumas associados. Hemotórax 90% dos casos o tratamento é eficiente apenas com drenagem. 10% é necessário intervenção cirúrgica, toracotomia ou laparotomia explolradora. Pode apresentar normotenso ou hipertenso. Quando hipertenso está associado a pneumotórax Hemotórax O sangue coletado na cavidade pleural tem 4 origens: Parênquima pulmonar (90% dos casos); Vasos sistêmicos (intercostais, mamários); Lesões de mediastino (coração, vasos da base); Ferimentos tóraco-abdominais Hemotórax Classificação Pequeno: 300 a 350 ml de sangue drenado Médio: 350 a 1500 ml de sangue drenado Grande: maior que 1500 ml
13 Hemotórax Diagnóstico Insuficiência respiratória; Hipertimpanismo; Estase jugular; Abolição de ruídos do lado afetado. Hemotórax Tratamento Drenagem torácica Auto transfusão no hemotórax Método Bolsa de coleta de sangue, ou frasco de soro comum (casos extremos); Agulha de grosso calibre; Heparina 1UI para cada mililítro de sangue.
14 Auto transfusão no hemotórax Vantagens Utilização do mesmo sangue do paciente; Rapidez na reposição volêmica; Não é necessário equipamentos sofisticados.
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