ANEURISMA CEREBRAL M A R I A D A C O N C E I Ç Ã O M. R I B E I R O
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- Jónatas de Sousa Sá
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1 ANEURISMA CEREBRAL M A R I A D A C O N C E I Ç Ã O M. R I B E I R O
2 O aneurisma intracraniano (cerebral) representa a dilatação das paredes de uma artéria cerebral, que se desenvolve como resultado da debilidade da própria parede arterial. O fundo do saco aneurismático é fino e frágil, sendo o local habitual de ruptura.
3 Causas: pode ser devido à aterosclerose, resultado dc um defeito da parede vascular, com conseqüente enfraquecimento da parede; por um deleito congênito da parede vascular; por doença vascular hipertensiva; traumatismo craniano; embolia ou idade avançada, hereditariedade. Sintomas: cefaléia, geralmente unilateral e frontal, associado à dor nos olhos, vertigens e vômitos. Distúrbios visuais (perda da visão, diplopia, ptose) quando o aneurisma está adjacente ao nervo óculo-motor.
4 DIAGNÓSTICO O diagnóstico é feito através da angiografia cerebral, o qual mostra a localização e o tamanho do aneurisma, além de fornecer informações sobre a artéria afetada, os vasos circunvizinhos, as ramificações vasculares, se são único ou múltiplo e as lesões associadas. A punção lombar (LCR) é feita quando não há evidências de PIC aumentada, os resultados no imageamento na TC são negativos e a hemorragia subaracnóidea deve ser confirmada. Neste caso, podese observar que o líquido é uniformemente sanguinolento, hipertenso e incoagulável.
5 TRATAMENTO 1 Farmacológico: durante o sangramento ativo, administra-se agente antifibrinolítico.
6 TRATAMENTO 2 Cirúrgico: o objetivo da cirurgia é o de prevenir hemorragia de maior monta, o que pode ser alcançado isolando-se o aneurisma e sua circulação através da técnica cirúrgica de clipagem do aneurisma (depende do tamanho e da localização do aneurisma, bem como doestado do paciente). O risco da cirurgia é a ruptura do aneurisma, provocando uma hemorragia.
7 TRATAMENTO 3 Tratamento endovascular, chamada também de embolização, que consiste na introdução de um cateter na artéria femoral na região inguinal, sendo possível chegar, via artérias, até o aneurisma no cérebro. Tudo é assistido, por meio de imagens radiológicas, através de um monitor de TV. Dentro desse cateter, passam os fios de platina que são colocados no local do aneurisma em forma de espiral, formando uma espécie de malha, preenchendo o local, evitando, assim, o seu rompimento em derrame cerebral.
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9 COMPLICAÇÕES Vasoespasmo; pressão intracraniana aumentada; convulsão; hidrocefalia; novo sangramento do aneurisma.
10 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Perfusão tecidual cerebral alterada devido ao sangramento a partir do aneurisma. Alteração sensorial ou perceptual devido a restrições das precauções contra o aneurisma. Ansiedade gerada pela doença ou por restrições das precauções subaracnóides.
11 Assistência de Enfermagem no pré-operatório Cabeceira elevada cm 15 graus para fornecerem uma drenagem venosa e reduzir - a PIC. Repouso absoluto no leito, sem flexão do pescoço ou rotação acentuada da cabeça. Ambiente escuro para evitar fotofobia. O controle da temperatura é importante, porque a febre aumenta as demandas metabólicas do encéfalo. Comumente os pacientes são colocados cm medicações anti-convulsivantes (fenitoína) antes da cirurgia para reduzir o risco de convulsões no pósoperatório.
12 Assistência de Enfermagem no pré-operatório 2 Podem ser administrados esteróides (dexametasona) para reduzir o edema cerebral. Deve-se fazer restrição hídrica. Um agente hiperosmático (manitol) e um diurético (furosemida) podem ser administrados por via EV se o paciente tende a reter água. Cateter vesical de demora para monitorização do débito urinário. Monitorizar os sinais vitais. O objetivo é evitar qualquer alteração significativa, principalmente da pressão arterial.
13 Assistência de Enfermagem no intra-operatório Proporcionar um ambiente calmo, para que não ocorra aumento da PA. Posicionar o paciente. Uso da unidade de eletrocirurgia. É também administrado o manitol. Controle rigoroso da PA (diminui o risco de rompimento), devendo esta estar em tomo de 8 a 10a máxima. É importante ter em mãos 4 a 5 bolsas de sangue para transfundir o paciente caso o aneurisma se rompa. Preconiza-se a instalação da PAM (PA média).
14 Assistência de Enfermagem no pós-operatório 1 Manter a cabeceira do leito elevada a 30 graus sem flexão do pescoço. O paciente geralmente sai intubado da sala de cirurgia e pode ser instituída ventilação mecânica para minimizar o edema cerebral no pós-operatório. Se for necessária a aspiração é importante que o cateter de aspiração entre e saia rapidamente (intervalos de 10 seg) de forma que seja evitado um aumento da PCO2 e evitando a tosse contínua do paciente.
15 Assistência de Enfermagem no pós-operatório 2 Os sinais de vasoespasmo, como hemiparesia, distúrbios visuais, convulsões, ou a redução do nível de consciência, devem ser observados e descritos de forma que possam ser iniciadas intervenções clínicas rápidas. Controlar a Pressão Intracraniana (PIC). Balanço hídrico preciso com acompanhamento cuidadoso para hiponatremia que pode causar aumento do edema cerebral.
16 Assistência de Enfermagem no pós-operatório 3 Um acesso arterial é uma linha de aferição da pressão venosa central (PVC) é instalada para monitorizar a PA e medir a PVC. Os valores esperados da PVC, mensurada através da linha axilar média como "zero" de referência, estão entre 6-10 cm H2O (através da coluna d'água) ou de 3-6 mmhg (através do transdutor eletrônico).
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18 Assistência de Enfermagem no pós-operatório 4 Tratar as arritmias, estas causam redução do débito cardíaco e consequentemente a perfusão cerebral diminui. Evitar a ânsia de vômito, pois pode ser um risco para o rompimento do aneurisma.
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